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Insulina e Fármacos Hipoglicemiantes orais PÂNCREAS • DESCOBRIMENTO DAS ILHOTAS: En 1869 Paul Langerhans observou que o páncreas contém: a) Células acinares : enteropancreático (enzimas digestivas) b) Células globulares : existência de sistema Ilhotas de Langerhans • 4 tipos de células: 1. A célula , constituída de 60-80% de ilhotas produtoras de INSULINA 2. A célula produz GLUCAGON 3. Acélula produz SOMATOSTATINA 4. As células PP ou F produzem POLIPEPTIDO PANCREATICO A secreção de insulina é regulada para proporcionar concentrações estáveis de glicose no sangue. • A REGULAÇÃO se faz por: • Hormônios gastrointestinais e pancreáticos – Gastrina – Secretina – hormônio peptídio vasoativo – CCK) • Neurotransmisores do SNAS 2Ca + 2 Ca + – SNAP, via M3 Ca+ GLUT2 glicose glicose glicocinase glicose 6-fosfato Via glicolítica ATP K+ inibição fechamento despolarização Ca++Ca++ Fosfolipase A2 Fosfolipase C IP3 RE Ca++ Secreção de insulina Célula GLUT2 glicose glicose glicocinase glicose 6-fosfato Via glicolítica ATP K+ inibição fechamento despolarização Ca++Ca++ Fosfolipase A2 Fosfolipase C IP3 RE Ca++ Secreção de insulina Célula SECREÇÃO DA INSULINA • Fatores que favorecen a secreção de insulina: 1. Glicose 2. Aminoácidos (Leu, arg), ativ. vagal 3. Os ácidos graxos 4. Os corpos cetônicos Resumo dos efeitos da insulina sobre o metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas no fígado, músculo e tecido adiposo Tipo de metabolismo Células hepáticas Célula adiposa Músculo Carboidratos gliconeogênese glicogenólise glicólise glicogênese captação de glicose síntese de glicerol captação de glicose glicólise glicogênese Lipídios lipólise lipogênese síntese de triglicerídeos síntese de ácidos graxos lipólise Proteínas degradação das ptns captação de aas síntese de ptns CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus Tipo I (Insulino dependentes (DMID) (juvenil 10 – 15 % dos pacientes diabéticos)00 • Forte componente genético e poligênico. • Fatores ambientais modulam a expressão fenotípica. • Resistência periférica de Insulina associada a deficiência de secreção – nº de receptores de Insulina. – Defeitos pós receptores. – nº de GLUT-2. Diabetes mellitus Tipo II (Insulino não dependientes (DMIND) Açúcar Célula Insulina • Pouca ou nenhuma capacidade de secretar Insulina. • Corresponde 5 a 10 % população diabética. • Interação de fatores genéticos, ambientais e auto-imunes. – Haplotipos específicos nos genes HLA. – Vírus Cosackie B4, Caxumba e Rubéola. – Ataque auto-imune às células beta do Pâncreas. Conceito: Doença caracterizada pela incapacidade do indivíduo em produzir insulina ou absorção de glicose Insulinas bovina 3aa suína 1aa humana DNA recombinante Ultra-rápida •LISPRO: (10-15min)- troca de lisina por prolina •ASPART: (10-20mim) – troca da prolina por ácido aspártico Insulinas de ação curta ou rápida: Regular: insulina zíncica cristalina Início de ação (I.A.): 10-30min Pico de ação (P.A.): 15-30 min Duração de ação (D.A.): 30-60 min Única forma que pode ser utilizada nas bombas subcutâneas (solúveis) Insulinas de ação intermediária: Dissolução gradual *Insulina NPH (protamina neutra de Hagedorn) I.A.: 1-3 hs P.A.: 8-12 hs D.A.: 18-28 hs *Insulina lenta (suspensão zíncica) I.A.: 3-4 hs P.A.: 6-12 hs D.A.: 18-28 hs INSULINOTERAPIA Insulina Glargina – Insulina de ação longa sem pico de ação significativo Acrescentou-se 2 resíduos de arginina na cadeia B e substitui-se a asparagina por glicina na cadeia A. Esquema terapêutico extremamente individualizado Indicações Clínicas: • DMID, DMNID não controlada • Tratamento do coma hiperglicêmico • Objetivo: 90-120mg/dL jejum / 150mg/dL pós-prandial Efeitos Adversos e Tóxicos: • hipoglicemia (<45mg/dL) – sudorese, palpitação, tremor, confusão, fraqueza, sonolência, tonteira, visão embaçada e perda de consciência. • Reações alérgicas (insulina bovina, suína, protamina, zinco) • Lipodistrofia: lipo-atrofia (anticorpos IgG) lipo-hipertrofia (aumentam células adiposas) Insulina ultra-lenta: I.A.: 4-6 hs P.A.: 18-24 hs D.A.:36 hs Ação prolongada Início lento e pico de ação prolongado TRATAMENTO: HIPOGLICEMIANTES ORAIS Dieta. • Exercícios. • Agentes Hipoglicemiantes ORAIS • Insulinoterapia. Diabetes Mellitus Tipo II I. Sulfoniluréias Classificação: 1ª Geração- 2-3 doses ao dia: Baixa afinidade de ligação aos canais de K+ ,(necessitando de altas doses para eficácia desejada) ½ vida plasmática (alta, 5-36h) Adaptado de KATZUNG B G Farmacologia Básica e Clínica 7a. Edição SECRETAGOGAS I. Sulfoniluréias Classificação: 2ª Geração: amplamente usados, (~100-x), ação rápida, baixo tempo de ½ vida Gliburida Glibenclamida (Micronase ®), Glipizida Glimepirida SECRETAGOGAS Glicose Glicoquinase Met. glicose Bios. Pró-insulina Despolização Pts sens. Ca++ Exocitose Canais de K+ Canal de Ca++ INSULINAINSULINA ((--)) Células beta do pâncreas Sufoniluréias Efeitos Colaterais Hipoglicemia (casos de internação em 0,2- 0,4 %o dos pacientes) Início do tratamento com doses Ganho de peso (insulina terapia) Hiponatremia: baixa de sódio no sangue Reação com álcool. Função renal comprometida: ajusta. da dose – risco de hipoglicemia I. Sulfoniuréias II. Meglitinidas 1998: Derivado do ácido benzóico, Repaglinida (Prandin ®) 2001: Derivados da aa D-Fenilalanina: Nateglinida (Starlix®) SECRETAGOGAS II.Meglitinidas Mecanismo de ação Estimula a liberação de insulina através do fechamento de canais de K+ dependentes de ATP nas células B do pâncreas. Também está relacionada à liberação de insulina e supressão de glicose hepática durante a alimentação como aumento da utilização de glicose periférica mediada por insulina. Início de ação muito rápido, com concentração máxima e efeito máximo dentro de ~ 1 hora após a sua ingestão – controle de glicose pós-prandial. Eficácia Eficaz em combinação com metformina ou troglitazona (tiazolidinedona) Redução de glicose por 60 mg/dl Efeitos Colaterais Hipoglicemia (16%), similar a glib (18%) Infecção no TR (10%), Rinite (7%), bronquite (6%), cefaléia (9). Ganho de peso com repaglinide, mas <<< gliburida Nateglinide bem tolerado (náusea, diarréia, vertigem e escurecimento da visão) Moderada hipoglicemia III. Biguanidinas: • Análogos sintético da guanidina – Tratamento da DM na Europa medieval, propriedades hipoglicêmica (guanidina) • Suplantou o uso das sulfoniluréias (US) 2º mais prescrito no Europa (gliburide) • Uso em associações com outros secretagogos de insulina • Fenformina: derivado sintético, acidose láctica. • Buformida: proscrita. • Metformina: mais usada ANTI-HIPERGLICEMIANTE Adaptado de KATZUNG B G Farmacologia Básica e Clínica 9a. Edição Galega officinalis III. Biguanidinas: Mecanismo de ação 1. Estimulação direta da glicólise nos tecidos; 2. Redução da gliconeogênese hepática e renal; 3. Redução da absorção de glicose no trato intestinal, com aumento da conversão de glicose em lactato pelos enterócitos. • APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS: – Podem substituir as sulfonilureas por intolerância. – Pode ser associada a Insulina. • CONTRA INDICAÇÕES: Não administrar em pacientes com comprometimiento renal, hepatopatia, insuficiência cardíaca – produção aumentada de lactato – risco de acidose lática. Eficácia Redução de glicose por 60-70 mg/dl (3,3-3,9- mmol/l) Não associada a ganho de peso como sulfoniluréias, e promove modéstia perda. <<riscos de doenças microvasculares Eficaz em combinação com metformina ou troglitazona (tiazolidinodiona) Efeito sinérgico com sulfoniuréias e outras classes de HO. Efeitos Colaterais e contradições Distúrbios GI ( desconforto abdominais, diarréia), 20-30% dos paciente CI em pacientes com IR e comprometimento hepático • Agudos: Ocurre 20% dos pacientes Diarréia Molestias abdominais Náuseas Sabor metálico Anorexia Infarto miocárdio, septicemia (SUSPENÇÃO IMEDIATA) III. Biguanidinas: Troglitazona (1999: hepatotoxicidade idiosincrasis) Pioglitazona: uso combinado com Insulina, metformin, sulfoniluréia Rosiglitazona: metformina, sulfoniluréia OBS.: Menos no US Tempo de ação: 4-12 semanas para efeito benéfico, ao contrário dos outros, rápido tempo de ação. IV.Tiazolidinodionas:Avandia® Rosiglitazone Cloridrato de Pioglitazone Eficácia Eficaz em combinação com metformina ou sulfoniluréias Dosagem: 1x ao dia (efeito max. 6-12 hs). Redução de glicose por 45 mg/d Efeitos Colaterais e contradições Edema (diuréticos não revertem o quadro), ganho de peso Diminuição de hematócrito e hemoglobina Combinação com SFU ou INS apresenta moderada Hipog. Distúrbios GI ( desconforto abdominais, diarréia), 20-30% dos paciente Tiazolinediazona Glicose Ác. graxos Lipogênese e diferenciação de adipócitos Lipase elipoprteínas Acil-CoA-sintase Transcrição de gens Sensíveis a insulina Glicose capturada e utilizada Adipócitos Mecanismo de ação IV. Tiazolidinodionas:Avandia® Expressão de genes Agonista do gama receptores de ativação do peroxisoma (PPARg) ativação de genes responsivos a insulina Efeitos: da resistência a insulina da produção de GLU, TG, LPL e HDL (15%) Translocação e síntese de GLUT V.Inibidores de -glicosidase: Miglitol Arcabose Mecanismo de ação Ligam-se a sítios de ligação de oligossacarídeos nas enzimas -glicosidase, impedido a hidrólise enzimática Acarbose: Precose®, oligosacarídiio de origem microbiana Miglitol: Glyset® BLOQUEIO DA DEGRADAÇÂO ENZIMÁTICA DE CARBOIDRATOS, no intestino delgado Absorção de carboidrato, dextrina e dissacarídeo Redução de glicose 20-30 mg/dL, pós-parto 40-50 mg/dL Eficácia <<< 50% efetivo que SFU METF Níveis de glicose Pós-parto, diminui 40-50 mg/d Efeitos adversos Baixa incidência de efeitos adversos Distúrbios GI25-30%, flatulência, diarréia e desconforto abdominal Hepatotoxicidade dose-dependente Acarbose é contra-indicado em pacientes com cirrose, creatinina alta. Elevação de transaminase (reversível com o interrupção do tratamento) 5.Inibidores de a-glicosidase: Usos em combinação: sinergismo com Sulfonil, Metformina MEGLITINIDA E TIAZOLIDONIDIONA apenas associada com estes agentes (miglitol) Farmacocinética: Ação rápida e pouco absorvida Uso clínico: Em associação com outro HO Efeito adverso: Flatulência, desconforto abdominal, diarréia, da absorção de Ferro
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