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Processo Civil l - 1o Bimestre

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Aula 1 01/03/2018
A diferença entre processo penal e processo civil, o processo penal ele rege o trabalho da jurisdição criminal, e o processo civil é:
Conceito de direito Processual civil
É o conjunto de normas e princípios que regem a jurisdição exercida pelo Estado, o direito de ação exercido pelo autor e o respectivo direito de defesa exercido pelo réu, bem como, a relação jurídica processual que une o autor, réu e o Juiz. O processo civil tem por objeto, em regra, as relações jurídicas privadas, as de direito publico patrimonial e os direitos da personalidade.
O processo penal e o processo civil tem uma logica uma principiologia diferente, o processo penal existe uma garantia constitucional e processo civil a gente fala sobre a força probatória e entre outros, com os bens da vida são diferentes, as normas processuais são diferentes, é uma sistemática processual diferente, e ele trabalha com três institutos básicos, três objetos que ele vai reger, tem por objeto de analise:
1. Jurisdição: é o poder do Estado de vir e se impor, dizer o direito, aplicar a lei, fazer acontecer, Estado faz isso através da jurisdição, vem do latim juris dictio: dizer o direito. O Estado vai fazer a lei acontecer pelo poder judiciário. O primeiro objeto do PC é estudar esse objeto do poder do Estado de aplicar a lei, como por exemplo:
O IBAMA aplica uma multa de 10 milhões contra uma empresa norueguesa, a empresa recebe a notificação para apresentar a sua defesa, a empresa perde o prazo para demonstrar a defesa para o IBAMA, essa multa deve ser ainda discutida ou já era? 
Acidente de transito bateu o carro na traseira de outra cara, porque eu estava olhando para o celular, e o cara que eu bati entra com uma ação contra mim no juizado especial, e eu não vou, e o juiz me condena, porque perdi o prazo no juizado especial.
Perdeu o prazo, ferrou?
O acidente de transito, não será mais discutido, porque ocorreu o transito em julgado, uma vez ocorrido isso, se torna indiscutível, já era, já no IBAMA se pode discutir, porque a decisão do IBAMA não faz coisa julgada, porque, o IBAMA está no poder executivo, por estar nesse poder, a decisão deles não fazem coisa julgada, porque elas são proferidas pelo poder executivo.
2. Direito de ação: da mesma forma que o Estado tem o poder de dizer o direito no caso concreto, o cidadão também tem esse direito de provocar o Estado, a pergunta é posso propor uma ação para cobrar três reais? Claro que posso, o direito de ação é um direito publico e subjetivo e incondicionado de todo cidadão de pode colocar no poder judiciário. Não precisa ter razão (não tem muita certeza) qualquer cidadão pode propor uma ação judicial e exigir uma resposta do Estado, mais especificamente da jurisdição que é exercido pelo poder judiciário, esse direito não exigi que tenha razão, mais também tem limites. A questão é você é um daltônico, eu falo isso me causa ofensa, eu vou propor uma ação com indenização, como será julgado? Poderá solicitar sim, por mais que a sentença seja improcedente. Direito de defesa: é correlato ao direito de ação, o lado da mesma moeda, o direito de ampla defesa. Deu exemplo da compra dos entorpecentes como ação, como sendo limites.
3. Relação jurídica processual: aqui é como se dá a relação entre autor, réu e Juiz, o que rege essa relação entre autor e réu e juiz vai dizer o que se pode fazer cada um deles, existe uma relação jurídica, aqui reúne três partes. O que diferencia é o penal do civil é o objeto o que se utiliza, o que se discute, no processo civil, se usa para relações entre particulares mesmo que provoquem crime e nas relações entre particulares e poder publico, por exemplo, fazer concurso público, e alguém coloca a gente para fora, você pode propor mandado de segurança, e vai ser uma relação de particular para pode publico. A ação de divorcio ela é do processo civil, ela não envolve dinheiro, mais pode envolver, mais em regra o processo civil não envolve só o dinheiro, o divorcio seria uma rescisão de contrato, e também ação de guarda, você esta somente discutindo quem vai ficar com a criança, o processo penal também se aplica as direitos de personalidade, há vários bens da vida, que está no guarda chuva do processo civil.
Diferença entre direito material e direito processual
O que seria do direito civil, sem o processo civil? O código civil prevê que o pai tem que prover alimentos (provento de tudo) para o filho, o pai que exerce o poder família, tem que prestar alimentos para sua prole, o pai sai de casa, e não paga mais nada para a criança, o código civil quando ele prevê que o pai tem a obrigação de prove alimentos, isso é a norma que cria o direito, é o direito material, mais só isso não basta deve haver uma norma para que efetive esse direito, efetivar o direito, e isso se faz através do direito processual, é a forma que se dá o direito material.
a) Direito material: é espécie de norma jurídica que prevê os direitos, obrigações, deveres, etc. Por exemplo, a obrigação de prestar alimentos ao filho está prevista no código civil. Alguns autores usam como sinônimo direito substantivo.
b) Direito processual: trata da forma como os direitos, obrigações, deveres etc, se dão efetivados, pela jurisdição. Por exemplo, a ação de alimentos (aquela que tem por objetivo a condenação do pai ao pagamento de pensão alimentícia está prevista no código do processo civil). Alguns autores usam como sinônimo a expressão direito adjetivo.
Essa diferenciação, é muito importante, é fundamental.
Aplicação da norma processual no espaço
	O código civil processo brasileiro, se aplica:
Vige no direito brasileiro o principio da territorialidade absoluta, previsto no art. 16 CPC, ou seja, a norma processual se aplica nos limites do território nacional brasileiro, e em prejuízo de qualquer outra norma alienígena (norma internacional: alienígena qualquer coisa que não seja daqui).
(prova: quando dois cidadãos brasileiros litigarem sobre norma de direito material brasileiro no estrangeiro será também aplicável a norma de natureza processual nacional = FALSO). Qualquer tipo de norma brasileira não se aplica no estrangeiro em geral.
Art. 16.  A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.
Aula 2 08/03/2018
Aplicação da lei processual no tempo
	Houve uma recente troca no processo civil, onde começou a valer em março de 2016, então digamos que o seguinte eu propus uma ação em dezembro de 2015, uma demanda, qual código que se aplica? Visto que o novo código começa a vige em 2016? 
Ou, eu celebre um contrato de locação hoje (é crime exigir duas formas de garantia no contrato de locação), em que é vedado ter duas garantias, e vem uma nova lei que passa a permitir a existência de duas garantias no contrato, essa nova norma se aplica sobre esse contrato celebrado antes?
São dois fatos que aconteceram e veio uma lei depois, a lei que veio depois, se aplica ou não se aplica sobre este fato que aconteceu, ou iniciou anteriormente?
R: para o contrato de locação a lei nova NÃO RETROAGE, vai se aplicar quando vier, porque quando se trata de direito material, a norma não se aplica ao fato ocorrido anteriormente da vigência da alteração.
R: em relação ao processo (direito processual), o novo código se aplica sim ao processo que iniciado antes da sua vigência.
Quando a lei tem caráter de norma de direito material ela NÃO SE APLICA AOS FATOS JURIDICOS, ATOS JURIDICOS, ACONTECIDOS OU CELEBRADOS ANTES DA VIGENCIA. Ela somente se aplica para frente ela não produz efeitos retroativos. Porém a norma de direito processual se aplica aos processos que tenha iniciado antes da sua vigência, para aquele processo que tenha iniciado em 2015, embora, só passou a vige em 2016, sim ele se aplica para esse processo inicial.
Digamos que o processo se iniciou antes da vigência do novo código e lá quando a lei era outra, o prazo para um determinado recurso era 15 dias, protocolei em 15 dias, ai veio a nova lei, e falou o seguinte, esse mesmo recurso nãotem mais o prazo de 15 dias e sim de 10 dias, ou seja, há uma diminuição no prazo, chega o momento de julgar esse recurso, como a lei nova se aplica aos casos iniciados e o prazo desse recurso diminuiu, a gente vai ver se vai ser julgado, aqui a lei piorou, a solução para isso é:
De Acordo com o art.14º CPC, vige no Brasil o sistema de aplicação da lei processual, por isolamento dos atos, isto é, a lei nova se aplica aos processos iniciados antes da sua vigência, porém, apenas em relação aos atos processuais, que serão praticados a partir de então (da vigência da lei).
Art. 14.  A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Processo iniciado (petição inicial) a lei nova veio e alterou determinado dispositivo, essa nova lei se aplica esse processo iniciado antes da vigência da lei? SIM, mais ela se aplica aos atos processuais (é cada ato praticado no processo que vai gerar o fim a conclusão final) que tenham sido praticados antes? NÃO. Então a lei se aplica sim ao processo iniciados antes da sua vigência, apenas em relação aos atos processuais que vão ser praticados a partir da sua vigência, a partir de então.
** ele vai cobra na prova, eu vou fazer essa comparação com a norma de direito material, qual aplica e qual não se aplica**
Princípios processuais
	Uma das principais diferenças entre o novo código e o anterior, é a veia principíológica.
O código de 2015 melhorou o de 1973. Certas releituras e adaptações pacificadas pela jurisprudência com destaque aos aspectos principíológicos. Princípios são fundamentais, quando conhecemos o princípio facilita a hermenêutica. O CPC de 2015 dedicou um capítulo especial aos princípios no processo, o que não ocorria no CPC de 73.
Pode um juiz ouvir uma testemunha e deixar de ouvir a testemunha do réu (o juiz indefere e só ouve uma delas)? Isso fere a isonomia? Essa resposta não vamos a achar na lei e sim no princípio. Vige o processo da isonomia no processo civil, mas não viola a isonomia, pois para interpretar essa questão eu preciso invocar outro princípio, o princípio do livre convencimento racional do juiz, em que o juiz é o destinatário final da prova que decide sobre a pertinência ou impertinência da oitiva da testemunha. Essa é uma regra principiológica.
O principio da isonomia vige em todos os ramos do direito? Não, por exemplo, no Direito Administrativo (que trata da relação entre particular e do poder público, licitações, desapropriações, etc.) aqui vige o principio da supremacia do público sobre o privado.
Não a hierarquia entre princípios. 
O CPC de 2015 dedicou um capitulo especial aos princípios do processo, o que não ocorria como o CPC de 73. A CF prevê princípios e garantias processuais da mesma forma. As garantias não podem ser excepcionadas. Os princípios podem ser ponderados. Então aquilo que é previsto no art. 5° como garantias constitucionais ela sempre vai acontecer e ser respeitada.·.
1. Principio devido processo legal
Esse princípio é o mais importante, ela é mais que um princípio é uma garantia (meta-garantia). O principio devido do processo legal, é um conjunto de situações, é a maior conquista que o cidadão conseguiu ter em razão dos Estados absolutistas. Como por exemplo, a desapropriação ela é precedida de atos praticados, deve seguir um devido processo, o Estado pode tirar um bem de um cidadão pode, mais não é de qualquer jeito, entre o Estado poder e fazer, o que liga o devido processo legal, é essa meta garantia porque esta acima de todas as outras, é um conjunto de todos os princípios processuais de todas as garantias constitucionais, que juntos e reunidos configuram o DPL, o cidadão pode ser privado da liberdade pode, desde que seja respeitado o devido processo legal.
Ex. Dois dias atrás o STF decidiu que o TSE pode julgar as ações de cassação de diplomação dos políticos no Estado, eu me candidato a deputado Estadual eu ganho a eleição e sou diplomado, mais tem algum problema na minha candidatura, e eu tenho que ser impugnado (impugnação a diplomação), como é a estrutura da justiça eleitoral? Faz parte da jurisdição, só existe para cuidar de assuntos eleitorais, há uma junta eleitoral, e o que esta acima é os tribunais regionais eleitorais (TRE) e acima dele, o TSE (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL) o que estava sendo discutido, que as decisões das juntas eleitorais que caberia recurso (porque quem cassa a diplomação do deputado é o Juiz que está lá na junta eleitoral, Juiz de 1º grau o Juiz Estadual), cassa a diplomação desse sujeito, ele comprou votos, ele não e mais deputado, cabe recurso a essa decisão? A possibilidade que o recurso vá direito ao TSE pulando o TER, para quem não concorda diz que errado porque há uma violação ao devido processo legal, sempre que eu tenho uma violação, uma garantia, um principio menor, isso acaba violando de forma transversa o DPL, essa situação de pular de 1º grau para a corte de superior máximo, viola o DPL, porque todo cidadão tem direito as instancias(competência) regulares, quando você pula uma instancia você pratica supressão de instancia (quando muda de 1º para 3º) para o cidadão é melhor que haja mais cortes ou menos corte para recorrer? Mais tribunais, para eu garantir a minha ampla defesa, o meu devido processo legal, o meu direito, é melhor eu ter a opção de ir de 1º para o 2º e assim por diante.
Quem entende que é certo alega (maioria dos min do STF) principio logicamente, é o da segurança jurídica, pois está em voga há mais de 50 anos.
Trata-se de uma garantia constitucional, segundo o qual, ninguém será privado de sua liberdade ou seus bens, sem que seja observado o devido processo legal. Em verdade, o devido processo legal, é composto de todos os demais princípios e garantias processuais (meta-garantia), de modo que a violação a um determinado princípio ou garantia, atingirá de forma indireta, o devido processo legal.
Exemplo quando alguém fala o cara não deixou eu me manifestar (violou o meu contraditório) e essa violação também é uma violação ao DPL, o contraditório é você ser ouvido, e isso são garantias constitucionais.
2. Principio da Isonomia
A lei de garantia constitucional, o CPC prevê em seu Art.7º e 139º inc.1 (como dever do Juiz), que as partes devem ser tratadas de formas isonômica e paritária no processo. Na maior parte das vezes, trata-se de isonomia formal, porém, em determinadas circunstancias o sistema prevê mecanismos para que seja atingida a isonomia material, por exemplo, o CDC, art.6º inc.7, que trata da inversão do ônus da prova, quando verificar que o autor é hipossuficiente.
Aqui prevê que a partes deve ter os mesmo tratamentos:
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
Os deveres do juiz de tratar as partes de forma igual, tratar como paridade, tem que ser iguais.
Art. 139.  O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
O processo civil utiliza o conceito de igualdade formalmente igual ou igualdade materialmente igual?
	Às vezes de forma formal e às vezes de forma material, exemplo, inversão do ônus da prova (o ator prova o que alega e o réu prova o que alega, quem não alega perde), ela acontece nos processo de consumidor, há uma lei dizendo, que quando uma das partes for hipossuficiente, poderá o Juiz inverter o ônus da prova. Hipossuficiente é o cara que não é suficiente como o outro, é mais fraco que o outro, é o cara que não tem o mesmo conhecimento técnico, quando eu tenho uma assimetria informacional, ai no caso eu tenho uma isonomia material, uma insuficiência intelectual, conhecimento técnico, então aqui vai depender ou formal ou material tudo previsto em lei. 
Aula 3 15/03/2018
3. Principio da imparcialidadedo julgador (pode cair na prova)
Quando que o julgador é parcial? Como definimos quando um juiz é parcial? Se um juiz julga errado, ele está sendo parcial? Não podemos ser rasos na resposta. Ex. alguns juízes julgaram incondicional a norma ao declarar o fim da contribuição sindical, quando sua sentença é reformada, está errado ou certo? Ele foi parcial? Como definimos isso de uma forma objetiva?
Tecnicamente, para definir de maneira objetiva, o juiz ele é parcial com base em critérios objetivos. Se o juiz interpreta errado, ele não é parcial, agora se ele é irmão da parte, ele é um juiz imparcial ou parcial? A imparcialidade do juiz ela é definida na lei através de critérios objetivos, eu tenho que ter um critério que me diga de acordo com a lei, o que é um juiz parcial ou imparcial. A lei tem critério para isso, se o juiz é irmão da parte, ele pode julgar essa causa? E se ele é amigo intimo da parte? A imparcialidade tem a ver com o juiz de ser imparcial, a lei usa duas expressões para dizer de antemão que aquele juiz não vai poder julgar, porque eu pressuponho que ele vai ser parcial, lendo a decisão do juiz eu consigo dizer se ele é parcial ou imparcial, mais se eu analisar a qualidade dele eu pressuponho que ele vai ser parcial, assim vai haver impedimento e suspeição. Hipóteses de impedimento:
Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
O juiz não pode julgar causa em que ele é parte, se ele entrar com uma ação judicial, e cai na minha vara, eu não posso jugar a causa que eu sou parte. E no inc. anterior o juiz não pode julgar a causa na qual uma das partes é cônjuge, parente, irmão etc. São hipóteses objetivas que induzem a ideia que o juiz será parcial, o Juiz deve ser imparcial, e o Juiz imparcial é aquele Juiz que não impedido, ou suspeito.
Do ponto de vista objetivo, considera-se como imparcial o juiz que não é impedido (art. 144) ou suspeito (art. 145).
Qual é a diferença entre impedimento ou suspeição? 
Art. 144.  Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo.
Art. 145.  Há suspeição do juiz.
As hipóteses de impedimento são objetivas. Eu posso saber de antemão, porque se o Juiz é parte, parente eu já sei que ele é impedido, eu não preciso fazer nenhum juízo de valor. São hipóteses previas e pressuposta de parcialidade, não é porque o juiz é mau caráter, mais simplesmente, evita que aconteça dele ter que julgar, eu já afasto dele, porque eu pressuponho que ele vai ser parcial, não precisa ter uma analise de valor. 
As hipóteses de suspeição, por sua vez, são subjetivas, ou seja, exigem um juízo de valor.
As hipóteses de suspeição elas exigem uma analise de juízo de valor, conforme consta no art.145 inc. 1, o que é um amigo intimo? Tudo depende, porque não conseguimos fazer uma dissertação do que é um amigo intimo, é uma situação, portanto que exige um juiz de valor, uma analise no caso concreto, e todas as outras hipóteses são assim:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
A parte não vai poder alegar à suspeição ou impedimento quando ela provocar a situação, por exemplo, chamar um advogado, amigo do juiz para atuar na causa. Só existe parcialidade ou não se estiver enquadrado na lei.
4. Principio do Juiz natural e da Vedação aos tribunais de exceção (pode cair na prova)
Você para ser julgado a sua causa deve ser julgada por um Juiz aleatório e não um juiz determinado.
De acordo com o princípio do juiz natural, deve haver regras prévias e claras que identifiquem quem será o órgão julgador, sendo vedado o direcionamento ou escolha determinada do órgão julgador.
Tribunal de exceção é criado especificamente para decidir uma demanda, ex. tribunal de Nuremberg pós 2° guerra mundial. Era necessário obedecer ao devido processo legal antes da sentença. No caso da 2º guerra foi criado um tribunal especifico para julgas os alemães. O maior problema do tribunal de exceção é que viola o princípio do juiz natural é criado especificamente para julgar demanda o justo o que cumpriria o devido processo legal, seria eles ser julgados por um órgão jurisdicional aleatória, a grande critica foi que criado esse tribunal especificamente para essa causa, e em seguida foram absolvidos.
O “tribunal de exceção” é o órgão julgador criado “a posteriori” ao fato e especificamente para julgá-lo.
Então hoje no Brasil eu posso criar uma vara especifica para julgar algum crime que aconteceu? Exemplo, estupro coletivo que aconteceu no Pará. Posso criar uma vara? Não, o Juiz natural não é uma pessoa física, é o órgão julgador que foi criado de forma prévia, e escolhido de forma aleatória.
 Qual é o órgão administrativo, do poder judiciário que dá concreção ao princípio do juiz natural?
R: Cartório distribuidor é aquele que existe na comarca para fazer o registro das demandas que entram, para evitar fraude aos credores, evicção etc. Além disso ele faz o sorteio para qual vara cível vai cair a lide.
	Ex. Sergio Cabral e Eduardo Cunha alegam que não deveriam ser julgados pela 13° vara federal em Curitiba, por serem do RJ e o juiz natural deveria ser do RJ. Eles estão aqui pelo fenômeno de atração, conexão, que mudam a competência – ações a fatos correlatos, o juiz que conhecer a causa em 1° lugar é o juiz natural, o que aconteceu meu fato não tem nada haver com o fato que esta sendo discutido em Curitiba, eu tenho que ser julgado no RJ, os crimes ocorridos lá no RJ esta tudo ligado a Petrobrás, e quem é o responsável é o Juiz da 13º de Curitiba.
5. Principio do contraditório e da ampla defesa
O que é o princípio do contraditório. Ele só é exercido pelo réu? V ou F?
R: É a obrigação de que antes de o juiz proferir ir uma decisão ele deve ouvir as duas partes. Não é exercido só pelo réu, se o réu traz um fato novo o juiz tem que ouvir o autor.
Art.9º e 10º
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
O contraditório é a obrigação de que antes de haver uma manifestação, Juiz nunca vai poder julgar proferir uma decisão, sem ouvir as duas partes sobre um determinado fato. Somente vai ouvindo as partes se houver um fato novo, exemplo, eu proponho uma ação eu emprestei o dinheiro para vocês e não me pagaram primeira contestação: não emprestei ou dinheiro (aqui não vai precisar que o autor seja ouvido de novo) ou eu emprestei mais já paguei está aqui o pagamento (fato extintivo, pagamento, se o réu vier e alegar o pagamento eu tenho um fato novo, o Juiz terá que exercer o princípio do contraditório), em uma desses casos o Juiz tem que exercer o princípio do contraditório no outro não.
De acordo com os artigos 9° e 10° do CPC, toda decisão jurisdicional deverá ser precedida da oitiva (ouvir, manifestação) de ambas as partes.
Pode o juiz proferir uma decisão contra a parte sem que ela seja previamente ouvida?
R: Sim, existe exceção. Decisão liminar é aquela proferida pelo juiz no início sem que a outra parte seja ouvida, é possível em situações excepcionais em que o contraditório seja postergado, ex. motoboy se acidenta fazendo bico passa um carro e fura o sinal quebrando a pernadele, que por sua vez não vai receber o auxilio do INSS por não contribuir, logo, procura um advogado e propõe uma ação. Como o dinheiro demora para receber, o juiz, em virtude da tutela de urgência, concede a decisão liminar antes que a outra parte seja ouvida previamente (em tendo testemunha, com verossimilhança das alegações e fundado receio de dano) o juiz determina a pensão até o julgamento final do processo. O réu vai se manifestar em contraditório de maneira postergada.
A decisão liminar viola o princípio do contraditório, V ou F? – Falso (prova)
O princípio do contraditório é uma garantia constitucional previsto no art. 5°.
A decisão de caráter liminar, não viola o princípio do contraditório, eu não estou eliminando o contraditório e sim apenas o postergando.
O princípio da ampla defesa (dos argumentos) é uma decorrência do contraditório, no sentido de que, além de ser ouvida, deve ter a parte a possibilidade de comprovar suas alegações.
Não basta eu ser ouvido, o Juiz tem que me conceder instrumentos necessários para eu poder comprovar o que eu estou falando, é aquilo que da concretude, da dimensão real do contraditório, a parte deve haver condição de comprovar aquilo que ela alega.
6. Principio da Inafastabilidade da tutela jurisdicional
1º situação: O judiciário quando ele for provocado, ele tem que se manifestar.
2º situação: nenhuma demanda que não tenha sido resolvida no judiciário vai ser considerada finalizada.
3º situação: é que existe uma exceção a este princípio, arbitragem, dos três poderes do Estado (legislativo, executivo e judiciário) o único deles que tem o poder de fazer coisa julgada é o judiciário. Qualquer medida que tente impedir que a parte possa rediscutir uma determinada situação perante o judiciário, vai ser considerada inconstitucional, porque em ultima analise a tutela jurisdicional quando provocada ela tem que dar o atendimento (decisão) que foi requerida pela parte, porque é só um poder judiciário, tem poder para fazer coisa julgada.
Exemplo se vier um à lei (não é possível discutir demandas cujo valor seja menos que 100 reais) não vai mais para o judiciário, essa lei é inconstitucional.
Tenho que garantir acesso a toda demanda do cidadão. É só a decisão jurisdicional que faz a coisa julgada.
Presunção de direito significa é algo tomado como certo, embora não comprovado.
Ex. um casal se separa, 8 meses depois a mulher nasce uma criança, a lei presume que o pai é o ex-marido.
A coisa julgada é único tipo de presunção que não permite prova em contrário, ou seja, é uma presunção absoluta. Ex. Furaram o sinal vermelho, bateram no meu carro. Peguei testemunhas, mas estas não foram encontradas, o juiz julga improcedente, torna coisa julgada. Se eu encontrar a testemunha posteriormente e propor a ação judicial já era, ocorreu a coisa julgada, só a tutela jurisdicional que é capaz de produzir a coisa julgada, feita coisa julgada não existe maus a possibilidade de discutir aquele assunto, e só a tutela jurisdicional é que é capaz de produzir coisa julgada, portanto eu não posso impedir o acesso.
A presunção relativa, que admite prova em contrário. Ex. Causas do poder executivo, ANP, IBAMA etc, mais somente porque é o poder executivo.
Existe uma única exceção ao princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional, a arbitragem. 
Aula 4 22/03/2018
Continuação do Principio da Inafastabilidade da tutela jurisdicional:
Não pode haver empecilho ou impedimento do cidadão acessar o poder judiciário para dar a ultima opinião sobre determinada lide. 
Trata-se de garantia constitucional, segundo a qual nenhuma lesão a direito poderá ser excluída da analise por parte do poder judiciário. Dentre os três poderes constituídos, apenas a decisão judicial é aquela passível de formar a coisa julgada.
A coisa julgada é a qualidade é o efeito de uma decisão judicial que não é mais passível de discussão, não é caber recurso (isso seria transito em julgado, quando não cabe mais recurso) gerado pela sentença transitada em julgado.
A coisa julgada é o efeito gerado pela sentença transitada em julgado.
Art. 3° CF, § 1°. Lei 9.307 de 1996 – lei que instituiu a arbitragem. 
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
Arbitragem é uma forma alternativa para a solução dos conflitos, as partes elegem um terceiro para que profira uma decisão de um conflito entre ela, o arbitro não é Juiz, vai haver um contrato, e ao invés de levar para o poder Judiciário, vai ser levado à câmera arbitral. No Brasil a arbitragem é usada onde o dinheiro está, onde as coisas importam, para processos grandes, a arbitragem é um instituto internacional, vai ser escolhido um arbitro previamente escolhido pela parte.
Vantagens da arbitragem: Sigilo, rapidez e especialidade (quem escolhe os árbitros é as partes e não precisa ser advogado). Não é pública. Tem o mesmo valor de uma decisão judicial, porém ela não pode fazer a execução da sentença arbitral.
A arbitragem, prevista na lei federal 9.307/96, é uma forma constitucionalmente reconhecida para se dirimir litígios e que não afronta esta garantia. A arbitragem, contudo, exige que as partes sejam capazes, o direito discutido seja disponível (as partes pode dispor, que eu possa negociar) e elas estejam de acordo em dirimir a lide perante o juízo arbitral. Contudo, para a efetivação da sentença arbitral (expropriação, penhora de bens etc.) a sentença arbitral deverá ser levada ao poder judiciário.
7. Princípio da motivação das decisões judiciais
As decisões judiciais tem que ser devidamente fundamentadas, coerentes, tenham sentido e racional. Mais nem todas as decisões precisam ser fundamentados, isso ocorre nos tribunais do júri os jurados não precisam fundamentar suas decisões, isso só acontece no tribunal do júri. No processo civil brasileiro não pode ser proferido uma decisão sem que tenha uma devida fundamentação:
Trata-se da garantia constitucional de que as decisões judiciais serão fundamentadas.
Qualquer tipo de fundamentação vale?
Eu poderia usar a testemunha de um médio porque a testemunha morreu ai eu fundamento a sentença dizendo que eu ouvi a testemunha através de um médio (espiritual). NÃO SE PODE, PORQUE NÃO É RACIONAL.
O art. 93º IX da CF e o ártico 489 do CPC determinam que as decisões sejam devidamente fundamentadas, porém, não basta qualquer fundamentação para que a decisão seja valida de modo que o §1° do art. 489 elenca algumas hipóteses em que não se considera fundamentada a decisão, por exemplo, quando o juiz cita dispositivo de lei ou sumula e não explica qual é sua relação com o caso concreto.
Art. 489.  São elementos essenciais da sentença:
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
Como por exemplo:
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
8. Princípio da publicidade dos atos processuais
Os atos processuais, em regra, são públicos (art. 11) de modo que qualquer cidadão pode presenciar os julgamentos ou consultar os autos processuais.
Art. 11.  Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
No civil existe praxe para pedir autorização para entrar, contudo há exceções em determinadas situações a lei prevê hipóteses em que deverá ser decretado o sigilo de justiça (restrição de presença) sobre os atos processuais. Quando os atos processuais tem sigilo? Está prevista em lei:
Art. 189 do CPC. ***PV ler artigo 189 vai cair na prova
Art. 189 CPC.
Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social; (casuísmo, uma discussão a respeito de fornecimento de material nuclear do exercito, provavelmente o interesse publico é maior, o Juiz que vai entender ao caso concreto).
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guardade crianças e adolescentes; (direito de família, por lei são acobertadas).
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
9. Princípio da razoável duração do processo
Significa que sempre que possível deve o juiz zelar pelo interesse da parte, quando tem um agravante que o tempo do processo, sempre que possível que o Juiz tem que tomar uma decisão e essa decisão pode atrasar o processo, causar prejuízo para parte, deve considerar esse tempo em prol da parte. A variável tempo tem que ser em prol da parte.
De acordo com o art. 4° e 139, II, deve o juiz zelar pelo interesse das partes em contraponto ao tempo da duração do processo judicial. Portanto, se diante de duas possíveis decisões uma gerar um ganho expressivo de tempo é essa que deverá ser adotada.
Vai cair na Prova: O CNJ edita anualmente uma resolução em que fixa o prazo máximo de duração dos processos judiciais?
R: Não, falsa, o CNJ (conselho nacional da justiça) edita normas do poder judiciário, ele não pode chegar hoje e falar, o processo terá validade de dois anos, não tem logica, é um principio de interpretação.
10. Princípio da iniciativa do juiz na investigação das provas e princípio da verdade real
Quem produz prova no processo são as partes, as partes não são obrigadas de produzir prova, ônus é diferente de obrigação de dever, a parte pode escolher ou não produzir provas, onde ela sofrerá consequências de não apresentar prova, a produção da prova é um ônus. O Juiz pode fazer investigação, por mais que as partes não tenha solicitado, pode o juiz faz a investigação da verdade, mais ele não é obrigado, ele faz se ele quiser.
De acordo com o art. 370, o juiz, de oficio ou a requerimento da parte, poderá determinar as provas a serem produzidas no processo. É uma faculdade (NÃO OBRIGAÇÃO) do Juiz determinar a produção de provas não requeridas. *** PV
Art. 370.  Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único.  O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Outrossim, pode p juiz, indeferir a produção de provas que entender impertinentes, por ser ele o destinatário final das provas.
Aula 5 29/03/2018
Continuação.. Princípio da iniciativa do Juiz na investigação das provas e princípio da verdade real
Princípio da iniciativa do Juiz na investigação das provas e principio da busca da verdade real
De acordo com o art.370, o Juiz é o destinatário final das provas, de modo que, cabe a ele, analisar a pertinência na produção de determinada prova.
São dois princípios que trabalhamos juntos, quanto ao princípio da verdade real, o que é a verdade? Há vários conceitos, mais o que nos importa, é o que é a verdade real e o que a verdade formal, no processo civil a verdade em princípio é a verdade formal (são aquelas produzidas no processo, todas as provas que foram apresentadas no processo), e a verdade real (é aquilo que realmente aconteceu, por causa da segurança jurídica as situações fática elas não devem ficar de formas eternizadas), porque assim sempre ficará martelando no mesmo processo, cada hora que achar uma verdade real, desse forma o processo civil se satisfaz da verdade formal (só está no mundo o que está no processo, só me interessa o que está no processo, o resto não tem importância para o mundo jurídico), isso não sendo possível a verdade real.
	Verdade formal é a reprodução dos fatos que aconteceram dentro do processo, e que não sofrem influencia por fatos externos, o objetivo sempre é objetivo da verdade real, não sendo possível a verdade formal.
Outro sim, a meta do processo civil é a busca na construção da verdade real (por meio da produção de provas), porém caso isso não seja possível, o sistema se satisfaz a verdade formal em nome da segurança jurídica.
Entretanto, quando o processo civil lida com bens jurídicos relacionado a personalidade, por exemplo, (identificação da paternidade) a jurisprudência acabou originando a teoria da relativização da coisa julgada, porque a verdade real nestas hipóteses se sobrepõe a segurança jurídica.
11. Principio da vedação ao uso da prova ilícita
Zoofilia é a prática de relações sexuais com animais, isso é licito ou ilícito? Pode usar uma foto como prova de zoofilia? Passar rasteiras em velinhas? Eu não posso utilizar prova ilícita.
É vedado pela constituição o uso de provas ilícitas (5ºinc. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;) a grande questão é saber o seguinte, o que é prova ilícita? É aquela conduta que viola algum dispositivo de lei, não precisa está relacionado à violência. Há vários tipos de provas ilícitas, sendo uma delas, quando eu estou conversando com alguém, e uma terceira pessoa grava, essa prova vai ser ilícita. 
A lei proibiu a Zoofilia, porque é imoral, prova ilícita que dizer prova ilegal, não quer dizer prova imoral.
Prova ilícita é aquela cuja produção viola de alguma forma o ordenamento jurídico. A prova imoral, não é ilícita.
12. Principio da persuasão racional ou do livre covencionamento motivado do Juiz.
Para o juiz condenar, ele deve dizer o porquê esta condenando (fundamentação). Exemplo à pessoa que está trabalhando e corta a mão no momento do trabalho, ela pode se aposentar? Sim, vai receber integral ou parcial (auxilio)? Solicita a pensão, e o INSS informa que ele é invalido parcialmente, assim ele entra com uma ação contra o INSS, ai o Juiz vai ter que dizer se está invalido total ou parcialmente, o Juiz não tem capacidade para dizer isso, aqui vai haver um perito para fazer o exame do sujeito, ai o perito afirma que ele tem invalidez total, você como Juiz o que faz com essa pericia, se você não concorda com ela? Vamos supor que você não concorda com essa pericia? Você pode ir contra essa pericia? Você tem que decidir de acordo com a pericia? Ou dane-se a pericia? Os sistemas probatórios de fundamentação e da relação de provas e convencimento do Juiz, o Juiz poderá decidir sem ter que fundamentar nas bases produzidas (como o tribunal do júri), aqui ele tem autonomia para se decidir. Há o sistema tarifário onde o Juiz esta engessado, prevê um certo valor para as provas em uma hierarquia entre os meios de provas:
EX: Inquisição (pessoas queimadas) existia processo na idade media, tinha um Juiz, tinha condição de provas e uma vez provada a culpa, o Juiz aplica a pena, o sistema do processo era baseado na hierarquia das provas, existia uma prova que era a rainha das provas (confissão) se o réu confessasse, todas as demais provas não tinha valor e o Juiz não tinha liberdade para julgar diferente, porque ele era vinculado as provas. A forma de obter a prova (era através de torturas). 
O nosso sistema está situado:
O Juiz é livre para apreciar as provas produzidas no processo, porém, deverá decidir de forma racional e como base nas provas produzidas. Essa regra está positivada no art.371, por exemplo, conforme previsto no art.479 o Juiz não está vinculado à conclusão da prova pericial, podendo decidir de forma contraria a ele, desde que fundamente de forma racional.
Quem que ganha, quem tem duas testemunhas ou uma testemunha? Não existe isso no processo. 
13. Principio do impulso oficial e principio dispositivo 
De acordo com o art.2º o processo se inicia, por iniciativa da parte, porém conduzido, até o seu final por impulso oficial.
EX: Sai da balada, e de repente bate na traseira do de outro carro, mais eles não entram em acordo, dizendo que a culpa não foi dele e simdo outro, ai neste exato estante está passando Sérgio moro, e ele estaciona e diz não se preocupe eu vi tudo que aconteceu, eu sei que o culpado foi o rapaz do valete, ai o Sérgio moro faz a sentença ali na mesma hora, e entrega para o sujeito. Pode ou não pode fazer isso? Não pode, tanto porque viola o devido processo legal, o processo sempre deve se iniciar a partir da iniciativa da parte, essa sentença ela é INEXISTENTE (a nula existe mais não produz efeitos e a inexistente que não existe no mundo jurídico). Essa sentença ela é inexistente, pois não houve uma provocação inicial da parte, a iniciativa da parte é fundamental para que o processo tenha existência e validade, isso é que nós chamamos de princípio dispositivo:
De acordo com o principio dispositivo é a parte que da inicio ao processo e dele pode dispor, sendo que cabe ao Juiz decidir a libe, nos estritos limites que ela foi proposta (art.141).
O Juiz só pode julgar nos estritos limites, ou seja, exatamente o que o autor da ação solicitou no processo, o que ele solicitou, o Juiz é obrigado a julgar a libe conforme o que for pedido.
O princípio do impulso oficial significa:
Uma vez iniciado o processo, mesmo que as partes não deem prosseguimento a ele, a jurisdição o conduzirá até o seu fim.
Aula 6 05/04/2018
14. Princípio da oralidade
Os processos em regra são escritos, porque eles precisam ser documentados, para que eu posso documentar um processo, é normal que seja de forma escrita. Esse princípio diz:
Embora o processo seja em regra documentado de forma escrita, sempre que possível, será prestigiada a pratica de atos na forma oral (nada impedindo que o ato seja reduzido a termo).
Existe processo que são praticados de forma oral, como a audiência, para que eu posso saber o que foi dito em audiência, isso acaba sendo reduzindo a termo (transcrever), o ato do processo é oral.
15. Princípio da probidade e princípio da cooperação
Princípio da probidade, ser probo é ser honesto, que age de boa fé, diz:
De acordo com o princípio da probidade, devem as partes agir de boa fé no processo (art.5º).
Na pratica o que é agir de boa fé no processo? 
O ordenamento jurídico repele o comportamento de má fé, o que é conhecido como a “litigância de má fé”.
A lei diz no art.80 ... elenca as hipóteses que se compreender como litigância de má fé.
Art. 80.  Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art.81 prevê as sanções para quem pratica litigância de má fé.
Art. 81.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
Princípio da cooperação, ele é mais amplo, ele abrange outros sujeito de que alguma forma interfere no processo, como por exemplo, oficial de justiça, Serasa etc. abrange todos os outros sujeitos que de alguma forma vai interferir no processo, na relação
De acordo com o art.6º, todos aqueles que de alguma forma intervém no processo deve cooperar, a fim de que, seja obtida em prazo razoável a decisão de mérito.
16. Principio da economia processual e da instrumentalidade das formas
Sempre que possível, deverão ser praticados atos processuais que gere o máximo de resultados com o mínimo de dispêndio. Por exemplo, a possibilidade do réu reconvir contra o autor na mesma relação processual, é uma espécie de medida fruto da economia processual
Sempre que poder praticar um ato que pratiqer o mínimo de dispêndio, como por exemplo,... 
O recurso (ideia de incentivos, saiu uma sentença, forma de incentivo negativo) adesivo também é um exemplo de conduta que gera economia processual.
De acordo com o princípio da Instrumentalidade das formas mesmo que não seja observado a forma prevista em lei, mas o ato produz resultado validos e as partes não sejam prejudicadas, poderão ser aceitas as consequências do ato, em nome da economia processual.
17. Princípio duplo grau de jurisdição
Deve ser garantido as partes do processo, que a decisão de 1 juiz de 1 grau, venha a ser analisado por um outro juiz superior. D ponto de vista técnico do Brasil, são somente dois graus de jurisdição (autorizados a analisar) o outros dois que é superior (analisa tese).
Trata-se da possibilidade das partes possam pedir a revisão de uma decisão judicial para outro juízo, hierarquicamente superior.
Garantia constitucional ou princípio?
O duplo grau de jusridição....
De acordo com STF, não é uma garantia constitucional, de modo que, pode haver a supressão de cabimento de recursos na esfera civil.

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