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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos A IMPORTÂNCIA DE CONHECER O VALOR NUTRICIONAL DOS ALIMENTOS ATRAVÉS DOS RÓTULOS DAS EMBALAGENS Tânia Iskandar Abou Saab Pawak 1 Ms. Almir de Oliveira Ferreira 2 RESUMO Este artigo tem como objetivo apresentar relato da implementação pedagógica, realizada no Colégio Estadual do Campo do Monte Real, localizado no município de Santo Antônio da Platina, com um grupo de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, com base no projeto elaborado para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/2013 do Estado do Paraná. Para a implementação do projeto, elaborou-se um material didático por meio de uma Unidade Didática. Para a produção do material didático, utilizou-se o tema “Alimentação Saudável”, dando ênfase a importância de conhecer o valor nutricional dos alimentos através dos rótulos das embalagens. Para tanto foram utilizados textos de apoio, afim de que os estudantes pudessem investigar as evidencias diretas e indiretas na busca da temática junto ao processo de reeducação alimentar, afim de construir hábitos saudáveis para alimentação do adolescente de hoje. Foram desenvolvidas atividades e procedimentos individuais e coletivos sobre os benefícios de uma alimentação saudável e suas atribuições para o processo de crescimento. O referido projeto de implementação teve como objetivo orientar e sensibilizar os educandos sobre as possíveis conseqüências, que elevado consumo de alimentos industrializados pode como fator de risco acarretar na saúde das pessoas. Palavras-Chave: Nutrição; Rótulo de embalagens; Saúde; Reeducação Alimentar. 1 INTRODUÇÃO O alimento é sem dúvida indispensável à vida de todo ser humano. Talvez, seja esse o motivo de estar no foco de estudo das mais variadas áreas do conhecimento, tais como: educação física, ciências, biologias, dentre outras. Nós educadores quando voltamos nosso olhar para escola, percebemos que muitos de nossos alunos possuem hábitos alimentares inadequados, bem como um estilo de vida sedentário. Ou seja, é comum encontrarmos durante o intervalo nos corredores e pátios das escolas, adolescentes que passam o tempo todo manuseando celulares e pacotes de salgadinhos (industrializado) ao lado. Nesse contexto, nota-se que os produtos industrializados ocupam uma parcela cada vez maior no mercado de consumo, devido às facilidades que os mesmos oferecem tanto em relação à abertura das diversas embalagens, que se encontra no mercado quanto das facilidades para degustação desses alimentos. Os 1 Professora de Educação Física da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. E-mail de contato: taniawb@hotmail.com 2 Professor e Ms. Orientador PDE pela Universidade Estadual do Norte Pioneiro – UENP. alimentos industrializados têm maior tempo de validade do que os produtos naturais, sendo assim esses produtos podem comprometer a nossa saúde, devido aos aditivos como os corantes e conservantes que são prejudiciais à saúde das pessoas. Diante o exposto, o projeto de implementação buscou trazer para o dia a dia da escola a discussão sobre o assunto, visto que os meios de comunicação têm forte influência sobre os hábitos alimentares de nossos educandos. Assim, o presente artigo apresenta o resultado dos trabalhos do projeto de implementação pedagógica, que teve como tema principal de estudo, a alimentação saudável, bem como o Valor Nutricional dos alimentos através dos rótulos das embalagens. Essa proposta foi aplicada no 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual do Campo do Monte Real, localizado no município de Santo Antônio da Platina. O presente artigo, traz informações sobre alimentação saudável, alimentação balanceada, os efeitos da má alimentação, a importância da leitura dos rótulos de embalagens, bem como os malefícios que a comida industrializada pode acarretar ao organismo humano, e ainda, promover ao mesmo tempo uma conscientização sobre a qualidade de vida de nossos alunos. Informações essas que foram apresentas na implementação na escola. Justificou-se esta proposta porque há fatores que devem ser trabalhados no contexto escolar de forma mais elaborada e ampliada, dentro dos conceitos culturais configurados nas crenças e valores, estilo de vida e, principalmente, pela influência da mídia frente aos quais todos são, a todo o momento, convidados a degustar comidas industrializadas como refrigerantes, sanduíches, frituras, enlatados, salgados empacotados cujo teor nutritivo é mínimo e ao mesmo tempo a valorização da saúde através da alimentação saudável. Em razão disto, notou-se que o ensino de Educação Física tem um papel fundamental na construção e planejamento de aquisição de hábitos alimentares mais saudáveis. Ao final da implementação, concluímos que as atividades, que tiveram como tema principal os Alimentos Saudáveis bem como os rótulos das embalagem dentro de um processo metodológico para o ensino de Educação Física, despertaram o interesse dos alunos, bem como chamaram a atenção dos professores dentro do Grupo do GTR. Pois segundo os mesmos foi possível explorar detalhadamente cada atividade, pois o mesmo está respaldado pelo aporte teórico de acordo com os objetivos propostos. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 ALIMENTAÇÃO E SAÚDE Comer é um dos prazeres da vida. Para aqueles que possuem uma alimentação adequada, comer é mais do que uma questão de sobrevivência. Além do prazer que proporciona, a comida é, evidentemente, essencial para a vida. A obtenção de nutrientes de que o corpo necessita depende da quantidade e variedade de alimentos. De acordo com Gomes (2008) a alimentação é uma necessidade básica ao desenvolvimento do ser humano. Mahan (1998, p. 43) cita que: A nutrição é definida como um processo de transformação e utilização dos alimentos pelo homem, que se inicia com a ingestão dos alimentos, sua digestão em substâncias alimentares – os nutrientes – seguida pela absorção, pelo transporte, metabolismo e pela eliminação de subprodutos. O bom estado nutricional é responsável pelo bom funcionamento do organismo, contribuindo, inclusive, para a prevenção de doenças. Além disso, um indivíduo bem alimentado tem mais disposição e bom humor, o que colabora para seu equilíbrio emocional, melhorando seu ajustamento social. De acordo com Henn (2005), a alimentação segue como sendo: [...] um processo voluntário e consciente, influenciado por fatores culturais, econômicos e psicológicos, mediante o qual cada indivíduo consome um elenco determinado de produtos naturais ou artificiais (os alimentos) para atender às suas necessidades biológicas de material e energia, a partir do meio externo (HENN, 2005, p. 39). Portanto, a escolha dos alimentos, a forma de prepará-los e os momentos das refeições definem o comportamento ou hábito alimentar das pessoas. Dessa forma, conclui-se que os alimentos são os responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do organismo e é por meio deles que se obtém a energia necessária para viver. 2.2 A IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS E DA PRÁTICA DE EXE RCÍCIOS De acordo com Mendonça (2010) são os alimentos que fornecem todos as substâncias necessárias para a manutenção da vida (minerais, vitaminas, proteínas, açúcar, gordura) e, na criança, determinam o seu crescimento, sendo transformados em ossos, músculos, órgãos, gordura, pele, sangue e tudo mais. A alimentação influi no funcionamento de todos os sistemas: nervoso, glandular, ósseo, muscular, urinário, digestivo, respiratório, cárdio-circulatório, assim como no comportamento, humor, memória, inteligência e na mente. Segundo Mendonça (2010) os alimentos são responsáveis por fornecerem ao nosso corpo os nutrientes a seguir enumerados: 1) Carboidratos:são encontrados em vegetais, frutas, pães, cereais, arroz, massas e leite. Entre 50% e 65% da energia necessária ao corpo é fornecida por eles. Deve-se lembrar que eles são fundamentais para um bom funcionamento das funções cerebrais; 2) Proteínas: são necessárias para o crescimento e para o reparo das células deterioradas, além de auxiliar na digestão e na produção dos anticorpos. São encontradas nas carnes, leite, ovos e frutas secas. Fornecem entre 10% a 15% da energia necessária ao corpo; 3) Lipídeos: são as gorduras responsáveis por fornecer ao corpo uma grande concentração de energia alimentar. Neles encontramos as vitaminas A, D, E e K, além de auxiliarem na reestruturação dos tecidos. É recomendado que não forneçam mais de 30% de energia ao corpo. Nessa classificação surgem os alimentos reguladores, os construtores e os energéticos. Os alimentos reguladores são aqueles que contêm grande quantidade de vitaminas e/ou sais minerais. Os quais tem como função um bom funcionamento do corpo e torná-lo mais resistente às doenças (BRASIL, 2009). Assim temo como exemplo: frutas, verduras, água e sal. Os alimentos construtores são aqueles que segundo Brasil (2009), contém grande quantidade de proteínas. A função de cada um é ajudar na constituição saudável do nosso corpo. São eles: leite, ovo, feijão, ervilha, queijo e carnes de peixe, boi, franco e porco. Já os alimentos energéticos segundo Mendonça (2010) são aqueles que contêm uma grande quantidade de açúcares, óleo ou gorduras. Esse grupo tem como função fornecer energia para o bom funcionamento do corpo. Para ter mais qualidade de vida, além da mudança de hábitos alimentares, é preciso adquirir ou manter a prática de exercícios físicos regularmente. Isso deve fazer parte da rotina das pessoas. Praticar esporte, se exercitar é algo indispensável para uma vida saudável, e a alimentação adequada para o tipo de exercício que você pratica é fundamental para você ter excelentes resultados. A nutrição dará ao corpo o que ele precisa para o seu melhor desempenho no exercício. E por outro lado o exercício melhora a habilidade do organismo em utilizar os nutrientes. Por isso é importante que esteja fazendo as duas coisas corretamente. 2.3 DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL Á ESCOLAR O ser humano não consegue viver sem alimentos. Para que as pessoas possam viver com saúde, elas precisam estar bem alimentadas. Uma alimentação nutritiva e variada é indispensável para todos os seres humanos. Segundo Brasil (2009) os alimentos são responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento do organismo e é também por meio deles que se obtém a energia necessária para viver. Nesse contexto, Brasil (2009) menciona que os alimentos podem ser classificados de acordo com a quantidade de determinadas substâncias que possuem. Nessa classificação surgem os alimentos reguladores, os construtores e os energéticos. Os alimentos reguladores são aqueles que contêm grande quantidade de vitaminas e/ou sais minerais. Os quais tem como função um bom funcionamento do corpo e torná-lo mais resistente às doenças (BRASIL, 2009). Assim temos como exemplo: frutas, verduras, água e sal. Os alimentos construtores são aqueles que segundo Brasil (2009), contém grande quantidade de proteínas. A função de cada um é ajudar na constituição saudável do nosso corpo. São eles: leite, ovo, feijão, ervilha, queijo e carnes de peixe, boi, franco e porco. Já os alimentos energéticos segundo Mendonça (2010) são aqueles que contêm uma grande quantidade de açúcares, óleo ou gorduras. Esse grupo tem como função fornecer energia para o bom funcionamento do corpo. Brasil (2009) ainda cita que os alimentos são classificados em reguladores, construtores e energéticos pelo fato de possuírem algumas substâncias em maior quantidade. Entretanto, comendo em quantidades necessárias os alimentos de cada grupo, os mesmos oferecem vitaminas, sais minerais, proteínas, açúcares, óleos e gorduras. Nesse contexto percebe-se que as pessoas que não se alimentam adequadamente poder ter a saúde prejudicada, pois segundo Dovera (2007) a nutrição é um dos fatores que mais influenciam nosso cotidiano no que se refere às práticas alimentares, ao metabolismo, ao sistema nervoso e às condições socioafetiva dos indivíduos, tendo, como consequência, grande impacto na qualidade de vida e na saúde do ser humano. Na atualidade, a globalização dos hábitos alimentares, influência as pessoas a cada vez mais utilizar-se de produtos industrializados e de fast-food em conseqüência da crescente demanda pela praticidade em detrimento do que seria saudável. Por essa razão, a busca por uma orientação alimentar pertinente deve ser tratada de uma maneira rápida e funcional, onde que se possa de uma maneira educativa ter à possibilidade de um diagnostico precoce das doenças crônicas e ao reconhecimento da influência da alimentação. A consideração do sobrepeso e da obesidade como fatores de risco para as mais diferentes anomalias (cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, câncer de mama) tem despertado o interesse dos profissionais da área da saúde pela nutrição. A Resolução/CD/FNDE nº 38, de 16 de julho de 2009, a qual dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica, em seu 13º artigo, menciona que a educação escolar nutricional e alimentar como sendo: [...] para fins do Programa Nacional de Alimentação Escolar, será considerada educação alimentar e nutricional o conjunto de ações formativas que objetivam estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis, que colaborem para a aprendizagem, o estado de saúde do escolar e a qualidade de vida do indivíduo (BRASIL, 2009, p. 27). A educação escolar exerce um papel fundamental na promoção da saúde. A qual segundo Mendonça (2010) deve ser feita de maneira prazerosa, englobando uma metodologia e uma didática que se faz necessária instrumentos a tratar de forma lúdica as questões que permeiam a alimentação e a nutrição. Segundo Mendonça (2009, p. 101) a educação escolar no que diz respeito a promoção da saúde tem como objetivos: • Mudar o hábito do indivíduo; • Implantar preventivamente um melhor hábito alimentar; • Correção de desvios alimentares nos casos de má alimentação e má nutrição por ingestão excessiva de alimentos; • Esclarecimentos e duvidas, sobre os hábitos alimentares; • Incentivo a prática de exercícios físicos e esportes. Dentro do contexto da educação alimentar, menciona-se a importância e a responsabilidade que o individuo tem em fazer a leitura do rotulo do produto na hora da compra. Pois segundo Brasil (2009) é através das informações contidas no rotulo das embalagens que se encontra os valores nutricionais dos alimentos, bem como sua composição. Sendo assim, a educação nutricional não deve ficar restrita apenas a alguns momentos ou disciplina, mas ao contrario, ela deve ser abordada gradativamente em toda a trajetória escolar do aluno, sobre tudo na disciplina de Educação Física, a qual visa a saúde e hábitos alimentares de um individuo. 2.4 PIRÂMIDE ALIMENTAR Segundo a legislação vigente em nosso país, a Pirâmide alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica, de orientação da população para uma alimentação mais saudável (DRC, n° 39/2001). Mendonça menciona que ela constitui um guia para uma alimentação saudável, pelo qual é possível escolher os alimentos que se consome e obter todos os nutrientes necessários. Por meio dela, ao mesmo tempo, se obtém a quantidade certa de calorias para manter um peso saudável. O panorama dessa estrutura alimentar pode ser visualizado na figura de n° 1 por meio da pirâmide alimentar. Ela apresenta de um modo bastante visual, as porções de cada tipo de alimento que devem ser ingeridas diariamente. Figura 1 – Pirâmide de alimentos adaptada a população brasileiraFonte: Mendonça (2010. p. 62) Segundo Mendonça (2010) a Pirâmide Alimentar foi criada para ajudar e a entender como equilibrar esses alimentos diariamente. Os alimentos são agrupados de acordo com as suas funções e seus nutrientes. A qual segundo o autor é dividida em 8 grupos. Nenhum grupo pode ser utilizado como única fonte dos nutrientes, mesmo por que, nenhum grupo contém todos os nutrientes. A pirâmide funciona da seguinte maneira: A base larga indica os alimentos mais necessários e que devem ser mais consumidos, à medida que vai encurtando, vai diminuindo a necessidade de consumir esses tipos de alimentos, chegando até a ponta da pirâmide que indica alimentos que devem ser ingeridos em poucas quantidades. Alimentos como açúcar, as gorduras e o sal podem ser encontrados em vários grupos, por já estarem presentes naturalmente nos alimentos. A ingestão particular desses alimentos, como por exemplo: o sal de cozinha e o açúcar de mesa, devem ser alvos de atenção. Uma vez que o seu excesso pode acarretar vários comprometimentos a saúde. O mesmo vale para as gorduras, principalmente a gordura animal, que é rica em colesterol. Á água, não faz parte da pirâmide alimentar tradicional, porém alguns nutricionistas defendem que á água é a base da pirâmide, por ser essencial a vida e presente na maioria dos seres vivos. No ser humano, representa até 70% do corpo. A água serve para hidratar o organismo, ajuda a dissolver os alimentos e transportar os nutrientes. Um adulto deve beber de 1 a 3 litros de água por dia. 2.5 ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS Os produtos industrializados ocupam uma parcela cada vez maior do mercado de alimentos. Eles são bem práticos, pois já vêm prontos ou semi-prontos. O único trabalho é abrir a embalagem, e mesmo as embalagens estão cada vez mais fáceis de abrir. Além da praticidade, os alimentos industrializados também possuem um prazo de validade bem maior do que os produtos "in natura", tornando fácil o armazenamento. O problema disso tudo segundo Mendonça (2010) é que nos últimos anos, o elevado consumo dos industrializados vem elevando o nível de gordura e o desenvolvimento de doenças prejudiciais a saúde. Os alimentos industrializados segundo Mendonça (2010) são ricas em gorduras TRANS, gorduras saturadas, açúcar e sódio, os quais segundo o autor causam prejuízo à saúde, como maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. 2.6 ROTULOS DAS EMBALAGENS O rótulo do alimento é uma forma de comunicação entre os produtos industrializados e os consumidores. Muitas informações estão descritas nos rótulos, como o prazo de validade, origem e lote do produto, conteúdo líquido, informação nutricional e lista de ingredientes (MENDONÇA, 2010). Segundo Mendonça (2010) na lista de ingredientes constam todos os ingredientes do produto. Os ingredientes aparecem em ordem decrescente, isto é, o primeiro ingrediente da lista é aquele que está em maior quantidade no produto e o último, em menor quantidade. Pessoas com alergias, intolerâncias e restrições alimentares devem sempre verificar a lista de ingredientes para se certificar que o produto não contenha o alimento restrito. Informação Nutricional Obrigatória: tabela com as propriedades nutricionais dos alimentos. No Brasil é obrigatório constar as seguintes informações nutricionais: energia (kcal), carboidrato, proteína, gorduras (total, saturada e trans), fibras e sódio; e estas se referem a uma porção do alimento, que é a quantidade do alimento que deve ser consumida em medidas caseiras (como 4 torradas, 1 copo de leite, 2 colheres de sopa de achocolatado. Opcionalmente, as indústrias podem declarar outros nutrientes, como as vitaminas e os minerais. Outra informação que contém na tabela é o percentual do valor diário de referência (%VC), que indica o quanto o produto apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta de 2000 calorias (esse valor é apenas uma referência, pois as pessoas apresentam necessidades diárias de energia diferentes, de acordo com idade, gênero, prática de atividade física, entre outros). De acordo com Mendonça (2010, p. 45) é sempre bom preferir alimentos: • Com baixo %VD para gorduras saturadas, gorduras trans e sódio (os produtos com baixo %VD indicam que o produto tem pequena quantidade desses nutrientes); • Com alto %VD para as fibras alimentares, vitaminas e minerais (os produtos com alto %VD indicam que o produto tem grande quantidade desses nutrientes). Assim, conclui-se que a declaração da informação nutricional contidas nos rótulos dos alimentos industrializados contribui para um consumo adequado dos mesmos. 3 IMPLEMENTAÇÃO NA ESCOLA A Implementação da Unidade Didática foi realizada no período matutino, com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual do Campo do Monte, no município de Santo Antônio da Platina, no estado do Paraná. O projeto de pesquisa, conforme já mencionado anteriormente, teve como objeto de estudo a alimentação saudável bem como a importância de se ler os rótulos das embalagens. O primeiro passo, para a implementação do projeto, foi sua apresentação formal direcionada aos professores, funcionários e direção pedagógica no dia 03 de fevereiro de 2014. A apresentação teve como objetivo mostrar a importância do tema no processo educacional. Em um segundo momento, foi realizado a Preparação dos materiais para apresentação aos alunos, (slides), atividades impressas, a qual aconteceu no dia 10 de fevereiro à apresentação do Projeto de Intervenção, do material didático bem como as Proposta de Intervenção a toda comunidade escolar. Nos dias 11 e 12 de fevereiro, foi realizada uma apresentação formal aos alunos, onde foi explicado aos mesmos, sobre a importância de uma alimentação saudável. Primeiramente foi abordado sobre o assunto que seria desenvolvido durante a implementação, expondo assim o qual seria o objetivo desse Projeto, o motivo da escolha do tema, os conceitos e as contextualizações sobre uma alimentação saudável. Dentro dessa apresentação houve um debate informal, o qual mencionou os nomes dos alimentos saudáveis que fazem bem ao organismo de qualquer ser humano. O próximo passo da referida estratégia de ação foi realizado junto aos alunos uma entrevista, a qual fez com que os educandos pudessem passar a observar e verificar os seus hábitos alimentares. Essa entrevista aconteceu no dia 18 fevereiro, a qual deu inicio às atividades propostas pelo professor mediador. Na aula do dia 05 de março de 2014 foi passado para os alunos a palestra da Nutricionista Juliana Polleto. Palestra essa, que foi disponibilizada através de vídeo gravado da internet. O vídeo está disponíveis no site http://www.youtube.com/watch?v=PrFrQgcgLu0, tem a duração de 59 minutos. A referida palestra teve como tema a alimentação saudável, bem como sua importância e o porque de optar pelos alimentos naturais, e seus benefícios. No dia 11 de março foi trabalhado com os alunos o texto “Componentes Vitais”, o qual foi disposto em forma de texto para que os alunos pudessem perceber quais os componentes vitais para uma boa alimentação, bem como quais são eles, significado e suas funções, mostrando também os alimentos onde possui cada um deles: carboidratos, fibras, gorduras, sais minerais, vitaminas, proteínas e lipídios. A próxima etapa se deu no dia18 de março, onde foi dado como tarefa, que os alunos trouxessem de casa embalagens de alimentos industrializados, os quais foram utilizados para confeccionar uma Tabela de Informação Nutricional dos alimentos, para que os mesmos pudessem analisar cada componentes ali inseridos e suas funções. Entre os dias 25 e 26 de março foi trabalhado com a Pirâmide Alimentar. Em um primeiro momento foi passado para os alunos dois vídeo um de 10 minutos, disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=WaxKlgoHo5ke outro disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=JL7ZdKC7l4c. Onde ambos explicam de uma forma lúdica sobre a pirâmide, bem como todo o processo da alimentação. Logo em seguida, os alunos confeccionaram uma Pirâmide Alimentar. Nessa etapa foram realizadas 4 atividades, as quais seguem como individuais e em grupos. A confecção da pirâmide foi feita em cartolina e no papel cartão, No dia 01 de abril, os alunos confeccionaram cartazes sobre a forma de se alimentar de cada um. O qual foi voltado para a questão dos produtos industrializados. Nessa mesma etapa, os alunos realizaram uma entrevista com seus familiares, onde esses dados foram tabulados mais tarde. Dia 02 de abril, foi passado para os alunos o Vídeo – Aí tem química?. Disponível no site em http://www.youtube.com/watch?v=kpd1ZEQGH3M. Com uma metodologia mais interessante no dia 10 de abril, foi passado para os alunos o vídeo “Aprenda a interpretar os rótulos das embalagens”, o qual encontra-se disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=YVG6S73olf0. Após o vídeo os alunos fizeram um breve debate informal a respeito da interpretação dos rótulos. Nos dias 15 e 16 de abril, os alunos confeccionaram cartazes. Atividade essa que buscou fazer com que os alunos pudessem perceber os alimentos industrializados X alimentos naturais. Para a realização dessa atividade e para maiores informações apresentou-se para os alunos o vídeo Alimentos industrializados - Você sabe o que está comendo?, que se encontra disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=7Q1oIfaI38E, onde traz conteúdos sobre conservação dos alimentos, em particular o uso de alimentos industrializados e alimentos naturais. Dia 22 de abril, foi o dia em que os alunos trouxeram de casa as respostas da entrevista feita com seus familiares, a qual teve como base os alimentos consumidos por eles. Já no dia 06 de maio de 2014, os alunos fizeram comparações e uma analise critica entre a quantidade de alimentos industrializados e não industrializados que são consumidos. Ainda nessa etapa, foi realizado um debate com o tema hábitos alimentares dos familiares. Entre os dias 08 de maio até 22 de maio, os alunos trabalharam com embalagens de alimentos, os quais foram realizados atividades extra classe. Para certificar esses alunos de que os alimentos ingeridos hoje por eles podem afetar sua saúde, ou podem levá-los a viver com mais qualidade, nada como realizar uma Palestra dentro da escola com uma profissional da área de alimentação. No dia 03 de junho a Nutricionista Ana Carolina fez uma palestra de encerramento das atividades de implementação, abordando o tema sobre os “alimentos saudáveis, a importância de fazer a leitura dos Rótulos dos alimentos industrializados. Para fechamento, os alunos trouxeram de casa alimentos naturais, os quais foram expostos em uma mesa comunitária. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na apresentação do projeto, bem como na apresentação da unidade didática aos professores, aos diretores, aos funcionários e a toda equipe pedagógica, percebemos que a recepção foi além do esperado. Quanto à apresentação aos alunos, os mesmos receberam muito bem a proposta a ser inserida, o que, de uma forma ou de outra, serviu de estímulo para a aplicação da referida unidade. As atividades propostas foram bem orientadas pelo professor mediador, para que os alunos percebessem que os recursos metodológicos voltados para uma alimentação saudável, bem como a importância da leitura dos rótulos das embalagens são alternativas pedagógicas promissoras para as aulas de educação física, as quais possibilita uma aprendizagem mais significativa e motivadora. Durante todas as atividades, bem como na apresentação dos temas propostos percebeu-se que os alunos tiveram ampla participação, questionando, argumentando sempre, expondo suas ideias, pensamentos e ampliando seus conhecimentos, e hábitos sobre os alimentos e suas funções , bem como suas consequências quando optamos por certas escolhas. Durante as atividades e apresentação dos vídeos sobre a Pirâmide Alimentar os alunos ficaram atentos, pois a maioria não tinha acesso a essas informações, ou tinha contato com os alimentos a que pertencem cada grupo alimentares contidas na pirâmide, bem como consumo dos mesmos. Durante a Palestra realizada pela Nutricionista, houve um envolvimento significativo dos alunos, onde os mesmos fizeram perguntas, mostrando suas curiosidades, gerando assim um diálogo produtivo entre a Nutricionista e os alunos. No momento da confecção de cartazes realizadas pelos alunos, gerou uma certa relevância, onde os alunos entre si argumentavam sobre os alimentos, expondo de como era sua alimentação e que a partir desse trabalho, eles estavam mais conscientes sobre a importância de optarem pelos alimentos naturais, e as consequências de ingerir em grande quantidade alimentos industrializados. Após análise e compreensão do problema, percebeu-se que os alunos do 9º ano tinham uma alimentação mais voltada para os produtos naturais, até por residirem em área rural, ou seja, levando em conta que esta escola é de Campo, em contrapartida, esses alunos entrevistados, bem como seus familiares, não tinham prestado atenção, ou dado importância ao hábito de fazer a leitura dos rótulos das embalagens dos alimentos industrializados, onde eles compravam os produtos sem analisar as embalagens, data de validade, Informação Nutricional dos produtos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer no projeto e da implementação das atividades propostas em sala de aula, notou-se que o tema voltado para uma alimentação saudável, foi uma alternativa para o ensino e a aprendizagem nas aulas de educação física, as quais possibilitam o desenvolvimento de um conhecimento crítico e reflexivo, pois por meio de situações problemas que envolvem a realidade dos alunos, despertou nos educandos um maior interesse pelas atividades propostas no 9º ano do Ensino Fundamental. A utilização dos conhecimentos acerca da importância de uma alimentação saudável bem como da leitura dos rótulos dos produtos industrializados dentro das aulas de educação física, se constituiu numa estratégia de grande aceitação pela turma, pois esse recurso metodológico busca elementos do dia a dia para serem aplicados nas atividades. Em relação à aprendizagem e confecção dos cartazes, pode-se afirmar que permitiram que os educandos desenvolvessem o raciocínio esperado com uma grande facilidade e entusiasmo. Além disto, muitas das falhas de aprendizagem, verificadas no desenrolar da confecção e do raciocínio puderam ser prontamente sanadas com a intervenção do professor. Os participantes do GTR se interessaram pela proposta, e também contribuíram dando sugestões de atividades do recurso metodológico alimentação saudável. Os mesmos concluirão que o projeto foi muito bem sistematizado, bem fundamentado e sem sombra de dúvida oferece um suporte teórico bem consistente. Os demais professores do Colégio demonstraram interesse pela aplicação do projeto bem como da unidade didática, acompanhando sua aplicação e os resultados satisfatórios. A equipe pedagógica do Colégio também ficou satisfeita com os resultados apresentados pela aplicação do projeto. 6 REFERÊNCIAS BRASIL. Resolução FNDE/CD/N. 32/2006 . Estabelecer Normas para Execução do PNAE, 2009. DOVERA, Themis Maria Dresch da Silveira. Nutrição Aplicada ao Curso de Enfermagem . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. HENN, R.L. Nutrição, saúde e qualidade de vida . Disponível em\;http://ww.saude.unisinos.br/revista-info/ano32num5/Artigos/a335013.htm.. Acessado em: 21/05/2012. MAHAN L.K. Alimento, nutrição e dietoterapia . 9.ed. São Paulo: Roca, 1998. MENDONÇA, Saraspathy Gama. Nutrição . Curitiba, Pr – livro técnico, 2010. SIZER, Frances. Nutrição : conceitos e controvérsias. Barueri, SP, Manole,2003.
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