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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Prof. Sirlo Oliveira
ggconcursos.com.br
3
Leia 50 milhões de vezes!
UM MEIO OU UMA DESCULPA
“Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos 
pelo menos uma centena de vezes. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que 
todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. 
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, 
infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que 
estudar no horário em que os outros estão tomando chopp com batatas fritas. Terá de planejar, 
enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros 
tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente 
que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e ilusão não tira 
ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois... Quem quer 
fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa.”
Roberto Shinyashiki
5
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESTE MATERIAL
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – PRÉ-EDITAL 2020
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monetário Nacional; COPOM –Comitê de 
Política Monetária, Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários. 
Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, 
crédito rural, caderneta de poupança, capitalização, previdência, investimentos e seguros. 
Noções do Mercado de capitais e de Câmbio. 
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; 
hipoteca; fianças bancárias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 
Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas. Prevenção e combate ao crime de lavagem 
de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e suas alterações e 
Carta-Circular Bacen 3.542/12. 
Autorregulação Bancária.
7
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – POLÍTICAS ECONÔMICAS ..................................................................... 11
POLÍTICA FISCAL .......................................................................................................... 15
POLÍTICA CAMBIAL...................................................................................................... 17
POLÍTICA CREDITÍCIA................................................................................................... 17
POLÍTICA DE RENDAS .................................................................................................. 18
POLÍTICA MONETÁRIA................................................................................................. 18
CAPÍTULO 2 – O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ..................................................... 26
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN................................................................ 29
BANCO CENTRAL DO BRASIL – (BACEN) ...................................................................... 43
COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM ............................................................. 48
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – (CVM).......................................................... 54
CAPÍTULO 3 – INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS................................................................. 59
OPERADORES DO SFN INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS MONETÁRIAS OU BANCÁRIAS ... 63
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO MONETÁRIAS OU NÃO BANCÁRIAS ....................... 70
CAPÍTULO 4 – MERCADO DE CRÉDITO – OPERAÇÕES ATIVAS ...................................... 79
MONTANTE (é a “bufunfa” de fato, é o R$ que a instituição vai liberar para você)..... 79
PRAZO (é o tempo para devolver o dinheiro ao banco) .............................................. 80
PRÊMIO OU JUROS (é o famoso pagamento que você dá a instituição para ela te emprestar o 
dinheiro)...................................................................................................................... 80
FINALIZANDO .............................................................................................................. 81
PRINCIPAIS MODALIDADES DE CRÉDITO ..................................................................... 81
....................................................................................................... 82
.................................................................................................... 82
FINANCIAMENTOS A EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO – BNDES..................................... 95
GARANTIAS DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO.................................................................. 98
8
FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO........................................................................... 102
CAPÍTULO 5 – PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS ...................................................109
SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS ............................................................................. 109
O TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO (CIRCULAR 569/2018) ................................................ 110
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR......................................... 113
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA................................................................ 117
SOCIEDADES SEGURADORAS..................................................................................... 119
COBRANÇA ................................................................................................................ 127
FUNDOS DE INVESTIMENTOS.................................................................................... 128
..................................................................... 137
CAPÍTULO 6 – MERCADO DE CAPITAIS.......................................................................142
MAS QUEM SÃO ESTAS TÃO FALADAS EMPRESAS OU COMPANHIAS? ...................... 143
MERCADO DE AÇÕES................................................................................................. 150
AS AÇÕES................................................................................................................... 150
DEBÊNTURES – Lei 6404 – Art. 64 ............................................................................. 158
OS COMMERCIAL PAPERS.......................................................................................... 163
CAPÍTULO 7 – MERCADO DE CÂMBIO .......................................................................168
O QUE É CÂMBIO?..................................................................................................... 168
AS OPERAÇÕES NO MERCADO DE CÂMBIO .............................................................. 171
CAPÍTULO 8 – CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO/CAPITAIS ......................................179
CONCEITO E ETAPAS .................................................................................................. 179
Ação do Estado e papel do Banco Central ................................................................. 179
O COAF (Decreto 9663/2019).................................................................................... 180
LEI Nº 9.613/98 ......................................................................................................... 182
CIRCULAR Nº 3461 .................................................................................................... 184
CARTA CIRCULAR Nº 3.542 ........................................................................................ 186
CAPÍTULO 9 – AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA ...........................................................192
FAQ FEBRABAN.......................................................................................................... 192
CAPÍTULO 10 – BANCO NA ERA DIGITAL....................................................................196
HOME/OFFICE BANKING, REMOTE BANKING, BANCO VIRTUAL ............................... 196
9
Conhecimentos Bancários – Prof. SirloOliveira
O que é um banco digital?......................................................................................... 196
Segmentação e interações digitais ............................................................................ 199
Direcionando investimento e mensagem.................................................................. 200
Criando uma identidade............................................................................................ 200
Aumentando taxas de conversão .............................................................................. 200
Como o Marketing Digital pode contribuir com sua estratégia de segmentação...... 201
Entendendo o seu público......................................................................................... 201
Criando campanhas em plataformas unificadas ....................................................... 201
Economizando dinheiro............................................................................................. 201
Segmentando de forma inteligente........................................................................... 202
Retendo clientes através de relacionamento ............................................................ 202
O dinheiro na era digital: Blockchain, Bitcoin e demais criptomoedas...................... 202
GABARITOS..........................................................................................................204
11
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Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, inevitavelmente, as políticas adotadas pelo go-
verno para buscar o bem-estar da população. Como agente de peso no sistema financeiro bra-
sileiro, o Governo tem por objetivo, estruturar políticas para alcançar a macroeconomia brasi-
leira, ou seja, criar mecanismos para defender os interesses dos brasileiros, economicamente.
É comum você ouvir nos jornais notícias como: o governo aumentou a taxa de juros, ou dimi-
nuiu. Essas notícias estão ligadas, intrinsecamente, as políticas coordenadas pelo governo para 
estabilizar a economia e o processo inflacionário. 
As políticas traçadas pelo governo têm um objetivo simples, que é aumentar ou reduzir a quan-
tidade de dinheiro circulando no país, e com isso, controlar a inflação. 
Para tanto, o governo vale-se de manobras como: aumentar ou diminuir taxas de juros, au-
mentarem ou diminuírem impostos e estimular ou desestimular a liberação de crédito pelas 
instituições financeiras.
Mas o que é essa tal inflação, ou processo inflacionário?
A inflação é um fenômeno econômico que ocorre devido a vários fatores, dentre eles um bas-
tante conhecido por todos nos desde o ensino médio, onde os professores falavam de uma tal 
“lei da oferta e da procura”, lembra?
A lei é bem simples do ponto de vista histórico, mas do ponto de vista econômico há varias vari-
áveis que levam a uma explicação do seu comportamento, por exemplo:
O que faria você gastar mais dinheiro? Obviamente ter mais dinheiro. Correto? Então se você 
possuir mais dinheiro, a tendência natural é que você gaste mais, com isso as empresas, os pro-
dutores e os prestadores de serviços percebendo que você está gastando mais, elevarão seus 
preços, pois sabem que você pode pagar mais pelo mesmo produto, uma vez que há excesso de 
demanda pelo produto ou serviço.
Da mesma forma se um produto é elaborado em grande quantidade e a há uma sobra deste, os 
seus preços tendem a cair, uma vez que há um excesso de oferta de produto.
“Em resumo, a lei da oferta e procura declara que quando a procura é alta, os preços sobem e, 
quando a oferta é alta, os preços caem. Dois exemplos demonstram isso. Se existe um teatro 
com 2 mil lugares (uma oferta fixa), o preço dos espetáculos dependerá de quantas pessoas 
desejam ingressos. Se uma peça muito popular está sendo encenada, e 10 mil pessoas que-
rem assisti-la, o teatro pode subir os preços de forma que os 2 mil mais ricos possam pagar os 
ingressos. Quando a procura é muito mais alta que a oferta, os preços podem subir terrivel-
mente. Nosso segundo exemplo é mais elaborado. Digamos que você viva numa ilha na qual 
todos amam doces. Porém, existe um suprimento limitado de doces na ilha, assim, quando as 
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pessoas trocam doces por outros itens, o preço é razoavelmente estável. Com o tempo, você 
economiza até 25 quilos de doces, que você pode trocar por um carro novo. Depois, um dia, um 
navio se choca com algumas pedras perto da ilha e sua carga de doces é perdida na costa. De 
repente, 30 toneladas de doces estão dispostas na praia, e qualquer pessoa que deseja doces 
simplesmente caminha até a praia e pega alguns. Porque a oferta de doces é muito maior que a 
procura, os seus 25 quilos de doces não têm valor algum.” (Fonte: Ed Grabianowski)
Essa simples lei é um dos fatores que mais afetam a inflação, pois por definição inflação é: 
“Aumento generalizado e persistente dos preços dos produtos de uma cesta de consumo”
Ou seja, para haver inflação deve haver um aumento de preços, mas este aumento não pode 
ser pontual, deve ser generalizado. Mesmo alguns produtos não aumentando de preço, se a 
maioria aumentar já é suficiente. Mas este aumento deve ser persistente, ou seja, deve ser 
contínuo. 
Como toda pesquisa científica, deve haver um grupo de estudos, e esse grupo chamamos de 
cesta de consumo, isso porque ao avaliar a inflação, avaliamos a evolução de um grupo de pro-
dutos ou serviços, e não cada um isoladamente. 
Desta forma, você imagina que vai ao supermercado e faz uma feira, nesta feira você terá vários 
produtos em seu carrinho como: Água, arroz, feijão, carne, milho, trigo, frutas, verduras, legu-
mes, etc. E também terá na mesma cesta produtos como: Dólar, Euro, gasolina, álcool (combus-
tível hein), viagens, lazer, cinema, energia, etc.
Quando você terminou a cesta e foi ao caixa a conta totalizou R$ 500,00 no primeiro mês.
No segundo mês ao repetir os mesmos produtos a conta totalizou R$ 620,00; no terceiro R$ 750,00 
e no quarto R$ 800,00. Note que os preços estão subindo de forma persistente.
Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro perde valor, uma vez que precisaremos de mais 
reais para comprar o mesmo produto. A esse processo de perda de valor do dinheiro damos o 
nome de INFLAÇÃO. 
O processo inflacionário tem um irmão oposto que é chamado de DEFLAÇÃO. A Deflação 
ocorre quando os preços dos produtos começam a cair de forma generalizada e persistente, 
gerando desconforto econômico para os produtores que podem chegar a desistir de produzir 
algo em virtude do baixo preço de venda. 
Ambos os fenômenos têm consequências desastrosas no nosso bem-estar econômico, pois a 
inflação gera desvalorização do nosso poder de compra e a deflação pode gerar desinteresse 
dos produtores em fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desemprego em massa, 
além de tudo ambas ainda podem culminar na temida Recessão, que nada mais é do que a 
estagnação completa ou quase total da economia de um país. 
Tanto a inflação como a deflação são fenômenos que podem ser calculados e quantificados, 
para isso nosso governo mantém uma autarquia a postos, pronta para apurar e divulgar o va-
lor da Inflação Oficial chamada IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Esta autarquia 
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Conhecimentos Bancários – Prof. Sirlo Oliveira
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chama-se IBGE – Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. O IPCA é a inflação calculada do 
dia primeiro ao doa 30 de cada mês, considerando como cesta de serviços a de famílias com 
renda até 40 salários mínimos, ou seja, quem ganha até quarenta salários mínimos entra no 
cálculo da inflação oficial. 
A fim de manter nosso bem-estar econômico o Governo busca estabilizar esta inflação, uma vez 
que ela, por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para padronizar os parâmetros da inflação 
o governo brasileiro instituiu o regime de Metas para Inflação.
Neste regime a meta de inflação é constituída por um Centro de meta,que seria o valor ideal 
entendido pelo governo como uma inflação saudável. 
Este centro tem uma margem de tolerância para mais e para menos, pois como em qualquer 
nota temos os famosos arredondamentos. É como no colégio quando você tirava 6,5 e o 
professor arredondava para 7, lembra?! Isso ajudava muito você na hora de fechar a nota no 
fim do ano, e para o governo é do mesmo jeito. É uma ajudinha para fechar a nota. Veja como 
foram e como estão as principais mudanças referentes a isto no Brasil.
ATENÇÃO!
Até 31/12/2016 a margem de tolerância, ou seja, de variação do Centro da meta era de 2% 
para mais (teto) ou para menos (piso). Já a partir de 01/01/2017 até 31/12/2018 a nova 
margem de tolerância passou a ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos (piso).
Para o ano de 2019, o CENTRO DA META para a inflação será de 4,25%, com intervalo de 
tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%; para o ano de 2020, o CENTRO DA META para a 
inflação será de 4,00%, com intervalo de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%, para o 
ano de 2021, o centro da meta será 3,75% com a margem de tolerância de 1,5% para mais ou 
para menos e para 2022 os mesmos parâmetros de 2021.
14 www.ggconcursos.com.br
Além disso, o Decreto 9.083 de junho de 2017 alterou a periodicidade de estabelecimento da 
meta de inflação para até 30 de junho de cada terceiro ano imediatamente anterior. Deu um 
nó não foi?!
É simples, o centro da meta de inflação do ano de 2021 foi decidido pelo Conselho Monetário 
Nacional 3 anos antes, ou seja, até 30 de junho de 2018; e assim sucessivamente, o de 2022 
deveria ser decidido até 30 de junho de 2019, sempre respeitado o limite de 3 anos de 
antecedência. 
Todas essas medidas adotadas pelo governo buscam estabilizar nosso poder de compra e nosso 
bem-estar econômico. Para utilizar estas ferramentas o governo utiliza as tão famosas políticas 
econômicas, que nada mais são do que um conjunto de medidas que buscam estabilizar o po-
der de compra da moeda nacional, gerando bem-estar econômico para o País. Estas políticas 
econômicas são estabelecidas pelo Governo Federal, tendo como agentes de suporte o Con-
selho Monetário Nacional, como normatizador, e o Banco Central, como executor destas polí-
ticas. As ações destes agentes resultam em apenas duas situações para o cenário econômico, 
que são:
Políticas/Situações Restritivas ou Políticas/Situações Expansionistas
As políticas restritivas são resultado de ações que de alguma forma reduzem o volume de 
dinheiro circulando na economia e, consequentemente, os gastos das pessoas gerando uma 
desaceleração da economia e do crescimento. Mas porque o governo faria isso?! 
A resposta é simples: Faz isso para controlar a inflação, pois quando há muito dinheiro circulan-
do no mercado, o que acontece com os preços dos produtos?! Sobem! 
Para conter esta subida, o governo restringe o consumo e os gastos para que a inflação dimi-
nua. Neste caso você iria ao shopping não para comprar coisas, mas apenas para ver as coisas 
ou dar uma voltinha. Este representa nosso cenário atual desde 2014.
15
Conhecimentos Bancários – Prof. Sirlo Oliveira
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As políticas expansionistas são resultado de ações do governo que estimulam os gastos e o 
consumo, ou seja, em cenário de baixo crescimento o governo incentiva as pessoas a gastarem 
e as instituições financeiras a emprestar. Isto geral um volume maior de recursos na economia, 
para que o mercado não ente em recessão. Portanto, este resultado faria você gastar mais, 
se endividar mais e investir mais; logo você não iria ao shopping só para ver as coisas, mas 
sim para comprar as coisas, e comprar muito! Mas temos que ter cuidado, pois com muitos 
gastos também alimentamos um crescimento acelerado da inflação! Tivemos este cenário 
recentemente de 2008 a 2013 e hoje sofremos a crise inflacionaria devido ao crescimento 
excessivo do consumo.
Resumindo, as políticas econômicas resultam em suas coisas: 
• Serem Expansionistas: quando estimulam os gastos, empréstimos e endividamentos para 
aumentar o volume de recursos circulando no país. 
• Serem Restritivas: quando desestimulam restringem os gastos, empréstimos e endivida-
mentos para reduzir o volume de recursos circulando no país.
E quais são estas políticas econômicas e como se dividem?
poder multiplicador do dinheiro escritural)
POLÍTICA FISCAL
Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza 
despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da 
renda e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento 
econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva 
visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no 
fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem focar 
na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da política 
fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto o Governo se utiliza de estratégias como elevar ou 
reduzir impostos, pois, além de sensibilizar seus cofres públicos, buscar aumentar ou reduzir o 
volume de recursos no mercado quando for necessário. 
16 www.ggconcursos.com.br
A política fiscal consiste em basicamente dois objetivos: primeiro, ser uma fonte de receitas ou 
de gastos para o governo, na medida em que reduz seus impostos para estimular ou desesti-
mular o consumo. Segundo, quando o governo usa a emissão de títulos públicos, títulos estes 
emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, para comercializa-los e arrecadar dinheiro para 
cobrir seus gastos e cumprir suas metas de arrecadação. 
Sim o governo tem metas de arrecadação, que muitas vezes precisam de uma forcinha atra-
vés da comercialização de títulos públicos federais no mercado financeiro. Como, segundo a 
constituição federal no artigo 164 é vedado ao Banco Central financiar o tesouro com recursos 
próprios, este busca auxiliar o governo comercializando os títulos emitidos pela Secretaria do 
Tesouro.
Desta forma o governo consegue não só arrecadar recursos como, também, enxugar ou irri-
gar o mercado de dinheiro, pois quando o Banco Central vende títulos públicos federais retira 
dinheiro de circulação, e entrega títulos aos investidores. Já quando o Banco Central compra 
títulos de volta, devolve recursos ao sistema financeiro, além de diminuir a dívida pública do 
governo. Mas ai você se pergunta. Como assim?
Simples. O governo vive em uma quebra de braços constante, onde, precisa arrecadar mais do 
que ganha, mas não pode deixar de gastar, pois precisa estimular a economia. Então a saída é 
arrecadar impostos e quando estes não forem suficientes o governo se endivida. Isso mesmo! 
Quando o governo emite títulos públicos federais ele se endivida, pois os títulos públicos são 
acompanhados de uma remuneração, uma taxa de juros, que recebeu o nome do sistema que 
administra e registra essas operações de compra e venda. Este sistema chama-se SELIC (Siste-
ma Especial de Liquidação e Custódia). Este sistema deu o nome a taxa de juros dos títulos, logo 
a intitulamos de taxa SELIC. 
Esta taxa de juros nada mais é do que o famoso juro da dívida pública, isso porque o governo 
deve considera-lo como despesa e endividamento. Logo a emissão destes títulos, bem como o 
aumento da taxa SELIC, devem ser cautelosos para evitar excessos de endividamento, acarre-
tando dificuldades em fechar o caixa no fim do ano. 
Este fechamento de caixa pode resultar em duas situações. Uma chamamos de superávit e a 
outra chamamos de déficit. 
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias 
durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, ou resultado secundário, por 
sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros.Assim, fala-se que 
o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; 
por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as despesas.
No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso equilibra-
do dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como percentual do PIB, de 
forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. 
Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos, o aumento dos investimen-
tos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e 
da desigualdade.
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Conhecimentos Bancários – Prof. Sirlo Oliveira
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POLÍTICA CAMBIAL
É o conjunto de ações governamentais diretamente relacionadas ao comportamento do 
mercado de câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio e do 
equilíbrio no balanço de pagamentos.
A política cambial busca estabilizar a balança de pagamentos tentando manter em equilíbrio 
seus componentes, que são: a conta corrente, que registra as entradas e saídas devidas ao co-
mércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferências; e a conta capital e finan-
ceira. Também são componentes dessa conta os capitais compensatórios: empréstimos ofere-
cidos pelo FMI e contas atrasadas (débitos vencidos no exterior).
Dentro desta balança de pagamentos há uma outra balança chamada Balança Comercial, que 
busca estabilizar o volume de importações e exportações dentro do Brasil. Esta política visa equi-
librar o volume de moedas estrangeiras dentro do Brasil para que seus valores não pesem tanto 
na apuração da inflação, pois como vimos anteriormente, as moedas estrangeiras estão muito 
presentes em nosso dia a dia.
Como o governo não pode interferir no câmbio brasileiro de forma direta, uma vez que o câm-
bio brasileiro é flutuante, o governo busca estimular exportações e desestimular importações 
quando o volume de moeda estrangeira estiver menor dentro do brasil. Da mesma forma caso 
o volume de moeda estrangeira dentro do Brasil aumente demais, causando sua desvalorização 
exagerada, o governo buscar estimular importações para reestabelecer o equilíbrio. 
Mas porque o governo estimularia a valorização de uma moeda estrangeira no Brasil?
A resposta é simples, ao estimular a valorização de uma moeda estrangeira atraímos investi-
dores, além de tornar o cenário mais salutar para os exportadores, que são os que produzem 
riquezas e empregos dentro do Brasil. 
Desta forma ao se utilizar da política cambial, o governo busca estabilizar a balançam de paga-
mentos e estimular ou desestimular exportações e importações.
POLÍTICA CREDITÍCIA
É um conjunto de normas ou critérios que cada instituição financeira utiliza para financiar ou 
emprestar recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do Governo, que controla os estí-
mulos a concessão de crédito. Cada instituição deve desenvolver uma política de crédito coor-
denada, para encontrar o equilíbrio entre as necessidades de vendas e, concomitantemente, 
sustentar uma carteira a receber de alta qualidade.
Esta política sofre constante influência do poder governamental, pois o governo se utiliza de 
sua taxa básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as taxas de juros das instituições fi-
nanceiras para cima ou para baixo.
É simples. Se o governo eleva suas taxas de juros, é sinal de que o bancos em geral seguirão seu 
raciocínio e elevarão suas taxas também, gerando uma obstrução a contratação de credito pe-
los clientes tomadores ou gastadores. Já se o governo tende a diminuir a taxa Selic, os bancos 
em geral tendem a seguir esta diminuição, recebendo estímulos a contratação de crédito para 
os tomadores ou gastadores.
18 www.ggconcursos.com.br
POLÍTICA DE RENDAS
A política de rendas consiste na interferência do governo nos preços e salários praticados pelo 
mercado. No intuito de atender a interesses sociais, o governo tem a capacidade de interferir 
nas forças do mercado e impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quando o governo 
realiza um tabelamento de preços com o objetivo de controlar a inflação. Ressaltamos que, 
atualmente, o Governo brasileiro interfere tabelando o valor do salário mínimo, entretanto 
quanto aos preços dos diversos produtos no país não há interferência direta do governo.
POLÍTICA MONETÁRIA
É a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito 
e das taxas de juros controlando a liquidez global do sistema econômico.
Esta é a mais importante política econômica traçada pelo governo. Nela estão contidas as 
manobras que surtem efeitos mais eficazmente na economia. 
A política monetária influencia diretamente a quantidade de dinheiro circulando no país e, 
consequentemente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso.
Existem dois principais tipos de política monetária a serem adotados pelo governo; a política 
restritiva, ou contracionista, e a política expansionista.
A política monetária expansiva consiste em aumentar a oferta de moeda, reduzindo assim a taxa 
de juros básica e estimulando investimentos. Essa política é adotada em épocas de recessão, ou 
seja, épocas em que a economia está parada e ninguém consome, produzindo uma estagnação 
completa do setor produtivo. Com esta medida o governo espera estimular o consumo e gerar 
mais empregos.
Ao contrário, a política monetária contracionista consiste em reduzir a oferta de moeda, au-
mentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos. Essa modalidade da política 
monetária é aplicada quando a economia está a sofrer alta inflação, visando reduzir a procura 
por dinheiro e o consumo causando, consequentemente, uma diminuição no nível de preços 
dos produtos. 
Esta política monetária é rigorosamente elaborada pelas autoridades monetárias brasileiras, se 
utilizando dos seguintes instrumentos:
Mercado Aberto 
Também conhecido como Open Market (Mercado Aberto), as operações com títulos públicos 
é mais um dos instrumentos disponíveis de Política Monetária. Este instrumento, considerado 
um dos mais eficazes, consegue equilibrar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em curto 
prazo.
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A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, se dá 
pelo Banco Central através de Leilões Formais e Informais. De acordo com a necessidade de 
expandir ou reter a circulação de moedas do mercado, as autoridades monetárias competentes 
resgatam ou vendem esses títulos.
Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros e aumentar a circulação de moedas, o Banco 
Central compra (resgata) títulos públicos que estejam em circulação.
Se a necessidade for inversa, ou seja, aumentar a taxa de juros e diminuir a circulação de 
moedas, o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.
Portanto, os títulos públicos são considerados ativos de renda fixa, tornando-se uma boa opção 
de investimento para a sociedade.
Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar recursos para o financiamento da dívida 
pública, bem como financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, Educação, 
Saúde e Infraestrutura.
ATENÇÃO!
Os leilões dos títulos públicos são de responsabilidade do BACEN que credencia 
Instituições Financeiras chamadas de Dealers ou líderes de mercado, para que façam 
efetivamente o leilão dos títulos. Nesse caso temos leilão Informal ou Go Around, 
pois nem todas as instituições são classificadas como Dealers.
Os leilões Formais são aqueles em que TODAS as instituições financeiras, credenciadas 
pelo BACEN, podem participar do leilão dos títulos, mas sempre sob o comando do 
deste.
Além destas formas de o Governo participar do mercado de capitais, existe o Tesouro 
Direto, que é uma forma que o Governo encontrou que aproxima as pessoas físicas e 
jurídicas em geral, ou não financeiras,da compra de títulos públicos. O tesouro direto 
é um sistema controlado pelo BACEN para que a pessoa física ou jurídica comum possa 
comprar títulos do Governo, dentro de sua própria casa ou escritório.
Redesconto ou empréstimo de liquidez 
Outro instrumento de controle monetário é o Redesconto Bancário, no qual o Banco Central 
concede “empréstimos” às instituições financeiras a taxas acima das praticadas no mercado.
Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos somente 
quando existe uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a demanda de 
recursos depositados não cobre suas necessidades.
Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de 
juros para estimular os bancos a pegar estes empréstimos. Os bancos por sua vez, terão mais 
disponibilidade de crédito para oferecer ao mercado, consequentemente a economia aquece.
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E quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de juros 
concedidas para estes empréstimos são altas, desestimulando os bancos a pegá-los. Desta 
forma, os bancos que precisam cumprir com suas necessidades imediatas, enxugam as linhas 
de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado, com isso a economia desacelera.
Vale ressaltar que o Banco Central é proibido, pela Constituição Brasileira, de emprestar di-
nheiro a qualquer outra instituição que não seja uma instituição financeira. 
As operações de Redesconto do Banco Central podem ser:
I – intradia, destinadas a atender necessidades de liquidez das instituições financeiras ao longo 
do dia. É o chamado Redesconto a juros zero!
II – de um dia útil, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de descasamento 
de curtíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira;
III – de até quinze dias úteis, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse 
quarenta e cinco dias úteis, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez provocadas pelo 
descasamento de curto prazo no fluxo de caixa de instituição financeira e que não caracterizem 
desequilíbrio estrutural; e
IV – de até noventa dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não 
ultrapasse cento e oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o ajuste patrimonial de 
instituição financeira com desequilíbrio estrutural.
ATENÇÃO!
Entende-se por operação intradia, para efeito do disposto neste regulamento, a 
compra com compromisso de revenda, em que a compra e a correspondente revenda 
ocorrem no próprio dia entre a instituição financeira tomadora e o Banco Central.
Todas as operações feitas elo BACEN são compromissadas, ou seja, a outra parte que 
contrata com o BACEN assume compromissos com ele para desfazer a operação assim 
que o BACEN solicitar. Sobre a Compra com Compromisso de Revenda temos algumas 
observações que despencam nas provas.
Podem ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com 
compromisso de revenda, os seguintes ativos de titularidade de instituição financeira, 
desde que não haja restrições a sua negociação:
I – títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
-Selic, que integrem a posição de custódia própria da instituição financeira, e
II – outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios, preferencial-
mente com garantia real, e outros ativos.
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Informação de ouro!
As operações intradia e de um dia útil aceitam como garantia exclusivamente os títulos públi-
cos federais, as demais podem ter como garantia qualquer título aceito como garantia pelo 
BACEN.
Recolhimento Compulsório 
Recolhimento compulsório é um dos instrumentos de Política Monetária utilizado pelo Governo 
para aquecer a economia. É um depósito obrigatório feito pelos bancos junto ao Banco Central.
Parte de todos os depósitos que são efetuados à vista, ou seja, os depósitos das contas 
correntes, tanto de livre movimentação como de não livre movimentação pelo cliente, pela 
população junto aos bancos vão para o Banco Central. O Conselho Monetário Nacional e/ou o 
Banco Central fixam esta taxa de recolhimento. Esta taxa é variável, de acordo com os interesses 
do Governo em acelerar ou não a economia.
Isso porque ao reduzir o nível do recolhimento, sobram mais recursos nas mãos dos bancos 
para serem emprestados aos clientes, e, com isso, gerando maior volume de recursos no 
mercado. Já quando os níveis do recolhimento aumentam, as instituições financeiras reduzem 
seu volume de recursos, liberando menos crédito e, consequentemente, reduzindo o volume 
de recursos no mercado. 
O recolhimento compulsório tem por finalidade aumentar ou diminuir a circulação de moeda 
no País. Quando o Governo precisa diminuir a circulação de moedas no país, o Banco Central 
aumenta a taxa do compulsório, pois desta forma as instituições financeiras terão menos 
crédito disponível para população, portanto, a economia acaba encolhendo.
Ocorre o inverso quando o Governo precisa aumentar a circulação de moedas no país. A taxa 
do compulsório diminui e com isso as instituições financeiras fazem um depósito menor junto 
ao Banco Central. Desta maneira, os bancos comerciais ficam com mais moeda disponível, 
consequentemente aumentam suas linhas de crédito. Com mais dinheiro em circulação, há o 
aumento de consumo e a economia tende a crescer. 
As instituições financeiras podem fazer transferências voluntárias, porém, o depósito compul-
sório é obrigatório, isso porque os valores que são recolhidos ao Banco Central são remunera-
dos por ele para que a instituição financeira não tenha prejuízos com os recursos parados junto 
ao BACEN. Para as IFs é vantajoso se estiverem com sobra de recursos no fim do dia. 
Além disso o Recolhimento Compulsório pode variar em função das seguintes situações:
1) Regiões Geoeconômicas (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
2) Prioridades de aplicações, ou seja, necessidade do Governo (Redação dada pelo Del nº 
1.959, de 14/09/82)
3) Natureza das instituições financeiras; (Redação dada pelo Del nº 1.959, de 14/09/82)
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Os valores dos Recolhimentos Compulsórios são estabelecidos pelo CMN ou pelo BACEN da 
seguinte forma:
Determinar compulsório sobre 
Depósito à vista
Até 100%
Somente o BACEN determina 
e recolhe
Determinar compulsório sobre 
demais Títulos Contábeis e 
Financeiros
Até 60%
CMN determina OU BACEN 
determina e recolhe
ATENÇÃO!
O CMN só determina a taxa do compulsório sobre os títulos contábeis, e mesmo quando 
determina, não recebe o recolhimento, apenas determina a taxa, e o recolhimento é 
feito sempre pelo Banco Central. 
Este recolhimento pode ser feito em espécie (papel moeda), através de transferências 
eletrônicas para contas mantidas pelas instituições financeiras junto ao BACEN ou até 
mesmo através de compra e venda de títulos públicos federais. 
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VAMOS PRATICAR?
1. (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2015)
Grande parte das nações indica apenas a meta na qual a autoridade monetária do país está 
mirando ao fixar os juros básicos. Outras estabelecem um intervalo de tolerância, [...], ao 
mesmo tempo em que sete países adotam o sistema igual ao do Brasil (meta central e intervalo 
de tolerância para cima e para baixo).
MARTELLO, A. Governo fixa meta central de inflação... / Globo.com/G1, Brasília, 26 jun. 2015. Disponível 
em:<http://www.g1.globo.com/economia/noticia/20150/06/governo-fixa-meta-central-de-inflamacao...>. 
Acesso em: 13 ago. 2015. Adaptado
O intervalo de tolerância da meta de inflação, adotado pelo governo para 2017, sofreu uma 
alteração em junho de 2015. A alteração foi no:
a) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 6% ao ano.
b) piso do intervalo de tolerância, de 2,5% ao ano para 2% ao ano.
c) valor centraldo intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 4% ao ano.
d) valor central do intervalo de tolerância, de 4,5% ao ano para 4% ao ano.
e) teto do intervalo de tolerância, de 6,5% ao ano para 7% ao ano.
2. (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2015)
O Banco Central do Brasil tem por objetivo zelar pela liquidez da economia. A liquidez é um 
atributo de um ativo que deve, em maior ou menor grau, conservar valor ao longo do tempo e 
ser capaz de liquidar dívidas.
Sendo a moeda um ativo líquido, o Banco Central do Brasil interfere na liquidez da economia 
quando:
a) as reservas monetárias estão baixas.
b) os empréstimos excedem as reservas bancárias.
c) a inflação está acima do esperado.
d) a inflação está acima do esperado.
e) os empréstimos excedem os depósitos à vista.
3. As previsões para o desempenho da economia brasileira neste ano e no próximo continuam 
se deteriorando. As cerca de cem instituições que consultadas para o boletim Focus, divulgado 
pelo Banco Central (BC), projetam uma queda maior para Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 
[...] 
Quanto à inflação, os analistas consultados pelo BC aguardam uma alta de 9,23% para o IPCA 
deste calendário, acima da taxa estimada antes, de 9,15%. CAPRIOLI, G. Mercado vê inflação de 
9,23% em 2015 e economia mais contraída.
Valor Econômico, São Paulo, 27 jul. 2015. Disponível em: <http://www.valor.com.br/brasil/4150608/mercado-ve-
inflacao-de-923-em-2015-e-economia-mais-contraida>. Acesso em: 10 ago. 2015. Adaptado.
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a) aumentar a taxa de juros básica da economia.
b) reduzir drasticamente os principais impostos federais, estaduais e municipais.
c) aumentar a emissão de papel moeda para honrar a folha de pagamento e os demais gastos 
do governo, visando a diminuir os depósitos à vista nos bancos.
d) aumentar a produção de bens na indústria.
e) aumentar o nível geral de preços da economia.
4. (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2014)
No Brasil, a condução e a operação diárias da política monetária, com o objetivo de estabilizar 
a economia, atingindo a meta de inflação e mantendo o sistema financeiro funcionando 
adequadamente, são uma responsabilidade do(a).
a) Caixa Econômica Federal.
b) Comissão de Valores Mobiliários.
c) Banco do Brasil.
d) Banco Central do Brasil.
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
5. (Caixa – CESPE – 2014)
Julgue os seguintes itens, relativos à formulação e execução da política monetária no Brasil.
A redução da alíquota do recolhimento compulsório e a compra de títulos em operações de 
mercado aberto são exemplos da adoção de política monetária expansionista, uma vez que 
ambas elevam a quantidade de moeda em circulação na economia.
6. (BACEN – CESPE – 2013)
No que diz respeito ao mercado monetário, julgue o item.
As operações de redesconto do BACEN incluem a intradia: operação destinada a viabilizar o 
ajuste patrimonial de instituição financeira com desequilíbrio estrutural.
7. (Banco do Brasil – Cesgranrio – 2015)
Uma desvalorização cambial da moeda brasileira (real) frente à moeda norte-americana (dólar), 
implica a(o):
a) diminuição do número de reais necessários para comprar um dólar.
b) diminuição do estoque de dólares do Banco Central do Brasil.
c) diminuição do preço em reais de um produto importado dos EUA.
d) estímulo às exportações brasileiras para os EUA.
e) aumento das cotações das ações das empresas importadoras na bolsa de valores.
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8. Julgue o seguinte item, relativo à formulação e execução da política monetária no Brasil.
O BCB está autorizado a instituir recolhimento compulsório de até 100% sobre os depósitos à 
vista e de até 60% sobre as demais operações passivas das instituições financeiras.
9. (Caixa – CESPE – 2014)
Julgue os seguintes itens, relativos à formulação e execução da política monetária no Brasil.
As operações de mercado aberto são transações, realizadas diariamente, de compra e venda 
de títulos da dívida pública emitidos pelo BCB com o objetivo de controlar a liquidez do sistema 
bancário.
10. (Caixa – CESPE – 2014)
Com relação às características e funções do mercado monetário e do mercado de crédito, 
julgue os itens que se seguem.
No mercado monetário, a oferta de moeda é definida pelo BCB e atende à seguinte relação: 
quanto maior for a taxa básica de juros da economia, maior será a demanda por moeda.

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