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Fisiologia Sistema Reprodutor Masculino

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Camila Zanetti 
Turma 8 
FISIOLOGIA REPRODUTIVA MASCULINA 
• Espermatogênese: ocorre nos túbulos seminíferos durante toda a vida sexual ativa, 
como resultado da estimulação pelos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior. 
Começa aos 13 anos de idade e reduz acentuadamente na velhice. 
1. As espermatogônias migram entre as células de Sertoli, tornando-se 
progressivamente modificadas e alargadas para formar os grandes espermatócitos 
primários. 
2. Espermatócito primário (2n) → Meiose I → 2 espermatócitos secundários (n). 
3. 2 espermatócitos secundários (n) → Meiose II → 4 espermátides (n). 
4. Espermátides (n) se modificam para formar os espermatozoides (n). 
• Todo o período de espermatogênese dura aproximadamente 74 dias. 
• Fatores hormonais que estimulam a espermatogênese: 
1. FSH (hipófise anterior) estimula as células de Sertoli no processo de espermiogênese. 
2. LH (hipófise anterior) estimula as células de Leydig a secretar testosterona. 
3. Testosterona (células de Leydig) estimula o crescimento e divisão das células 
germinativas testiculares. 
4. FSH (hipófise anterior) estimula a formação de estrógenos a partir da testosterona 
pelas células de Sertoli. Esse estrógeno é essencial para a espermiogênese. 
5. GH é necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos. Ele 
promove a divisão precoce da espermatogônia. Sua ausência pode provocar 
infertilidade. 
• Vesículas seminais: secretam material mucoso contento frutose, ácido cítrico, outras 
substâncias nutritivas, prostaglandinas e fibrinogênio. 
1. As prostaglandinas auxiliam na fertilização reagindo com o muco cervical feminino, 
tornando-o receptivo e induzindo contrações peristálticas reversas para trás no 
útero, movendo os espermatozoides ejaculados. 
• Próstata: secreta um líquido fino, leitoso que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma 
enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. O líquido é levemente alcalino, o que 
ajuda a neutralizar a acidez de outros líquidos seminais durante a ejaculação e as 
secreções vaginais, aumentando a mobilidade e fertilidade do espermatozoide. 
• Sêmen: é composto pelo líquido e espermatozoides do canal deferente, sendo sua maior 
parte o líquido das vesículas seminais. 
• “Capacitação” dos espermatozoides: embora “maduros”, a atividade dos 
espermatozoides é mantida sob controle por fatores inibitórios múltiplos secretados pelo 
epitélio do ducto genital. Ao entrar em contato com o trato genital feminino, ocorrem 
mudanças que ativam o espermatozoide. 
1. Os líquidos da trompa uterina arrastam os fatores inibitórios. 
2. Ao serem depositados na vagina, os espermatozoides perdem o excesso de colesterol 
que era adicionado a sua membrana celular nos túbulos seminíferos e que cobriam 
seu acrossomo (impedindo a liberação das enzimas). 
3. A MP dos espermatozoides torna-se permeável a íons de cálcio, mudando a atividade 
do flagelo e causando alterações na MP, facilitando a liberação das enzimas pelo 
acrossomo. 
• Espermatogênese anormal: 
1. Aumento da temperatura dos testículos: pode impedir a espermatogênese por causar 
degeneração das células dos túbulos seminíferos além das espermatogônias. 
Camila Zanetti 
Turma 8 
2. Criptorquidismo: a falha na descida dos testículos do abdome para a bolsa escrotal 
(permanecendo no abdome ou canal inguinal) gera um testículo incapaz de formar 
espermatozoides devido a degeneração do epitélio tubular, causando esterilidade. 
3. Número de espermatozoides: a ejaculação deve conter uma quantidade enorme de 
espermatozoides para somente um deles fertilizar o óvulo. Indivíduos com nº de 
espermatozoides abaixo de 20 milhões por ejaculação são inférteis. 
4. Morfologia e motilidade: anormalidades físicas nos espermatozoides (duas cabeças, 
cabeças com formas anormais ou caudas anormais) ou incapacidade de 
movimentação dos espermatozoides podem ser causa de infertilidade. 
• Estímulo neuronal para o ato sexual: a fonte mais importante de sinais sensoriais 
neurais para iniciar o ato sexual masculino é a glande do pênis. Ela contém um sistema 
sensorial que transmite a sensação sexual para o SNC. A mensagem passa para o n. 
pudendo e, através do plexo sacral, para a região sacral da medula espinal e, em seguida, 
para o cérebro. 
1. Uma das causas do “impulso sexual” é o preenchimento dos órgãos sexuais com 
secreções. 
• Estágios do ato sexual masculino: 
1. Ereção peniana (nn. parassimpáticos): ela é causada por impulsos parassimpáticos 
que passam da região sacral da medula, através dos n. pélvicos, para o pênis. Essas 
fibras nervosas parassimpáticas liberam oxido nítrico e/ou peptídeo intestinal 
vasoativo (além da acetilcolina). O óxido nítrico relaxa as malhas trabeculares das 
fibras musculares lisas no tecido erétil e então, os sinusóides nele contidos, tornam-
se dilatados quando o fluxo sanguíneo arterial flui rapidamente sob pressão, 
enquanto a saída venosa é parcialmente ocluída. A pressão elevada dentro dos 
sinusóides provoca o enchimento do tecido erétil, tornando o pênis duro e alongado. 
2. Lubrificação (parassimpática): os impulsos parassimpáticos induzem a secreção 
mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse muco flui através da uretra 
auxiliando na lubrificação. 
3. Emissão (nn. simpáticos): começa com a contração do canal deferente e da ampola, 
promovendo a expulsão dos espermatozoides para dentro da uretra interna. Os 
líquidos prostáticos e seminais também são expelidos para dentro da uretra, 
forçando os espermatozoides para frente. Todos esses líquidos se misturam com o 
muco já secretado pelas gl. bulbouretrais, formando o sêmen. 
4. Ejaculação (nn. simpáticos): o enchimento da uretra com sêmen provoca sinais 
sensoriais que promovem a contração rítmica dos órgãos genitais internos, dos mm. 
isquiocavernosos e bulbocavernoso, que comprimem a base do tecido erétil peniano. 
Esses efeitos provocam a ejaculação do sêmen da uretra para o exterior. 
• Orgasmo masculino: é o período todo de emissão e ejaculação. No final, a excitação 
masculina desaparece e a ereção cessa (processo de resolução). 
• Secreção de testosterona: os testículos secretam androgênios (qualquer hormônio 
esteroide com efeitos masculinizantes) como a testosterona, diidrotestosterona e 
androstenediona. 
1. A testosterona é formada pelas células de Leydig (intersticiais) e convertida, nos 
tecidos-alvo, no hormônio mais ativo, a diidrotestosterona. 
2. Todos androgênios são esteroidais, portanto, podem ser sintetizados a partir do 
colesterol ou diretamente a partir da acetilcoenzima A. 
3. A testosterona liga-se fracamente à albumina plasmática e fortemente a globulina 
ligada ao hormônio sexual, circulando no sangue e sendo transferida para os tecidos 
ou degradada. 
Camila Zanetti 
Turma 8 
4. Pequenas quantidades de estrogênios são formadas no macho. A sua concentração 
no líquido dos túbulos seminíferos indica seu papel na espermiogênese. Acredita-se 
que esse estrogênio seja formado pelas células de Sertoli, pela conversão de 
testosterona em estradiol. A maior parte dos estrogênios é formada no fígado. 
• Funções da testosterona: é responsável pelas características que diferenciam o corpo 
masculino. A produção de testosterona aumenta sob estímulo dos hormônios 
gonadotrópicos da hipófise anterior no início da puberdade. 
1. Desenvolvimento fetal: a testosterona é responsável pelo desenvolvimento das 
características do corpo masculino (formação do pênis, sacro escrotal, próstata, 
vesículas seminais e ductos genitais masculinos). Ela também estimula a descida 
dos testículos. 
2. Características sexuais adultas: após a puberdade, a testosterona faz com que o 
pênis, sacro escrotal e testículos aumentem de tamanho, além de induzir o 
desenvolvimento das características secundárias masculinas. 
3. Distribuição de pelos: induz o crescimento de pelos sobre a púbis, linha alba, face e 
tórax.4. Calvície: reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça. 
5. Voz: produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe, produzindo 
uma voz masculina típica de adulto. 
6. Espessura da pele e acne: aumenta a espessura da pele e a rigidez dos tecidos 
subcutâneos. Aumenta também a taxa de secreção das glândulas sebáceas, 
resultando em acne. 
7. Formação de proteínas e desenvolvimento muscular: ocorre o desenvolvimento da 
musculatura após a puberdade e o aumento da quantidade de proteína também em 
regiões não-musculares do corpo. 
8. Matriz óssea e a retenção de cálcio: ossos crescem consideravelmente mais espessos 
e depositam grandes quantidades adicionais de sais de cálcio. O aumento da matriz 
óssea é resultado do anabolismo proteico e deposição aumentada de cálcio em 
resposta ao aumento das proteínas. 
9. Metabolismo basal: o anabolismo proteico aumenta a quantidade de proteínas 
(especialmente enzimas), aumentando a atividade de todas células e, 
consequentemente, o metabolismo basal. 
10. Hemácias: o nº de hemácias aumenta. 
11. Equilíbrio hídrico e eletrolítico: ocorre o aumento da reabsorção de sódio nos túbulos 
distais renais e, consequentemente, o aumento dos volumes sanguíneos e líquido 
extracelular. 
• GnRH e seus efeitos sobre o LH e FSH: 
1. O hipotálamo libera GnRH no sistema vascular porta hipotalâmico-hipofisário e 
então, o GnRH é transportado para a hipófise anterior onde estimula a liberação de 
LH e FSH. 
2. O GnRH é secretado intermitentemente, sendo acompanhado com o mesmo padrão 
pulsátil pelo LH. Já o FSH aumenta e diminui ligeiramente a cada flutuação da 
secreção de GnRH. 
3. O LH e FSH são secretados pela mesma célula da hipófise anterior (gonadotropos). 
Essas gonadotropinas são glicoproteínas que exercem efeito sobre os tecidos-alvo 
através da ativação do sistema de segundo mensageiro do monofosfato cíclico de 
adenosina (AMPc), o qual ativa sistemas enzimáticos específicos nas células-alvo. 
4. O LH estimula as células de Leydig (intersticiais) a produzirem testosterona. 
5. Feedback negativo da testosterona: a testosterona secretada pelos testículos em 
resposta ao LH tem efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise anterior. 
Camila Zanetti 
Turma 8 
A testosterona age sobre o hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH e, 
consequentemente, a secreção de LH e FSH. 
6. Quantidades pequenas de testosterona induzem o hipotálamo a secretar grandes 
quantidades de GnRH que correspondem ao aumento na secreção de LH e FSH, e 
consequentemente, o aumento da secreção testicular de testosterona. 
7. O FSH liga-se as células de Sertoli e faz com que elas cresçam e secretem várias 
substâncias espermatogênicas. Simultaneamente, a testosterona que se difunde das 
células de Leydig também tem efeito trófico intenso sobre a espermatogênese. 
8. Feedback negativo da inibina: quando a espermatogênese ocorre muito rapidamente, 
a secreção de FSH pela hipófise diminui. O efeito desse feedback negativo sobre a 
hipófise anterior é resultado da inibina (hormônio secretado pelas células de Sertoli) 
que tem efeito direto sobre a hipófise anterior, inibindo a secreção de FSH. O efeito 
dessa glicoproteína (inibina) sobre o hipotálamo é mais discreto, inibindo também, a 
secreção de GnRH. 
• HCG estimula a secreção de testosterona: o hormônio gonadotropina coriônica humana 
(HCG) é secretado pela placenta e faz com que os testículos do feto secretem 
testosterona. Essa testosterona crítica promove a formação dos órgãos sexuais 
masculinos. 
• Puberdade: durante a infância, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de 
GnRH. Nesse período, qualquer secreção de hormônio esteroidal exerce um efeito 
inibitório intenso sobre a secreção hipotalâmica de GnRH. 
1. Na época da puberdade, a secreção de GnRH hipotalâmico supera a inibição infantil, 
iniciando-se a vida sexual adulta.

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