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Aminoácidos e proteínas Prof. Dr. Guilherme Rabelo Coelho Disciplina: Processos Biológicos Escola de Ciências da Saúde Curso de Biomedicina OBJETIVOS ▪ Caracterizar os aminoácidos ▪ Descrever os diferentes níveis de organização das proteínas ▪ Descrever as principais funções desempenhadas pelas proteínas nas células Água Proteínas Carboidratos Lipídeos Ácidos nucleicos Vitaminas Sais minerais Definição ▪Proteínas: são substâncias orgânicas nitrogenadas de alto peso molecular, formadas pela união de vários aminoácidos através de ligação peptídica; ▪Aminoácidos: são compostos orgânicos nitrogenados de função mista, apresentando em sua estrutura pelo menos um grupo amina e uma carboxila. PROTEÍNAS e PEPTÍDEOS ▪ Proteínas são as macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células ▪ As proteínas possuem diversas funções no organismo. ▪ Exemplos: colágeno, queratina, albumina, hemoglobina. AMINOÁCIDOS ▪ Aminoácidos compartilham características estruturais comuns ▪ Existem 20 diferentes tipos de aminoácidos presentes em proteínas. ▪ Todos os 20 tipos de aminoácidos comuns são ɑ-aminoácidos. ▪ Eles têm um grupo carboxila (ácido) e um grupo amino (básico) ligados ao mesmo átomo de carbono. AMINOÁCIDOS ▪ Os 20 aminoácidos diferem uns dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R. ▪ Grupos R → variam em estrutura, tamanho e carga elétrica → influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água. Exemplos: Aminoácidos podem ser classificados pelo grupo R. AMINOÁCIDOS Aminoácidos Polares Aminoácidos Apolares AMINOÁCIDOS Aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo organismo e precisam ser obtidos por meio dos alimentos. Os outros aminoácidos são sintetizados pelo organismo (Não essenciais) Propriedades dos Aminoácidos ▪ Sólidos à temperatura ambiente (alto ponto de fusão); ▪ Solúveis em água; ▪ Apresentam comportamento anfótero, ou seja, podem comportar-se como ácidos (doam H+) ou bases (recebem H+), dependendo do pH da solução. AMINOÁCIDOS Ligação peptídica ▪ Proteínas são formadas por aminoácidos unidos por meio de ligações peptídicas. ▪ Ligação entre um grupo carboxílico de um aminoácido com o grupo amino de outro aminoácido, LIGAÇÕES PEPTÍDICAS Ligação amídica Reação de desidratação Dipeptídeo Ligação Peptídica Ligação feita entre aminoácidos (aa) para formar peptídeos (2 a 5 aa), polipeptídeos (+5 aa) e proteínas (+50 aa). ▪ Tripeptídeo → 3 aminoácidos → 2 ligações peptídicas ▪ Tetrapeptídeo → 4 aminoácidos → 3 ligações peptídicas ▪ Pentapeptídeo → 5 aminoácidos → 4 ligações peptídicas ▪ Polipeptídeos → Massa molecular menor que 10.000 dáltons ▪ Proteínas Massa molecular maior que 10.000 dáltons PEPTÍDEOS PEPTÍDEOS Pentapeptídeo seril-glicil-tirosil-alanil-leucina → 4 ligações peptídicas PEPTÍDEOS PROTEÍNAS Polímero com mais de 100 aminoácidos ▪ Proteínas são as moléculas mais complexas e funcionalmente sofisticadas que se conhece. A FORMA E A ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS ▪ A forma de uma proteína é especificada por sua sequência de aminoácidos. ▪ Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente. Níveis De Estrutura Nas Proteínas PROTEÍNAS PROTEÍNAS Ligações presentes no enovelamento das proteínas PROTEÍNAS Ligação Dissulfeto Ligações presentes no enovelamento das proteínas Níveis De Estrutura Nas Proteínas PROTEÍNAS PROTEÍNAS ❑Estrutura Primária ▪ Consiste em uma sequência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas e inclui quaisquer pontes dissulfeto. ▪ Não tem função. ▪ Sequencia definida geneticamente. ▪ O termo estrutura secundária se refere a qualquer segmento de uma cadeia polipeptídica e descreve o arranjo espacial de seus átomos na cadeia principal. PROTEÍNAS ❑Estrutura Secundária PROTEÍNAS ɑ - hélice ▪ Resulta da formação de ligações de hidrogênio entre grupamentos N-H e C=O na cadeia principal de polipeptídeos. ▪ As cadeias laterais não interferem na formação das ligações de hidrogênio ❑Estrutura Secundária PROTEÍNAS ɑ - hélice Representação ❑Estrutura Secundária PROTEÍNAS Folha β • Folhas β são compostas quando pontes de hidrogênio são formadas entre cadeias polipeptídicas dispostas lado a lado ❑Estrutura Secundária Antiparalela Paralela PROTEÍNAS Folha β Representação ❑Estrutura Secundária O arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína é chamado de estrutura terciária. Interação entre os grupos da cadeia lateral. Ligações de Hidrogênio Ligações Dissulfeto PROTEÍNAS ❑Estrutura Terciária PROTEÍNAS Estrutura quartenária • Algumas proteínas contêm duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, ou subunidades, que podem ser idênticas ou diferentes. • O arranjo destas subunidades proteicas em complexos tridimensionais constitui a estrutura quaternária. EXEMPLO: Hemoglobina (2 cadeias alfa e 2 cadeias Beta) ▪ Proteínas fibrosas: cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas. ▪ Proteínas globulares: cadeias polipeptídicas dobradas em forma esférica ou globular. PROTEÍNAS Classificação da proteína de acordo com a estrutura PROTEÍNAS FIBROSAS ▪ As proteínas fibrosas em geral são formadas por um único tipo de estrutura secundária, e sua estrutura terciária é relativamente simples. ▪ As proteínas fibrosas compartilham propriedades que dão força e/ou flexibilidade às estruturas nas quais ocorrem. ▪ Todas as proteínas fibrosas são insolúveis em água, propriedade conferida pela alta concentração de resíduos de aminoácidos hidrofóbicos. Cabelo Unhas Chifres Estrutura da ɑlfa queratina PROTEÍNAS FIBROSAS Estrutura da fibrila de colágeno PROTEÍNAS FIBROSAS A cadeia polipeptídica se enovela em uma estrutura compacta, como uma bola de superfície irregular PROTEÍNAS GLOBULARES RibonucleaseCitocromo C Lisozima • Normalmente, contém diversos tipos de estruturas secundárias • A maioria das enzimas e as das proteínas reguladoras são proteínas globulares. Desnaturação Proteica ▪ É a desorganização da estrutura tridimensional (terciária) nativa de uma proteína, levando a perda de sua função. ▪ Agentes desnaturantes: pH e temperatura DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS A perda de estrutura da proteína resulta na perda de função • Agentes desnaturantes: temperatura, pHs extremos, ureia e detergentes. • Quebra as interações intermoleculares. • Não rompe as ligações peptídicas. • Pode ser reversível. Desnaturação e renaturação de proteína Desnaturação da alfa queratina do cabelo • O calor fornecido (energia térmica) é capaz de quebrar algumas interações moleculares, desmanchando as estruturas de α-hélices. • Com o aumento da umidade, recuperam-se as ligações originais e as proteínas retornam a forma de α hélice Defeitos no enovelamento proteico fornecem a base molecular para uma ampla gama de doenças genéticas em humanos • A célula secreta uma proteína com um erro no enovelamento resultando na formação de uma fibra amiloide extracelular insolúvel. • A fibra amiloide pode depositar em tecidos específicos causando a disfunção de alguma célula. • Por exemplo: Diabetes do tipo 2, doença de Alzheimer, doença de Huntington e doença de Parkinson. Enzimas Funções das proteínas Proteínas estruturais Proteínas sinalizadoras Proteínas de transporte Proteínas de armazenamento Proteínas motoras Proteínas de regulação gênica Proteínas receptoras Enzimas ❑ Função: Catalisar uma reação específica ❑ Exemplos: Proteínas Peptídeos menores Pepsina Proteínas estruturais ❑ Função: Forma a estrutura de células e tecidos ❑ Exemplos: Filamentos de actina Microvilosidades intestinais Queratina Proteínas de transporte ❑ Função: Transporte de pequenas moléculas e íons ❑ Exemplos: VasoFígado Médula óssea Transferrina Proteínas motoras ❑ Função: Gerar movimento em células e tecidos ❑ Exemplos: Proteínas de armazenamento ❑ Função: Armazenar pequenas moléculas e íons ❑ Exemplos: Ferro Ferritina Submicela Caseína Fosfato de cálcio Micela de caseína Proteínas sinalizadoras ❑ Função: Transportar sinais de uma célula para outra ❑ Exemplos: Hormônios EGF FGF TGF VEGF Fatores de crescimento Proteínas receptoras ❑ Função: Detectar os sinais e transmiti-los à célula ❑ Exemplos: Ácidos graxso Receptor de insulina Receptores neurônais Proteínas de regulação gênica ❑ Função: Interagem com o DNA, ativando ou reprimindo a transcrição gênica ❑ Exemplos: Doenças ligadas a proteínas (anemia falciforme) Valina por Glutâmico Doenças ligadas a proteínas (Alzheimer) Doenças ligadas a proteínas (Fenilcetonúria) Doenças ligadas a proteínas (Doença Celíaca) Doenças ligadas a proteínas (Ausência de eritropoetina) Obrigado
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