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Prevalência de lombalgia em grupos ocupacionais numa instituição particular de ensino superior do recife

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Prevalência de lombalgia em grupos ocupacionais numa instituição
particular de ensino superior do recife
www.nucleodoconhecimento.com.br
ARAÚJO, Anna Xênya Patrício [1], RIBEIRO, Priscyla Maria Teixeira [2]
ARAÚJO, Anna Xênya Patrício, RIBEIRO, Priscyla Maria Teixeira. Prevalência de lombalgia em
grupos ocupacionais numa instituição particular de ensino superior do recife. Revista
Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 12, pp. 84-97, Agosto
de 2018. ISSN:2448-0959
Contents
RESUMO
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS
Grupo
Grupo
Grupo
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
RESUMO
Denomina-se lombalgia, o conjunto de manifestações dolorosas que acometem a região
lombar. Ela pode ser classificada a partir do tempo de aparecimento dos sintomas, como
aguda e crônica. Sua etiologia é multifatorial, destacando-se características individuais, as
alterações biomecânicas e a atividade laboral, como possíveis fatores etiológicos. OBJETIVO:
Identificar a prevalência de lombalgia em trabalhadores do setor de serviços gerais e setor
administrativo, e o grau de incapacidade causado pela sintomatologia, além de verificar sua
associação com variáveis socioeconômicas e ergonômicas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram
selecionados de forma aleatória 10 trabalhadores do setor administrativo (ADM) e do setor
serviços gerais (ASG) de ambos os sexos, vinculados à mesma instituição de ensino superior.
Eles responderam ao questionário Rolland Morris modificado. RESULTADOS: O setor de
serviços gerais apresentou maior prevalência de lombalgia, mas de modo geral, as mulheres
apresentaram maior índice do aparecimento da sintomatologia. CONCLUSÃO: O setor de
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serviços gerais apresentou uma maior prevalência de lombalgia quando comparados ao setor
administrativo.
Palavras-chave: Lombalgia, Prevalência, Trabalhadores, Postura, Saúde do Trabalhador.
INTRODUÇÃO
Denomina-se de Lombalgia, o conjunto de manifestações dolorosas que acometem a região
lombar (CANAVAN, 2001). As lombalgias são comuns na população, sendo que, em países
industrializados, sua prevalência é estimada em torno de 70%, em alguma época da vida, de
70 a 85% de todas as pessoas sofrerão de dores nas costas (ANDERSSON, 1981). Segundo
Figueiró (1999), cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa desta
morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de dor na vida. Nos Estados
Unidos, a lombalgia é a causa mais comum de limitação de atividades entre pessoas com
menos de 45 anos, é a segunda razão mais frequente para visitas médicas, a quinta causa de
admissão hospitalar e a terceira causa de procedimentos cirúrgicos (WISNER, 1995).
A lombalgia ocupacional, a maior causa isolada de transtorno de saúde relacionado com o
trabalho e de absenteísmo, a causa mais comum de incapacidade em trabalhadores com
menos de 45 anos de idade, tem predileção por adultos jovens e é responsável por
aproximadamente 1/4 dos casos de invalidez prematura (SILVA, 2004).
Podendo ser classificada a partir do tempo de aparecimento dos sintomas, como aguda e
crônica. A lombalgia aguda é caracterizada por um quadro doloroso associado à limitação
das atividades diárias que dura menos de três meses. (REYNALDO ET AL., 2006; SOUZA,
2009). Fatores como obesidade, tabagismo, grau de escolaridade, trabalhos pesados,
sedentarismo, depressão, hábitos posturais e modificações de temperatura também parecem
estar implicados no desencadeamento e cronificação da lombalgia inespecífica (BRAZIL ET
AL., 2004).
Uma das principais queixas de pacientes com transtornos musculoesqueléticos é a lombalgia
crônica sendo definida pela presença de dor na região lombar com duração superior a 7-12
semanas, acarretando restrição da capacidade para o trabalho, limitação para atividades
sociais, problemas emocionais e redução da qualidade de vida (ANDERSSON, 1999).
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A dor lombar em geral, tem como causas algumas condições como: congênitas,
degenerativas, inflamatórias, infecciosas, tumorais e mecânico-posturais. A lombalgia
mecânico-postural, também denominada lombalgia inespecífica, representa, no entanto,
grande parte das algias de coluna referidas pela população, nela geralmente ocorre um
desequilíbrio entre a carga funcional, que seria o esforço requerido para atividades do
trabalho e da vida diária, e a capacidade funcional, que é o potencial de execução para essas
atividades (CAILLIET, 2001).
Os sintomas dolorosos podem agravar-se de forma progressiva e evoluir para a perda ou
diminuição da função. A dor e a diminuição de função podem persistir durante anos e, em
alguns casos, tornarem-se intratáveis, assim, a adoção de hábitos para controle dessas
disfunções torna-se essencial, tanto em termos sociais como econômicos (COURY ET AL.,
2009).
A procura por tratamento de dores lombares crônicas aumenta a cada dia, a demanda em
hospitais e clínicas ocasiona um aumento no custo de despesas com cuidados com a saúde.
Hansson (2000) afirma que tal demanda é um ônus a mais para os cofres públicos e
privados, pois o governo, as indústrias e a sociedade devem arcar com as despesas. É
grande a quantidade de tempo e recursos gastos com os pacientes portadores deste tipo de
morbidade.
Estudos comprovam que a etiologia é multifatorial, destacando-se características individuais,
as alterações biomecânicas e a atividade laboral, como possíveis fatores etiológicos.
(FREITAS ET AL., 2011). Dentre os fatores de risco mais frequentes para o desenvolvimento
da lombalgia encontram-se a idade, o sexo, a obesidade, a altura, fumo, falta de preparo
físico, fraqueza dos músculos abdominais e espinhais, a má postura, o fato de permanecer
sentado por um longo período e o sedentarismo (MANCIN ET AL., 2008).
Vários estudos epidemiológicos têm descrito a dor lombar, mas poucos são os que
descrevem de maneira comparativa duas classes distintas ocupacionais. No Brasil foram
achados poucos estudos sobre este assunto, sendo assim, não há dados que expliquem de
forma relevante quais seriam as atividades ocupacionais que mais geram sobrecarga lombar.
Este estudo teve como objetivo identificar a prevalência de lombalgia em grupos
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ocupacionais e o grau de incapacidade causado pela sintomatologia e verificar sua
associação com variáveis socioeconômicas e ergonômicas.
MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada a partir de um levantamento (Survey), sendo de caráter descritivo,
de corte transversal, conduzido pelo método quantitativo. Realizada seguindo os preceitos
éticos determinados pelo Conselho Nacional de Saúde através da resolução 196/96 que
regulamenta as Diretrizes de pesquisas envolvendo seres humanos. Este projeto foi
encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Agamenon Magalhães para
apreciação e foi aprovado sob o número CAAE: 28165514.5.0000.5197. Aos participantes foi
entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para leitura e autorização voluntária
dos procedimentos.
A amostra deste estudo foi composta por 10 trabalhadores do setor administrativo (ADM) e
10 trabalhadores de serviços gerais (ASG), com média de 18 a 55 anos, de ambos os sexos e
vinculados à mesma instituição de ensino superior (IES), situada no Recife, à coleta de dados
foi feita de forma aleatória com os participantes. A escolha da IES se deu pela maiorfacilidade no acesso a coleta de dados. Os critérios de inclusão consistiram em serem
considerados trabalhadores do setor administrativo e setor serviços gerais com tempo de
trabalho mínimo de um ano, com jornada de trabalho diurna. Foram excluídos os
trabalhadores com diagnóstico de dor lombar e uso de analgésicos e anti-inflamatórios.
Para coleta de dados foi aplicado um questionário validado modificado. O questionário de
Roland-Morris é um instrumento composto por 24 alternativas a serem assinaladas com o
objetivo de relatar as situações cotidianas e laborais que podem estar comprometidas pela
lombalgia. Os sujeitos foram orientados a marcar as alternativas consideradas verdadeiras
de acordo com a sua condição física. Quanto maior o número de itens assinalados, pior o
estado de saúde do avaliado (BARROS, 2011).
Para análise dos dados foram obtidas distribuições absolutas, percentuais para as variáveis
categóricas e as medidas estatísticas: média, desvio padrão e mediana para as variáveis
numéricas e foram utilizados os testes estatísticos Qui-quadrado de Pearson, o teste Exato de
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Fisher ou o teste de Mann-Whintney quando as condições para utilização do teste Qui-
quadrado não foram verificadas (ALTMAN, 1991; CONOVER, 1980). A margem de erro
utilizada na decisão dos testes estatísticos foi 5% (p-valor < 0,05).
Os dados foram digitados na planilha EXCEL e a obtenção dos cálculos estatísticos foi
realizada no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na versão 21.
RESULTADOS
Ambos os grupos foram compostos por 10 participantes, 8 mulheres e 2 homens. No grupo
do setor administrativo, das 8 mulheres que responderam o questionário de Rolland Morris, 3
afirmaram não se identificar com as questões. Dos 2 homens entrevistados, 1 se identificou
com todas as alternativas. No grupo do setor de serviços gerais, das 8 mulheres que se
disponibilizaram a participar da pesquisa, todas se identificaram com as alternativas do
questionário. E dos 2 homens do setor de serviços gerais, 1 considerou todas as questões
positivas.
Na Tabela 1 foram apresentadas as estatísticas das variáveis numéricas: idade, tempo de
serviço e escore de Roland Morris. Desta tabela foram destacados: a média e a mediana da
idade e do escore de Rolland Morris foram correspondentemente mais elevadas no grupo
ASG do que no grupo Administrativo enquanto que a média do tempo de serviço foi mais
elevada no grupo Administrativo, entretanto a única diferença estatisticamente significativa
entre os grupos foi registrada no escore de Rolland Morris (p < 0,028). A variabilidade
expressa através do desvio padrão se mostrou reduzida na variável idade desde que as
referidas medidas foram inferiores a metade das médias correspondentes e a variabilidade
do escore de Rolland Morris se mostrou elevado desde que o valor do desvio padrão variou
entre mais da metade até os valores superiores as médias correspondentes.
Tabela 1. Estatística da idade, tempo de serviço e escore de Rolland Morris segundo o grupo.
Grupo
Variável ASG Administrativo TOTAL Valor de p
Média ± DP (Mediana) Média ± DP (Mediana) Média ± DP (Mediana)
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Idade 35,60 ± 8,37 (35,00) 30,80 ± 10,41 (27,50) 33,20 ± 9,52 (32,50) p(1) = 0,211
Tempo de serviço 3,67 ± 2,13 (3,00) 4,79 ± 4,73 (3,00) 4,23 ± 3,62 (3,00) p(1) = 0,849
Escore de Rolland
Morris
9,20 ± 7,80 (6,00) 3,80 ± 6,94 (1,50) 6,50 ± 7,70 (3,00) p(1) = 0,028*
(*): Diferença significativa ao nível de 5,0%.
(1): Através do teste de Mann-Whitney.
Dos resultados contidos na Tabela 2 merecem destaque: a diferença percentual que ocorreu
em relação à faixa etária, sendo que no grupo Administrativo a maioria dos profissionais
(60,0%) tem até 29 anos de idade, enquanto que no grupo ASG 80,0% dos funcionários tem
idade igual ou maior que 30 anos. Entretanto não se verificou diferença significativa entre os
dois grupos para nenhuma das variáveis (p > 0,05).
Tabela 2. Avaliação da faixa etária, sexo, tempo de serviço e carga horária segundo o grupo
Grupo
Variável ASG Administrativo TOTAL Valor de p
N % N % N %
TOTAL 10 100,0 10 100,0 20 100,0
Faixa etária
Até 29 2 20,0 6 60,0 8 40,0 p(1) = 0,170
30 ou mais 8 80,0 4 40,0 12 60,0
Sexo
Masculino 2 20,0 2 20,0 4 20,0 p(1) = 1,000
Feminino 8 80,0 8 80,0 16 80,0
Tempo de serviço
Até 3 anos 6 60,0 5 50,0 11 55,0 p(1) = 1,000
Mais de 3 anos 4 40,0 5 50,0 9 45,0
Carga horária
4hs – – 2 20,0 2 10,0 p(1) = 0,474
8hs 10 100,0 8 80,0 18 90,0
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(1): Através do teste Exato de Fisher.
Ao analisar a Tabela 3 não foram verificadas diferenças significativas (p < 0,05) entre os
grupos para nenhum dos itens ou questões de Rolland Morris. Desta tabela foram
destacados: no grupo total, com exceção da questão 2 “Mudo de posição frequentemente
para tentar que as minhas costas fiquem confortáveis”, com maioria das respostas positivas
(60,0%) para esta população, nas outras 23 questões a maioria das questões teve respostas
negativas, com valores que variaram de 55,0% a 90,0%. Considerando todos os participantes
independentemente do setor, as questões com maiores percentuais de respostas positivas,
além da questão 2, foram: P6 “Por causa das minhas costas, deito-me com mais frequência
para descansar” (45,0%), P10 “Eu só fico em pé por curtos períodos de tempo por causa das
minhas costas” (45,0%). Entretanto, o menor percentual ocorreu na questão 20 “Fico
sentado a maior parte do dia por causa das minhas costas” (10,0%).
Tabela 3. Avaliação do questionário de Rolland Morris segundo o grupo
Grupo
Variável ASG Administrativo TOTAL Valor de p
N % N % n %
TOTAL 10 100,0 10 100,0 20 100,0
Fico em casa a maior parte do tempo por causa
das minhas costas (P1)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1) = 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
Mudo de posição frequentemente para tentar que
as minhas costas fiquem confortáveis (P2)
Sim 7 70,0 5 50,0 12 60,0 p(1) = 0,650
Não 3 30,0 5 50,0 8 40,0
Ando mais devagar do que o habitual por causa
das minhas costas (P3)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1) = 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
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Por causa das minhas costas não estou a fazer
nenhum dos trabalhos que habitualmente faço em
casa (P4)
Sim 3 30,0 1 10,0 4 20,0 p(1) = 0,582
Não 7 70,0 9 90,0 16 80,0
Por causa das minhas costas, uso o corrimão para
subir escadas (P5)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1) = 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
Por causa das minhas costas, deito-me com mais
frequência para descansar (P6)
Sim 5 50,0 4 40,0 9 45,0 p(1) = 1,000
Não 5 50,0 6 60,0 11 55,0
Por causa das minhas costas, tenho de me apoiar
em alguma coisa para me levantar de uma
poltrona (P7)
Sim 3 30,0 1 10,0 4 20,0 p(1) = 0,582
Não 7 70,0 9 90,0 16 80,0
Por causa das minhas costas, tento conseguir que
outras pessoas façam as coisas por mim (P8)
Sim 2 20,0 1 10,0 3 15,0 p(1) = 1,000
Não 8 80,0 9 90,0 17 85,0
Visto-me mais lentamente do que o habitual por
causa das minhas costas (P9)
Sim 3 30,0 1 10,0 4 20,0 p(1) = 0,582
Não 7 70,0 9 90,0 16 80,0
Eu só fico em pé por curtos períodos de tempo por
causa das minhas costas (P10)
Sim 5 50,0 4 40,0 9 45,0 p(1) = 1,000
Não 5 50,0 6 60,0 11 55,0
Por causa das minhas costas, evito dobrar-me ou ajoelhar-me
(P11)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1)= 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
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Acho difícil levantar-me de uma cadeira por causa das minhas
costas (P12)
Sim 3 30,0 2 20,0 5 25,0 p(1) = 1,000
Não 7 70,0 8 80,0 15 75,0
As minhas costas estão quase sempre a doer (P13)
Sim 5 50,0 1 10,0 6 30,0 p(1) = 0,141
Não 5 50,0 9 90,0 14 70,0
Tenho dificuldade em virar-me na cama por causa das minhas
costas (P14)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1) = 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
Não tenho muito apetite por causa das dores das minhas
costas (P15)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1) = 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
Tenho dificuldade em calçar peúgas ou meias altas por causa
das dores das minhas costas (P16)
Sim 3 30,0 1 10,0 4 20,0 p(1) = 0,582
Não 7 70,0 9 90,0 16 80,0
Só consigo andar distâncias curtas por causa das minhas
costas (P17)
Sim 5 50,0 2 20,0 7 35,0 p(1) = 0,350
Não 5 50,0 8 80,0 13 65,0
Não durmo tão bem por causa das minhas costas (P18)
Sim 5 50,0 2 20,0 7 35,0 p(1) = 0,350
Não 5 50,0 8 80,0 13 65,0
Por causa da dor nas minhas costas, visto-me com a ajuda de
outras pessoas (P19)
Sim 2 20,0 1 10,0 3 15,0 p(1) = 1,000
Não 8 80,0 9 90,0 17 85,0
Fico sentado a maior parte do dia por causa das minhas
costas (P20)
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Sim 1 10,0 1 10,0 2 10,0 p(1) = 1,000
Não 9 90,0 9 90,0 18 90,0
Evito trabalhos pesados em casa por causa das minhas
costas (P21)
Sim 4 40,0 1 10,0 5 25,0 p(1) = 0,303
Não 6 60,0 9 90,0 15 75,0
Por causa das dores nas minhas costas, fico mais irritado e
mal-humorado com as pessoas do que o habitual (P22)
Sim 4 40,0 2 20,0 6 30,0 p(1) = 0,628
Não 6 60,0 8 80,0 14 70,0
Por causa das minhas costas, subo as escadas mais
devagar do que o habitual (P23)
Sim 5 50,0 1 10,0 6 30,0 p(1) = 0,141
Não 5 50,0 9 90,0 14 70,0
Fico na cama a maior parte do tempo por causa das
minhas costas (P24)
Sim 3 30,0 1 10,0 4 20,0 p(1) = 0,582
Não 7 70,0 9 90,0 16 80,0
(1): Através do teste Exato de Fisher.
DISCUSSÃO
O presente estudo comparou o grau de incapacidade gerado pela lombalgia em
trabalhadores do setor administrativo e serviços gerais. Segundo Simmonds (1998) a dor
lombar pode levar a uma deficiência tanto no desempenho funcional quanto na capacidade
física, o que poderá interferir negativamente na capacidade laboral do indivíduo.
Pode-se constatar na tabela 1 que o tempo de trabalho foi mais elevado no grupo
administrativo, corroborando com os achados de Cecin (1991), onde o mesmo ainda afirma
que a relação entre os anos de trabalho no mesmo setor e a prevalência de dor lombar
justifica-se em função das exigências solicitadas ao corpo, diariamente, no desempenho das
atividades laborais. Tais solicitações, provavelmente, acarretam lesões cumulativas à
mecânica do aparelho locomotor e contribuem para o surgimento das queixas dolorosas.
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De acordo com a tabela 2, de um total de 20 participantes, 16 eram mulheres, destas, 13
(81,25%) referiram dor lombar, o que corrobora com Silva (2004) que mostrou em seu estudo
que as mulheres apresentam risco aumentado para lombalgia crônica, pois por vezes
combinam a realização de tarefas domésticas com o trabalho fora de casa, que por muitas
vezes exigem exposição às cargas ergonômicas, principalmente repetitividade, posição
viciosa e trabalho em grande velocidade, associados às características anátomo-funcionais
típicas do sexo feminino, podendo colaborar para o surgimento de dores lombares crônicas,
concordando novamente com o achado deste estudo, já que 8 (100%) das mulheres ASG
apresentaram a sintomatologia lombar enquanto que 5 (62,5%) das mulheres do
Administrativo sentiram a sintomatologia lombar.
Estudos também revelam que a sobrecarga mecânica ocasionada pela dupla jornada de
trabalho a qual as mulheres são submetidas parece estabelecer uma associação positiva
entre sexo feminino e a ocorrência de sintomatologia dolorosa (AZEVEDO ET AL., 2008;
MACIEL ET AL., 2006; SILVA ET AL., 2004).
Baseado na tabela 3 mostra que a questão 2 do questionário “Mudo de posição
frequentemente para tentar que as minhas costas fiquem confortáveis”, foi a mais assinalada
pelos participantes 12 (60%), os ASG 7 (70%) responderam positivamente a esta questão,
enquanto que os do setor Administrativo, 5 (50%) integrantes responderam positivamente,
pode-se atribuir a este fator que o trabalho de serviços gerais por estar em constante
movimento e ter como característica a manutenção da posição em pé por tempos
prolongados, sendo ainda associado a posturas ergonomicamente incorretas para ter acesso
a regiões de difícil limpeza, justifique um maior aparecimento desta resposta. Segundo Sacco
(2009) a ausência de pausas pode ocasionar o surgimento de um quadro clínico de
lombalgia, interferindo diretamente na execução das atividades de vida diária e profissional,
como já pode-se observar pela aplicação dos questionários de Oswestry e Roland-Moris
(PEREIRA, 2006).
A lombalgia ocupacional influência, de forma negativa, a qualidade de vida em grupos
ocupacionais. As condições de trabalho desfavoráveis como a não aplicação de medidas
ergonômicas adequadas de forma abrangente, promove o adoecimento dos trabalhadores
por disfunções osteomusculares, sendo este, um fator que contribui para o afastamento do
trabalhador do ambiente de trabalho.
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CONCLUSÃO
A realização deste estudo permitiu observar que houve uma associação entre dor lombar e
os grupos ocupacionais estudados, e que houve também uma diferenciação do
acometimento entre eles. Foi possível observar que o setor de serviços gerais, apresentou
uma maior prevalência de lombalgia quando comparados ao setor administrativo. Torna-se
importante sugerir a realização de novos estudos, que utilize uma metodologia diferente,
com os mesmo grupos, uma amostra maior, sexos de forma equiparada, garantindo assim
uma confiabilidade maior ao estudo e possibilitando o aparecimento de novos dados. Além
disso, fica exposto a importância de métodos preventivos para essas classes profissionais,
podendo diminuir desta forma o risco dos acometimentos na região lombar.
REFERÊNCIAS
ALTMAN, D.G. Practical Statistics for Medical Research. 1a ed. London: Chapman and Hall,
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[1] Fisioterapeuta especializada em Fisioterapia Neurofuncional
[2] Fisioterapeuta graduada pela Universidade Salgado de Oliveira
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