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Exercício de Filosofia Direito turma: 2001 Profa Antônia Miguel Referências: “Iniciação à História da Filosofia” - Danilo Marcondes “Filosofia, Ética e Cidadania” - Clara Brum e Marcelo Machado Leia, reflita e responda as seguintes questões: 1. Por que Aristóteles critica a teoria das ideias de Platão? R=Aristóteles rejeitou esse princípio devido ao seu conhecimento empírico e apresentou uma visão baseada na razão sobre a teoria das ideias. Defendia que todos podem adquirir conhecimento proveniente do mundo físico, captando-o pelo mundo tangível e aplicá-lo no dia-a-dia. Assim, antagonizou a teoria de Platão. 2. Como podemos classificar a ética de Aristóteles? R= A ética aristotélica inicia-se com o estabelecimento da noção de felicidade. Neste sentido, pode ser considerada uma ética eudemonista por buscar o que é o bem agir em escala humana, o agir segundo a virtude. A felicidade é definida como uma certa atividade da alma que vai de acordo com uma perfeita virtude. 3. Qual a relação que Aristóteles estabelece entre felicidade e intelecto? R= O pensamento de Aristóteles é que a felicidade só pode ser alcançada por meio de uma “excelência da alma”. A virtude/excelência pode ser intelectual, adquirida a partir da natureza e aperfeiçoada pelo ensino, e moral, adquirida por hábito. Se não é praticada, o ser humano perde a disposição moral. 4. Por que Aristóteles propõe uma prática de virtude? R= A virtude, assim, está ligada à razão. E, como todo homem é dotado de razão, todo homem pode alcançar a virtude. Basta identificar a paixão que o domina, reconhecer seus extremos e procurar, racionalmente, seu justo meio. A maior de todas as virtudes, diz Aristóteles, é a justiça. Sua força sobre as demais consiste em sua perfeição, porque quem é justo projeta-se mais para o outro do que para si mesmo. Em outras palavras, tudo que protege o conjunto dos indivíduos (a sociedade) é mais importante do que aquilo que protege somente um dos membros dessa sociedade, por isso, dos males, a injustiça é o maior, pois destrói o tecido social. 5. O que significa “a ética da decisão prudencial”? Por que esse tipo de decisão seria a mais justa na perspectiva de Aristóteles? R= Subtende que o homem na busca da felicidade pólis, logo, o homem é a parte da cidade e sua felicidade depende da felicidade. “A ação justa se é reconhecida pelo seu contrário, ou seja, pela ação injusta, pois, “muita das vezes se reconhece uma disposição da alma graças a outra contrária, e muitas vezes as disposições são idênticas por via das pessoas nas quais elas se manifestam”. 6. Como Aristóteles relacionou justiça e vida boa? R= Para Aristóteles, justiça e vida boa estão interligadas, o que nos oportuniza pensar em vida boa de uma maneira muito diferente do que o senso comum brasileiro entenderia como tal. 7. Qual a relação entre ética e política no pensamento de Aristóteles? R= A política para Aristóteles é essencialmente associada à moral. Assim, ética é uma doutrina moral individual, e a política é uma doutrina moral social. O estado, é superior ao indivíduo e a coletividade está acima do indivíduo, o bem comum é superior aos bens particulares. 8. Por que para Aristóteles somente na cidade (polis) o homem pode “viver como convém que um homem viva”? R= Aristóteles especifica, por um lado, que “o homem não é nem uma GENESE DO PENSAMENTO POLÍTICO 15 besta nem um Deus” – que é um meio entre esses extremos –, e, por outro, que faz parte da essência dele ser “um animal que possui o logos”, ou seja, à capacidade de falar de maneira sensata e de refletir sobre os seus atos. Desse modo, a famosa fórmula “o homem é um animal! Político” (polis= cidade) significa que somente na cidade – organização fundada não sobre a força bruta, não sobre interesses passageiros, não sobre as prescrições dos deuses – é que o homem pode realizar a virtude (= a capacidade) inscrita em sua essência, essas análises de Aristóteles apresentam o aspecto principal da concepção grega clássica.
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