Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carboidratos Prof. MSc Fábio Cáuper Bioquímica Estrutural Funções dos glicídios Estrutura Química Conceito e Importância • Substâncias orgânicas mais abundantes na Terra. • Produzidos pelos seres autótrofos → Fotossíntese. • Formas mais simples e solúveis → Glicose. • Polímeros e insolúveis → amido e celulose. • Combinados de acordo com a formula → (C . H20)n, em que n ≥ 3 Função Energética Função de Reserva Função Estrutural (parede celular em plantas, algas, fungos e bactérias; revestimento de crustáceos e insetos) Função de Regulação Função de Crescimento Monossacarídeos são aldoses ou cetoses → Os monossacarídeos são aldeídos ou cetonas derivados de poli-hidroxiálcoois de cadeia linear contendo pelo menos três átomos de carbono. → Eles são classificados de acordo com a natureza química de seu grupo carbonila e pelo número de seus átomos de carbono. Se o grupo carbonila for um aldeído, o açúcar será́ uma aldose. Se o grupo carbonila for uma cetona, o açúcar será uma cetose. M o n o s s a c a r íd e o s s ã o a ld o s e s o u c e t o s e s D-glicose A aldo-hexose D-glicose tem a fórmula (C . H2O)6: • Todos, exceto dois de seus seis átomos de C, C1 e C6, são centros quirais. • A indicação de D ou L é feita de acordo com a convenção de Fischer : o centro assimétrico mais afastado do grupo carbonila nos D-açúcares tem a mesma configuração absoluta do D-gliceraldeído (i.e., o –OH no C5 da d-glicose está à direita na projeção de Fischer). • Os L-açúcares são as imagens especulares de seus d-açúcares. O prefixo d é frequentemente omitido porque os açúcaresl são biologicamente menos abundantes do que os d-açúcares. Monossacarídeos são aldoses ou cetoses • As cetoses mais comuns são aquelas com sua função de cetona no C2. A posição do grupo carbonila origina cetoses com um centro assimétrico a menos do que suas aldoses isoméricas; por isso, uma cetoexose possui apenas 23 = 8 estereoisômeros possíveis (4 açúcares D e 4 açúcares L). As cetoses mais comuns são di-hidroxiacetona, ribulose e frutose, as quais serão encontradas em nossos estudos do metabolismo. • As D-cetoses com 3 a 6 átomos de carbono. A configuração em torno do C3 (em vermelho) distingue os membros de cada par. • As cetoses biologicamente mais comuns estão marcadas com quadros. Monossacarídeos variam em configuração e conformação • Os álcoois reagem com os grupos carbonila dos aldeídos e das cetonas para formar hemiacetais e hemicetais, respectivamente. A forma linear da D-glicose produzindo o hemiacetal cíclico β-D-glicopiranose. Monossacarídeos variam em configuração e conformação A forma linear da D-frutose produzindo o hemicetal cíclico a-D-frutofuranose. Os açúcares cíclicos estão mostrados tanto nas projeções de Haworth quanto na forma de bastão embutida no seu modelo semitransparente de volume atômico, com C em verde, H em branco e O em vermelho. Um açúcar com um anel de seis membros é conhecido como piranose, em analogia ao pirano, composto simples contendo esse anel. De forma similar, os açúcares com anéis de cinco membros são designados furanoses, em analogia ao furano. Os açúcares cíclicos tem duas formas anoméricas Quando um monossacarídeo se cicliza, o carbono carbonila, denominado carbono anomérico, torna-se um centro quiral com duas configurações possíveis. Os dois estereoisômeros que se distinguem em configuração no carbono anomérico são denominados anômeros. No anômero α, o OH substituinte do carbono anomérico está do lado oposto do anel do açúcar a partir do grupo CH2OH no centro quiral que designa a configuração D ou L (C5 nas hexoses). A outra forma é conhecida como anômero β Anômeros α e β. Os monossacarídeos α-D-glicopiranose e β-D-glicopiranose, desenhados como projeções de Haworth e modelos de esfera e bastão, interconvertem-se pela forma linear. Eles diferem apenas pela sua configuração sobre o carbono anomérico, C1. • Também conhecidos como glicanos, consistem em monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas. • São classificados como homopolissacarídeos ou heteropolissacaídeos quando consistem em um ou mais tipos de monossacarídeos. • Apesar de as sequências de monossacarídeos dos heteropolissacarídeos poderem, a princípio, ser mais variadas do que as das proteínas, muitas são compostas por apenas poucos tipos de monossacarídeos que se alternam em uma sequência repetitiva. Polissacarídeos • Os polissacarídeos, ao contrário das proteínas e dos ácidos nucleicos, formam polímeros ramificados e lineares. Isso ocorre porque as ligações glicosídicas podem ser formadas por qualquer grupo hidroxila de um monossacarídeos. Ligação Glicosídica Forma-se pela condensação (eliminação de uma molécula de água), de duas hidroxilas de monossacarídeos, sendo que, pelo menos uma delas seja a hidroxila anomérica. Ligação Glicosídica CH OH 2 H H OH H OH H OH H OH 1 23 4 5 6 O CH OH 2 H H OH H OH H OH H OH 1 23 4 5 6 O + H O 2 CH OH 2 H H H OH H OH H OH 1 23 4 5 6 O CH OH 2 H H OH H OH H OH H O 1 23 4 5 6 O Ligação glicosídica (α – 1,4) Maltose * A Lactose e a Sacarose são dissacarídeos A lactose ocorre naturalmente apenas no leite, onde sua concentração varia de 0 a 7%. O-β-d-galactopiranosil-(1 → 4)-d-glicopiranosenome sistemático para a lactose Especifica Seus monossacarídeos Seu tipo de anel e o modo pelo qual eles são ligados • O símbolo (1 → 4) combinado com β no prefixo indica que a ligação glicosídica liga o C1 do anômero β da galactose ao O4 da glicose. • Observe que a lactose tem um carbono anomérico livre no seu resíduo de glicose, sendo por isso um açúcar redutor. A Lactose e a Sacarose são dissacarídeos O dissacarídeo mais abundante é a sacarose, a principal forma pela qual os carboidratos são transportados nas plantas. O-β-D-glicopiranosil-(1 → 2)- β-D-fructofuranosídeonome sistemático para a lactose • Indica que o carbono anomérico de cada açúcar (C1 na glicose e C2 na frutose) participa na ligação glicosídica e, por isso, a sacarose é um açúcar não redutor. Adoçantes artificiais Adoçantes artificiais A Celulose e a Quitina são polissacarídeos estruturais • A celulose, principal componente estrutural da parede celular das plantas. • Responsável por mais da metade do carbono presente na biosfera: estima-se que aproximadamente 1015 kg de celulose sejam sintetizados e degradados anualmente. • A celulose é um polímero linear de até 15.000 resíduos de D-glicose ligados por ligações glicosídicas β(1 → 4): • Estudos por raios X e outros estudos de fibras de celulose revelaram que as cadeias de celulose são fitas planas em que anéis de glicose sucessivos são virados a 180o em relação a outros. Isso permite ao grupo C3-OH de cada resíduo de glicose formar uma ligação de hidrogênio com o oxigênio (O5) do anel do próximo resíduo. • As cadeias paralelas de celulose formam folhas com ligações de hidrogênio intercadeias, incluindo ligações O2—H...O6 e ligações O6—H...O3. Modelo da Celulose A Celulose e a Quitina são polissacarídeos estruturais • A quitina é o principal componente estrutural do exoesqueleto de invertebrados como crustáceos, insetos e aranhas, estando também presente na parede celular da maioria dos fungos e de muitas algas. • É, portanto, tão abundante quanto a celulose. A quitina é um homopolímero de resíduos de N-acetil-D-glicosamina unidos por ligações β(1 → 4). • Ela se diferencia quimicamente da celulose apenas porque cada grupo OH do C2 é substituído por uma função acetamida. As análises de raios X indicam que a quitina e a celulose têm estruturas similares.
Compartilhar