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Aminoácidos e Proteínas 1 Prof. Dr. César Augusto Brüning cabruning@yahoo.com.br Sala 302A - Prédio 29 – Campus Universitário Pelotas, 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE CIÊNCIAS QUÍMICAS, FARMACÊUTICAS E DE ALIMENTOS DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA I Proteínas 2 Controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula; Ocorrem em grande variedade na célula; Proteínas são polímeros de aminoácidos; Construídas a partir do mesmo conjunto de 20 aminoácidos; São os instrumentos moleculares pelos quais a informação genética é expressa; As diferentes combinações e sequências dos 20 aminoácidos geram enzimas, hormônios, anticorpos, transportadores, fibras musculares, penas, teia de aranha, chifres de rinoceronte, proteínas do leite ...etc. Aminoácidos 3 20 aminoácidos diferentes são comumente encontrados em proteínas; Todos os 20 tipos de aminoácidos comuns são α-aminoácidos. Possuem um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono α). Os aminoácidos têm nomes triviais, geralmente derivados da fonte da qual foram primeiramente isolados: Asparagina – do aspargo; Glutamato – do glúten do trigo. Diferem um dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R, que variam em estrutura, tamanho e carga elétrica. Aminoácidos 4 Esses aminoácidos tendem a se agrupar no interior de proteínas, estabilizando a estrutura proteica por meio de interações hidrofóbicas. A glicina possui a estrutura mais simples e não apresenta um centro quiral. A metionina é um dos dois aminoácidos que contém enxofre. Possui um grupo tioéter ligeiramente apolar em sua cadeia lateral. Grupos R apolares, alifáticos Aminoácidos 5 Fenilalanina, tirosina e triptofano, com suas cadeias laterais aromáticas, são relativamente apolares (hidrofóbicos). O grupo hidroxila da tirosina pode formar ligações de hidrogênio e é um importante grupo funcional em algumas enzimas. Grupos R aromáticos Aminoácidos 6 Os grupos R desses aminoácidos são mais solúveis em água (mais hidrofílicos), porque eles contêm grupos funcionais que formam ligações de hidrogênio com a água. A cisteína pode prontamente ser oxidada para formar um aminoácido dimérico ligado de modo covalente chamado cistina. Grupos R polares, não carregados Aminoácidos 7 Grupos R polares, não carregados Aminoácidos 8 Os grupos R desses aminoácidos são bastante hidrofílicos. Possuem carga positiva em pH 7,0. A histidina possui uma cadeia lateral ionizável com pKa próximo da neutralidade (pH 7,0). Dessa forma a histidina facilita muitas reações catalisadas por enzimas, funcionando como doador/aceptor de prótons. Grupos carregados positivamente Aminoácidos 9 O aspartato e o glutamato possuem um segundo grupo carboxila em sua estrutura. Possuem carga negativa em pH 7,0. Grupos carregados negativamente Os grupos R desses aminoácidos são bastante hidrofílicos. Aminoácidos 10 Estereoisomerismo em α-aminoácidos Convenção de Fischer: Os aminoácidos de ocorrência natural são L-aminoácidos Aminoácidos 11 Aminoácidos 12 Aminoácidos podem agir como ácidos e bases 0 +1 -1 Carga final: Zwitteríon (“íon híbrido”) O zwitteríon é eletricamente neutro mas possui cargas opostas em sua estrutura e pode agir como ácido ou base. Substâncias com essa natureza dupla (ácido-base) são anfotéricas. Aminoácidos 13 Aminoácidos podem agir como ácidos e bases Aminoácidos Titulação de aminoácidos Os grupos amino e carboxila protonados de aminoácidos agem como ácidos fracos e o seu estado iônico é determinado pelo pH do meio circundante 14 Aminoácidos Titulação de aminoácidos: histidina 15 Aminoácidos 16 Proteínas Ligação peptídica: Proteínas são polímeros de aminoácidos 17 Proteínas Proteínas são polímeros de aminoácidos 18 Variação de tamanho e composição de proteínas 19 Proteínas conjugadas Grupo prostético: a parte não aminoácido de proteínas conjugadas 20 Proteínas conjugadas Grupo prostético: a parte não aminoácido de proteínas conjugadas Citocromo Grupo prostético: Heme 21 Estrutura das proteínas Visão geral 22 Estrutura das proteínas Conformação: O arranjo espacial dos átomos em uma proteína ou qualquer parte da proteína é chamado de conformação. Conformação nativa: Proteínas dobradas, em qualquer uma de suas conformações funcionais, são chamadas de proteínas nativas. A conformação de uma proteína é estabilizada por: Ligações dissulfeto (covalente); Ligações de hidrogênio ; Interações hidrofóbicas; Interações iônicas. 23 Estrutura das proteínas Estabilização da conformação nativa de uma proteína Ligação de Hidrogênio Ligação Dissulfeto Interações Hidrofóbicas Interações Iônicas 24 Estrutura das proteínas Estrutura primária O elemento mais importante da estrutura primária é a sequência de resíduos de aminoácidos Cada proteína possui uma sequência de aminoácidos única que confere uma determinada estrutura tridimensional. Essa estrutura, por sua vez, confere uma função específica 25 Estrutura das proteínas Estrutura secundária Refere-se ao arranjo espacial dos átomos na cadeia principal 1. Hélice α 26 Estrutura das proteínas 2. Conformação β Estrutura secundária 27 Estrutura das proteínas Refere-se ao arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína: resíduos de aminoácidos que estão bem distantes na sequência polipeptídica e em diferentes tipos de estruturas secundárias podem interagir na estrutura da proteína completamente dobrada. Estrutura terciária Mioglobina 28 Estrutura das proteínas Estrutura quaternária Refere-se ao arranjo de múltiplas cadeias polipeptídicas (subunidades), idênticas ou diferentes, em complexos tridimensionais Hemoglobina 29 Estrutura das proteínas Estrutura quaternária 30 Estrutura das proteínas Proteínas fibrosas: α-queratina, colágeno, fibroína – conferem força e/ou elasticidade às estruturas nas quais ocorrem Proteínas globulares: enzimas, proteínas transportadoras, imunoglobulinas, proteína reguladora 31 Desnaturação de proteínas A desnaturação é a perda de estrutura tridimensional suficiente para causar a perda de função Calor, pH extremo, solventes orgânicos, ureia Renaturação Conformação nativa Desnaturada 32 Desnaturação de proteínas 33 Enovelamento de proteínas Nem todas as proteínas se dobram espontaneamente à medida que são sintetizadas dentro da célula. O enovelamento de muitas proteínas necessita de chaperonas: Hsp70 e chaperoninas 34 Enovelamento de proteínas Nem todas as proteínas se dobram espontaneamente à medida que são sintetizadas dentro da célula. O enovelamento de muitas proteínas necessita de chaperonas: Hsp70 e chaperoninas 35 As proteínas são moléculas dinâmicas cujas funções dependem de modo quase invariável de interações com outras moléculas, e essas interações são afetadas de maneiras fisiologicamente importantes por mudanças sutis ou súbitas na conformação proteica Ligante – afeta a função de muitas proteínas; Sítio de ligação – região da proteína onde ocorre a interação com o ligante; Função proteica A adaptação estrutural que ocorre entre proteína e ligante é chamada encaixe induzido. Em uma proteína com várias subunidades, mudanças conformacionais em uma delas com frequência afetam a conformação das demais 36 Função proteica: Hemoglobina A hemoglobina sofre mudança estrutural quando se liga ao oxigênio 37 Função proteica: Hemoglobina A hemoglobina se liga ao oxigênio de forma cooperativa 38 Função proteica: Hemoglobina Efeito do pH sobre a ligação do oxigênio à hemoglobina: efeito Bohr 39Função proteica: Hemoglobina A ligação do oxigênio com a hemoglobina é regulada pelo 2,3-bifosfoglicerato (2,3-BPG) 40
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