Buscar

Ambiente Universitário e Desenvolvimento de Pessoas

Prévia do material em texto

Planejamento e Carreira de Sucesso
AULA 1
Ambiente Universitário – Desenvolvimento de Pessoas.
· DEFINIÇÃO
Novas oportunidades surgirão na sua vida a partir do momento em que você tomar a decisão de ingressar no Ensino Superior. Uma vez que compreenda o impacto do ambiente universitário como pontapé inicial em sua jornada, focaremos em você: como você aprende? Você tem Metas? Também vamos rever os conceitos de inclusão e desigualdade sob o viés social. Afinal, você está se preparando para cumprir um papel profissional de forma ativa na sociedade e precisará entender como ela funciona.
· PROPÓSITO
Ao entender como o ambiente universitário funciona, obtendo autoconhecimento e analisando o contexto social atual, você estará mais preparado para alcançar o sucesso acadêmico e profissional. 
· OBJETIVOS
· 1 Módulo → Listar as características do ensino superior e a sua importância.
· 2 Módulo → Discutir métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos.
· 3 Módulo → Explicar questões de diversidade e inclusão na sociedade.
· 1 Módulo
Listar as características do ensino superior e a sua importância.
· INSTITUIÇÕES DE ENSINO
São nas Instituições de Ensino Superior (IES) que funcionam os cursos de graduação e os de pós-graduação. As IES podem ser classificadas como Universidades, Centros Universitários ou Faculdades. Mas, quais as diferenças entre essas três denominações? Vejamos:
· FACULDADE
Atua normalmente em uma área específica do saber, por exemplo, oferecendo apenas cursos de gestão, ou de saúde, ou voltados à educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia para criar programas de ensino sem a autorização do MEC.
· CENTRO UNIVERSITÁRIO
Possui cursos de graduação em variadas áreas e autonomia para criar cursos na sede da instituição. Geralmente, Instituições de Ensino que se classificam como Centros Universitários não preencheram todos os requisitos necessários para serem aceitas como Universidades e costumam ser de tamanho menor que elas.
· UNIVERSIDADE
O status de Universidade garante que a IES tenha autonomia total para executar suas finalidades e criar seus cursos.
A Universidade deve possuir ao menos 4 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo três mestrados e um doutorado.
· Saiba Mais
Está Prevista na legislação brasileira a possibilidade de outras instituições, públicas ou privadas, ministrarem a Educação Superior, como as faculdades, os centros universitários e os institutos Superiores. 
Abaixo, apresentamos os tipos de cursos oferecidos pelas instituições de Ensino:
· CURSOS DE GRADUAÇÂO
Bacharelado
Graduação que confere ao formando competências em determinado campo do saber para o exercício de algumas atividades Profissionais. 
Licenciatura
Tipo de graduação que prepara o indivíduo para atuar como professor na Educação Básica dentro da área escolhida. Tanto a Licenciatura quanto o Bacharelado possuem uma base comum, por isso, normalmente, eles têm o mesmo peso.
Tecnológico
Já esse tipo de curso possui carga horária menor que o Bacharelado e Licenciatura, e apresenta como principal característica a preparação em caráter prático, em um nicho mais específico que o Bacharelado, como Logística e Design Gráfico por exemplo.
· CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Lato Sensu
Os cursos Lato Sensu também chamados especialização, possuem caráter de aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento, como objetivo de aprofundar o conhecimento ou qualificar o egresso para uma determinada função. Têm carga horária mínima de 360 horas. São inclusos nesta categoria também os cursos de MBA e MFA.
Stricto Sensu
OS cursos stricto sensu são cursos voltados á formação científica e pesquisa acadêmica. Existem nos níveis: Mestrados e Doutorado. O mestrado dura entre dois e dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao tema pesquisado. Já o doutorado, tem duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese.
· ESPECIFICIDADES ACADÊMICAS
Concepção de um Curso Superior
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios (disciplinas) e os tempos mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definido a obrigatoriedade de carga horária mínima para as atividades acadêmicas complementares de estágio curricular ou trabalho de conclusão de curso, por exemplo. 
De forma gera, o processo de aprovação de um curso culmina na utilização de uma Matriz Curricular que serve ao aluno como uma espécie de guia, contendo todas as informações.
· MATRIZ CURRICULAR
Apresentamos um trecho da matriz curricular de um curso de administração com suas informações fundamentais:
	PERÍODO
	CÓDIGO DA DISCIPLINA
	NOME DA DISCIPLINA
	TIPO
	CARGA HORÁRIA
	PRÉ-REQUISITO
	1
	GTS1234
	Introdução a Administração
	Mínima
	36 Horas
	****
	1
	GTS4321
	Matemática para Negócios
	Mínima
	72 Horas
	****
	1
	****
	****
	****
	****
	****
	2
	CCJ0987
	Estatística Aplicada
	Mínima
	72 Horas
	GTS4321
	2
	GST7890
	Contabilidade Social
	Eletiva
	36 Horas
	****
	2
	CEL001
	Tópicos em Libras
	Optativa
	36 Horas
	****
Agora, vamos explorar as nomenclaturas:
· Período Letivo
Compreende o espaço de tempo em que se dá uma etapa do curso. Geralmente o período é semestral, sendo cada semestre comporto por um grupo de disciplinas e, eventualmente, por atividade(s) acadêmica(s) para aquele período. Procure cursar todas as disciplinas do período para evirar que sua progressão acadêmica fique confusa.
· Código e Nome da Disciplina
Cada Disciplina, de cada curso, possuo um código de referência, uma espécie de identidade da disciplina, que geralmente é associado ao seu nome. Os códigos e nomes das disciplinas são importantes quando há mudança de currículo, por exemplo, ou quando se deseja transferir de curso, entre outras situações acadêmicas.
· Tipo da Disciplina
· As disciplinas denominadas Mínimas são aquelas de cumprimento obrigatório, que compõem a estrutura curricular mínima, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC.
· As disciplinas denominadas eletivas contemplam determinados temas, áreas ou subáreas, podendo o estudante escolher dentre elas as que deseja cursar. Verifique se seu curso possui exigência de disciplinas eletivas e quais estão disponíveis.
· As disciplinas optativas constituem um vasto elenco de possibilidades de enriquecimento curricular. Os alunos poderão cursá-las facultativamente, sem limite mínimo ou máximo, sendo o resultado incluído no seu histórico escolar.
· Carga Horária
A carga horária compreende o número de horas previsto para abranger o conteúdo a ser abordado na disciplina. Também é calculada de acordo com o número total de horas de um curso, o qual é harmoniosamente distribuído pelos períodos para se ter uma uniformidade. O número de horas de uma disciplina também pode contemplar, além das aulas teóricas em sala de aula, atividades práticas, pesquisas etc.
· Pré-requisito
Algumas disciplinas, em virtude de seu conteúdo, exigem conhecimento prévio adquirido em disciplinas anteriores. A isso denominamos pré-requisito; ou seja, pra cursar uma disciplina que possui tal exigência, é necessário ter cursado uma disciplina anterior que guarda relação de conteúdo. È possível ainda haver co-requisito: uma disciplina deverá ser cursada juntamente com outra, no mesmo período.
A seguir, veremos um pouco mais sobre esse processo de forma prática:
1. O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o projeto pedagógico do curso, e junto com ele a matriz curricular.
2. Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular. 
3. Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga horária, créditos etc.· ESPAÇOS COMUNS
O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira e uma mesa, e você precisa conhecê-lo bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Para começar, vamos apresentar os espaços oferecidos pela IES que você deverá utilizar com frequência durante sua jornada acadêmica:
1. SALA DE AULA → Onde acontece as aulas (geralmente teóricas), que contam com a presença física do professor e dos estudantes. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados em exposições feitas pelo professor.
2. LABORATÓRIOS → Ambientes específicos voltados para aulas práticas de alguns cursos (podendo, por exemplo, ser um laboratório de fotográfica, de química, informática etc). A aula prática utiliza métodos de ensino baseados na aplicação do conhecimento, com simulações, experiências, atividades individuais ou coletivas realizadas pelo estudante. 
3. AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM → Nesse ambiente, o professor atua como mediador da aprendizagem, incentivando a construção e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudantes, com o importante papel de impulsionar os estudos. Além das aulas, há discussões realizadas nos fóruns, ferramenta de interação, chats, biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, vídeo aulas etc. 
4. BIBLIOTECA → A biblioteca é um espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de forma sistemática, oficinais que habilitam o estudante a pesquisar na internet e cursos sobre as normas técnicas a serem seguidas na formulação de trabalhos escritos. Geralmente, ao falarmos de biblioteca estamos nos referindo à biblioteca presencial, mais em muitas universidades já existe a biblioteca virtual. 
· ATIVIDADES CURRICULARES
A exigência de atividades curriculares deve variar de acordo com as características do curso que você escolheu. Além das atividades exigidas em aula, vejamos as mais comuns:
ATIVIDADES ESTRUTURADAS
São atividades pertinentes que integram a carga horária de algumas disciplinas. Devem ser desenvolvidas e propostas pelos professores e executadas pelos alunos, de forma individual ou coletiva, dependendo da atividade.
ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES (AAC)
Para se formar, o aluno deve ter uma carga horária mínima de horas de atividades acadêmicas complementares de acordo com o exigido na sua matriz curricular. São componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. Elas privilegiam a formação social e profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado de trabalho. 
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
O estágio é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior (especialmente para os cursos de Licenciatura). Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a formação profissional A carga horária mínima do estágio varia conforme o curso. 
EXTENSÂO
As atividades de extensão, por sua vez, consistem primordialmente em propiciar à comunidade o estabelecimento de uma relação de reciprocidade com a instituição de ensino, integrando estudantes, professores e comunidade em projetos consistentes e de relevância social, geralmente valendo algumas horas AAC.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA
A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisas desenvolvem o entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será estimulado a conhecer os métodos científicos e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)
É um componente curricular presente ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduando, que contempla a diversidade dos aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do projeto pedagógico de cada curso. 
· PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO
Os procedimentos de avaliação seguem normas que podem ser diferenciadas tanto de acordo com a IES quanto para a modalidade da disciplina. O aluno deve ser avaliado pelo seu desempenho nas avaliações, sendo a cada uma delas atribuído uma nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). Em relação à prova em si, os instrumentos para avaliação da aprendizagem podem ser construídos a partir de itens de teste: questões objetivas e discursivas, classificadas em diferentes níveis de complexidade e diferentes níveis cognitivos.
Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota igual ou superior a uma média, que costuma ser gerada a partir de todas as notas dessa disciplina em particular.
É importante que você procure saber qual a média da sua Instituição de Ensino e que pergunte para cada professor sobre a forma de avaliação.
· ESTABELECENDO CONTATOS
Vestibular concluído, aprovação no curso, matrícula feita.
E agora?
A partir desse momento, você conviverá presencial ou virtualmente com diversos membros dessa comunidade. Trata-se de um novo grupo de parceiros que estabelecerá com você uma rede de futuros contatos pessoais e profissionais. Conheça, a seguir, seus principais interlocutores:
Estudantes / Coordenadores / Professores /Funcionários do campus
Lembre-se: seu comportamento, sua personalidade e sua imagem serão lembrados por essas pessoas.
Verificando o Aprendizado
1. O ministério da Educação é o responsável por estabelecer as diretrizes de funcionamento do Ensino Superior no Brasil. Ele determina os seguintes fatores, exceto:
Resposta – Regra de funcionamento do TCC
2. Assinale a alternativa que não corresponde a um tipo de Instituição de Ensino Superior:
Resposta – Tecnólogo
· MÓDULO 2
Discutir métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos
· ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO
Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer área de atuação. Chegou a hora de atender mais sobre como estuda de forma organizada, o assunto principal deste módulo. Iniciaremos com algumas reflexões:
1. Você já preocupou com o tempo?
2. Você vive “Correndo contra o tempo“?
3. O tempo parece ter ficado mais rápido?
4. O que causa essa percepção do tempo?
Imagine a situação a seguir:
1. Quando estamos no trânsito e o sinal vermelho nos impede de prosseguir, nossa percepção de tempo se dá de duas formas: se estamos com pressa, o sinal demora; se não temos urgência, sequer percebemos que ele mudou para o verde.
2. Uma constatação é: nunca teremos tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos. 
3. Durante toda a nossa vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e decisões a tomar, mas nem sempre sabemos lidar tudo isso.
4. Saber administrar o tempo é identificar, dentre as várias coisas que precisam ser feitas, o que é prioritário para você. 
5. Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é Estabelecer prioridades é uma necessidade.
Sendo assim, ele pode ser visto como um projeto. Administrar o tempo a organizar sua rotina, aumentando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente. 
A necessidade de organizar o tempo se tornou premissa básica nos dias atuais. Ser desorganizado pode trazer prejuízos emocionais, profissionais e até financeiros. Administrar o tempo é saber o que é prioritário dentre as várias atividades da sua rotina. Estabelecer prioridades não é tão simples quanto parece e cumpri-las é mais desafiador ainda. Por isso, precisamos ter em mente o quão importante é essa organização para a nossa vida.
· RECOMENDAÇÃO
É de extrema importância que você tenha uma agenda pessoal como ferramenta. Atualmente temos várias alternativas, seja de agenda física, tradicional, ou de aplicativos que cumprem esse papel. O fundamental, sejano trabalho ou nos estudos, é que você escolha uma boa agenda, onde você possa marcar todos os compromissos. Você poderá consulta-la para enviar notificações de compromissos com minutos, horas ou dias de antecedências. 
Podemos resumir os passos para uma administração do tempo bem-sucedida da seguinte forma:
1. Estabelecer Prioridades
2. Planejar Rotinas
3. Estipular Metas
4. Elaborar Plano de Ação
Confira, a seguir, orientações para que você execute cada uma dessas etapas de acordo com suas prioridades.
1. ESTABELECER PRIORIDADES
Saber definir prioridades e gerenciar tarefas traz impactos significativos para a organização das demandas a serem cumpridas e para a tomada de decisões. Além disso, estabelecer prioridades ajuda a trazer mais equilíbrio também para o campo pessoal. Você pode definir quais compromissos precisam da sua atenção em determinado momento e, assim, evitar sensações de esgotamento ou de culpa por achar que deveria estar em outro local. 
1 - Listar atividades
Liste todas as suas atividades para que você enxergue com mais clareza tudo o que tem para fazer diariamente.
2 - Estabeleça ordem de prioridade
A partir da lista, estabeleça sua ordem de prioridades, respeitando a importância e a relevância de cada atividade, seus valores, impactos e prazos.
2. PLANEJAR ROTINA
Você deveria organizar o seu dia de acordo com a relação atividades/tempo, sempre utilizando a lista de prioridades como referência. 
Para que a lista seja fiel à realidade e factível de ser cumprida, é fundamental que você se conheça a fundo, isto é, que identifique sua capacidade produtiva, seu tempo de concentração, sua necessidade de sono etc. Dessa forma, você vai encontrar seu melhor momento para fazer cada atividade.
Nossos corpos têm relógios embutidos que determinam os melhores momentos para comer, dormir, fazer exercícios e trabalhar. Talvez você não tenha a flexibilidade de fazer tudo no tempo certo para si, mas tente ouvir seu relógio interno o máximo possível.
· RECOMENDAÇÃO
Se você é daquelas pessoas cujos trabalhos criativos são melhores produzidos à noite, tente evitar afazeres criativos durante o dia e agende mais tarefas administrativas e analíticas para a manhã. Se você acha que exercitar-se é melhor no meio do dia, tente fazer isso durante seu intervalo para o almoço ou faça uma pausa no trabalho à tarde e retorne no inicio da noite.
3. ESTIPULAR METAS
Uma vez feito o planejamento da sua rotina, é preciso que ele seja cumprido. Assim, uma boa dica é estabelecer metas. Você sabe o que é uma meta? Em termos conceituais, podemos dizer que a meta é um ponto aonde se quer chegar.
Vamos destacar quatro possíveis metas relacionas à sua formação superior. 
· Meta Acadêmica → Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado. 
· Meta Financeira → Redimensionar o orçamento doméstico para custear o investimento em educação.
· Meta Profissional → Conquistar um novo emprego de acordo com a formação superior adquirida.
· Meta Pessoal → Ser um profissional bem preparado, ético e cidadão. 
4. ELABORAR PLANO DE AÇÃO
Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um Plano de Ação:
1 – Primeiro Movimento → Aqui, vamos determinar as ações do semestre. Neste caso, levantamos três passos: obter presença no máximo de aulas possível, estudar cada disciplina duas horas a mais por semana e obter aprovação nas avaliações.
2 – Organizar as Ações → Percebemos que as duas primeiras ações definirão o cumprimento da terceira, então focaremos nas duas primeiras até o resultado das avaliações. A organização delas pode ser feita em uma tabela.
3 – Monitorar as Ações → Na tabela, criaremos colunas referentes aos meses para cada ação. O acompanhamento deve ser feito por ela, lembrando que você precisa saber a média e o limite de faltas para se guiar.
4 – Apurar dos Resultados → Semanas antes de executar as avaliações, você pode checar essa tabela para saber se tem chances de ser aprovado. Ao final de todas as avaliações, insira suas notas no plano.
5 – Atingir Metas → “Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado”.
· RECOMENDAÇÃO
Neste plano, selecionamos três ações relacionadas à meta, mas você poderá ter outras. Procure aprimorar esta organização incluindo uma coluna de comentários/observações, por exemplo, ou uma coluna de prazo pra cumprimento, e outras que achar necessário. No semestre seguinte, repita a operação.
· TÉCNICAS DE ESTUDO
As técnicas de estudo são procedimentos facilitadores em âmbito acadêmico. Temos que pensar em como melhorar os três pontos abaixo:
· Atenção → Exemplo: Problemas de atenção ao realizar uma leitura.
· Concentração → Exemplo: Dificuldade em se concentrar na aula.
· Memória → Exemplo: Sentir “bloqueios” para guardar determinado conteúdo estudado.
Com a aplicação de técnicas de estudo, você pode melhorar o seu ofício ou rendimento acadêmico. 
Você deve estar se perguntando: existe alguma técnica de estudo que me ajude a estudar ou a trabalhar de uma maneira mais efetiva? Sim, existe e selecionamos algumas técnicas:
· FICHAMENTO
A primeira técnica de estudo serve para trabalhar concentração e memória. É o Fichamento ou resumo. Uma coisa muito importante ao ler é que você tenha uma caneta ou um tablete para anotar as informações mais importantes do texto. Isso ajuda você a reter essa informação, melhorando sua atenção e sua memória. Então, todas as vezes que estiver lendo um texto, você pode e deve escrever no papel frases ou palavras-chaves que sejam importantes.
Se você for fazendo isso ao longo de todo o texto, ao terminar de lê-lo, você que o seu fichamento está pronto. A partir disso, o que você pode fazer é deixar as anotações ali naquele papel ou transcrever as palavras para o seu Word, ou para uma agenda (física, eletrônica), porque você já terá os pensamentos básicos principais todas as vezes que quiser usar aquele texto. Então, o fichamento ou o resumo podem ser feitos dessa maneira de forma prática.
· MAPA MENTAL
A segunda atividade ou técnica que você pode fazer para melhorara sua memória e sua atenção é o mapa mental. É muito parecido com o fichamento, mas você coloca esse texto (ou atividade, filme, livro etc.) em palavras, em temas, então destaca o tema daquele texto que você está lendo. 
A partir daquele tema, você vai encontrar no texto quais são as palavras que são relacionadas aquele tema e que são importantes. O mapa mental é formado por temas que vão se conectando por linhas para formar diagramas. Isso é uma técnica mnemônica, ou seja, uma técnica que faz você lembra o que fez o que leu de forma bastante rápida e eficiente
· TABELA
Outra técnica que também pode ser utilizada é a construção de tabelas. Algumas pessoas preferem utilizar a tabela para resgatar o texto ou o trabalho que está fazendo de maneira rápida, então basta construir uma tabela com as colunas que achar necessárias e aí se colocam os temas, as palavras-chaves ou os assuntos pertinentes e importantes daquele texto. É uma ótima forma de resumir.
· AUTOEXPLICAÇÃO
Por fim, falaremos da autoexplicação. Algumas pessoas têm dificuldades de ler em voz baixa, dizem assim: “quando eu leio baixo, não entendo o que eu li”, então é preciso ler alto. Essas pessoas vão se da muito bem com a técnica da autoexplicação, ou seja, elas leem o texto e explicam para si próprias e, durante essa explicação, as dúvidas vão surgir e a própria pessoa vai explica-las.
· GRAVAÇÃO EM ÁUDIO
Uma outra técnica que pode ser aliada a essas outras é a gravação em áudio. Quem, nos dias atuais, não tem um celular na mão? Então, com o gravador do seu celular você pode gravar um texto que você está estudando, ou uma matéria que esteja escrevendo. Depois, você pode ouvir no, no trem, no ônibus, onde você estiver. E uma ótima forma de você relembrar, logo, uma técnica mnemônica. 
· TIPOS DE APRENDIZADO
Vamos conhecer, então, quais são as categorias de aprendizagem e ver como elas se diferenciam no processo de educação, pois cada perfil de estudante possui maneiras mais adequadas de compreender um conteúdo. Em seguida,você poderá descobrir qual dos perfis mais se assemelha às suas características. 
· ALUNOS VISUAIS → Memorizam matérias, nomes e dados com mais facilidade quando a visão é estimulada.
· ALUNOS ADITIVOS → Precisam de silêncio e concentração para ouvir e memorizar a explicação dos professores para repassar o conteúdo em voz alta, mais tarde, na hora de estudar.
· ALUNOS CINESTÉSICOS → Precisam entender o conteúdo na prática, colocar a mão na massa. Não basta apenas ler ou ouvir as explicações do professor. 
Leia atentamente as características a seguir e escolha aquelas que mais se ajustam ao seu perfil como estudante. Você pode marcar quantas alternativas quiser. Ao final do teste, você identificará qual é a sua categoria de aprendizagem.
· Não consegue ficar parado por muito tempo
· Aprende ao ver imagens e diagramas
· Pensa de forma linear
· Costuma falar rápido e interromper outras pessoas
· Faz intervalos quando está estudando
· Aprende quando faz ou resolve problemas na prática
· Gosta de abordagens práticas de ensino
· Faz anotações detalhadas
· Repete coisas em voz alta
Você é um aluno: Visual e Auditivo
Veja algumas dicas para facilitar seus estudos:
· Desenhe ou escreva as informações mais importantes que você deve lembrar;
· Copie o que for escrito no conteúdo;
· Faça desenhos e diagramas daquilo que escreve
· Faça anotações e listas
· Organize suas anotações com cores diferentes
· Circule ou sublinhe dados relevantes
· Use fichas de anotações
· Associe fatos e informações com palavras-chaves
· Grave aulas, explicações e vídeos
· Repita as informações do estudo com olhos fechados
· Participe de debates em grupo
Conheça as características das três categorias.
Características das categorias de aprendizagem
Alunos Visuais
· Costumam falar rápido e interromper outras pessoas
· Aprendem ao ver imagens e diagramas
· Precisam de silencio quando estudam
· Imaginam conceitos a partir de imagens
· Fazem anotações detalhadas
Alunos Auditivos
· Falam mais lentamente
· Explicam bem conceitos e teorias
· Possuem a tendência de serem ouvintes naturais
· Repetem as coisas em voz alta
· Pensam de forma linear
· Leem lentamente
· Preferem ouvir, ao invés de ler informações
Alunos Cinestésicos
· Falam mais lentamente
· Aprendem quando fazem ou resolvem os problemas na prática
· Gostam de abordagens práticas de ensino
· Não conseguem ficar parados por muito tempo
· Fazem intervalos quando estão estudando
· Sofrem de períodos curtos de falta de atenção
· INTERNET COMO ALIADA
A Internet, revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem, adotados pela maior parte das Instituições de Ensino, costumam ter características similares, como fóruns de discussão, por exemplo.
Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar ideias, imagens, vídeos, textos, músicas e estimulam a criação coletiva, colaborativa. 
Não copie e cole sem citar fonte, muito menos use textos da internet em trabalhos acadêmicos como se fossem de sua autoria. Isso é uma questão de Ética na rede!
Ética
Em termos gerais, ética é o código de princípios e valões morais que regem o comportamento de uma pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e na tomada de decisões. Portanto, a ética está relacionada à opção ou desejo de se manter com os outros relações e/ ou conquistas justas e aceitáveis que consiste em uma reflexão crítica que permite a escolha da melhor forma de agir.
Verificando o aprendizado
O conteúdo desse módulo busca traçar um perfil proativo para que você tenha um referencial de comportamento que facilite o entrosamento com as matérias. Selecione as características desse perfil:
Resposta : Ser interessado, organizado e gostar de desafios
 Qual o tipo de inteligência que contempla as características: aprender ao fazer ou resolver os problemas na prática e não conseguir ficar parado por muito tempo?
Resposta Inteligência Cinestésica
· MÓDULO 03
Explicar questões de diversidade e inclusão na sociedade
· DIVERSIDADE
Nas sociedades, encontramos uma multiplicidade de pessoas com religião, etnias, línguas, gênero, orientação sexual, cultura, classe social, geração distintas, isto é, de variadas identidades sociais/culturais; chamamos esse fato de diversidade. É a condição de ser composto de diferentes elementos.
Para construir as identidades e as diferenças, é necessário entender o que é alteridade. Esse é um conceito filosófico, resultado de um processo de diferenciação que acontece entre o “eu” interior e particular de cada um, e o “outro” diferente, isto é, aqueles que são estranhos e não familiares. Estranhar o “outro” é reconhecer em outro indivíduo, ou em um conjunto deles, as suas peculiaridades, diferenças e equivalência.
Nessa comparação, o “outro” ou “outros”, tornam-se identificáveis, possibilitando hierarquiza-los, separá-los classifica-los, dominá-los. A partir da distinção entre o “eu” e o “outro” são construídas identidades, tanto individuais quanto sociais. 
Resumido
O conceito de identidade se refere a uma parte mais individual do sujeito, mas que, ainda assim, é totalmente dependente da convivência social.
Identidade social é o conjunto das características atribuídas a um individuo pelo outros, uma espécie de categorização realizada pelos demais identificar o que uma pessoa é em particular. 
Exemplo
A profissão de professor é um título profissional e, portanto, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto social que são atribuídas aos indivíduos que exercem tal ofício. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos.
· Diversidade e História
A noção de diversidade tem uma longa história na configuração das Ciências Sociais. A compreensão da diversidade das culturas é o tema central dos estudos da Antropologia Cultural. Esta considera que as sociedades devam aceitar a diversidade das culturas. No entanto, o que se observa é que a humanidade esteve por muito tempo cega para as diferenças culturais e sociais e tornando objetos de exclusão tudo o que não fazia parte de suas ideologias dominantes.
Ao longo da história, cada sociedade se autodefiniu em uma relação de contraposição em relação a outras culturas. Vejamos, por exemplo a resistência europeia em relação à culturas “menores”:
· ROMA – 27 a.C → Podia ocorre, por vezes, quem em um amplo território como o império Romano, existissem culturas formadas pelos novos dominados. 
· ROMA – SÉC.IV → O dominador romano designava sob o nome de bárbaro tudo o que não participava da cultura e, para civiliza-los, impunham sua língua, seus costumes principais, seus deuses, sua crença, de forma oficial. 
· EUROPA = SÉC. XVII→ Na época do Renascimento as pessoas da floresta eram chamadas de naturais ou de selvagens.
· EUROPA – SÉC. XIX → O termo “primitivo” designava os grupos tribais. O que não se parecesse ao mundo europeu deveria ser considerado inferior e atrasado. Não existia diversidade religiosa, apenas fiéis e infiéis, crentes e hereges; não havia diversidade étnica, somente brancos civilizados e negros, índios selvagens e bárbaros.
· IMPORTANTE
Desse modo, o ocultamento da diversidade servia, e ainda serve, para consolidar a ideia de um mundo homogêneo, no qual a diferença é considerada perigosa e ruim, condição que devia ser superada para a conformação dos modernos estados nacionais. 
No mundo globalizado, a existência de culturas e grupos humanos diversos coexistindo ocasiona uma série de questões que envolve desde os modos de construção de uma sociedade democrática, plural e justa, até a conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade.
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros.
Saibamais
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros...
· DESIGUALDADE SOCIAL
A desigualdade social é toda situação de diferenciação social e/ou econômica. Na desigualdade social existe uma distribuição desigual de recursos materiais ou simbólicos ocasionada pelas estruturas da sociedade. Esta traz circunstâncias que privilegiam alguns em detrimento de outros. Esses privilégios podem ser observados tanto pelo acesso diferenciado às oportunidades como pela riqueza econômica, que geram distinção, estigma, vulnerabilidade, exclusão individual e coletivamente.
· A diferença torna-se uma desigualdade apenas se provocar uma desvantagem ou uma vantagem.
Existem diferentes tipos de desigualdade: social, econômica, política, cultural e de gênero, por exemplo. É importante não confundir as desigualdades com as diferenças.
Há diferenças relacionadas a diversos gêneros, idades, religiões, etnias etc. No entanto, uma desigualdade é uma diferença que se traduz com vantagens e desvantagens.
RESUMIDO
· DIFERENÇA → Um indivíduo ser lido como homem pela sociedade e outro indivíduo ser lido como mulher. 
· DESIGUALDADE→ Ocorre quando o resultado de diferencia de gênero culmina em desigualdade salarial em uma empresa.
IMPOTANTE
O Racismo, o machismo, a xenofobia, a homofobia, entre outras ideologias discriminatórias, vincularam e vinculam determinadas pessoas a características coletivas e pejorativas, que as impedem de receber prestígio, respeito e valoração social como um indivíduo qualquer, por meio de discriminações, que, na maioria das vezes, são executadas indiretamente. 
· RACISMO → Preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente, geralmente se refere à segregação racial.
· MACHISMO → Opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres, a partir da concepção de que mulheres são subordinadas aos homens.	
· XENOFOBIA → Aversão, rejeição, preconceito e discriminação a pessoas ou coisas estrangeiras ou ao estranho no seu ambiente. 
· HOMOFOBIA → Aversão ou rejeição, preconceito e discriminação a uma pessoa homossexual. 
· EXCLUSÃO
No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Esse processo deve ser entendido como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um conjunto significativo da população. A exclusão é uma situação de privação coletiva e inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública
Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas, mas de uma lógica que está presente nas várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira.
SAIBA MAIS
O tema da desigualdade e inclusão social no Brasil é muito importante, uma vez que segundo recentes dados do índice de desenvolvimento humano (IDH – 2018), revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o país ocupa o 79º lugar entre 189 nações no ranking de IDH pelo terceiro ano seguido, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde de acordo com o relatório de desenvolvimento humano. 
É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação material e/ou relacionadas à escassez de autonomia, de desenvolvimento humano, de qualidade de vida. Desse modo, a exclusão não está restrita ao acesso de bens e serviços, mas também à segurança, à justiça, à cidadania. 
RESUMIDO:
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social foi impulsionada pelas estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a globalização do capitalismo neoliberal, a partir do final do século XX. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos. 
· 1980 → No Brasil, na década de 1980, a redemocratização da sociedade brasileira e os ciclos econômicos recessivos aumentaram a visibilidade das questões sociais. 
· 1990 → Na década de 1980, surgiram os sinais evidentes de uma piora das condições de vida. A exclusão social tornou-se visível e contundente a partir da população de rua e da violência urbana.
Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais. 
· Os grupos Sociais:
Negros, mulheres, homossexuais, transgêneros, quilombolas, pessoas com deficiência, idosos, entre outros, lutam pelo respeito à sua dignidade e cidadania.
· As nações:
Povos indígenas, palestinos, bascos entre outros, almejam sua independência territorial, cultural, religiosa e politica. 
A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que provoca o surgimento de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o respeito, por meio de ações políticas. 
IMPORTANTE
Os excluídos não são apenas aqueles que se encontram em situação de carência material, mas também os que não são reconhecidos como sujeitos, que são estigmatizados, considerados nefastos ou perigosos à sociedade. Como, por exemplo: a impossibilidade dos homossexuais constituírem uniões estáveis e terem direito à herança de seus companheiros ou companheiras.
Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão que, segundo Sposati (2006), se apresentam como:
· EXCLUSÃO ESTRUTURAL
Resultado do processo seletivo do mercado, que não garante emprego a todos, gerando contínua desigualdade. 
· EXCLUSÃO ABSOLUTA
Originada da condição de pobreza absoluta de um crescente segmento social.
· EXCLUSÃO RELATIVA
Sentida por aqueles que possuem os níveis mais baixos de acesso e apropriação da riqueza social e das oportunidades historicamente acessíveis do ser humano. 
· EXCLUSÃO DA POSSIBILIDADE DE DIFERENCIAÇÃO
Resultado do grau de normalização e enquadramento que as regras de convívio estabelecem entre os grupos de uma sociedade, não efetivando os direitos das minorias. No caso, o padrão de intolerância inclui, ou não, as heterogeneidades de gênero, etnia, religião, orientação sexual, necessidades especiais etc.
· EXCLUSÃO DA REPRESENTAÇÃO
Grau pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas as necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos, especialmente na relação Estado-Sociedade. 
· EXCLUSÃO INTEGRATIVA
A exclusão é perversamente a maneira de um segmento da população permanecer precariamente presente na lógica da acumulação. 
· INCLUSÃO
A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões sociais variadas. Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que experimentam algum tipo de exclusão, seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de qualquer outro espaço social, devido à sua condição socioeconômica, de gênero, orientação sexual, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de deficiência. A inclusão social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo foram negados e a valorização da diversidade.
Portanto, a exclusão e a inclusão social são necessariamente interdependentes.
Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra, e esta transmutação é a condição de uma ordem desigual.
Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e dignamente. A ideia da inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa a garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social.
A inclusãosocial é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2006), os seguintes quesitos:
· AUTONOMIA → É entendida como a capacidade e a possibilidade do cidadão em suprir suas necessidades vitais, especiais, culturais, politicas e sociais, sob as condições de respeito às ideias individuais e coletivas. Estas supõem uma relação com o mercado e com o Estado, ambos responsáveis por assegurar as necessidades de exercício de liberdade, com reconhecimento da sua dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente os seus interesses, sem ser impedido por ações de violação dos direitos humanos e políticos ou pelo cerceamento à sua expressão. 
· QUALIDADE DE VIDA → A qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da natureza e do meio ambiente. Qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição, e o usufruto, da riqueza social e tecnológica aos cidadãos de uma comunidade; a garantia de um ambiente de desenvolvimento ecológico e participativo de respeito ao homem e à natureza, com o menor grau de degradação e precariedade. 
· DESENVOLVIMENTO HUMANO → É a possibilidade de todos os cidadãos de uma sociedade melhor desenvolverem seu potencial com o menor grau possível de privação e de sofrimento; a possibilidade da sociedade poder usufruir coletivamente do mais alto grau de capacidade humana. O estudo do desenvolvimento humano tem sido realizado pela ONU/PNUD, por meio do Indicador de Desenvolvimento Humano (IDH).
· EQUIDADE →	É o reconhecimento e a efetivação, com igualdade, dos direitos da população, sem restringir o acesso a eles nem estigmatizar as diferenças que conformam os diversos segmentos que a compõem. Assim, equidade é entendida como possibilidade das diferenças serem manifestadas e respeitadas, sem discriminação; condição que favoreça o combate das práticas de subordinação ou de preconceito em relação às diferenças de gênero, políticas, étnicas, religiosas, culturais, de minorias etc. 
· CIDADANIA → É aqui considerada como o reconhecimento de acesso a um conjunto de condições básicas para que a identidade de morador de um lugar se construa pela dignidade, solidariedade e não só pela propriedade. Esta dignidade supõe não só o usufruto de um padrão básico de vida como a condição de presença, interferência e decisão na esfera pública da vida coletiva. 
· DEMOCRACIA → A possibilidade do exercício democrático é componente de inclusão local na medida em que esta supõe cidadania e não acesso a renda e serviços, o que coloca as pessoas no patamar da sobrevida sem alcançar a condição de sujeitos cidadãos. 
· FELICIDADE → Para atingi-la supõe-se muito mais do que a posse, o acesso a condições objetivas de vida. Ela traz à cena a subjetividade e, nela, o desejo, a alegria entre um conjunto de sentimento em busca da plenitude humana. Vale dizer, uma situação que permita que o potencial das capacidades humanas sem restrições a povos ou pessoas possa se expandir. “ De cada um conforme a sua capacidade, e a cada um conforme sua necessidade” (Marx).
· POLÍTICAS PÚBLICAS
A constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o principio da igualdade, quando reza no seu artigo 5º que:
“[...] todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.“
Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais).
· O QUE ISSO SIGNIFICA?
Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais na garantia da igualdade real.
O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamento, para que não se transforme em desigualdade social. Este princípio da igualdade permite à lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.
O princípio postula que as desigualdades de fato decorram das diferenças das aptidões pessoais, dando tratamento diferenciado às pessoas diferenciadas.
Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988 traz um conjunto de tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão. É através das políticas públicas que a promessa constitucional da inclusão social será realizada pelo Estado e pela sociedade.
Quem regula?
A gestão da política social está ancorada na parceria entre o Estado, a sociedade civil, organizada ou não, e a iniciativa privada.
As políticas públicas compreendidas como as opções que o governo toma, em instância federal, estadual ou municipal, para cumprir os objetivos estatais, exigem a participação dos interessados, isto é, todos os cidadãos, segundo o ideal republicano.
Por que participar?
Participar de maneira efetiva da tomada das decisões políticas do Estado, tanto nos momentos cruciais como na realização cotidiana das tarefas estatais, promove um sentimento de pertencimento, e de corresponsabilidade no cidadão na sua realidade social.
Como é a participação das empresas privadas nesse processo?
As empresas privadas têm sido também fortes parceiras nos programas de inclusão social uma vez que as incorporam à agenda de Responsabilidade Social Corporativa, que é uma forma de conduzir os negócios e que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social.
Saiba Mais
As politicas públicas de inclusão social podem ser divididas em ações afirmativas e programas sociais. 
AÇÕES AFIRMATIVAS 
Conjunto de políticas que compreendem que, na prática, as pessoas não são tratadas igualmente e, consequentemente, não possuem as mesmas oportunidades, o que impede o acesso destas a locais de produção de conhecimento e de negociação de poder. Esse processo discriminatório atinge de forma negativa pessoas que são marcadas por estereótipos que as consolidam socialmente como inferiores, incapazes, degeneradas etc. 
PROGRAMAS SOCIAIS
Iniciativas destinadas a melhoras as condições de vida de uma população. Nesse assunto, serão apresentados dados e informações sobre algumas iniciativas do governo voltadas à população de baixa renda do Brasil. 
Verificando o aprendizado
5. Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão. A exclusão absoluta seria:
Resposta
Grau de exclusão representada pela miséria
6. Sobre a Diversidade, podemos afirmar que:
Resposta
Hoje em dia, a coexistência de culturas e grupos humanos diversos ocasiona uma série de questões que envolvem uma sociedade democrática, plural e justa. 
· CONSIDERAÇÔES FINAIS
Ao longo desses três módulos, você conheceu alguns aspectos da vida profissional durante e após a Universidade. Discorremos sobre os possíveis caminhos após a conclusão dos curso, oferecendo recomendações para situações do cotidiano.
Esperamos que com este material você se planeje melhor para a graduação e que, quando for buscar o seu lugar no mercado de trabalho, sinta-se mais preparado e confiante para os desafios que certamente encontrará. Entretanto, é importante compreender que, no final das contas, o que faz a diferença é a maneira como você vai encarar os desafios que a vida apresentar.
Cabe a você tomar decisões que, embora pareçam pequenas, farão grande diferença ao longo dos anos. Assiduidade, participação nas atividades extracurriculares, aproveitar ao máximo o conhecimento dos docentes, trabalhar em equipe, realizar os exercícios propostos, preparar-se antecipadamente para as aulas, respeitar professores e colegas e saber exatamente como e onde vocêse posiciona na sociedade são atitudes que, ao final do curso, terão contribuído muito para o seu futuro e para sua reputação.
Para você entender melhor o significado de todo esse esforço, imagine-se ocupando uma posição gerencial e precisando contratar um reforço para sua equipe. Que tipo de aluno você gostaria de recrutar? Aquele com notas razoáveis e reputação de “fazer o necessário para passar” ou o que carrega uma reputação de seriedade, dedicação, companheirismo, empatia, interesse e que esteve sempre disposto a aprender um pouco mais?

Continue navegando