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ALINE RIBEIRO DE OLIVEIRA (RA 8083180) Licenciatura em Matemática Portfólio Ciclo 3 – Políticas da Educação Básica Professora: Maria Auxiliadora Claretiano - Centro Universitário BRASÍLIA 2019 Atividade 1. QUADRO DOS DIFERENTES MOMENTOS DO DOCUMENTÁRIO “PRO DIA NASCER FELIZ” E ANÁLISE CRÍTICA/REFLEXIVA O documentário “Pro dia nascer feliz” traz a realidade de fato da desigualdade da educação no Brasil expondo a realidade social dos estudantes, sua situação escolar, familiar e problemas que enfrentam. Também é dado espaço para que professores exponham sua opinião em relação aos alunos, ao sistema de ensino, suas frustrações e dificuldades, escassez de recursos e falta de interesse dos próprios alunos. São apresentadas escolas localizadas em Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. A escola e m Manarí revelava uma qualidade de educação péssima, sem recursos didáticos e até mesmo de necessidades básicas. Falta de estrutura física, pois nem os banheiros estavam adequados para uso, além da ausência de professores e transporte precário aos estudantes. Consequentemente havia um desinteresse dos estudantes ao estudo, resultando no desinteresse dos professores, pois não tinham mais responsabilidade com a escola. Os professores se sentiam desvalorizados, principalmente pelos alunos, e aqueles alunos que gostariam de poder aprender se sentiam desvalorizados pelos professores. Havia falta de respeito e dedicação por parte dos governantes, docentes e discentes. A escola de Duque de Caxias no Rio de Janeiro vive o problema de violência e de drogas. É possível acompanhar o posicionamento do conselho tutelar em relação ao aluno Deivison Douglas. Já no que competia ao conselho de classe, percebia-se uma dúvida em reprovar Douglas e desestimular sua “melhora”, ou aprová-lo através de uma recuperação, consequentemente o motivando para uma mudança real em sua vida. Apesar de o jovem achar interessante andar armado, conhecer traficantes, segundo ele, isso não o deixava influenciar para fazer o mal ou ingressar na vida criminosa. Vimos como são importantes na vida escolar todas as atividades educacionais em classe e extraclasse. Em um bairro onde reinava a violência e as drogas, o mínimo de acompanhamento, como o Núcleo de Cultura faz a diferença para muitos destes adolescentes. A escola de Itaquaquecetuba em São Paulo trazia uma realidade diferente, mostrava um espaço de comunicação entre o aluno, professor e comunidade de forma produtiva e dinâmica. Percebemos uma melhora na aparência dos estudantes e da própria estrutura da escola, porém ainda existia a pobreza da comunidade que limitava o desenvolvimento social das crianças e adolescentes. É relatado que a escola teve alunos com bom desempenho no ENEM. Em relação ao interesse dos alunos e disciplina dos professores, os problemas se repetiam, havia uma constante falta de professores, com isso os alunos eram liberados mais cedo. Uma das professoras relatou que faltava devido ao desgaste físico, emocional e psicológico que sua função traz. Outra professora relatou que a escola como um todo precisa se reorganizar e mudar, pois está desatualizada e m seu modelo de funcionamento, não sendo atrativa aos alunos. Também relata de que o professor não está preparado para a realidade de aluno que se encontra, se sente desmotivado para dar aulas, se frustra e com isso suas aulas se torna m “ruins”. A escola no bairro Alto de Pinheiros em São Paulo é uma escola particular, onde podemos perceber uma maior rigidez no ensino. Por ser uma escola de classe alta não se verifica problemas referentes à infraestrutura ou recursos, porém problemas relacionados ao lado psicológico dos alunos. A escola não propõe uma dinâmica tão recíproca com a comunidade, porém tem um enfoque muito grande na absorção da informação, boas notas e a busca de sucesso nos vestibulares. Diante dessa realidade é perceptível acentuada diferença entre os alunos de classes sociais diferentes, em que o estudante de classe baixa se preocupa com o alimento, com o transporte, se irá conseguir ir e voltar de casa para escola. Já a grande maioria dos alunos de classe média alta, se lamenta sobre o que as pessoas pensam a seu respeito e que faculdade escolherá. Por outro lado, outras escolas que se localizam na periferia de São Paulo, classe média baixa, tem muitos problemas com a violência, tráfico de drogas, atritos graves entre alunos. A diretora relatou que os problemas familiares e a realidade onde os alunos convivem é tão difícil e violento, que isso se torna algo “normal’ para eles, que não há perspectivas para estes adolescentes. Há um descrédito total na escola, uma total falta de respeito com a escola e consequentemente aumento da criminalidade. Diante disso o documentário muitas vezes choca, pois traz a realidade nua e crua da educação brasileira. De um lado temos leis que querem garantir o direito à educação para todos, mas por outro, temos uma realidade onde isso não acontece nem de longe. O artigo 3º da LDB 9394/96, diz que deve ter igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, mas como fica esta lei diante do fato de muitos alunos não terem transporte, ou quando tem, está em péssimas condições, sem nenhuma segurança. A LDB prevê ainda em seu artigo 35 inciso III, “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. No seu artigo 36, estabelece que o currículo do Ensino Médio “adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes”. Sendo assim, as escolas devem elaborar seus currículos com conteúdos relacionados à realidade do educando, para que ele encontre no estudo uma perspectiva para seu futuro. Percebe-se muita fragilidade no ensino, dificuldade em fornecer uma formação ética e desenvolver autonomia de pensamento. O ensino também não é estimulante as avaliações ou são desprezadas ou se tornam uma carga muito pesada. A escola tem dificuldade para elaborar um currículo que leve em consideração a realidade de vida do estudante o levando a construir uma realidade com novas perspectivas de futuro. 2. COLETA DE DADOS ESTATÍSTICOS 3. ANÁLISE DISSERTATIVA DOS DADOS COLETADOS Percebe-se que há dados do ensino da rede pública, mas não há dados do ensino da rede privada, ou talvez não fique claro nos dados apresentados. Em todo caso, a partir dos dados disponíveis em relação ao ensino na cidade de Guarapuava PR verifica- se que de modo geral o nível é bom. Em relação ao IDEB verifica-se que está acima da meta nos anos de 2009 ao ano de 2017 e que os índices vêm melhorando a cada ano. Quanto aos anos iniciais do ensino fundamental na rede municipal percebe-se taxas de aprovação muito boas, muito baixo índice de abandono escolar, reprovação baixa (exceto no 3º ano) e taxa de distorção idade - série baixa (exceto no 4º e 5º anos). Observando os anos finais do ensino fundamental na rede municipal, a aprovação é muito boa, a taxa de abandono é baixa (exceto no 8º e 9º anos), a taxa de reprovação é baixa (exceto no 6º e 8º anos) e a taxa de distorção idade-série e mais alta no 7º e 8º ano s e muito alta no 9º ano boa, a taxa de abandono é baixa (exceto no 8º e 9º anos), o índice de reprovação é mais alto e a distorção idade-série é mais alta do 8º e 9º anos. Em relação ao ensino médio na rede estadual no município, verifica–se um número de matrículas mais baixo na 4ª série, a taxa de aprovação é boa, o abando no escolar é baixo (exceto na 1ª série, o índice de reprovação é baixo(exceto na 1ª e 2ª séries) e a distorção idade-série é baixa na 4ª série porém mais alta na 1ª, 2ª e 3ª séries. 4. TEXTO CRÍTICO E DISSERTATIVO DE PARALELO ENTRE O DOCUMENTÁRIO E OS DADOS COLETADOS Pode-se perceber que mesmo o documentário sendo antigo, ainda revela a realidade da educação brasileira. Mesmo passados vários anos, pouco ou quase nada mudou. O país não apresenta qualidade na educação básica, acontece desvio do dinheiro público que deveria ser destinado à educação, tirando o direito de muitas crianças e adolescentes de terem um ensino de qualidade, uma infraetrutura digna e agradável, possibilitar ao professor alegria em poder ensinar, dignidade em sua profissão, o respeitando e motivando, fomentando transformação. Em contrapartida, os dados coletados parecem revelar uma outra situação, com bons índices de aprovação, baixa evasão escolar e um alto índice no IDEB. No entanto, é preciso questionar estes dados, pois percebe-se em grande medida alunos que não valorizam o ensino, professores frustrados e desmotivados, apenas cumprindo com as “obrigações” e diretores cansados e sobrecarregados. Dá a impressão que tais dados são uma maquiagem para a verdadeira realidade educacional. Há a necessidade de se buscar a realidade dos fatos assim como feito no documentário e com isso recuperar motivação ao ensino tanto por parte de educadores como por parte dos educandos. A educação tem o poder de transformar realidades e isso precisa se fazer presente na sociedade como um todo. REFERÊNCIAS 1. C O RRÊA, R. A.; SERRAZES, K. E. Políticas da Educação Básica. Batatais, SP: Claretiano, 2013 Caderno de Referência de Conteúdo - CRC Material na Sala de Aula Virtual. ALINE RIBEIRO DE OLIVEIRA (RA 8083180) Licenciatura em Matemática Portfólio Ciclo 3 – Políticas da Educação Básica
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