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Livro Eletrônico
Aula 03 - Prof. Carlos Roberto		
Discursivas p/ ALAP (Assistente Administrativo) Sem Correção -
Pós-Edital
Rafaela Freitas, Marcio Damasceno, Carlos Roberto
01553591267 - adria
 
 
 
Primeira Rodada de Temas ................................................................................................ 2 
Tema 1 ............................................................................................................................................... 5 
Abordagem teórica............................................................................................................................ 6 
Tema 2 .............................................................................................................................................. 8 
Abordagem teórica............................................................................................................................ 9 
Tema 3 ............................................................................................................................................. 15 
Abordagem teórica.......................................................................................................................... 16 
2 Prática ......................................................................................................................... 20 
 
 
Rafaela Freitas, Marcio Damasceno, Carlos Roberto
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PRIMEIRA RODADA DE TEMAS 
Olá, meus nobres alunos. Bem-vindos à nossa primeira rodada de temas. 
Inicia-se um momento muito aguardado do curso: a elaboração das suas dissertações. Essa é a hora 
de colocar em prática o conhecimento absorvido nas aulas anteriores. Estejam muito atentos aos 
aspectos estruturais e gramaticais, pois apenações dessa natureza poderão afastá-los do tão 
almejado cargo, e isso é tudo que nós não queremos, não é verdade? 
Aos alunos do curso com correção: vocês poderão escolher para envio qualquer dos temas desta 
aula. Contudo, não é obrigatório escolher um tema agora, caso prefiram aguardar os temas das 
próximas rodadas. 
Como vocês sabem, o texto redigido deve ter, no máximo, 15 linhas. Obedeceremos a esse padrão 
em todas as propostas de temas. Devido a essa particularidade, é importante que você seja objetivo. 
Conforme já alertado, quando houver muita informação para as 15 linhas, não é uma boa 
estratégia investir em um parágrafo introdutório e o de conclusão. Deve-se privilegiar o 
desenvolvimento, iniciando a resposta já pelo primeiro tópico questionador. Nesse caso, você deve 
empregar ao máximo as estruturas coesivas para dar fluidez ao seu texto e evitar que a sua resposta 
se pareça a um questionário, um bloco de informações apresentadas de forma desconexa. 
Se houver linhas disponíveis para que você responda confortavelmente a todos os tópicos 
questionadores, é sempre interessante fazer uma introdução e um fechamento. Sendo um estudo 
de caso, a introdução pode ser parafraseada, conforme explicado nas aulas anteriores. 
Feitos esses esclarecimentos, antes de começarmos, gostaria de passar para vocês algumas dicas 
sempre solicitadas pelos nossos alunos em cursos anteriores. 
1. Simule as mesmas condições da sua prova 
Simular o ambiente de prova significa reproduzir, ao máximo, as condições da sua realização. Quanto 
mais isso for levado a sério, mais natural será a realização da prova, contribuindo para que você 
esteja mais calmo nesse momento. Utilize a folha de respostas padrão da banca, incluída em aula 
específica. Use caneta esferográfica de cor preta ou azul. Isso também é importante. 
Outro importante aspecto a ser observado é o tempo de realização da prova. Simule tudo da 
mesma forma que irá acontecer no grande dia. 
Seguir esses passos é essencial para que você se conheça melhor, diagnosticando seus pontos fracos, 
caso haja. Ainda há tempo para você trabalhar os possíveis pontos de melhoria, então recomendo 
que invista nisso. Leve a sério a filosofia socrática do “conhece-te a ti mesmo”. 
Rafaela Freitas, Marcio Damasceno, Carlos Roberto
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2. Vou começar a escrever, e agora? 
Primeiro passo: aplique o PLE. 
Mas professor, não identifiquei esse assunto no edital! 
Pois é, nem irá. Esse é um princípio implícito no seu edital, que vale para a prova objetiva e discursiva. 
É o Princípio da Leitura do Enunciado. Leia com muita atenção o comando da questão, 
especialmente nos estudos de caso, pois o bom examinador não coloca palavras a esmo. Esteja 
atento a todos os detalhes, afinal “as grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes”. 
Sublinhe e grife as palavras-chave do enunciado, para que nenhuma delas passe despercebida. 
Uma vez superado esse passo inicial, planeje a sua resposta. Não se esqueçam de definir as 
estruturas trabalhadas nas aulas anteriores (formal e conceitual), bem como de definir os pontos 
semânticos que irão compor seu texto. Esse planejamento, em grande medida, passa pela produção 
de um rascunho. 
O rascunho é essencial para que você possa, preliminarmente, avaliar seu texto e corrigi-lo enquanto 
ainda há tempo. Logo, sempre deve ser feito. Contudo, se a gestão do seu tempo não foi boa e você 
não puder fazer rascunho, é fundamental que, pelo menos, você trace o esqueleto do seu texto, 
listando em tópicos as ideias principais a serem trabalhadas. 
É fundamental que, ao finalizar seu texto, você leia novamente o enunciado e se certifique que 
respondeu a tudo que lhe foi perguntado. E por fim, nunca deixe nunca de revisá-lo, combinado? 
3. Deu “branco”, e agora? 
O famoso “branco” é causado, principalmente, por um quadro de estresse agudo, algo bem comum 
entre os concurseiros. O ideal é evitar que isso ocorra, adotando uma rotina mais leve de estudos e 
prezando por boas noites de sono nos dias que antecedem a prova, principalmente, na sua véspera. 
Contudo, caso isso ocorra no momento da sua prova, mais uma vez, fique calmo. Tranquilize-se. 
Acredito ser bastante útil a técnica do “brainstorming”, que consiste em colocar no papel todas as 
ideias que vierem à sua cabeça sobre um determinado assunto. Releia novamente a questão e, se 
não vier nenhuma ideia, desista momentaneamente, dirigindo seu esforço para outra questão 
discursiva. Utilizei isso várias vezes e comigo funcionou. 
Se você não tiver mais nada a fazer e não veio nenhuma ideia mesmo, é para deixar em branco? 
Nunca! Essa é a hora do improviso, você terá que “cartear”. Tente ao máximo reunir ideias coerentes 
e, de preferência (rs), que estejam ligadas ao assunto perguntado. Já houve concursos em que a 
banca “pesou a mão” nas questões, mas, para não eliminar a maioria dos candidatos, foi 
extremamente benevolente no momento da correção. Então, “desistir nunca, render-se jamais”. 
 
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4. Top dúvidas 
O professor Carlos Roberto já tratou destes assuntos nas aulas anteriores. Entretanto, como 
recebemos muitos questionamentos, vale a pena repisarmos. 
1. Letra de fôrma x cursiva: pode as duas, contanto que você não misture. Se usar a letra de fôrma, 
quando empregar letras maiúsculas, você deverá destacá-las, deixando-as maiores que as 
demais, de modo que o examinador saiba, exatamente, quando elas foram usadas. 
2. Título: em regra, não. Somente se o examinar deixar explícito que em seu texto deve constar. 
3. Rasurou? Um traço no centrodo trecho ou palavra inadequada. Só isso. 
4. Citar número de artigos, incisos, etc. Só se você tiver certeza absoluta. Se tiver em dúvida, não 
use, a menos que lhe seja perguntado diretamente, o que é raro. 
5. Minha letra é um garrancho, e agora? Fato é que a ilegibilidade da letra poderá acarretar 
prejuízo à nota do candidato. Se é seu caso, vale muito a pena caprichar e, acredite, a prática da 
escrita manuscrita pode amenizar o seu problema. Fora isso, não sendo ininteligível, ninguém 
será desclassificado por conta disso nem penalizado severamente por isso. Segue o jogo! 
6. Cópia do texto motivador: não faça. Você até pode aproveitar as ideias, mas transcrever, nunca! 
 
Bem, agora chega de conversa. Está na hora de “arregaçar as mangas”. Após o enunciado, há sempre 
a apresentação de uma abordagem teórica, cujo objetivo é relembrar os principais pontos 
necessários à resolução da questão, caso você necessite. 
Espero que vocês gostem dos temas selecionados e, sobretudo, realmente façam as redações 
propostas. O treino é seu maior aliado: somente por meio dele você conhecerá seus pontos de 
melhoria, que, devidamente trabalhados, permitirão sua evolução. 
Então, quero ver todos com a sua caneta esferográfica fabricada em material transparente a postos. 
Façam um excelente trabalho! 
Prof. Marcio 
 
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TEMA 1 
O Setor de Planejamento de determinado órgão elaborou o seu plano estratégico junto a sua alta 
administração. Do ponto de vista administrativo, o plano foi bem elaborado, no entanto a estratégia 
não está sendo alcançada. A maioria dos servidores não tem conhecimento da missão, da visão de 
futuro, dos valores, nem sabe associar ao plano estratégico as atividades que executa no dia a dia 
do órgão. O mapa estratégico passou a ser um mero cartaz sem significado nas paredes do órgão. 
Considerando que o princípio constitucional da eficiência vem ganhando cada vez mais destaque 
nos processos de gestão nos órgãos públicos brasileiros; e considerando ainda que, para o alcance 
da eficiência, é necessário que os órgãos revisem suas estruturas, sua forma de funcionamento e, 
sobretudo, disponham de um plano bem estruturado para executar adequadamente a estratégia e 
garantir a qualidade dos serviços prestados à população, redija um texto dissertativo a respeito do 
referido plano estratégico. Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir. 
a) Discorra sobre planejamento estratégico e sua finalidade. 
b) Defina missão, visão e valores organizacionais. 
c) Aponte as possíveis falhas na execução da estratégia e as possíveis ações a serem adotadas para 
que a estratégia seja alcançada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ABORDAGEM TEÓRICA 
Meus amigos, entendo que esse é um tema introdutório, que deve ser do conhecimento de cada um 
de vocês. Assunto sempre muito lembrado para os cargos de Administração. 
Nas questões apresentadas, o último item sempre cobrará a apresentação de uma solução para o 
problema apresentado, na forma prevista pelo seu edital, ok? 
1. Planejamento 
O planejamento está inserido nos quatro principais processos administrativos (os demais são a 
organização, a direção e o controle). É por meio dele que a empresa define aonde quer chegar, em 
que prazo, com quais recursos e como fará para atingir estes objetivos. 
O processo de planejamento deve acontecer em todos os níveis da instituição, contudo eles serão 
diferenciados em função das suas abrangências, prazos e detalhamentos. Em virtude dessas 
especificidades, o planejamento divide-se em estratégico, tático e operacional. Na nossa revisão, 
trataremos sobre o planejamento estratégico, abordado pela questão a ser respondida. 
O planejamento estratégico é o de caráter mais amplo e abrangente. É de responsabilidade dos 
níveis hierárquicos mais elevados da empresa e é projetado para o longo prazo, tendo seus efeitos 
e desdobramentos projetados por vários anos à frente. É compreensivo, deve envolver a empresa 
em todos os seus níveis, abrange todos os recursos e áreas de atividade e preocupa-se em atingir os 
objetivos da organização como um todo. 
Possui como principal finalidade estabelecer a direção a ser seguida pela organização. Em outras 
palavras, pode-se afirmar que o planejamento estratégico tem a função de, por meio da estratégia, 
orientar a gestão das organizações e influenciar processo decisório de seus dirigentes. 
No processo de planejamento, define-se ou revisa-se a missão da organização, sua visão de futuro, 
seus valores e seus objetivos estratégicos, ou seja, formula-se a estratégia. Veremos do que se trata 
cada um desses pontos no tópico seguinte. 
2. Missão, visão, valores e objetivos estratégicos 
A missão de uma organização é a sua razão de existência. Funciona como o propósito orientador 
para atuação de uma organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Outrossim, 
comunica aos públicos internos e externos qual o papel da organização na sociedade. 
Na visão, define-se o que a organização pretende ser no futuro, isto é, o sonho da organização, a 
maneira como ela quer ser vista no futuro. Auxilia na definição dos objetivos organizacionais mais 
relevantes. Sob pena de perder sua credibilidade, deve ser elaborada de maneira consistente com a 
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realidade da empresa, ou seja, as situações sonhadas, expressadas pela visão, precisam ser possíveis, 
factíveis. 
Os valores são referências norteadoras da conduta dos colaboradores e informam qual o 
comportamento esperado no ambiente desta empresa. São definidos pela alta administração e 
revelam suas preferências e ideologias pessoais. Valores são princípios, crenças, normas e padrões 
que orientam o comportamento e a atuação da organização e que devem ser internalizados e 
incorporados por toda a equipe. 
Os objetivos estratégicos devem expressar o resultado que a organização como um todo pretende 
alcançar, exprimindo o que é essencial para o cumprimento da missão e o alcance da visão. São os 
alvos prioritários e convergentes para a organização e encontram-se atrelados às questões 
estratégicas e à visão de futuro organizacional. 
Uma vez conhecidos os pontos mencionados nesta revisão, acredito ser possível resolver à questão. 
Mãos à obra. 
 
 
 
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TEMA 2 
O chefe do Executivo local, conhecido como Aparício dos Santos, determinou que, em todas as placas 
de inauguração das novas vias pavimentadas em seu mandato na localidade denominada XPTO, 
fosse colocada a seguinte homenagem: “À minha querida e amada comunidade de XPTO, um 
presente especial e exclusivo do Aparício dos Santos, o único que sempre agiu em favor de nosso 
povo! ”. O Ministério Público estadual intimou o governante a fim de esclarecer a questão. 
Com base nessa situação hipotética, responda aos seguintes questionamentos. 
a) Nomine os princípios constitucionais expressos da administração pública. 
b) Explique o princípio da Administração Pública que foi violado e por que motivo. 
 
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ABORDAGEM TEÓRICA 
1. Princípios da Administração Publica 
Iniciando a revisão, é necessário que nos remetamos ao que consta no caput do art. 37 da CF/1988: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
Inicialmente, perceba que os princípios deverão ser obedecidos: 
1. Pela Administração direta e indireta de qualquer dos Poderes (lembre-se que a função 
administrativa é comum a todos os poderes); 
2. Por todos os entes federados (União, Estados, Municípios e DF). 
Tais princípios gozam de força normativa e imediata aplicabilidade, não dependendo de lei formal 
para produzirem efeitos e vincularem a Administração Pública. Essa força normativa pode bem ser 
exemplificada na análise feita pelo STF sobre o nepotismo. Na oportunidade, a Corte Suprema se 
manifestou no sentido de que a vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para que 
seja coibida, uma vez que a sua proibição decorre diretamente dos princípios contidos no caput do 
art. 37 da CF 88. 
Conforme vimos, os princípios explicitamente dispostos no art. 37 são: 
 
1. Legalidade 
O princípio da legalidade é inerente ao Estado de Direito, cuja característica basilar é a submissão 
do Estado ao ordenamento jurídico, aplicável a todos os cidadãos. 
Quando do estudo dos direitos e garantias fundamentais, mais precisamente no que se refere aos 
direitos e deveres individuais e coletivos, vê-se também a existência do princípio da legalidade, 
consagrado no art. 5°, II, da CF/1988, o qual prevê que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Assim, aos particulares é lícito fazer tudo que a lei não 
proíba, ou seja, a regra é a autonomia da vontade. 
No entanto, quando aplicado à administração pública, esse princípio possui uma acepção mais 
restrita, uma vez que está sujeita à indisponibilidade do interesse público. O poder de disposição da 
LIMPE
Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência
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coisa pública é de titularidade do povo, cuja vontade manifesta-se mediante a edição das leis, 
competência conferida a seus representantes. 
O administrador deve considerar o fato de que apenas “está” gestor, apenas administra a coisa 
pública, por isso não pode dela dispor ao seu livre alvedrio. Deve, pois, respeitar o que se encontra 
nas leis, a qual, ainda que indiretamente, expressa a vontade do verdadeiro titular do poder num 
regime democrático: o povo. 
Nesse sentido, o princípio da legalidade, no âmbito do direito administrativo, traduz a noção de que 
a administração pública somente pode atuar quando existir lei que assim determine ou autorize. 
Em outras palavras, a atuação da Administração só poderá ocorrer dentro dos limites estabelecidos 
pela lei, sendo vedada a prática de atos contrários a lei (contra legem) ou no silêncio da lei (praeter 
legem). 
Em síntese, princípio da legalidade quando aplicado aos particulares permite que seja feito tudo 
quanto a legislação não proíba; já quando aplicado à administração, permite que apenas seja feito 
o que é determinado ou autorizado pela lei. 
Finalmente, numa acepção mais ampla, exige-se que a administração atue não apenas conforme a 
lei, mas também em conformidade com os princípios jurídicos e com todo o sistema normativo, o 
que abrange, portanto, os atos infralegais (Portarias, Resoluções, Instruções Normativas, etc.). 
2. Impessoalidade 
Segundo tal princípio, a atividade pública deve buscar a satisfação do interesse geral, sem privilegiar 
certos membros em detrimento de outros. A doutrina defende que tal princípio tem dupla acepção, 
a saber: 
a. Na perspectiva do administrado, se subdivide em: 
i. Finalidade: toda a atuação da Administração deve ter como objetivo a satisfação do interesse 
público. Deve-se visar unicamente a vontade da lei em detrimento das vontades dos agentes 
públicos e de terceiros; 
ii. Isonomia: representa a garantia de os administrados receberem tratamento igualitário1, 
sendo, portanto, inconcebíveis perseguições ou favorecimentos por parte da Administração. 
Deriva de tal regra, por exemplo, a seleção por concurso público, assegurando igualdade de 
oportunidade a todos os candidatos; 
 
1 A regra é que o tratamento seja isonômico, exceto se houver motivo legalmente previsto que justifique tratamento distinto. 
São exemplos desse tipo de situação: o tratamento diferenciado às microempresas ou empresas de pequeno porte nas 
licitações públicas e as cotas para portadores de necessidades especiais em concursos públicos. 
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iii. Imparcialidade (menos conhecida): é a garantia de que a administração, ao decidir conflitos, 
não assumirá, de maneira antecipada ou preconcebida, posição favorável a qualquer dos lados. 
b. Sob a perspectiva do administrador, se subdivide em: 
i. Proibição de promoção pessoal do agente administrativo às custas da Administração. A 
vedação à autopromoção do administrador encontra-se expressa no §1° do art. 37, a saber: 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos 
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
ii. Os atos praticados pela Administração devem a ela ser imputados e não ao agente público que 
os pratica; é o que se chama princípio da imputação volitiva. Essa teoria se materializa quando 
se reconhece como válido ato praticado por agente investido no cargo ou função de maneira 
irregular (agente de fato), justamente sob o argumento de que tais atos são do órgão e não do 
agente. 
3. Moralidade 
A CF 88 de forma pioneira alçou a moralidade como vetor fundamental de atuação da Administração. 
De acordo com esse princípio, não bastará ao Administrador o estrito cumprimento do que 
determina a lei, mas, além disso, a observância de um padrão de conduta pautada por valores como 
honestidade, integridade, decoro e boa-fé. Os atos que, porventura, ofenderem tal princípio serão 
considerados ilegais, implicando a sua nulidade. 
A moralidade administrativa impõe um padrão de comportamento não só à Administração como 
também aos particulares que com ela se relacionem, como, por exemplo, os licitantes que venham 
a participar de um certame organizado por órgão ou entidade pública. 
O parâmetro a ser adotado para a sua verificação é a moralidade administrativa, cujo conceito é 
elaborado levando em consideração o conjunto de normas de direito, os princípios regentes da 
administração pública e até mesmo às práticas reiteradamente adotadas pelos órgãos públicos. 
Não há um conceito legal ou constitucional de moralidade administrativa: trata-se de um conceito 
jurídico indeterminado, construído conforme o entendimento da doutrina e jurisprudência. 
A moral administrativa (de natureza objetiva), não se confunde, em hipótese alguma, com a moral 
individual de cada ser humano, uma vez que não interessa para o direito as concepções íntimas de 
cada indivíduo, cuja natureza é essencialmentesubjetiva. 
O §4° do art. 37 da CF 88 aborda os atos de improbidade, espécie qualificada de afronta ao princípio 
moralidade. Vejamos: 
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§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a 
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma 
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Atos de improbidade são aqueles que, possuindo natureza civil e devidamente tipificados em lei 
federal (lei n° 8.429/92), ferem diretamente ou indiretamente os princípios constitucionais e legais 
da administração pública, independentemente de importarem enriquecimento ilícito ou de 
causarem prejuízo material ao erário público2. 
4. Publicidade 
Tal princípio exige que os atos administrativos sejam públicos, salvo interesse público que justifique 
o sigilo ou nos casos em que for necessário à proteção da intimidade e vida privada. Possui também 
dupla acepção, vejamos: 
a. Exigência de publicação em órgão oficial, como requisito de eficácia dos atos administrativos 
que produzam efeitos externos e dos que impliquem ônus ao patrimônio público3; 
b. Exigência de atuação administrativa transparente. Além do dever de divulgação dos atos 
administrativos praticados, é preciso que o Poder Público seja visto com clareza pelos cidadãos, 
por meio de informações precisas, compreensíveis, atualizadas, facilmente acessíveis e capazes 
de conduzir à participação e ao controle social da gestão pública por parte tanto dos cidadãos, 
quanto dos órgãos de controle. 
O princípio da publicidade se reflete em diversos dispositivos constitucionais, dentre eles o art. 5°, 
XXXIII; art. 37, §3°, II; e art. 39, §6°: 
Art. 5°, XXXIII: Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e 
do Estado. 
 
Art. 37, §3°: A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta 
e indireta, regulando especialmente: 
[...] 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, 
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
 
 
2 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p.390. 
3 ALEXANDRINO, Marcelo & PAULO, Vicente. Direito Constitucional Descomplicado, 16ª edição. Ed. Método, 2017, p. 360. 
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Art. 39, § 6º: Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do 
subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. 
Com vistas a dar maior efetividade a esse princípio, foi publicada a Lei 12.527/2011, Lei de Acesso à 
Informação (LAI). Essa norma, de abrangência nacional (válida, portando, para todos os entes da 
federação), estabelece procedimentos destinados a assegurar o direito fundamental de acesso à 
informação. 
5. Eficiência 
A Emenda Constitucional n° 19/1998 acrescentou expressamente o princípio da eficiência aos 
princípios da administração pública. Esse acréscimo ocorreu num contexto de uma perspectiva de 
mudança do modelo de gestão burocrático, essencialmente ligado à legalidade, para o modelo de 
administração gerencial, mais focado em resultados. 
O princípio da eficiência impõe à Administração a persecução do bem comum, primando pela adoção 
de critérios legais e morais necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos. 
Deve-se buscar a melhoria da qualidade dos serviços públicos, evitando desperdícios e garantindo a 
racionalidade dos gastos. Para atingir tais metas, a Administração depende tanto da atuação do 
agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, como também 
de uma organização, estruturação e emprego dos recursos humanos mais racional por parte da 
Administração. 
São decorrências desse princípio, por exemplo: 
▪ A previsão de um processo de avaliação periódica de desempenho para apurar a eficiência do 
servidor público estável, podendo implicar na perda do cargo (art. 41, III); e 
▪ A possibilidade de serem firmados os contratos de gestão entre as entidades da administração 
direta e indireta e o poder público. Os órgãos e entidades que firmem tais contratos fixando 
metas de desempenho, terão a sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira ampliada. 
Confiramos o dispositivo constitucional que trata do assunto: 
Art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de 
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade 
dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
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Finalizando essa revisão, importante mencionar que, além daqueles mencionados explicitamente no 
caput do art. 37, há uma série de outros princípios aplicáveis à Administração espalhados no texto 
constitucional, como, por exemplo, o princípio do contraditório e ampla defesa (art. 5°, LV)4 e o da 
celeridade processual (art. 5°, LXXVIII)5. 
Depois dessa breve revisão, acredito que temos todas as informações necessárias à resolução da 
questão. Vamos a ela! 
 
 
4 Art. 5°, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório 
e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
5 Art. 5°, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua tramitação. 
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 TEMA 3 
Heitor é funcionário de uma sociedade de economia mista prestadora de serviço público de 
saneamento, responsável pelas autorizações para ligação à rede pública de novas instalações 
pertencentes a empreendedores privados. Suas decisões são emitidas em processos administrativos 
iniciados pelos requerimentos dos interessados e instruídos com pareceres e vistorias técnicas. Foi 
apurado, após denúncia anônima, que Heitor recebeu gratificações por autorizações concedidas a 
empreendimentos irregulares. 
Com base nessas informações, responda fundamentadamente: 
 a. Considerando a relação funcional e a conduta de Heitor, em qual(is) esfera(s) e sob qual(is) 
fundamento(s) ele pode ser responsabilizado? 
b. A autorização concedida por Heitor nos autos dos processos administrativos pode ser anulada, 
revogada ou convalidada? Em que termos e limites? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ABORDAGEM TEÓRICA 
1. Lei de Improbidade Administrativa 
Os sujeitos ativos dos atos de improbidade administrativa são os legitimados para figurar no polo 
passivo da ação judicial de improbidade administrativa. Conjugando alguns dispositivos da Lei 
8.429/1992, é possível delimitar os seguintes sujeitos ativos: 
1. Agentes públicos (art. 2º, Lei 8.429/1992): enquadra-se nessa categoria todo aquele que 
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou 
função nas entidades mencionadas na Lei 8.429/1992; 
2. Terceiros (art. 3º, Lei 8.429/1992): as disposições da Lei de Improbidade Administrativa (LIA) 
são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou 
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta 
ou indireta. 
Assim, empregado público é considerado agente público para fins de tipificação de ato de 
improbidade. Além disso, os efeitos da lei também se estendem aos particulares que induzam, 
concorram para o ato ímprobo ou que dele se beneficiem. 
Nesse último ponto, faz-se necessária a seguinte ressalva: para que o terceiro seja responsabilizado 
pelas sanções da LIA, é fundamental que seja identificado algum agente público como autor da 
prática do ato de improbidade. Logo, não é possível que seja proposta ação de improbidade somente 
contra o terceiro, sem haver pelo menos um agente público no polo passivo da demanda. 
Como se sabe, segundo a referida lei, são espécies de ato ímprobo: 
1. Atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito (art. 9° da Lei 8.429/92); 
2. Atos de improbidade que causam prejuízo ao erário (art. 10 da Lei 8.429/92); 
3. Atos de improbidade decorrentes da concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro 
ou tributário (relacionado ao imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS) (art. 10-A da 
Lei 8.429/92); 
4. Atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública (art. 11 da 
Lei 8.429/92). 
No caso em apreço, trata-se de ato que importou enriquecimento ilícito. Um possível 
enquadramento é o que consta no inciso I, do art. 9°, da Lei 8.429/1992. 
 Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito 
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Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito 
auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, 
mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e 
notadamente: 
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra 
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou 
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por 
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; 
[...] 
Outrossim, a responsabilização por ato de improbidade não exclui a possibilidade de sua conduta 
caracterizar outros ilícitos na esfera criminal e administrativa ou mesmo civil, albergada pela conduta 
ímproba. Isso porque as referidas instâncias são independentes, nos termos estabelecidos pelo art. 
12 da LIA: 
“Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na 
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes 
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a 
gravidade do fato:” 
Assim, a ação civil de improbidade não exclui a possibilidade de sua conduta também tipificar crime 
e violação à legislação que rege a sua relação de trabalho, no caso, celetista. 
2. Atos Administrativos 
Segundo Maria Silvia Zanella Di Pietro6, o ato administrativo é uma declaração do Estado ou de 
quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime 
jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. 
Não obstante a existência de alguma divergência doutrinária quanto à nomenclatura, 
majoritariamente, reconhece-se a existência de 5 elementos ou requisitos do ato administrativo. 
São eles: 
1. Competência: é o poder atribuído ao agente para a prática do ato. Em outras palavras, é o 
responsável pela pratica de determinado ato administrativo. É definida em lei ou em atos 
normativos gerais, bem como, em algumas situações, decorre de previsão constitucional, não 
sendo possível a sua alteração por vontade das partes ou do administrador público. 
 
6 6 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. – 30.ed. Rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017. 
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2. Forma: é a exteriorização do ato, a sua materialização ou modo como se apresenta no mundo 
real. A regra na Administração Pública é que todos os atos são formais, diferentemente do 
direito privado que se aplica a liberdade das formas. 
3. Finalidade: é o que pretende com a prática do ato, ou seja, aquilo que se busca proteger com o 
ato administrativo. Divide-se em finalidade genérica (atendimento do interesse público, sempre 
presente) e finalidade específica (resultado específico de cada ato, definido em lei). 
4. Motivo: são as razões de fato e direito que dão ensejo à prática do ato, ou seja, a situação que 
gera a necessidade da Administração em praticar o ato administrativo. O pressuposto de direito 
é o dispositivo legal que respalda o ato administrativo; já o pressuposto de fato corresponde às 
circunstancias, situações, acontecimentos, que levam à prática do ato. 
5. Objeto: efeito jurídico imediato que o ato produz. Ou seja, o efeito causado pelo ato 
administrativo no mundo jurídico, em virtude da sua prática. 
Além disso, é fundamental o conhecimento da famosíssima Súmula 473 do STF: 
Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que 
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os 
casos, a apreciação judicial. 
Sabe-se os Atos Administrativos podem ser desfeitos por anulação ou revogação. A anulação, 
segundo Hely Lopes, é a declaração de invalidade de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita 
pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Fundamenta-se, pois, em razões de 
legitimidade e legitimidade. 
Assim, caso a Administração tome conhecimento de algum fato ilegal, contrário ao ordenamento 
jurídico, deve tomar as providências para a reestabelecer a legalidade administrativa, anulando o 
ato viciado. Observe que, de forma alguma, é possível a revogação, visto que é forma de 
desfazimento um ato válido, perfeito, mas que não é mais conveniente ou oportuno. 
Falemos acerca da convalidação. Um segundo conceito cobrado pela questão refere-se à 
convalidação. Convalidar o ato é torná-lo válido, efetuando correções, de forma que ele se torne 
perfeito e atenda às exigências legais. A correção do vício e consequente manutenção do ato deve 
atender sempre ao interesse público. 
Dessa forma, caso o interesse público exija, sendo sanável o vício, por oportunidade e conveniência, 
o ato pode ser convalidado, desde que não haja prejuízo a terceiros. 
A doutrina considera que a forma pode ser convalidada, desde que não seja fundamental à validade 
do ato.Dessa forma, se a lei estabelece forma determinada, não cabe convalidação. Outrossim, com 
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relação à competência, também é possível a convalidação desde que a competência não seja 
exclusiva de uma determinada autoridade ou quando não se tratar de matéria exclusiva. Já os vícios 
incidentes nos elementos finalidade, motivo e o objeto não podem ser convalidados, por sua 
própria essência. 
Considerando que, no caso, houve a emissão de autorizações para empreendimentos irregulares, 
constata-se a ocorrência de vício de motivo, visto que não havia pressuposto fático para a 
concessão operacionalizada pelo servidor. 
Ocorreu também vício de finalidade, visto que as autorizações dadas pelo servidor em nada se 
alinham com o interesse público. Esses atos visaram a, tão somente, o enriquecimento ilícito por 
parte do referido servidor. 
Sabe-se que, para que seja viável a convalidação, é necessário que os vícios incorridos nos atributos 
dos atos administrativos sejam sanáveis. Dessa forma, sendo os vícios apresentados insanáveis, 
inviabiliza-se a convalidação do ato. 
Bem, creio ser suficiente. Prossigamos. 
 
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2 PRÁTICA 
Caro aluno, agora é com você! Treine bastante com os temas expostos, lembrando-se sempre de 
aplicar o conhecimento acumulado nas aulas anteriores, tanto sob o ponto de visto da estrutura, 
quanto dos aspectos gramaticais. 
Lembrem-se de nos encaminhar seu texto, se assim desejarem, por meio da área do aluno, de forma 
manuscrita digitalizada, conforme explicado na aula 00 do curso. 
Para a sua redação, utilize a área abaixo, lembrando de especificar o número do texto escolhido no 
campo apropriado. Você pode nos encaminhar um arquivo único (em pdf) ou colar as imagens 
digitalizadas dentro de um documento em Word. 
As questões discursivas serão devolvidas exclusivamente ao aluno, por meio da área destinada ao 
curso no site do Estratégia Concursos. 
Desejamos um excelente trabalho a todos vocês! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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