Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Técnicas de comunicação Avaliação Clínica e Psicossocial na Enfermagem Universidade Paulista Profª Sandra Zeitoun Profª Laura Cristina Pimentel Dumbra Não basta falar, é preciso se comunicar Quem deseja de fato se comunicar precisa ter a compreensão de que cada um de nós processa as informações de maneira distinta e diferente. Conceito Fenômeno social, necessidade básica. Transmissão de valores, crenças, hábitos e comportamentos. Troca de informações materializadas por palavras ou por gestos/comportamentos; Elementos do Processo de Comunicação Emissor: emite a mensagem Mensagem: conteúdo da informação Canal: instrumento para transmissão Receptor: recebe a mensagem Formas de se comunicar Fala Escrita Desenho Gestos Sons Tipos de comunicação Verbal: Refere-se às palavras expressas por meio da palavra falada ou escrita. O conteúdo das palavras representa 10% da comunicação. O tom da voz em torno de 35%. Não verbal Ocorre por meio de gestos, silêncio, expressões faciais, postura corporal, aparência, vestimentas, etc. Representa 55% da comunicação. Comunicação Verbal É fundamental na relação enfermeiro-paciente. Melhora a quantidade e a qualidade dos dados obtidos. Amplia-se o conhecimento. Comunicação Verbal QUESTÕES ABERTAS: Criam um clima amistoso e de descontração. Beneficia a proximidade enfermeiro-paciente. Propiciam ao paciente de expor sua percepção sobre a situação Desvantagem: como as respostas tendem a ser longas, o paciente pode se desviar do foco do interesse do interesse e do tema abordado na questão. QUESTÕES FECHADAS: Evitam as respostas longas, permitindo ao enfermeiro focalizar certos aspectos da entrevista. Ex: “Você toma remédios quando sente dor?” Este tipo de questão tende a fazer com que o paciente se limite a quantidade de informações e fiquem mais na defensiva. Comunicação Verbal Qual é o ideal? Utilizar questões abertas: no início da entrevista; cada vez que mudar de tema ou quando for abordar aspectos mais íntimos ou que dizem respeito às necessidades psicossociais. Utilizar questões fechadas: quando houver necessidade de trazer o paciente de volta ao contexto da entrevista, e se forem necessários dados mais específicos sobre determinado tema QUESTÕES COMPLEMENTARES: Tem o objetivo de esclarecer e aprofundar as informações a respeito de um dado. Exemplo: P: “Quando sinto dor vou dormir”. E: “O que acontece com sua dor quando vai dormir?” P: “Não que eu vá dormir, mas ficar deitado alivia minha dor”. Comunicação Verbal O que devemos evitar? Perguntas tendenciosas ou que tenham caráter de julgamento, pois bloqueiam a livre expressão do paciente. Exemplo: E: “Na sua casa tem água encanada, não tem?” E: “Você não toma remédios sem prescrição médica quando tem dor, toma?” E: “Por que você toma remédios sem prescrição médica?” Comunicação Não Verbal A comunicação não envolve somente palavras, mas também a comunicação não verbal. Tentar descobrir o que o paciente quer dizer com os artifícios que utiliza, ajuda a compreender melhor esta pessoa. Exemplos: Gestos Postura Tom de voz Olhar. Paralinguagem: Qualquer som produzido pelo aparelho fonador que não faça parte do sistema sonoro da língua usada. Exemplos: Psssiu! - para pedir silêncio. Espirro ou tosse para disfarçar tensão ou chamar a atenção. Comunicação Não Verbal Tacêsica: É tudo que envolve a comunicação tátil. Toque instrumental Toque expressivo/afetivo Cinésica: Expressões / gestos / olhar Postura corporal Características físicas Exemplos: Bater o pé (impaciência, raiva). Encolher os ombros (dúvida, proteção). Roer as unhas (ansiedade, medo) Desvio do olhar (inibe a fala). Mexer no cabelo (insegurança) Proxêmica: Distância mantida entre as pessoas em um ambiente. Cuidado para não haver Invasão do espaço pessoal Distância íntima- toque a 45 cm Distância pessoal- 45 a 125 cm Distância social- 125 a 360 cm Distância pública- > 360 cm Fatores que interferem na comunicação Ambiente Nível intelectual Condições físicas e psicológicas Diferenças culturais Impaciência Uso de termos técnicos Preconceitos Empatia CAPACIDADE DE UMA PESSOA SE COLOCAR NO LUGAR DA OUTRA, PODENDO OU NÃO EXPERIMENTAR OS MESMOS SENTIMENTOS DELA, TRANSMITINDO ESSE ENTENDIMENTO DE FORMA ADEQUADA. Estabelecendo um relacionamento empático Pessoas empáticas tendem a minimizar o conflito, tornando a interação mais agradável. O empatizador expressa compreensão e aceitação, tanto de forma verbal como não verbal. A habilidade empática ocorre em duas etapas: Prestar atenção: significa estar com esse alguém fisicamente e psicologicamente. Ouvir sensivelmente: o bom ouvinte aprecia a outra pessoa tal como ela é, aceitando os seus sentimentos e idéias. COMPORTAMENTO EMPÁTICO Demonstrar atenção: Inclinar-se ao outro Contato ocular Postura relaxada Atentar às próprias reações REFERÊNCIAS CONSULTADAS Barros, ALBL, organizadora. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 3ª Ed; 2016. Materiais do acervo pessoal da docente (disponibilizado aos alunos).
Compartilhar