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SISTEMA DE CONTROLE DE QUALIDADE CURSO DE ODONTOLOGIA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLIATANAS UNIDAS PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS Data: 17/02/2020 Código: Versão: 01/2020 SUMÁRIO 1. Objetivo pág. 1 2. Campo de aplicação pág. 1 3. Documentos complementares pág. 1 4. Glossário pág. 2 5. Equipe responsável pág. 2 6. Descrição da técnica pág. 2 7. Anexos pág. 6 1. Objetivo: · Realizar a obturação do canal radicular de dentes em manequim (dentes artificiais) e em pacientes da Clínica Odontológica da FMU. · Compreender a importância da obturação de qualidade respeitando-se parâmetros pré-estabelecidos e as consequências dos erros nesta etapa. 2. Campo de aplicação: · A obturação de canais radiculares de dentes artificiais deverá ser realizado no Laboratório Multidisciplinar. · É obrigatório o uso de equipamento de proteção individual (EPI) completo, conforme recomendado no Manual de Biossegurança da FMU. OBS: A falta de EPI INVIABILIZA o aluno em realizar a prática, ou seja, aluno SEM EPI fica impedido de fazer a prática do dia. 3. Documentos complementares: Ficha do aluno · Todas as atividades deverão ser descritas na Ficha do aluno previamente identificada com foto colorida original. Essa foto deve ser entregue na data pré-estabelecida pelo professor da Disciplina (atenção aos prazos). · A cada dia de atividade identificar data, dente e o procedimento realizado. · Na obturação identificar se foi finalizado ou não. · É de responsabilidade do aluno entregar esta ficha preenchida ao professor juntamente com material que comprove sua produção (manequim e/ou radiografias) no dia da atividade para receber sua avaliação (feedback). · Após a avaliação deve constar a assinaturas do aluno e do professor que acompanhou o procedimento. O professor somente irá assinar esta ficha se acompanhou todas as fases do procedimento (começo, meio e fim). · Ao final das atividades entregar esta ficha ao professor responsável para arquivo até a próxima atividade. Ficha endodôntica · Identificar as referências a serem utilizadas na odontometria e no PQC (já realizado na aula anterior) · Estabelecer o cone principal a ser utilizado. Radiografias: · Todas as radiografias realizadas antes deste procedimento deverão ser bem processadas e armazenadas em cartelas com identificação do dente tratado. · Serão realizadas a radiografia da prova do cone, da qualidade de obturação e a radiografia final. 4. Glossário: · EPI Equipamento de Proteção Individual · PA Preparo apical 5. Equipe responsável · Equipe de professores da Odontologia Restauradora II. · 6. Descrição técnica 6.1 Sinonímia · Selamento 6.2 Aplicação clínica · As atividades desenvolvidas em laboratório caracterizam um treinamento do aluno para o posterior atendimento clínico de pacientes. · A obturação dos canais tem por finalidade selar o mais hermeticamente possível as paredes do conduto, isolando a região periapical da cavidade oral. Para isso, utilizamos cones de guta-percha e cimento. Este último deve ser utilizado na menor quantidade possível, apenas para promover ADESIVIDADE entre os cones e a parede do canal e entre si. 6.3 Amostra · Em laboratório, iremos utilizar dentes artificiais próprios para o tratamento endodôntico que deverão ser previamente fixados em resina no manequim de Endodontia (ver lista de material). 6.4 Fundamentos e Métodos · Todos os procedimentos laboratoriais serão precedidos de aulas teóricas e/ou metodologias ativas sobre o tema a ser desenvolvido na aula prática. · A cada atividade laboratorial será realizada uma revisão sucinta da prática do dia, a fim de facilitar o aprendizado. Esta revisão será realizada com auxílio de projetor multimídia ou através de explanação oral pelo professor. · Para maior eficiência de aprendizagem, o aluno deverá ter lido com antecedência o conteúdo teórico para a realização desta prática laboratorial. · Realizar planejamento prévio (passo a passo) quanto a material e técnica a ser desenvolvida na atividade prática. 6.5 Limitação do método · As aulas teóricas e metodologias ativas são fundamentais para o desenvolvimento das atividades práticas, independentemente de ser em laboratório ou em clínica. · Em clínica, aspectos clínicos como dor, ansiedade, medo, salivação, acidentes anatômicos, abertura limitada de boca, dificuldades inerentes do paciente, entre outros, podem ocorrer e deverão ser controlados da forma mais adequada. · Sem o material e/ou instrumental necessários a esta atividade o aluno não conseguirá realizar as atividades propostas. 6.6 Princípios · O aluno que não possuir o material e/ou instrumental necessários a esta atividade, não poderá realizar a aula prática nem permanecer no laboratório. · As normas e orientações da Disciplina explanadas pelos professores no primeiro dia de aula serão respeitadas em todas as atividades. É dever do aluno estar atento a estas recomendações. 6.7 Materiais utilizados Item Descrição do material (PREPARO SERIADO) Quantidade 1 Jaleco BRANCO 01 2 Óculos para proteção do aluno 01 3 Máscara descartável 01 4 Gorro 01 5 Luvas descartáveis de procedimentos 05 pares/dia 6 Sobreluvas 05 pares/dia 7 Campo descartável para bancada 01 8 Borrifador para álcool (trazer o álcool 70%) 01 9 Lupa 01 10 Bandejas em aço inox 02 11 Cartelas para radiografias 03 12 Colgaduras metálicas unitárias 01 13 Sonda exploradora no 5 01 14 Sonda exploradora modificada (reta) 01 15 Escariador duplo de pescoço longo 01 16 Espátula de inserção nº1 01 17 Pinça clínica 01 18 Espelho clínico de primeiro plano 01 19 Filmes radiográficos (para uso em laboratório) 25 20 Limas endodônticas (Endo Kit) Ver lista abaixo 21 Caixa endodôntica metálica com tampa perfurada 01 22 Stops de silicone autoclaváveis (0,5 a 1mm de espessura) 2 pacotes 23 Régua milimetrada 01 24 Régua plástica flexível transparente (Trident) 01 25 Creme Endo-PTC 01 pote 26 Solução de hipoclorito de sódio 1% (para uso em laboratório) 01 frasco 27 Tamborel para limas 01 28 Gazes 1 pacote 29 Perfurador de Ainsworth 01 30 Pinça Palmer 01 31 Grampos Ver lista 32 Arco de Ostby para isolamento absoluto 01 33 Lençol de borracha para isolamento absoluto 1 pacote 34 Cuba metálica para solução de hipoclorito 01 35 Copo plástico para pós-fixar radiografias 01 36 Seringa descartável rosqueável BD 10 ml 01 37 Pontas para irrigação ENDO EZE - Ultradent® 03 38 Pontas para aspiração Capillary Tip - Ultradent® (verde) 03 39 Pontas para aspiração Capillary Tip - Ultradent® (roxa) 03 40 Pontas para aspiração e Endo PTC (WHITE MAC - Ultradent®) 03 41 Adaptador sugador (Luer Vacuum Adapter - Ultradent®) 01 42 Bolinhas de algodão roladas a mão Diversos 43 Cotosol® ou Cavit® 01 pote 44 Filme PVC 01 rolo 45 Para laboratório: Incisivo Central Superior previamente acessado e com PQC realizado no laboratório anterior (fixado no manequim) 01 46 Para laboratório: Canino Superior previamente acessado e com PQC realizado no laboratório anterior (fixado no manequim) 01 47 Para laboratório: Pré-molar inferior previamente acessado e com PQC realizado no laboratório anterior (fixado no manequim) 01 Endo Kit Quantidade Material No. Tamanho 1cx Lima tipo K 08 21mm 1cx Lima tipo K 08 25mm 1cx Lima tipo K 10 21mm 1cx Lima tipo K 10 25mm 1cx Lima tipo K 15 21mm 1cx Lima tipo K 15 25mm 1cx Lima tipo K 15-40 25mm 2 cx Lima tipo Flex 15-40 21mm 2 cxs Lima tipo Flex 15-40 25mm 1 cx Lima tipo K 45-80 21mm 1 cx Lima tipo K 45-80 25mm 1 cx Lima tipo Hedströen 15-40 25mm 1 cx Lima tipo K 15-40 31mm 1 cx Lima tipo K 45-80 31mm 6.8 Equipamentos e utensílios · Cadeira odontológica · Refletor · Mocho · Caneta de alta rotação do tipo “push-botton” ou similar · Micro-motor· Contra-ângulo 6.9 Controle de qualidade · Raio X inicial com qualidade; · Cirurgia de Acesso e forma de conveniência adequada ao elemento dentário; · Desgastes compensatórios adequados ao acesso radicular; · Cálculo da odontometria realizado de acordo com a técnica; · RX da confirmação da odontometria (CRT); · Respeitar as referências da odontometria durante a instrumentação dos canais; · Irrigar e aspirar a cada entrada de limas; · Respeitar a quantidade de limas necessárias para a correta instrumentação dos canais de acordo com a condição pulpar; 6.10 Valores de referência e de criticidade · Observar durante a instrumentação se a lima realmente atinge o ponto de referência na medida pré-estabelecida no CRT. Se isto não ocorrer, a instrumentação estará ocorrendo aquém ou além da medida ideal. Isto pode dificultar a obturação ou gerar processo doloroso no pós-operatório. 6.11 Detalhamento do procedimento TÉCNICA - OBTURAÇÃO 1) Organização da bancada e dos materiais antes do início do laboratório; 2) RX inicial e de odontometria (já realizados na aula anterior); 3) PQC manual já realizado pela técnica seriada. 4) PA já realizado. 5) Após a irrigação final com EDTA, com o canal ainda úmido, inicia-se a prova do cone principal. Com uma pinça Perry, calibramos o cone principal exatamente no CRT (deve-se escolher o mesmo diâmetro da lima utilizada no PREPARO APICAL. Introduzimos no canal e ele deve chegar ao comprimento desejado (TESTE VISUAL). 6) Deve-se observar um ligeiro travamento do cone na região apical (TESTE TÁTIL). 7) Após observar essas duas condições, realiza-se a radiografia da PROVA DO CONE, onde comparamos com a radiografia da confirmação da odontometria (TESTE RADIOGRÁFICO). 8) Em algumas situações o cone não passa pelo teste VISUAL, ou seja, NÃO CHEGA AO CRT. Quando isso acontece, deve-se REFAZER O PQC, assegurando-se que a lima chegue sem resistência à medida desejada. Se a lima entra com dificuldade, o cone certamente não entrará, pois é muito flexível. 9) Caso o cone chegue ao CRT mas não ocorra o TRAVAMENTO, deve-se REFAZER O PREPARO APICAL com uma lima de maior calibre, tomando o cuidado de não fazer movimento de limagem, caso contrário será novamente alargado, sem travar o cone. 10) Quando o cone ULTRAPASSA O FORAME, além do CRT, provavelmente ocorreu uma SOBRE-INSTRUMENTAÇÃO. Neste caso, é necessário utilizar um cone de maior calibre ou cortar a ponta do cone de 1 em 1 mm até que trave no comprimento desejado. 11) Só devemos radiografar a prova do cone após a verificação dos testes visual e tátil, pois será inútil radiografar caso não satisfaça alguma ou ambas as situações. 12) Uma vez feita a prova do cone, o conduto deve ser seco com cones de papel absorventes estéreis, prepara-se o cimento e introduzimos no interior do canal com o próprio cone, fazendo movimentos circulares buscando tocar todas as paredes internas do canal. O cone principal é então acomodado na medida do CRT e inicia-se a CONDENSAÇÃO LATERAL, introduzindo um ESPAÇADOR DIGITAL (devidamente calibrado) de médio calibre (vermelho ou azul), entre o cone principal e a parede do conduto. Isso criará um pequeno espaço para a inserção de cones ACESSÓRIOS, de forma a preencher completamente o conduto. Quando não for possível a colocação de mais cones, uma nova radiografia deve ser feita a fim de verificar a QUALIDADE da obturação. Se estiver satisfatória, cortamos o excedente dos cones com calcadores de Paiva aquecidos ao rubro. Esse corte deve ser feito na embocadura dos canais em dentes multirradiculares ou 3 mm aquém da margem gengival em dentes anteriores, para que não ocorra o escurecimento da coroa. 13) Com um calcador de Paiva frio realizamos a CONDENSAÇÃO VERTICAL, a fim de acomodar os cones. Vale lembrar que a condensação vertical NÃO é capaz de corrigir defeitos como bolhas e limite apical da obturação, portanto caso sejam verificadas falhas na radiografia de qualidade, o correto é puxar os cones com uma pinça e remover rapidamente o cimento das paredes do canal antes que tome presa, caso contrário será necessário proceder à desobturação, como em um retratamento, sendo obviamente mais trabalhoso 14) A cavidade deve ser limpa com bolinha de algodão embebida em álcool, éter ou licor de Hoffman, para eliminar resíduos do cimento. Procede-se com a restauração temporária e, após a remoção do isolamento absoluto, é feita enfim a RADIOGRAFIA FINAL com posicionadores radiográficos. 15) Importante lembrar a importância de VERIFICAR A OCLUSÃO com carbono sempre que uma restauração temporária ou definitiva for feita num dente sob tratamento endodôntico. 7 Anexos Bibliografia recomendada ENDODONTIA 2ª Edição. SOARES, Ilson José: GOLDBERG, Fernando. (Figuras ilustrativas) BERGER. ENDODONTIA. Capítulo 20: Preparo do Canal Radicular. 1998. 1ª Ed. p. 347-368. (Técnicas Manuais de Preparo dos canais Radiculares) COHEN & BURNS. CAMINHOS DA POLPA. Capítulo 08: Técnica manual. 7ªEd. p. 200-237. PAIVA & ANTONIAZZI. ENDODONTIA Capítulo 25: Fase do Preparo do Canal Radicular. 1988. 2ª Ed. p.532-629. 8
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