Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carvalho Página 1 A Aviação no Brasil Visando uma padronização internacional com o objetivo de harmonizar os interesses na exploração do transporte aéreo, sua segurança e desenvolvimento, o governo dos E.U. A, convidou em meados de 1944, 55 nações. Cinqüenta e duas, entre elas o Brasil, mandaram seus representantes à Convenção Internacional sobre Aviação Civil, realizada em 07 de dezembro de 1944 na cidade de Chicago. Além da harmonização dos interesses na exploração do transporte aéreo, sua segurança e desenvolvimento, a Convenção de Chicago teve também como objetivo o reconhecimento da soberania do Estado sobre seu espaço aéreo. Foi criada então a Organização de Aviação Civil Internacional – OACI, órgão normatizador, orientador e coordenador que estabelece os padrões internacionais e os procedimentos recomendados através dos anexos. O Governo brasileiro “ratificou” a Convenção de Chicago, a adoção de ¹padrões internacionais e as ²normas e métodos da OACI em 29 de maio de 1946. ¹- O Padrão é uma especificação cuja aplicação é considerada necessária à segurança e regularidade da navegação aérea. ²- O Método recomendado é de comum acordo, desejável, mas não essencial. Sem alterar o texto básico da Convenção, foram criados 18 (dezoito) anexos: Anexo 1: Licenciamento de Pessoal; Anexo 2: Regras de Tráfego Aéreo; Anexo 3: Serviços Meteorológicos; Anexo 4: Cartas Aeronáuticas; Anexo 5: Unidades Dimensionais; Anexo 6: Operação de Aeronaves; Anexo 7: Marcas de Nacionalidade e Registro das Aeronaves; Anexo 8: Aeronavegabilidade; Anexo 9: Facilidades; Anexo 10: Telecomunicações; Anexo 11: Serviços de Tráfego Aéreo; Anexo 12: Busca e Salvamento; Anexo 13: Investigação de Acidentes Aeronáuticos; Anexo 14: Aeródromos; Anexo 15: Serviços de Informações Aeronáuticas; Anexo 16: Proteção de Arredores (ruído de aeronaves); Anexo 17: Segurança (pirataria aérea); Anexo 18: Cargas Perigosas e Perecíveis, e Anexo 19: Gerenciamento da Segurança. Carvalho Página 2 Responsabilidades dos Países Contratantes: - Eliminação das Deficiências quanto à Segurança; - Incorporação de Progressos Tecnológicos e - Revisão Contínua dos Regulamentos. No Brasil coube ao Comando da Aeronáutica, subordinado ao Ministério da Defesa, a responsabilidade de aplicar as normas e os métodos recomendados pela OACI, cabendo a Agencia Nacional de Aviação Civil – ANAC, cuidar da aviação pública e privada, tendo competência para resolver assuntos ligados à licença de pessoal, aerodesportos, registros e vistorias através das Gerencias de Aviação Civil – GERAC. O Comando da Aeronáutica delegou poderes ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA para tratar de toda parte operacional e técnica que se refere à instalação e manutenção dos auxílios à navegação, meteorologia, controle de tráfego aéreo, comunicações, informações aeronáuticas, cartas/mapas, em fim, toda uma assistência técnica e operacional para utilização segura do espaço aéreo brasileiro. Devido à grande extensão territorial de nosso país, foram criados os Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – CINDACTA, responsáveis pelas principais rotas de entrada e saída do país. Cada CINDACTA responde por um Centro de Operações Militares – CopM, responsáveis pela Defesa Aérea Brasileira. A Importância comercial de duas das principais capitais do país, levou à criação do Serviço Regional de Proteção ao Vôo – SRPV, órgão responsável pela prestação dos serviços no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde hoje está a sua sede. Para efeito de Controle de Tráfego Aéreo e o Serviço de Busca e Salvamento, a jurisdição do espaço aéreo de responsabilidade do Brasil se estende até o meridiano 10ºW , próximo à costa do continente Africano. ( Doc. 8733/ANP/CAR/SAM ) COM AER ANAC DECEA SEDE COMAR I GERAC 1 CINDACTA IV BELÉM COMAR II GERAC 2 CINDACTA III RECIFE COMAR III GERAC 3 SRPV - RJ SÃO PAULO COMAR IV GERAC 4 SRPV - SP SÃO PAULO COMAR V GERAC 5 CINDACTA II CURITIBA COMAR VI GERAC 6 CINDACTA I BRASÍLIA COMAR VII GERAC 7 CINDACTA IV MANAUS Carvalho Página 3 F raseologia Padrão Como em toda profissão, existem expressões técnicas que aqui chamaremos de “Fraseologia Padrão”. A Fraselogia Padrão é um procedimento criado com o objetivo de garantir a uniformidade (padronização) das comunicações, reduzir ao mínimo o tempo de transmissão das mensagens e proporcionar autorizações claras e concisas (objetivas). Em todas as comunicações, deverá ser observada a todo o momento, a maior disciplina, utilizando-se a fraseologia adequada, evitando a transmissão de mensagens tais como: bom dia, boa viajem, feliz Natal, etc. Não devem ser utilizadas palavras que: a) Em virtude de sua semelhança fonética, possam gerar confusão no entendimento. Exemplo: aguardar x decolar; “hold” x “roll”; afirmativo x negativo. b) Sejam vazias de significado. Exemplo: OK , ah.....; é...é...é... No Brasil, o português deve ser o idioma normalmente utilizado. O Inglês será utilizado como idioma internacional. Será utilizado também o idioma espanhol naqueles espaços aéreos designados pelo DECEA em função de acordos internacionais. A Fraseologia não deve ser utilizada com a mistura de idiomas. Quando se desejar estabelecer contato, a comunicação deverá ser iniciada com uma chamada e uma resposta. Havendo a necessidade de soletrar, em radiofonia, nomes próprios, abreviaturas de serviços e palavras de pronuncia duvidosa, usa-se o alfabeto fonético. ALFABETO FONÉTICO A Alfa H Hotel O Oscar V Victor B Bravo I India P Papa W Whiskey C TCharlie J DJuliet Q Quebec X Ex-ray D Delta K Kilo R Romeu Y Yankee E Echo L Lima S Sierra Z Zulu F Foxtrot M Maike T Tango G Golf N November U IUniform Carvalho Página 4 Os Números serão ditos, algarismo por algarismo, pronunciando-se todos os dígitos separadamente. ALGARISMOS Português Inglês Português Inglês 0 Ze ro Zi ro 5 Cin co Fa if 1 Uno Uan 6 Meia Siks 2 Dois Tu 7 Se te Sev’n 3 Três Tri 8 Oito Eit 4 Qua tro Fo ar 9 No ve Nai na Os milhares redondos serão transmitidos pronunciando-se o dígito correspondente ao milhar seguido da palavra “MIL”. Ex: 5.000 = cinco mil; 10.000 = uno zero mil O Algarismo seis deverá ser pronunciado “MEIA”, evitando-se o entendimento de três. A distancia de 6NM deve ser pronunciada meia dúzia de milhas, evitando-se o entendimento de meia milha (0,5NM). Os números que contenham decimal serão transmitidos pronunciando-se a palavra decimal no lugar da virgula. As horas normalmente só serão transmitidos os minutos, a menos que possa causar confusão, neste caso deverá ser incluída a hora. Ao se efetuar testes dos equipamentos radiotelefônicos, deverá ser usada a seguinte escala de “CLAREZA”. 1 = Ininteligível; 2= Inteligível por vezes; 3= Inteligível com dificuldades; 4= Inteligível e 5=Perfeitamente Inteligível. As aerovias serão identificadas pelo Alfabeto Fonético, exceção feita para K,U e S, que serão pronunciadas: K=KOPTER; (identifica uma aerovia para helicópteros) U=UPPER; e ( identifica as aerovias superiores) S= SUPERSONIC . ( identifica uma aerovia para aeronaves supersonicas ) Carvalho Página 5 A breviaturas O dinâmico mundo da aviação requer celeridade nas tomadas de decisão, cabendo a OACI como órgão normatizador internacional, criar meios de tornar cada vez mais rápidas as comunicações. Daí as principais abreviaturas terem origem no idioma Inglês e poderão ser pronunciadas de forma não fonética letra por letra ou través do alfabeto fonético. Outras serão pronunciadas como se escreve, em vez de se utilizar o alfabeto fonético. Serviços de Tráfego Aéreo ACC = Centro de Controle de Área ATS ATC APP = Controle de Aproximação Serviço de Tráfego Aéreo TWR= Torre de Controle AIS = Serviço de Informações Aeronáuticas AFIS= Serviço de Informação de Vôo de Aeródromo FIS = Serviço de Informação de Vôo AFS= Serviço Fixo Aeronáutico. Dentre os Serviços de Tráfego Aéreo (ATS) está o Controle de Tráfego Aéreo (ATC). Áreas ATZ =Zona de Tráfego do Aeródromo. CTR = Região de Controle de Tráfego. TMA = Área de Controle Terminal. FIR = Região de Informação de Vôo. UTA = Área Superior de Controle. RNAV= Rota de Navegação de Área. CTA = Controle de Tráfego Aéreo. Cartas ARC = Carta de área. IAL = Carta de Descida por Instrumentos. ERC = Carta de rota. VAL = Carta de Aproximação Visual. SID = Carta de Subida por Instrumentos. WAC = Carta Aeronáutica Mundial. < ERC ARC > Carvalho Página 6 Regras e Condições VFR = Regras de Vôo Visual AGL = Acima do Nível do Solo IFR = Regras de Vôo por Instrumentos MSL =Nível Médio do Mar VMC = Condições Meteorológicas Visuais ABM = Través. IMC = Condições Meteorológicas por Instrumentos. GND = Solo. FL = Nível de Vôo. CLR = Autorização. Estimados EST = Estimado. EAT = Hora Estimada de Aproximação. ETO = Hora Estimada de Sobrevôo. EET = Tempo Estimado de Vôo. ETA = Hora Estimada de Chegada. EOBT = Hora Estimada de Calços Fora. ETD = Hora Estimada de Decolagem. Plano de Vôo PLN = Plano de Vôo. FPL = Plano de Vôo Apresentado. CPL = Plano de Vôo em Vigor. SPL = Plano de Vôo Suplementar. RPL = Plano de Vôo Repetitivo. AFIL = Plano de Vôo apresentado em vôo. CHG = Mensagem de Modificação. CNL = Mensagem de Cancelamento. DLA = Mensagem de Atraso. AWY = Aerovia. RWY = Pista de Pouso/Decolagem. TWY = Pista de Taxi. DEP = Decolagem. ARR= Pouso. ACFT = Aeronave. AD = Aeródromo. ALTN = Alternativa. RMK = Observações. PLN > Horários H24 = Operação Diuturna . HS = Opera para Vôos Regulares. HJ = Operação Diurna. HX = Opera em Horários Indeterminados. HN = Operação Noturna. Publicações AIP = Publicação de Informações Aeronáuticas. ROTAER = Rotas Aeronáuticas. AIC = Circular de Informações Aeronáuticas. NOTAM = ”Notice to Air Man”. SIGMET = Informação Meteorológica de Segurança. Carvalho Página 7 D efinições AERÓDROMO: Área definida sobre a terra, água ou superfície flutuante, destinada à chegada, partida e movimentação de aeronaves. AEROPORTO: Aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves e de embarque e de desembarque de pessoas e cargas. AERÓDROMO IMPRATICÁVEL: Aeródromo cujas condições de praticabilidade das pistas estão prejudicadas devido a anormalidades ( aeronave acidentada, alagamento ou piso em mau estado ), determinando a suspensão das operações de pouso e decolagem. AERÓDROMO INTERDITADO : Aeródromo cujas condições de segurança (chegada e saída de aeronave presidencial, operações militares, ordem interna, etc.) determinam a suspensão das operações de pouso e decolagem. AERONAVE: Aparelho manobrável em vôo, capaz de se sustentar e circular no espaço mediante reações aerodinâmicas e capaz de transportar pessoas ou coisas. AEROVIA: Área de controle ou parte dela disposta em forma de corredor e provida de auxílios rádio à navegação. AJUSTE A ZERO: Pressão barométrica de um determinado ponto do solo (estação ou aeródromo), expressa em hPa; quando introduzida no altímetro de bordo, este indicará a altura zero, quando a aeronave ali pousar. AJUSTE DO ALTÍMETRO: Pressão barométrica de um determinado ponto do solo (estação ou aeródromo), expressa em hPa, reduzida ao nível médio do mar, quando introduzida no altímetro de bordo, este indicará a altitude do aeródromo, quando a aeronave ali pousar. ALTITUDE: Distância vertical de um nível, num ponto ou objeto considerado como ponto, medido a partir do nível médio do mar. ALTURA: Distância vertical de um nível, ponto ou objeto considerado como ponto, medida a partir de determinada referência. ALTITUDE DE TRANSIÇÃO: Altitude na qual, ou abaixo da qual, a posição vertical de uma aeronave é controlada em termos de altitude. ÁREA DE ASSESSORAMENTO: Área compreendida dentro de uma FIR, onde se presta o serviço de assessoramentode tráfego aéreo. ÁREA DE CONTROLE: Área sobre a qual o espaço aéreo é controlado e estende- se para cima a partir de um limite especificado. ÁREA DE CONTROLE TERMINAL: Área de controle situada na confluência de rotas ATS e nas imediações de um ou mais aeródromos. ÁREA DE MANOBRAS: Parte do aeródromo destinada ao pouso, decolagem e taxi de aeronaves, excluídos os pátios. ÁREA DE MOVIMENTO: Parte do aeródromo que contém a área de manobras e os pátios. ÁREA PERIGOSA (SBD): Espaço aéreo de dimensões definidas dentro do qual existem riscos potenciais ou atuais para navegação aérea. Carvalho Página 8 ÁREA PROIBIDA (SBP): Espaço aéreo de dimensões definidas, em que o vôo é proibido. ÁREA RESTRITA (SBR): Espaço aéreo de dimensões definidas, em que o vôo só poderá ser realizado sob condições pré-estabelecidas. AUTORIZAÇÃO DE CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO: Autorização para que uma aeronave proceda de acordo com as condições especificadas por um órgão de controle de tráfego aéreo (ATC). AUTORIZAÇÃO DE TRÁFEGO: Posição de torre de controle de aeródromo, com freqüência específica, cujo uso é limitado às comunicações entre a torre de controle e as aeronaves , no solo, com a finalidade de expedir autorização de controle de tráfego aéreo. TWR > CAMADA DE TRANSIÇÃO: Espaço aéreo entre a altitude de transição e o nível de transição. CÓDIGO TRANSPONDER (CÓDIGO SSR): Número designado para um determinado sinal de resposta de múltiplos impulsos, transmitido por um transponder. CÓDIGO DISCRETO: É um código SSR de quatro dígitos que não termina em “00”, zero - zero. CÓDIGO NÃO DISCRETO: É o código SSR que termina em zero - zero. EXPLORADOR: Pessoa, organização ou empresa que se dedica ou se propõe à exploração de aeronaves. FASES DE EMERGÊNCIA: Expressão genérica que significa, segundo o caso, fase de incerteza, fase de alerta ou fase de perigo, cabendo ao órgão do serviço de tráfego aéreo (ATS), procedimentos específicos de acordo com a fase. FASE DE INCERTEZA : Situação na qual existem dúvida quanto à segurança de uma aeronave e seus ocupantes. FASE DE ALERTA: Situação na qual existe apreensão quanto à segurança de uma aeronave e seus ocupantes. FASE DE PERIGO: Situação na qual existe razoável certeza de que uma aeronave e seus ocupantes estão ameaçados por grave e iminente perigo e necessitam de assistência. INDICADOR DE LOCALIDADE: Grupo de código de quatro letras formulado de acordo com as disposição prescritas pela OACI e consignado a uma localidade. Carvalho Página 9 INFORMAÇÃO DE TRÁFEGO: Informação emitida por um órgão ATS, para alertar um piloto sobre outro tráfego aéreo conhecido ou observado que possa estar nas imediações de posição ou rota desejada de vôo, e para auxiliá-lo a evitar uma colisão. INSTRUÇÕES DE CONTROLE DE TRÁFEGO: Diretrizes expedidas pelo ATC com a finalidade de exigir que o piloto tome determinadas medidas. LIMITE DE AUTORIZAÇÃO: Ponto até o qual se concede autorização de tráfego aéreo a uma aeronave. LUZ AERONÁUTICA DE SUPERFÍCIE: Toda luz especialmente instalada para servir de auxílio à navegação aérea, exceto as exibidas pela aeronaves. LUZES DE CABECEIRA: Luzes aeronáuticas de superfície distribuídas de modo a indicar os limites longitudinais da pista. LUZES DE OBSTÁCULOS: Luzes aeronáuticas de superfície destinadas a indicar obstáculos à navegação aérea. LUZES DE PISTA: Luzes aeronáuticas de superfície dispostas ao longo da pista, indicando sua direção e limites laterais. LUZES DE PISTA DE TÁXI: Luzes aeronáuticas de superfície distribuídas ao longo da pista de táxi. NÍVEL :Termo genérico referente à posição vertical de uma aeronave em voo, que significa, indistintamente, altura, altitude ou nível de voo. NÍVEL DE CRUZEIRO: Nível que se mantém durante uma etapa considerável do vôo. NÍVEL DE TRANSIÇÃO: Nível de vôo mais baixo disponível para uso, acima da altitude de transição. NÍVEL DE VOO: Superfície de pressão atmosférica constante, relacionada com uma determinada referência de pressão, 1013.2 hectopascais, e que está separada de outras superfícies análogas por determinados intervalos de pressão. NOTA : O altímetro de pressão, calibrado de acordo com a atmosfera padrão, indicará: a) altitude - quando ajustado para " ajuste de altímetro" (QNH); b) altura - quando ajustado para " ajuste a zero" (QFE); e c) nível de vôo - quando ajustado para a pressão de 1013.2 hPa (QNE) QNE (1013,2 hPa) Voando nível de vôo Nível de Transição Camada de Transição QNH (Ajuste local) Voando altitude de vôo Altitude de Transição Carvalho Página 10 NOTAM: Notice to Ar Man, é o meio mais rápido de divulgação de informações relativas à segurança da navegação aérea. PERNA BASE: Trajetória de vôo perpendicular à pista, compreendida entre a perna do vento e a reta final. PERNA CONTRA O VENTO: trajetória de vôo paralela à pista em uso, no sentido do pouso. PERNA DE TRAVÉS: trajetória de vôo perpendicular à pista em uso, compreendida entre a perna contra o vento e perna do vento; PERNA DO VENTO : trajetória de vôo paralela à pista em uso, no sentido contrário ao do pouso; RETA FINAL : trajetória de vôo no sentido do pouso e no prolongamento do eixo da pista compreendida entre a perna base e a cabeceira da pista em uso. Quando superior a 7 Km (4NM) numa aproximação VFR ou 15 Km ( 8NM) numa aproximação IFR, considera-se RETA FINAL LONGA. PONTO DE NOTIFICAÇÃO: Lugar geográfico especificado, em relação ao qual uma aeronave pode notificar (informar) sua posição. PROA: Direção em que aponta o eixo longitudinal de uma aeronave, usualmente expressa em graus a partir do Norte (geográfico, magnético, da bússola). ROTA: Projeção sobre a superfície terrestre da trajetória prevista ou percorrida por uma aeronave. RUMO: Direção expressa em graus de 000° a 360°, a partir do Norte (verdadeiro ou magnético), no sentido do movimento dos ponteiros do relógio. POUSO DE EMERGÊNCIA: Pouso de conseqüências imprevisíveis que, embora não seja um pouso forçado, requerprecauções em virtude da deficiência técnica apresentada pela aeronave. POUSO FORÇADO: Pouso realizado em emergência, sob pena de grave risco para seus ocupantes. Situação grave, que requer pouso imediato em qualquer lugar. QUASE COLISÃO: Condição de aproximação entre aeronaves ou obstáculos, que exija mudanças bruscas e imediatas. RISCO DE COLISÃO: Condição de apreensão quanto à segurança da aeronave, que requer uma ação planejada e coordenada. Carvalho Página 11 SERVIÇO DE ALERTA (AS): Serviço prestado para notificar os órgãos apropriados a respeito das aeronaves que necessitam ajuda de busca e salvamento e para auxiliar tais órgãos no que for necessário. SERVIÇO AUTOMÁTICO DE INFORMAÇÃO DE TERMINAL (ATIS): Gravação contínua e atualizada em canal específico para aeronaves que chegam e que partem. SISTEMA ANTICOLISÃO DE BORDO (ACAS): Sistema em aeronave baseado em sinais de transponder do radar secundário de vigilância (SSR) que opera independentemente do equipamento de terra para prover aviso ao piloto sobre possíveis conflitos entre aeronaves equipadas com transponder. TETO: Altura acima do solo ou água, da base da mais baixa camada de nuvens, abaixo de 6.000 metros (20.000pés) que cubra mais da metade do céu. TRÁFEGO ESSENCIAL: Tráfego observado que possa vir a interferir ou causar perigo a outra aeronave. VETORAÇÃO RADAR: Uso do radar para orientação da navegação de aeronaves em forma de rumos específicos, baseada na observação radar, cuja responsabilidade é do órgão ATC (Controlador de Vôo). VIGILÂNCIA RADAR: Uso do radar para fornecer informações e assessoramento sobre desvios significativos da aeronave, cuja navegação é de responsabilidade do piloto. RADAR: Equipamento de rádio-detecção que fornece informações de distância, azimute e/ou elevação de objetos. a) RADAR DE VIGILÂNCIA: Utilizado para determinar a posição das aeronaves em distância e azimute. b) RADAR PRIMÁRIO: Utiliza sinais de rádio refletidos da fuselagem metálica das aeronaves. c) RADAR SECUNDÁRIO: Sinal de rádio emitido por uma estação radar recebe um sinal resposta emitido por outra estação. ZONA DE CONTROLE: Espaço aéreo controlado que se estende do solo até um limite superior especificado. ZONA DE TRÁFEGO DE AERÓDROMO: Espaço aéreo de dimensões definidas estabelecido em torno de um aeródromo para proteção do tráfego do aeródromo. Carvalho Página 12 A eródromos Classificação dos Aeródromos: Público – Destinado ao tráfego Civis – Destinado, em princípio, de aeronaves em geral. Aeródromos às aeronaves civis. Público Restrito – Pertencente Militares – Destinado às aeronaves a entidades públicas. militares, podendo em casos específicos ser usados por Privados –Aeródromo particular aeronaves civis. cuja exploração comercial é proibida. Domésticos - Destinado ao tráfego nacional de aeronaves. Aeroportos Internacionais – Destinado às aeronaves civis nacionais ou estrangeiras, e deverão ser compulsoriamente utilizados como primeira escala por ocasião da entrada e como última por ocasião da saída do território brasileiro. Alternativa – Serão utilizados por aeronaves nacionais ou estrangeiras, conforme o caso, quando houver impossibilidade de usar o aeroporto de partida/decolagem. Construção dos Aeródromos Os Aeródromos civis brasileiros, para serem construídos, necessitarão de prévia autorização do COMAR responsável pela área onde se localiza o aeródromo. Os Aeródromos públicos serão construídos, mantidos e explorados pelo Comando da Aeronáutica. Os Aeródromos privados serão construídos, mantidos e operados por seus proprietários. Nenhum aeródromo será utilizado por aeronaves civis, se não estiver registrado ou homologado. REGISTRO DE UM AERÓDROMO: É o ato oficial através do qual o comandante do COMAR ( Representa a FAB na região ) autoriza a utilização de um aeródromo privado. HOMOLOGAÇÃO DE UM AERÓDROMO: É o ato oficial através do qual o Diretor da ANAC autoriza a utilização de um aeródromo público. Carvalho Página 13 Orientação das Cabeceiras Na construção de uma pista devem ser observados fatores como a declinação do terreno, resistência do solo, direção do vento predominante, área total de ocupação, área de segurança em torno do aeródromo, proximidade do setor urbano, facilidades de transporte entre outros. Através de equipamentos é determinado o rumo da pista, que deve ser orientado tendo como referencia o Norte Magnético. Então como exemplo, encontramos o rumo de 022°, usa-se o seguinte “artifício”, dividindo os números naturais em dois grupos iguais, observe em qual grupo deverá ficar a unidade do rumo encontrado: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Neste caso aproxima-se o rumo para a centena inferior e teremos: 020º. Desprezamos a unidade e a cabeceira da pista terá como orientação: RWY 02. Se o rumo encontrado tiver em sua unidade algarismo maior que 5, exemplo: Rumo Magnético 358°: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Aproxima-se o rumo para a centena superior e teremos: 360º. Desprezamos a unidade e a cabeceira da pista terá como orientação: RWY 36. Designadores de Pista Quando houver pistas paralelas, serão designadas como: L ( left), R ( right) e C ( Center), tantas quanto houver. 022º ° 358º Carvalho Página 14 Auxílio Visual de Localização Farol de Aeródromo - Utilizado para indicar a posição de um aeródromo. Deve emitir fachos de cor verde alternados com branco, ou somente fachos brancos, e deve estar situado dentro do aeródromo ou em suas adjacências. Diferentemente do farol marítimo que emite fachos de luz em vermelho e branco. O farol do aeródromo deverá ser ligado à ¹noite, indicando que há um aeródromo em funcionamento com operação noturna. Se ligado durante o ²dia, indicará que as operações visuais (VFR) estão suspensas e que somente vôos visuais especiais (VFR ESP) e/ou instrumentos (IFR), estão sendo permitidos.Se desligado durante a noite, indicará que as operações visuais (VFR) estão suspensas e que somente voos Instrumentos (IFR) serão permitidos. ¹- NOITE – Período compreendido entre o por e o nascer do sol. ²- DIA – Período compreendido entre o nascer e o por do sol. Mínimos Operacionais A fixação dos mínimos meteorológicos operacionais é da competência do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Teto = 1.500 pés. Visual (VFR) ( diurno / noturno) Visibilidade = 5.000 metros. Teto = 1.000 pés. Visual Especial (VFR ESP) ( apenas no período diurno) Visibilidade = 3.000 metros. DEP= Ver valores constantes na tabela de decolagem por instrumentos ( SID) conforme a categoria da aeronave. Instrumentos ( IFR) ( diurno / noturno) ARR= Ver valores constantes na tabela de pouso por instrumentos ( IAL) conforme procedimento usado. Indicadores de Localidades Para fins aeronáuticos, os indicadores de localidades brasileiras são distribuídos dentro das séries: SBAA / SBZZ – Indicam localidades providas de estações de comunicações que executam o Serviço Fixo Aeronáutico. (TWR, APP e/ou AFIS ) SDAA /SDZZ; SIAA /SIZZ; SJAA /SJAA; Indicam localidades brasileiras que não possuem Serviço Fixo SNAA/SNZZ; Aeronáutico. SSAA /SSZZ e SWAA/SWZZ. Carvalho Página 15 A eronaves AERONAVE: Aparelho manobrável em vôo, capaz de se sustentar e circular no espaço mediante reações aerodinâmicas e capaz de transportar pessoas ou coisas. Públicas Governo Federal Civis Governos Estaduais Prefeituras Municipais Transporte Aéreo Regular – Empresas Aéreas Privadas Serviços das Entidades da Administração Pública federal, estadual ou municipal. Serviços Aéreos Privados: recreio, desportivo, instrução, serviços Militares aéreos especializados. Marcas e Nacionalidade das Aeronaves A Organização de Aviação Civil Internacional - OACI reservou quatro grupos de letras para identificar as aeronaves brasileiras: PP PR PT PU As aeronaves militares brasileiras serão identificadas por números que geralmente indicam o tipo da aeronave. Ex: FAB2505 = C-91 (Avro); FAB2286=C95 (Bandeirante); FAB4940=F103(Mirage); MAR1012=A4 (Skyhawk); EXB2012=HM1 (Pantera). Só serão consideradas aeronaves brasileiras, aquelas que possuam matrícula brasileira. Nenhuma aeronave brasileira poderá ser utilizada sem que esteja munida do certificado de matrícula. Nas marcas de matrícula não poderão constar: a) letras acentuadas; b) as que se iniciam com “Q”; c) as que tenham “W” como segunda letra; d) as combinações: SOS – Sinal de Socorro. XXX – Sinal de Urgência (telegrafia). TTT – Sinal de Segurança. PAN – Sinal de Urgência (fonia). IFR – Vôo por Instrumentos. VFR – Vôos Visuais. d) Combinações que em nosso idioma sejam obscenas ou possam trazer algum constrangimento. Carvalho Página 16 R egras do Ar O Brasil adotou as ¹normas e ²métodos recomendados pelo Conselho da OACI, mas comunicou suas diferenças entre os regulamentos nacionais e estas normas e métodos. ¹- A Norma ou Padrão é uma especificação cuja aplicação é considerada necessária à segurança e regularidade da navegação aérea. ²- O Método recomendado é de comum acordo, desejável, mas não essencial. Isto quer dizer que o Brasil como nação soberana possui suas próprias leis e regulamentações nacionais (Constituição, Código Brasileiro de Aeronáutica, Consolidação das Leis Trabalhistas, Código Civil, Código de Direitos do Consumidor, entre outros) que conforme o caso poderá ou não se adequar às normas e recomendações da OACI. Àquelas regulamentações nacionais que não se “enquadrarem”, serão objeto de um documento chamado de “DIFERENÇAS”, que deve ser informado ao Conselho da OACI. Na verdade, todos os signatários devem comunicar suas diferenças e isso torna a OACI órgão unanime na aviação mundial, contudo respeitando-se a lei de cada país. Sistema Horário Nos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS) e nas comunicações orais e escritas, usa- se o Tempo Universal Coordenado (UTC), uma combinação do Tempo Universal com o Tempo Atômico Internacional (TAI) e que substitui a Hora Média de Greenwich (GMT), conseqüentemente a hora oficial de Brasília. Ou seja, no mundo da aviação, teremos um único horário em qualquer parte do globo, não importa se é dia ou noite, a hora será igual para todos. Imagine uma aeronave decolando de Rio Branco e que seu tempo total de vôo – EET, fosse de cinco horas para chegar em Fernando de Noronha, esta aeronave,chegaria no mesmo horário que decolou da Capital do Acre. Carvalho Página 17 O Piloto O piloto em comando será o responsável para que a operação se realize de acordo com as Regras do Ar, podendo delas se desviar somente quando necessário para atendimento às exigências de segurança. Antes de iniciar um vôo, o piloto deve procurar conhecer todas as informações relativas à operação, tais como: informações meteorológicas, funcionamento dos auxílios-rádio e luminosos dos aeródromos envolvidos, das exigências relativas ao combustível e o procedimento de alternativa. Os órgãos ATS, por ocasião do recebimento do Plano de Vôo (PLN), considerarão que as condições verificadas pelo piloto, atendem às exigências da Regulamentação em Vigor. O Piloto em Comando de uma aeronave terá autoridade decisória em tudo exercendo autoridade sobre as pessoas e coisas que estiverem a bordo, será responsável pela guarda de valores, mercadorias, bagagens despachadas e mala postal, desde que lhe sejam garantidas, condições de verificar a quantidade e o estado das mesmas e poderá: a) desembarcar pessoas ou coisas desde que comprometam a boa ordem e disciplina, ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo. b) tomar medidas necessárias à proteção da aeronave e das pessoas ou bens transportados. c) alijar (livrar-se)a carga ou parte dela, quando indispensável para a segurança do vôo. Não poderá qualquer tripulante estar sob influência de bebidas alcoólicas, intoxicantes, narcóticos ou drogas que lhe diminuam a capacidade de agir. Autonomia Existe uma codificação internacional, onde “A” corresponde ao aeródromo de decolagem, “B” simboliza o aeródromo de destino e “C” o aeródromo de alternativa. Aeronave à reação: A+B+10%+C+10 minutos. IFR Aeronaves turbo-hélice: A+B+C+45 minutos. Helicópteros : A +B +C +30 minutos Diurno ACFT=A+B+30 minutos Helic=A+B+20 minutos VFR Noturno ACFT=A+B+45 minutos Helic=A+B+30 minutos Local ACFT=A+B+45 minutos Helic=A+B+20 minutos Ref: RBHA 91 - Regras Gerais de Operação para Aeronaves Civis; RBHA 121 – Requisitos Operacionais: Operações Domésticas; RBHA 135 - Requisitos Operacionais: Operações Complementares e por demanda. Carvalho Página 18 Autorizações Exceto quando no pouso ou decolagem, ou quando autorizado pelo DECEA, nenhuma aeronave voará sobre as cidades, povoados, lugares habitados ou sobre grupo de pessoas ao ar livre, em altura que lhe permita em caso de emergência, pousar em segurança e sem perigo para as pessoas ou propriedades na superfície. Nível de Cruzeiro Será o nível de vôo escolhido pelo comandante para um vôo realizado acima da altitude de transição ou a altitude que este escolher, para realizar um vôo na altitude de transição ou abaixo. TABELA PARA OS VÔOS IFR TABELA PARA OS VÔOS VFR NOTAS: 1) Nos rumos entre 180º e 359º observa-se níveis pares tanto para os vôos IFR, como para os vôos VFR. 2) Nos rumos entre 000º ou 360º e 179º observa-se níveis ímpares. 3) A distância vertical entre vôos sob a mesma regra é de 1000 pés e entre vôos sob regras diferentes é de 500 pés. 4) O mais alto nível de vôo que se pode manter em condições VFR, independente do rumo magnético é o FL145. 5) A partir do FL 410, a distância vertical é de 2000 pés. 6) O Nível mínimo de uma aerovia será 500 pés abaixo do menor nível de vôo IFR constante na carta. 7) Portanto em uma aerovia, um vôo VFR poderá manter 500 pés abaixo do nível mínimo IFR da aerovia, constante na carta. Carvalho Página 19 Autoridade Competente PULVERIZAÇÕES Pulverizações, Reboques, Lançamento de pára-quedas ou objetos e os Vôos acrobáticos, serão autorizados pelo SRPV ou CINDACTA com jurisdição sobre a área. Esta autorização tem como finalidade específica, garantir a coordenação e o Controle de Tráfego Aéreo, não estando implícita qualquer autorização para a realização da atividade técnica da operação. REBOQUES LANÇAMENTOS VÔOS ACROBÁTICOS Carvalho Página 20 Prevenção de Colisões Nenhuma aeronave voará tão próxima à outra de modo que possa ocasionar perigo de colisão. Os vôos de formação devem ser antecipadamente autorizados: Militares Comandante da unidade à qual se subordinam. Aeronaves Civis por órgão competente da ANAC ( GERAC) Direito de Passagem A aeronave que tem direito de passagem deve manter seu rumo e velocidade, porém estas regras não eximem o piloto de proceder no sentido de evitar uma colisão. A aeronave que estiver à direita tem o direito de passagem. A aeronave que estiver à esquerda deverá alterar seu rumo e/ou velocidade, evitando passar por cima ou por baixo ou cruzar a frente. (fig 01 ) CONVERGENCIA Fig 01 APROXIMAÇÃO DE FRENTE Fig 02 Quando duas aeronaves se aproximam de frente ou quase de frente, ambas alterarão seus rumos para a direita. ( fig 02) É regra básica que na prestação do Serviço de Controle de Tráfego, o Controlador de Voo não permitirá que aeronaves em vôo IFR se aproximem de modo que necessite uma ação evasiva por parte da tripulação. Portanto as ações aqui descritas se aplicarão aos voos VFR em espaços aéreos aonde não se aplica o Controle de Tráfego. Contudo os Comandantes de aeronaves, seja qual for a regra de voo, deverão ter sempre em mente o principio “ VER E EVITAR”. Carvalho Página 21 Prioridades BALÕES PLANADORES DIRIGÍVEIS Aeronaves mais pesadas que o ar , propulsadas mecanicamente, cederão passagem aos dirigíveis, planadores e balões. Os dirigíveis cederão passagem aos planadores e balões. Os planadores cederão passagem aos balões. Aeronaves propulsadas mecanicamente cederão passagem as que venham rebocando aeronaves ou objetos. BiPeDe – “Balão - Planador – Dirigível”. Observe como um avião se parece com um pássaro. Ambos têm muito em comum: asas, cauda, forma aerodinâmica, “trem de pouso”, se sustentam no ar através de reações aerodinâmicas, etc. Nada mais fácil, lembrar-se da palavra BiPeDe para criar um processo minemônico. Ultrapassagem Aeronave ultrapassadora é aquela que se aproxima de outra, por trás, numa linha que forme um ângulo inferior de 70 graus com o plano de simetria da aeronave que vai ser ultrapassada. Toda aeronave que estiver sendo ultrapassada por outra terá o direito de passagem e a aeronave ultrapassadora, quer esteja subindo, descendo ou em voo nivelado, deverá manter-se fora da trajetória da primeira, modificando seu rumo para a direita. Nenhuma mudança subsequente na posição relativa de ambas as aeronaves eximirá dessa obrigação a aeronave ultrapassadora, até que se tenha completado integralmente a ultrapassagem. Carvalho Página 22Pouso As aeronaves em voo e, também, as que estiverem operando em terra ou na água, cederão passagem às aeronaves que estiverem pousando ou em fase final de aproximação para pouso. Quando duas ou mais aeronaves estiverem se aproximando de um aeródromo para pousar, a que estiver mais acima cederá passagem à que estiver mais abaixo, porém, a que estiver mais abaixo não poderá se prevalecer dessa regra para cruzar a frente da que estiver na fase de aproximação para pouso e nem ultrapassá-la. Não obstante, as aeronaves mais pesadas que o ar propulsadas mecanicamente cederão passagem aos planadores que terão sempre prioridade para pouso. Decolagem Toda aeronave no táxi na área de manobras de um aeródromo cederá passagem às aeronaves que estejam decolando ou por decolar. Luzes Exibidas pelas Aeronaves Entre o por e o nascer do sol ou outro período julgado necessário, todas as aeronaves em voo ou no solo quando os motores estiverem em movimento, devem exibir: LUZES ANTI COLISÃO (estroboscópicas), para chamar a atenção e LUZES DE NAVEGAÇÃO (verde e vermelha), para mostrar a trajetória. Será permitido ao piloto reduzir a intensidade ou apagar qualquer luz de brilho intenso desde que esta afete o desempenho de suas funções ou venha a ofuscar um observador externo. Regras de Voo Visual Será considerado voo local, quando dentro dos limites da ATZ, CTR , TMA ou até 27 NM de um AFIS, o comandante devera preencher uma Notificação de Voo. - Manter-se separado de nuvens 1000 pés verticalmente e 1500 metros horizontalmente. - Voar abaixo do FL 150. - FL100 380 Kt ( velocidades máximas) 250 - Observar o tráfego e ajustar-se ao circuito de tráfego ( ou evitá-lo). - Efetuar todas as curvas para a esquerda (observar instruções contrárias) - Pousar e Decolar contra o vento. - Teto = 1500 pés e Visibilidade = 5000 metros. - Sobre cidades e/ou pessoas voar acima de 1000 pés acima do mais alto obstáculo em um raio de 600 metros. - Sobre o mar ou áreas desabitadas, 500 pés acima do solo ou água. - Proibido voar sem rádio. Exceções: a) Aeronaves pertencentes a aeroclubes sediados em aeródromos controlados, mediante prévia coordenação, b) Voos de translado mediante prévia coordenação, e c) Aeronaves agrícolas. Carvalho Página 23 Os Voos VFR (diurno/noturno) e VFR Especial, serão considerados voos controlados desde que seja preenchida uma Notificação de Voo (NTV) ou Plano de Voo (PLN) e deverão fazer contato com o órgão de tráfego aéreo da área. VFR em Rota Considera-se voo VFR em rota, todo aquele que transpõe os limites da Terminal, neste caso o comandante deverá preencher um Plano de Voo e ter condições de manter contato VHF com o órgão de tráfego aéreo da área. Os voos VFR deverão obter autorização do ATC sempre que forem realizados nos espaços B, C e D. Nos espaços aéreos E, F e G, os voos VFR não estarão sujeitos a autorização de controle de trafego e receberão o Serviço de Informação de Voo quando requerido. VFR diurno - Os aeródromos de decolagem, pouso e alternativa deverão estar registrados e/ou homologados para operação VFR. VFR noturno - Os aeródromos de decolagem, pouso e alternativa deverão estar registrados e/ou homologados para operação VFR noturna, deverão dispor de balizamento luminoso, farol rotativo, indicador de vento iluminados ou órgão ATS em operação. Para realização do voo VFR noturno em rota o Piloto deverá possuir habilitação IFR e a aeronave deverá estar homologada para voos IFR NOTA: No caso do voo VFR noturno inteiramente dentro de TMA, CTR ou ATZ, ou ainda, se realizado entre Terminais adjacentes, não será exigida a habilitação IFR do comandante e nem tão pouco a homologação IFR da aeronave. Níveis de Cruzeiro Os VFR quando realizados acima de 3000 pés (900 metros), fora do espaço aéreo controlado, serão efetuados em um nível apropriado a rota de acordo com a tabela de níveis e deverão manter a escuta permanente na frequência apropriada do órgão ATS que proporcionar o serviço de informação de voo. Os voos VFR em rota serão realizados de acordo com a tabela de níveis, observando-se como nível mínimo 500 pés abaixo do menor nível de voo IFR constante na ERC. Na figura ao lado, o menor nível de voo é o FL050 no trecho SBRF/SBUF/SBRF. Carvalho Página 24 S erviços de Tráfego Aéreo O Brasil adota normas e métodos recomendados pela OACI, ressalvadas as restrições ou modificações apresentadas pelo governo brasileiro, sob a forma de DIFERENÇAS. Os ATS serão prestados em todos o espaço aéreo sob a jurisdição do Brasil, ou seja, sobre o território nacional, águas territoriais (12NM) e jurisdicionais (10ºW). Estrutura do Espaço Aéreo O Espaço aéreo é dividido em Superior (H) e Inferior (L). O limite superior do espaço aéreo Superior será o ilimitado e o limite inferior o FL245 exclusive. O limite superior do espaço aéreo Inferior será o FL245 inclusive e o limite inferior o solo ou o nível médio do mar. Os limites laterais estão nas Cartas de Rota (ERC) Nas Regiões de Informação de Voo (FIR) o limite Superior é o ilimitado (UNL), Inferior o solo ou nível médio do mar (GND/MSL) e os limites laterais estão indicados nas Cartas de Rota (ERC) Classificação do Espaço Aéreo Com a finalidade de implementar maior segurança na navegação aérea aos voos VFR e sua convivência com os voos IFR, a OACI classificou o espaço aéreo dos países contratantes em 7 regiões: Classe A: Somente permitidos voos IFR que serão separados entre si e estarão sujeitos ao Controle de Tráfego Aéreo. Classe B: Serão permitidos voos IFR e VFR, todos serão separados entre si e estarão sujeitos ao Controle de Tráfego Aéreo. Classe C: Serão permitidos voos IFR e VFR, todos sujeitos ao Controle de Tráfego Aéreo; os voos IFR serão separados entre si e dos voos VFR; os voos VFR serão separados apenas dos voos IFR e receberão informação de tráfego em relação a outros voos VFR. Classe D: Serão permitidos voos IFR e VFR, todos sujeitos ao Controle de Tráfego Aéreo; os voos IFR serão separados entre si e recebem informação de tráfego em relação aos VFR; os voos VFR recebem informação de tráfego em relação a todos . Carvalho Página 25 Classe E: Serão permitidos voos IFR e VFR, apenas os voos IFR estarão sujeitos ao Controle de Tráfego Aéreo e serão separados entre si; os voos VFR receberão informação de tráfego. Classe F: Serão permitidos voos IFR e VFR, os voos IFR receberão o serviço de assessoramento; os voos VFR receberão serviço de informação de tráfego. Classe G: Serão permitidos voos IFR e VFR, todos receberão o serviço de informação de tráfego. Espaços Aéreos Condicionados Os Espaços Aéreos Condicionados receberão umacodificação alfa numérica que identificará a categoria do espaço aéreo e o trecho a ser evitado, bem como o COMAR responsável pela autorização de uso. Áreas Proibidas - (SBP): Onde o voo é terminantemente proibido. Ex: SBP-310 = Indica área Proibida do COMAR III de numero dez (10). Áreas Perigosa -(SBD): Onde existem riscos potenciais e reais para navegação aérea. Ex: SBD-702 = Indica área Perigosa do COMAR VII de numero dois (02). Áreas Restritas - (SBR): Onde o voo só poderá ser realizado sob condições pré estabelecidas ( O Cmte deverá estar ciente das restrições, evitar o setor ou se engajar se fizer parte da missão). SBR-522 = Indica área Restrita do COMAR V de numero vinte e dois (22).
Compartilhar