Buscar

TRABALHO DE DIREITO DO TRABALHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caso concreto 1
O Sindicato dos Empregados de Bares e Restaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. A referida norma coletiva estabeleceu para os integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profissional, o pleno funcionamento dos bares e restaurantes aos domingos com o devido revezamento do repouso semanal dos empregados, sendo uma folga aos seus empregados aos domingos, a cada duas semanas inteiras trabalhadas. Finalmente, as partes estabeleceram um prazo de vigência de 1 (um) ano para a vigência da convenção coletiva. Analisando o caso concreto apresentado, esclareça se esta norma coletiva se caracteriza como fonte material ou formal do direito do trabalho? Esclareça ainda, a diferença entre fontes autônomas e heterônomas.
Resposta:
Na situação hipotética narrada a norma coletiva não é considerada com fonte material e sim fonte formal autônoma. As fontes materiais são os fatos sociais que deram origem à norma, como por exemplo, as greves, os movimentos sociais organizados pelos trabalhadores, as lutas de classe, a revolução industrial, e todos os fatos sociais que deram origem à criação do direito do trabalho. Já a fonte formal é a manifestação da ordem jurídica positivada, ou seja, a norma é elaborada pela participação direta dos seus destinatários, ou seja, as próprias partes interessadas (fonte formal autônoma) ou sem a participação direta de seus destinatários (fonte formal heterônoma). As convenções coletivas ou acordos coletivos são consideradas como fontes formais autônomas e as leis, CLT, CRFB, sentença normativa, dentre outras são fontes formais heterônomas.
Objetiva:
1- (FCC). Determinado princípio geral do direito do trabalho prioriza a verdade real diante da verdade formal. Assim, dentro os documentos que disponham sobre a relação de emprego e o modo efetivo como, concretamente, os fatos ocorreram, deve-se reconhecer estes em detrimento daqueles. Trata-se do princípio:
a) da irrenunciabilidade;
b) da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas;
c) da primazia da realidade;
d) da prevalência do legislado sobre o negociado;
e) da condição mais benéfica;
Caso concreto 2:
Coletânea de Exercícios – aula 2
João foi admitido pela empresa ABC Ltda. como auxiliar de serviços gerais em 01/02/2017. Suas funções eram desenvolvidas nas segundas, quartas e sextas das 9:00 às 18:00 h com intervalo de uma hora para refeição e descanso. Em 04/04/20185 o tomador de serviços informou que os seus serviços não eram mais necessários. Recebia o valor mensal de R$ 1100,00. Ele recebeu somente os dias trabalhados. Acontece que a Carteira Profissional de João não é anotada e o tomador de serviços disse que não há nenhum direito. Pergunta-se:
a) Seria cabível o reconhecimento do vínculo de emprego? Quais os requisitos para configuração do vínculo de emprego?
Sim, é cabível o reconhecimento do vínculo empregatício. O trabalhador cumpria todas os requisitos necessários para comprovação do vínculo trabalhista, tinha subordinação e habitualidade pois cumpria dia e horário pré estabelecido e em caso de faltas teria descontos nos seus vencimentos , onerosidade o mesmo tinha salario pré estabelecido no caso acima R$ 1100,00 (mil e cem reais) mensais, tinha periocidade pois trabalhava em dias e horários estipulados pelo empregador e pessoalidade pois o mesmo era pessoa física e não poderia ser substituído por outra pessoa e em caso de falta teria descontos em seu salário.
b) Qual o princípio do direito do trabalho iria amparar esta pretensão?
Princípio da primazia da realidade.
Jurisprudência:
https://trt-12.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/837165402/rtord-57818320125120014-sc-0005781-8320125120014
11201/2014Acórdão-3ªC RO 0005781-83.2012.5.12.0014VÍNCULO DE EMPREGO. REPRESENTANTE COMERCIAL Não há reconhecer o vínculo de emprego, quando demonstra donos autos que no período em que houve a pactuação do contrato de representação comercial foram observadas as condições contratuais previstas pela Lei n. 4.886/65, com a prestação de serviços sem que houvesse configurada a subordinação. VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECURSO ORDINÁRIO, provenientes da 2ª Vara do Trabalho de Florianópolis, SC, sendo recorrente HÉLCIO BATISTAMULHENHOFF e recorrida BARSA PLANETA INTERNACIONAL LTDA. Da sentença do marcador 63, em que se rejeitou o pedido da inicial, interpõe recurso ordinário, o de mandante. Nas razões do marcador 65, pretende a reforma da sentença que pronunciou a prescrição bienal do direito do demandante pleitear as verbas decorrentes do contrato de representação comercial rescindido em 21-01-2009, bem como a prescrição de eventuais débitos anterior e sa 31-07-2007, e rejeitou o pedido de reconhecimento do vínculo de emprego e das demais verbas consectárias.
 RO 0005781-83.2012.5.12.0014-2 Documento assinado eletronicamente por AMARILDO CARLOS DE LIMA, Desembargador Redator, em 10/06/2014 (Lei 11.419/2006). A demandada apresenta contrarrazões no marcador 68.O Ministério Público do Trabalho não intervém no feito. É o relatório. VOTO Conheço do recurso ordinário e das contrarrazões, porquanto atendidos os pressupostos legais de admissibilidade. MÉRITOVÍNCULO EMPREGATÍCIO Pretende o autor o reconhecimento do vínculo de emprego na função de vendedor de enciclopédias e livros. Alega que quando foi guindado ao posto de gerente comercial em 02-02-2009, já atuava nessa função desde 02-01-2007, como Field máster, e assim o não reconhecimento da relação de emprego no período anterior à elevação ao cargo de gerente comercial, resultou-lhe prejuízo, especialmente, pela falta de recolhimentos do FGTS nesse período. A ré, em sua defesa, alega a pactuação no período postulado, de regular contrato de representação comercial.
 RO 0005781-83.2012.5.12.0014-3 Documento assinado eletronicamente por AMARILDO CARLOS DE LIMA, Desembargador Redator, em 10/06/2014 (Lei 11.419/2006). O contexto fático-probatório confirma a tese da ré. Exsurge dos autos que o autor desde2000 prestou serviços para a demandada. Inicialmente como representante comercial, no período de 16-06-2000 a 19-01-2009 (marcador 9 - p.1) e com vínculo empregatício a partir de fevereiro 2009 até novembro de 2011, (contrato de trabalho - m. 11, p.7), quando ingressou na vaga de gerente comercial da demandada (pedido de rescisão do contrato de representação comercial – m. 11, p. 10). Em 05-12-2011, a pedido do autor, marcador p. 31-48, houve a rescisão do contrato de trabalho (TRCT – m. 11, p.12) e é firmado novamente contrato de representação comercial (marcador 9, p.44-9). Extraio dos documentos dos autos aliado ao que foi relatado na prova testemunhal que no período em que houve a pactuação do contrato de representação comercial foram observadas as condições contratuais conforme prevê a Lei n. 4.886/65, com a prestação de serviços sem que houvesse configurada a subordinação. A inscrição do CORE é relatado como condição essencial para a pactuação do contrato de representação comercial. Da prova testemunhal infiro que o autor arcava com os custos da atividade, realizando vendas dos produtos da ré em várias regiões do País, e percebia exclusivamente comissões sem ajuda de custo.
 RO 0005781-83.2012.5.12.0014 -4Documento assinado eletronicamente por AMARILDO CARLOS DE LIMA, Desembargador Redator, em 10/06/2014 (Lei 11.419/2006). Ainda, conquanto informem as testemunhas (marcador 30) que havia certa orientação no roteiro ser observado e acompanhamento do diretor da empresa nas visitas por contato telefônico, não ficou configurado a ingerência, tampouco o controle de horário, inexistindo obrigação de comparecimento na sede da empresa. Outrossim, embora tenha alegado o autor, em seu depoimento pessoal, que quando assumiu a função de Field máster, em 2007, que não havia diferença nas condições de trabalho e tarefas desempenhadas no período de vínculo empregatício, a afirmação não encontra respaldo no contextoprobatório dos autos em que ficou demonstrado contornos específicos para cada forma de prestação de servi-casalem disso, a atuação como Field máster era prevista pelo próprio Contrato de Representação Comercial, como destacado pelo Juízo a quo,“O próprio Contrato de Representação Comercial Autônoma, na p. 45 demarcador 9, previa que o representante poderia atuar como “Field Master” e que, nessa condição poderia “angariar diversos outros representantes comerciais para incrementar os seus ganhos e passará a receber um Plus sobre os ganhos desses representantes angariados e assistidos por ele”. A função de “Field Master”, portanto, estava prevista no contrato de representação e, embora tenha certa
 RO 0005781-83.2012.5.12.0014-5 Documento assinado eletronicamente por AMARILDO CARLOS DE LIMA, Desembargador Redator, em 10/06/2014 (Lei 11.419/2006). Semelhança com as atribuições do gerente contratado, não enseja o reconhecimento de vínculo de emprego, pois ausentes os requisitos caracterizadores dessa relação. Também como “Field Master” o reclamante suportava integralmente os ônus do seu empreendimento, o que denota a natureza autônoma da relação. Desse modo, não há como reconhecer liame empregatício no período postulado pelo autor, pelo que, mantenho a sentença.2- RESCISÃO INDIRETA Busca o demandante a declaração da rescisão indireta do contrato de trabalho firmado até 31-07-2012, em razão do atraso no pagamento das comissões. Contudo, tendo em vista que o pedido de declaração da rescisão indireta estava embasado no descumprimento de obrigação em período de vínculo empregatício que não foi reconhecido, como também admite o autor em sua peça recursal, resta improcedente o pedido. Registro que a data alegada refere-se ao termo final de período em que vigorou entre as partes último contrato de representação comercial. Ego provimento ao recurso nesse item.
 RO 0005781-83.2012.5.12.0014-6 Documento assinado eletronicamente por AMARILDO CARLOS DE LIMA, Desembargador Redator, em 10/06/2014 (Lei 11.419/2006). 3- DANO MORAL O autor postula o pedido de indenização por dano moral, em razão do sofrimento decorrente da conduta censurável do demandado, de não pagamento dos salários em 2012. Sustenta que a empresa adotava medidas vexatórias com a finalidade de se furtar aos pagamentos devidos aos obreiros. Observo que no período alegado foi findado o contrato de representação comercial em que ocorreu atraso no pagamento do saldo de comissões, não de salários. Para que se possa atribuir ao ato su-postamente ilícito o dano moral, fundamentado na responsa-bilidade civil (art. 186 do Código Civil), três elementos devem estar imperiosamente demonstrados, quais sejam: ação ilícita, o dano e o nexo de causalidade entre ambos, sendo necessário, ainda, que o resultado se revele moralmente danoso ao empregado e que isto fique robustamente demonstrado nos autos. A honra e a imagem compõem o patrimônio moral da pessoa, bem imaterial e insuscetível de valoração econômica específica, mas merecedor de proteção jurídica estatal por sua relevância. São direitos da personalidade e, quando atingidos, geram dores, sofrimentos no estado d’alma ou sensações constrangedoras. Embora seja certo que o episódio traga certo transtorno, não passou de um atraso de 20 dias
 RO 0005781-83.2012.5.12.0014 -7Documento assinado eletronicamente por AMARILDO CARLOS DE LIMA, Desembargador Redator, em 10/06/2014 (Lei 11.419/2006). Tis fação das comissões ao final do contrato, que não acarreta dano moral. Ressalto que, conforme análise feita pelo Juízo a quo ̧ essa foi a única oportunidade em que isso ocorreu e não ficou comprovado nos autos a prática de medidas vexatórias por parte da empresa. Ante o exposto, nego provimento ao recurso também nesse tópico. Pelo que, ACORDAM os membros da 3ª Câmara do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, por unanimidade, CONHECER DO RECURSO. No mérito, por igual votação, NEGAR-LHE PROVIMENTO. Intimem-se. Participaram do julgamento realizado na sessão do dia 28 de maio de 2014, sob a Presidência do Desembargador Amarildo Carlos de Lima, com a participação dos Juízes Convocados Hélio Bastida Lopes e Nivaldo Stanki-ewicz. Presente o Procurador do Trabalho Alexandre Medeiros da Fontoura Freitas. AMARILDO CARLOS DE LIMA Relator
Caso concreto 3:
Coletânea de Exercícios – Aula 03
A empresa Infohoje Ltda. firmou contrato com Paulo, pelo qual ele prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Paulo receberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própria residência, realizando os contatos e trabalhos por via remota ou telefônica. Paulo deveria estar conectado durante o horário comercial de segunda a sexta-feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para cada trabalho, bem como exclusividade na área de informática. Sobre o caso sugerido, pergunta-se: Paulo possui direito a obtenção de vínculo de emprego com a empresa Infohoje? Em caso tipo específico de trabalhador que se enquadraria Paulo? Caracterize e justifique.
Resposta:
É possível a obtenção do vínculo de emprego, uma vez que se encontram presentes o requisitos da relação de emprego: subordinação sim, ele tinha que se reportar sobre a assistência técnica das quais ele tivesse realizado atendimento, habitualidade ele deveria permanecer conectado no período estabelecido, onerosidade recebia pelos serviços prestados, pessoalidade e pessoa física, contidos nos artigos 2º e 3º da CLT.
O trabalhador é tele trabalhador (Home Office) – previsão legal – Artigos 75-A
A 75-E da CLT.
Objetiva: 
(FCC, TRT 3ª Região, 2015, Analista Judiciário) Maria, durante três anos, prestou serviços ao Clube de Mães Madalena Arraes, que é uma entidade sem fins lucrativos instituída para desenvolver atividades culturais e filantrópicas com a comunidade carente. Cumpria jornada de trabalho diário das 8 às 17 horas, com uma hora de intervalo para repouso e alimentação, devidamente controlada, e, enquanto estava trabalhando era obrigada a usar uniforme. Entregava relatórios semanais sobre as suas atividades e os resultados obtidos com as crianças e recebia mensalmente um valor fixo pelo trabalho prestado. Em relação à situação descrita,
A) presentes as características da relação de emprego na relação mantida entre Maria e o Clube
De Mães, deve ser reconhecido o vínculo de emprego entre as partes, não sendo óbice para tal reconhecimento o fato de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa.
Artigos 2º e 3º CLT
B) somente seria possível o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes se presente a subordinação de Maria em relação ao Clube de Mães, o que não se verifica no presente caso.
C) embora presentes as características da relação desemprego, o fato de o Clube de Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa impede o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes.
D) a finalidade lucrativa do empregador e o recebimento de participação do trabalhador nesse lucro é essencial para a caracterização do vínculo de emprego.
Caso concreto 4:
Marília era sócia da Sociedade Empresária Recanto Feliz. Não mais tendo interesse em continuar como sócia, resolveu vender suas quotas para Joaquim Barbosa. Toda a transação comercial tramitou normalmente e foi averbada em março do corrente ano. Marcio Augusto, empregado, da Sociedade Empresária resolveu acionar a empresa judicialmente e está em dúvidas se a ex sócia Marília possui responsabilidade sobre os supostos débitos trabalhistas. Pergunta-se:
Analisando-se as alterações da Lei 13467/2017 quanto a figura do sócio retirante, esclareça se existe ou não responsabilidade no caso concreto? Fundamente.
Resposta:
Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificaçãodo contrato, observada a seguinte ordem de preferência:
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Objetiva:
(CESPE 2018) Acerca dos grupos econômicos e da sucessão de empregadores, julgue os itens a seguir, considerando a reforma trabalhista de 2017.
I Uma vez caracterizada a sucessão trabalhista, apenas a empresa sucessora responderá pelos débitos de natureza trabalhista, podendo-se acionar a empresa sucedida somente se comprovada fraude na operação societária que transferiu as atividades e os contratos de trabalho.
II Para a justiça do trabalho, a mera identidade de sócios é suficiente para configurar a existência de um grupo econômico.
III Configurado o grupo econômico, as empresas responderão subsidiariamente pelas obrigações decorrentes das relações de emprego.
Assinale a opção correta:
a) Apenas o item I está certo. Art. 448-A, CLT
b) Apenas o item III está certo.
c) Apenas os itens I e II estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
Caso concreto 5:
Em 2010, Platão foi contratado pelo Município do Belo Horizonte para prestar serviços internos ligados à administração pública. Em meados de 2016, por meio de uma ação civil pública intentada pelo Ministério Público, a administração pública teve que romper com os serviços prestados por todos aqueles que não ingressaram em seus quadros por concurso público. Platão, indignado, procurou um advogado e entrou com uma Reclamação Trabalhista, pleiteando o reconhecimento do vínculo com o Município de Belo Horizonte e o consequente pagamento das verbas decorrente deste vínculo. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: 
Platão terá êxito na Reclamação Trabalhista no que concerne ao reconhecimento do vínculo empregatício e consequentemente a existência do contrato de trabalho? Justifique indicando a posição jurisprudencial sobre a matéria.
Resposta:
Não é possível o reconhecimento do vínculo de emprego (artigo 2º e 3º, CLT), tendo em
Vista que não preencheu uma das formalidades do contrato de trabalho de trabalho (artigo 37, II, parágrafo 2º, CRFB) que é a aprovação em concurso público.
Jurisprudência: 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA N. 0012751-32.2017.8.14.0301 EXPEDIENTE: TRIBUNAL PLENO SUCITANTE: JUÍZO DE DIREITO DA 8º VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ SUSCITADO: JUÍZO DE DIREITO DA 4º VARA DE FAZENDA DA CAPITAL RELATORA: DESEMBARGADORA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA em que figura como suscitante o MM. JUÍZO DE DIREITO DA 8º VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ e suscitado o MM. JUÍZO DE DIREITO DA 4º VARA DE FAZENDA DA CAPITAL. O presente conflito originou-se do Mandado de Segurança (nº 0012751-32.2017.8.14.0301) impetrado por Gilseph Augusto Pantoja Danninger em face de suposto ato coator praticado pelo Coronel Comandante Geral da Polícia Militar e Secretária de Estado e Administração do Pará. Na ação Mandamental, o impetrante informou que foi considerado inapto na 2º etapa do Concurso Público para admissão ao curso de formação de praças da Polícia Militar do Estado do Pará em virtude de reprovação no exame oftalmológico, ocorrido em 17/10/2016. Contou que no dia 28/09/2016 foi submetido a uma cirurgia foto ablativa, cujo o período de cicatrização é de 30 (trinta) dias, o que impossibilitou estabelecer a acuidade visual exata, motivo da sua eliminação. Suscitou que com a sua eliminação do certame, interpôs recurso administrativo, o qual foi respondido pela Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa-FADESP. Porém, estranhamente a FADESP retirou tanto o recurso administrativo quanto a resposta do seu site. Nos seus pedidos, requereu que seja determinado a exibição da resposta do recurso administrativo que está em posse da FADESP, bem como que se suspenda o ato que eliminou o impetrante do concurso para que seja feito um novo exame oftalmológico, e, caso aprovado, participe das demais etapas do certame. Distribuídos os autos para o Tribunal de Justiça, o desembargador relator declinou a competência por reconhecer que a causa de pedir está relacionada única e diretamente com a atuação da FADESP. Redistribuídos e recebidos os autos na 4º Vara de Fazenda de Belém, o referido juízo declinou a competência à uma das Varas Cíveis da Capital, em razão de, segundo a decisão monocrática do TJE/PA, a ação mandamental impugna ato proveniente da FADESP, fundação de natureza privada sem fins lucrativos, a qual não encontra-se entre os entes previstos no art. 111 do Código de Organização Judiciária do Estado do Pará, Lei nº 5.008 de 10/12/1981 (fls. 21/22). Por sua vez, o juízo da 8º Vara Cível e Empresarial de Belém suscitou Conflito Negativo de Competência, aduzindo que o Código de Organização Judiciária do Estado do Pará, Lei nº 5.008/81 foi alterado pela Lei 6.480/02, a qual afirma expressamente no art. 111, I, d que cabe aos juízes da fazenda pública processar e julgar os mandados de segurança. Assim, apontou que não há distinção a respeito da pessoa jurídica que figura no polo passivo da ação. Apontou que a competência para processar sociedades de economia mista em processos comuns ou especiais é da vara cível, porém, quando se trata de Mandado de Segurança, a competência é exclusiva e absoluta das varas de Fazenda. Remetidos os autos a este Egrégio Tribunal de Justiça, os mesmos foram distribuídos, inicialmente, à relatoria do Exmo. Des. Jose Maria Teixeira do Rosário. Em razão da Emenda Regimental nº 05/16 e pelo fato do Desembargador relator optar pela Turma e Seção de Direito Privado, os autos foram redistribuídos à minha relatoria. O juízo suscitado prestou informações às fls. 39/44. A Procuradoria de Justiça opinou pela declaração de competência do Juízo da 8º Vara Cível e Empresarial de Belém (fls. 49/53), devido ao fato de que a FADESP não figura entre os entes de direito público a justificar o trâmite perante as varas de Fazenda Pública. É o relatório. DECIDO. Avaliados os requisitos do Conflito de Competência, tenho-os como regularmente cumpridos e observados, razão pela qual decido monocraticamente, com fulcro no art. 133, XXXIV, ¿c¿ da Resolução nº 13-2016 (Regimento Interno Tribunal de Justiça do Pará). A controvérsia reside em relação a competência para processar e julgar o Mandado de Segurança em que figura como autoridade impetrada a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa- FADESP. Prima face, cumpre ressaltar que a FADESP é uma fundação privada, conforme consta na Identificação da Pessoa Jurídica, junto à Receita Federal. Além disso, é uma entidade de apoio sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar o desenvolvimento científico, social e tecnológico da Amazônia, agindo como Comissão Organizadora de Concursos Públicos. A esse propósito, faz-se mister trazer à colação o entendimento do respeitável doutrinador Matheus Carvalho1, que assevera: ¿As entidades de apoio são particulares que atuam ao lado de hospitais e Universidades Públicas, auxiliando no exercício da atividade destas entidades, por meio da -realização de programas de pesquisa e extensão. Estas pessoas jurídicas executam atividades não exclusivas de estado, direcionadas à saúde, educação e pesquisa científica juntamente com órgãos ou entidades públicas que atuam nestes serviços. É importante frisar que podem ser constituídas sob a forma de fundações, associações e cooperativas, sempre sem finalidade lucrativa, atuando ao lado do órgão público, não se confundindo com a entidade estatal. Nestes casos, deve-se atentar para o fato de que a fundação de apoio, por exemplo, não é fundação pública, mas sim fundação privada, formada por destinação de patrimônio de particulares, submetida às normas do Direito Civil, que se vincula ao ente público, na execução de atividades que atendem aos seus fins. Dessa forma, asações propostas em face destas entidades devem tramitar na justiça estadual, ainda que estejam atuando junto a uma entidade pública federal, por se tratarem de particulares, não integrantes da Administração Pública. Tais entidades não são criadas mediante lei ou mantidas pela União, razão pela qual se submetem a regime privado, não sujeitando seus contratos à realização de procedimento licitatório ou a contratação de seus empregados à aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos¿ Assim, é cristalino que a FADESP não pode ser confundida com ente estatal em com fundação pública, uma vez que é uma fundação privada, formada por destinação de patrimônio de particulares, submetida ao regime privado. Destarte, cabe analisar sobre a existência de foro privativo no que tange ao julgamento e processamento dos feitos que envolvam a referida fundação. Por conta disso, é necessário observar o que estabelece o Código Judiciário Estadual (Lei nº 5.008/81) no que concerne a competência da Vara de Fazenda Pública, vejamos: Art. 111. Como Juízes da Fazenda Pública, compete-lhes: a) as causas em que a Fazenda Pública do Estado ou dos Municípios forem interessadas como autora, ré, assistente ou oponentes, as que dela forem dependentes, acessórias e preventivas; b) as causas em que forem do mesmo modo interessadas as Autarquias e as sociedades de economia mista do Estado ou dos Municípios; c) as desapropriações por utilidade pública, demolitórias e as incorporações de bens do domínio do Estado ou do Município; d) os mandados de segurança; e) as ações de nulidade de privilégio de invenção ou marca de indústria e comércio, bem assim as de atos administrativos cuja revogação importe em concessões de registro ou privilégio; f) os inventários e arrolamentos que por outro Juízo não tenham sido iniciados à abertura da sucessão, quando a Fazenda Pública o requerer; g) as questões relativas à especialização de hipoteca legal no processo de fiança dos exatores da Fazenda Pública dos Estados ou Municípios; h) as precatórias pertinentes à matéria de sua competência e sobre as quais forem interessados o Estado ou Municípios. Sobre o referido artigo, saliento que o mesmo foi editado sob a égide da Constituição de 1967, e que com a promulgação da Constituição Federal de 1988 a alínea ¿b¿ que dispõe sobre o interesse das autarquias, sociedades de economia mista do Estado e dos Municípios não foi recepcionada, uma vez que seu art. 173 § 1º, II dispõe o seguinte: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º. A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (...) II. A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. (Grifo nosso) Outrossim, o mesmo entendimento adotado diversas vezes por este egrégio Tribunal de Justiça sobre as sociedades de economia mista, se aplica no caso em tela, que se trata de fundação privada (FADESP), pois não são entes que se enquadram no conceito de Fazenda Pública. Por oportuno, ressalto que este Egrégio Tribunal de Justiça nos autos do Incidente de Uniformização nº 2010.3.003142-5 decidiu que as sociedades de economia mista não possuem foto privativo e por conta disso, a partir de 2010, as ações em que figuram como parte devem ser processadas e julgadas nas Varas Cíveis, vejamos o julgado: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. INEXISTÊNCIA DE FORO PRIVATIVO PARA SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. ART. 173, CF/88. ART. 111, INCISO I, ALÍNEA B DO CÓDIGO JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ (LEI Nº 5.008/1981). NÃO RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EDIÇÃO DE SÚMULA. EFEITO EX NUNC. VOTAÇÃO UNÂNIME. I Fixou-se o entendimento sobre a inexistência de foro privativo para o julgamento e processamento dos feitos que envolvam as sociedades de economia mista. II Consoante o art. 173, § 1º, II da Carta Magna, é inconteste que o disposto no art. 111, inciso I, alínea b do Código Judiciário do Estado do Pará (Lei nº 5.008/1981) não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. III Nos termos do disposto no art. 479 do Código de Processo Civil, como o julgamento da matéria analisada foi referendado pelo voto da maioria absoluta dos membros que integram o Órgão Plenário, foi aprovado verbete sumular com a seguinte redação: As sociedades de economia mista não dispõem de foro privativo para tramitação e julgamento de seus feitos. IV Vale dizer que, seguindo o voto-vista exarado pela Desa. Raimunda Gomes Noronha, foi atribuído a referida súmula o efeito ex nunc. Republicado por incorreção (TJPA, Desa. Eliana Rita Daher Abufaiad, Julgado em 29/03/2010) Destarte, o mesmo entendimento deve ser adotado para as fundações privadas como a FADESP, devido ao fato de que, por ser pessoa jurídica de direito privado, não possui qualquer privilégio processual para ser julgada perante a Vara de Fazenda Pública. Ademais, o juízo suscitante alega que Código de Organização Judiciária do Estado do Pará, Lei nº 5.008/81 foi alterado pela Lei 6.480/02, a qual afirma expressamente no art. 111, I, d que cabe aos juízes da fazenda pública processar e julgar os mandados de segurança, sem qualquer distinção a respeito da pessoa jurídica que figura no polo passivo da ação. Assim, apontou que a competência para processar sociedades de economia mista em processos comuns ou especiais é da vara cível, porém, quando se trata de Mandado de Segurança, a competência é exclusiva e absoluta das varas de Fazenda. Todavia, destaco que a competência das Varas da Fazenda é fixada considerando a pessoa jurídica incluída na lide, sendo a competência absoluta e não admitindo prorrogação. Assim, considerando que a FADESP é pessoa jurídica de direito privado, conforme já explicado, e não consta o Ente Estatal ou Municipal, bem como suas autarquias, não há qualquer motivo para o feito ser processado perante a Vara de Fazenda. Sobre o tema, colaciono diversos julgados desde Egrégio Tribunal de Justiça, inclusive em ações de Mandado de Segurança: DECISÃO MONOCRÁTICA Trata-se de CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA no qual figura como suscitante o JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA DE FAZENDA DE BELÉM e como suscitado o JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DE BELÉM, nos autos do mandado de segurança com pedido liminar impetrado por Gleiciane Farias dos Santos em face de suposto ato coator praticado pelo Diretor-Presidente do Banco do Estado do Pará S.A. - Banpará. (...) Entretanto, posteriormente, à fl. 2, do Id nº 1636911, aquele Juízo declarou-se incompetente para apreciar e julgar a presente demanda, sob a justificativa de que caberia apenas às Varas de Fazenda julgar os Mandados de Segurança, determinando, assim, a redistribuição para uma das Varas Fazendárias destab0 Capital. Após, os autos foram redistribuídos para a 3ª Vara de Fazenda da Capital que suscitou o CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA perante o EXCELENTÍSSIMO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ, a fim de que seja declarada por essa Egrégia Corte a incompetência absoluta da Vara Fazendária e que seja reconhecida a competência da 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital, para o julgamento do remédio constitucional (...) cuja natureza jurídica está fincada sobre as diretrizes do Direito Privado. Além disso, Analisando a legislação pertinente ao tema, observa-se que o Código Judiciário Estadual, editado sob a égide da Constituição de 1967, em seu art. 111, inciso I, alínea ¿b¿ dispõe que as sociedades de economia mista, como é o caso do BANPARÁ, possuem foro privativo perante às Varas de Fazenda Pública, não fora recepcionado pela Constituição Federalde 1988, que, em seu art. 173, § 1º, inciso II, dispõe (...) Conforme se verifica do dispositivo acima transcrito, as sociedades de economia mista, enquanto exploradoras de atividade econômica, não são entes que se enquadram no conceito de Fazenda Pública, possuindo, portanto, regime jurídico das empresas privadas que inviabiliza o deslocamento de competência em razão da pessoa (...) a autoridade impetrada não está abarcada pelo conceito de Fazenda Pública. 2. (...) Desse modo, b1 considerado o texto constitucional e a jurisprudência pátria resta notória a competência do Juízo suscitado para processar e julgar o mandado de segurança em questão. Ante o exposto, conheço do conflito negativo de competência e declaro, monocraticamente, competente a 1ª Vara Cível e Empresarial de Belém, ora suscitado, para processar e julgar o feito, nos termos da fundamentação lançada e do art. 133, XXXIV, alínea c do RITJPA, tendo em vista a jurisprudência dominante deste Egrégio Tribunal de justiça. (2017.05175367-21, Não Informado, Rel. EZILDA PASTANA MUTRAN, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PÚBLICO, Julgado em 2017-12-06, Publicado em 2017-12-06) PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ Tribunal Pleno Gabinete Des. José Maria Teixeira do Rosário Conflito de Competência nº. 0009965-15.2017.8.14.0301. Suscitante: Juízo de Direito da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém. Suscitado: Juízo de Direito da 2ª Vara de Fazenda de Belém. Desembargador Relator: José Maria Teixeira do Rosário Decisão (...) Tratam os autos de ação de mandado de segurança impetrado por Emília de Araújo Silva, em desfavor do Diretor Presidente do Banco do Estado do Pará S/A - Banpará. A ação foi distribuída ao juízo da 2ª Vara de Fazenda de Belém, o qual se declarou incompetente, porb2 figurar no feito sociedade de economia mista, a qual não goza da prerrogativa de fazenda pública. O processo foi redistribuído ao juízo da 13ª Vara Cível, que ao recebê-lo suscitou o conflito, sob o argumento de que a competência para apreciar o feito é de uma das varas de fazenda, por se trata a ação de mandado de segurança, nos termos do artigo 111, I, d, do Código Judiciário do Estado do Pará. Instado a se manifestar, o representante do Ministério Público se manifestou pela improcedência do conflito (fls. 258/262). Era o que tinha a relatar. Decido (...) Assim, tendo em vista que a ação foi ajuizada em 08 de março de 2017 e que pela modulação dos efeitos da decisão apenas os feitos ajuizados até 15.09.2010 ficarão sob a competência da Vara de Fazenda Pública, forçoso é concluir pela competência da 13ª Vara Cível e Empresarial da Capital para dirimir o litígio. Ante o exposto, CONHEÇO do presente conflito e com fundamento no artigo 133, XII, ¿d¿ do Regimento Interno desta Corte, NEGO-LHE PROVIMENTO para declarar a competência do juízo suscitante (13º Vara Cível e Empresarial de Belém) para processar e julgar o feito. Oficie-se, com urgência, ao juízo de Direito da 2ª Vara de Fazenda de Belém, informando-lhe da presenteb3 decisão e, após, encaminhem-se os autos ao juízo da 13ª Vara Cível e Empresarial de Belém. (2017.04369155-59, Não Informado, Rel. JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2017-10-16, Publicado em 2017-10-16) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA? 4ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA CAPITAL X 4ª VARA CÍVEL DA MESMA COMARCA? FORO EM RAZÃO DA PESSOA? SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA? COMPETÊNCIA DAS VARAS CÍVEIS - DISTRIBUIÇÃO? DECISÃO UNÂNIME. (2015.04802832-90, 154.908, Rel. MARIA DE NAZARE SAAVEDRA GUIMARAES, Órgão Julgador TRIBUNAL PLENO, Julgado em 2015-12-16, Publicado em 2015-12-18) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO. MUNICÍPIO DE BELÉM COMPONDO O POLO PASSIVO DA AÇÃO. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA. ABSOLUTA. FUNDAMENTO NO ART. 111 DA LEI ESTADUAL Nº 5.008/1981 - COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO PARA PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DO FEITO - REDISTRIBUIÇÃO PARA A 4ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM. (2016.03666974-05, 164.262, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, Julgado em 2016-09-06, Publicado em 2016-09-12). Ante o exposto, compartilho do parecer Ministerial, e monocraticamente, com fulcro no art. 133, XXXIV, ¿c¿ da Resolução nº 13-2016 (Regimento Interno Tribunal de Justiça do Pará), estoub4 dirimindo o presente conflito em favor do JUÍZO DA 8º VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE BELÉM DO PARÁ, julgando-lhe competente para processar e julgar o feito em epígrafe. À Secretaria para as devidas providências, observando-se, nesse sentido, o disposto no parágrafo único do art. 957, do CPC/2015. Belém (PA), 29 de maio de 2018. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA Desembargadora- Relatora 1 CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. Bahia: Ed. JusPodivm, 2017.
(TJ-PA - CC: 00127513220178140301 BELÉM, Relator: ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Data de Julgamento: 06/06/2018, TRIBUNAL PLENO DE DIREITO PÚBLICO, Data de Publicação: 06/06/2018)
Objetiva:
Vera Lúcia tem 17 anos e foi contratada como atendente em uma loja de conveniência, trabalhando em escala de 12x36 horas, no horário de 19 às 7h, com pausa alimentar de 1 hora. Essa escala é prevista no acordo coletivo assinado pela loja com o sindicato de classe, em vigor.
A empregada teve a CTPS assinada e tem, como atribuições, auxiliar os clientes, receber o pagamento das compras e dar o troco quando necessário.
Diante do quadro apresentado e das normas legais, assinale a afirmativa correta.
a) A hipótese trata de trabalho proibido.
b) O contrato é plenamente válido.
c) A situação retrata caso de atividade com objeto ilícito.
d) Por ter 17 anos, Vera Lúcia fica impedida de trabalhar em escala 12x36 horas,
devendo ser alterada a jornada.
Jurisprudência:
CONTRATO DE TRABALHO PROIBIDO. EFEITOS. Não gera nenhum efeito contrato de trabalho celebrado ao arrepio da lei, desde quando tal circunstância implica em sua inexistência por ausência de previsão legal.
(TRT-19 - RECORD: 88200500219001 AL 00088.2005.002.19.00-1, Relator: João Batista, Data de Publicação: 15/12/2005)
Caso concreto 6
Anacleto, policial militar, trabalhou para a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. como agente de segurança, nos horários em que não estava a serviço da corporação militar. Na referida empresa, Anacleto cumpria expressamente as ordens emanadas da direção, recebia um salário mensal, e trabalhava de forma contínua e ininterrupta, todas as vezes que não estava escalado na corporação. Considerando a situação apresentada e a jurisprudência sumulada pelo TST, esclareça se é possível o reconhecimento de um contrato de emprego entre Anacleto e a Indústria Mundo Novo Ltda?
Resposta:
Sim, uma vez que possui os requisitos caracterizadores da relação de emprego (subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoalidade e pessoa física), independente responder administrativamente junto à Corporação Militar. Artigos 2º, 3º e 442, CLT c/c Súmula 386, TST
Jurisprudência: 
RELAÇÃO DE EMPREGO. POLICIAL MILITAR. ACUMULAÇÃO DE FUNÇÕES. INCOMPATIBILIDADE. Entende esta egrégia Corte que não existe vedação legal para que o policial militar tenha vínculo empregatício com empresa privada, valendo ressaltar que, no Direito do Trabalho, deva prevalecer o contrato-realidade, suficiente para caracterizar a licitude do trabalho prestado, do qual usufruiu o empregador, quando contratou o empregado. Restando, pois, presentes os requisitos definidores da relação de emprego, não há como se negar sua existência, frente à ausência de qualquer vedação legal que envolva a cumulação de cargo público com emprego civil (aplicação da Orientação Jurisprudencial nº 167 da SBDI1 do TST). Recurso de revista não conhecido.
(TST - RR: 4995909319985025555 499590-93.1998.5.02.5555, Relator: Eneida Melo Correia de Araújo, Data de Julgamento: 17/10/2001, 3ª Turma, Data de Publicação: DJ 09/11/2001.)
Objetiva:
1- (FCC 2017) A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, a doutrina e a jurisprudência prevalentes estabelecemque:
a) o reconhecimento de relação empregatícia do apontador de jogo do bicho é possível, uma vez que não se trata de objeto ilícito, mas sim de um vício que gera nulidade relativa.
b) a contratação do serviço suplementar do trabalhador bancário, seja na admissão ou no curso do contrato, não é considerada nula, logo, não gera efeito pecuniário em razão do princípio da livre autonomia da vontade contratual que determina que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas.
c) se convalidam os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração pública indireta, continua a existir após a sua privatização.
d) a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no art. 37, II e § 2°, da Constituição Federal, sendo afastada a teoria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão jus trabalhista, porque o valor protegido é a realização da ordem pública.
e) o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada não é legítimo, mesmo que presentes os requisitos previstos em lei trabalhista, em razão de exercício de trabalho ilícito por expressa vedação legal, cabendo penalidade disciplinar prevista no estatuto administrativo da corporação militar.
“Letra c - Súmula 430 TST: Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização.”
Procedimento disciplinar
Servidor público concursado não tem estabilidade após privatização
RR-2201500-17.2002.5.09.0009.
Um bancário concursado não conseguiu estabilidade após a instituição financeira ter sido privatizada. O pedido foi negado pela 5ª Turma do Superior Tribunal do Trabalho. Prevaleceu o voto do relator do caso, ministro Emmanoel Pereira. De acordo com ele, a manutenção de regime jurídico nesse caso não é possível.
A estabilidade foi requerida por um ex-empregado do antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado). Ele foi contratado por concurso público em 1985. Em 2000, o Banco Itaú assumiu o controle acionário da instituição. E em 2002, ele foi demitido sem justa causa.
O caso chegou ao TST por meio de recurso interposto pelo banco para contestar a decisão de segunda instância favorável ao ex-empregado. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região havia entendido que a privatização não poderia retirar do trabalhador o patrimônio jurídico garantido pelo artigo 37 da Constituição, “em especial o princípio da moralidade e impessoalidade, e de outros princípios constitucionais, como o que impõe a motivação do ato administrativo”.
O TRT-9 também baseou sua decisão nos artigos 10 e 468 da CLT, que garantem os direitos adquiridos dos trabalhadores no caso de alteração da estrutura jurídica da empresa ou nos termos do contrato de trabalho.
Mas no TST, a interpretação adotada foi diferente. Para o relator, o fato de o bancário ter ingressado por concurso em sociedade de economia mista anterior à privatização não lhe dá direito à estabilidade. Ele citou a jurisprudência do STF com relação a essa matéria e disse que não há “direito a que se mantenha a condição de servidor público concursado após a privatização da estatal”.
O ministro não aceitou os argumentos do bancário de que a dispensa somente seria possível por meio de um procedimento disciplinar, o que não era o caso. Pereira alegou que a estabilidade pretendida não existia antes da privatização, pois “Não havia, ao tempo da sociedade de economia mista, regulamento (no Banestado) que previsse a obrigação de a dispensa imotivada ser precedida de procedimento investigatório interno”. Após a publicação do acórdão, o bancário interpôs embargos declaratórios, ainda não examinados pela turma. Com informações da assessoria de imprensa do TST.
RR-2201500-17.2002.5.09.0009.
Caso concreto 7
A empresa Olimpos Metalúrgica decidiu terceirizar o setor de limpeza contratando os serviços de Atlas Limpadora que forneceu três faxineiras por um período de 10 meses. Após o término do contrato entre as empresas, as três faxineiras foram dispensadas pela empresa Atlas Limpadora, sem receber qualquer indenização rescisória, com 2 meses de salários em atraso e ausência do recolhimento do FGTS do período. Nessa situação, conforme entendimento sumulado pelo TST, bem como a Legislação em vigor, sabendo-se que a terceirização foi regular, qual a responsabilidade da empresa Olimpos em relação aos direitos das faxineiras?
Resposta:
A responsabilidade será subsidiária em razão de terceirização regular, alcançando todos os direitos não cumpridos pela empresa empregadora no período. Art.5ºA §5º Lei 6.019/74
Para se configurar o vínculo, deve ser necessário a presença de quatro requisitos: pessoalidade, prestação de serviços habitual, subordinação com a contratante, serviço prestado mediante salário. Por exemplo, João é funcionário da empresa X, e presta serviços como faxineiro na empresa Y. (ebegesc.com.br/blog/terceirizacao-principais-requisitos-para-contratacao-de-prestadores-de-servicos/)
Jurisprudência:
“SUBORDINAÇÃOESTRUTURAL. SUBORDINAÇÃO ORDINÁRIA. O Direito do Trabalho contemporâneo evoluiu o conceito da subordinação objetiva para o conceito de subordinação estrutural como caracterizador do elemento previsto no art. 3o. da CLT. A subordinação estrutural é aquela que se manifesta pela inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de seus serviços, pouco importando se receba ou não suas ordens diretas, mas se a empresa o acolhe, estruturalmente, em sua dinâmica de organização e funcionamento. Vínculo que se reconhece. (TRT 3ª Reg. –3ª T. – RO 01352-2006-060-03-00-3 – Red.ª Juíza Conv. Adriana Goulart de Sena – DJMG 25/08/2007, p. 11)”. (Grifos nossos)
Tem-se portanto que, eventual caracterização de subordinação (seja a direta, a indireta ou a estrutural), aliada à presença da pessoalidade entre trabalhador e empresa tomadora de serviços poderá (considerando a presença dos demais elementos) vir a configurar a relação empregatícia entre estes, descaracterizando, portanto, o contrato de prestação de serviços, conforme já ressaltado.
Conclui-se assim que o tomador de serviços deve limitar-se a direcionar sua atenção ao resultado do trabalho contratado e não com a gestão desta mão de obra, evitando ainda a inserção deste trabalhador “terceirizado” [9], na dinâmica organizacional e de funcionamento da empresa.
Finalmente, temos o inciso IV da Súmula 331 do TST, o qual fixa a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços pelas obrigações trabalhistas que venham a ser inadimplidas pela empresa prestadora de serviços contratada. Aduz que “o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993).”
Complemento:
Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalhofls.6PROCESSO Nº TST-RR-346-04.2014.5.04.0234 Firmado por assinatura digital em 28/03/2019 pelo sistema Assine Jus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira. Trabalhistas e sociais em relação aos empregados contratados, fiscalizar o cumprimento de tais obrigações, sob pena de caracterizar-se a culpa "in eligendo" e "in vigilando". Cumpre sinalar que a responsabilidade subsidiária tem por fim resguardar os créditos trabalhistas, de natureza alimentar, de eventuais inadimplementos por parte do real empregador. A declaração de responsabilidade subsidiária, com base na Súmula n. 331 do TST,apenas encerra uma posição jurisprudencial, que decorre de reiterados julgamentos proferidos na apreciação de demandas similares, sendo a que mais se harmoniza com os princípios que garantem os valores sociais do trabalho, expressos nos artigos 1º, inciso IV, e 170 da Constituição da República. Ademais, o artigo 7º da Constituição da República garante uma série de direitos aos trabalhadores, indistintamente, sendo os princípios constitucionais referidos suficientes a garantir a responsabilidade subsidiária da recorrida, não implicando afronta a dispositivos legais ou ao princípio da legalidade como sustentado. Destaque-se que a responsabilidade da recorrida é subsidiária, ou seja, somente será compelida ao pagamento se a empregadora do autor, Gestam, não cumprir a decisão judicial. Pelo reconhecimento da responsabilidade subsidiária da General Motors na condição de tomadora de serviços, há decisões deste Regional: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CULPA IN VIGILANDO. A ausência de controle efetivo sobre o cumprimento das obrigações trabalhistas da empresa prestadora de serviços, em relação ao pessoal alocado na tomadora dos serviços, constitui culpa in vigilando, atraindo a responsabilidade subsidiária da empresa contratante da prestação de serviços. (TRT da 4ª Região, 5a. Turma, 0000663-08.2014.5.04.0232 RO, em 01/09/2016, Desembargadora Karina Saraiva Cunha -Relatora. Participaram do julgamento: Desembargador Clóvis Fernando Shuci Santos, Desembargadora Brígida Joaquina Charão Barcelos Boschi) RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADA DOS SERVIÇOS. O tomador dos serviços responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas devidas ao trabalhador por seu empregador. Inteligência da Súmula nº 331, IV, do TST. (TRT da 4ª Região, 6a. Turma, 0001621-59.2012.5.04.0233 RO, em 09/03/2016, Desembargadora Maria Cristina Schaan Ferreira -Relatora. Participaram do julgamento: Desembargador José Felipe Ledur, Desembargador Raul Zoratto Sanvicente)
Objetivas:
Apolinário foi contratado, no dia 20 de nov. de 2017, pela empresa Terceirize Aqui Ltda. Para exercer a função de operador de telemarketing. Essa empresa fornece os serviços de seus trabalhadores para outras empresas, como Telefonia Ltda. e Ligações Ilimitadas Ltda., as quais têm como função basilar a venda de planos de telefonia e atendimento às reclamações de serviços já prestados. Há cinco meses, a empresa Terceirize Aqui Ltda. realizou contrato com a empresa Telefonia Ltda., terceirizando os serviços de Apolinário na função de operador de telemarketing. Com base na Lei nº 13.429/2017, que dispõe, dentre outras peculiaridades, sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros, e na Lei nº 13.467/2017, que alterou a Consolidação das Leis Trabalhistas, assinale a alternativa correta sobre a temática da terceiriza cinco meses, a empresa Terceirize Aqui Ltda. realizou contrato com a empresa Telefonia Ltda., terceirizando os serviços de Apolinário na função de operador de telemarketing. Com base na Lei nº 13.429/2017, que dispõe, dentre outras peculiaridades, sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros, e na Lei nº 13.467/2017, que alterou a Consolidação das Leis Trabalhistas, assinale a alternativa correta sobre a temática da terceirização.
a) Caso Apolinário seja dispensado sem justa causa e não receba as verbas rescisórias devidas pela empresa Terceirize Aqui Ltda., ele terá direito de pleitear as referidas verbas junto à empresa Telefonia Ltda., pois Apolinário encontra-se laborando efetivamente nesta última, o que a torna solidariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, tendo respaldo na Lei que trata da organização da seguridade social no que se refere ao recolhimento das contribuições previdenciárias.
b) Na posição das empresas contratantes Telefonia Ltda. e Ligações Ilimitadas Ltda., também poderiam estar pessoas físicas celebrando contratos com a empresa Terceirize Aqui Ltda. Art. 5º-A Lei 6.019/74
c) A empresa Telefonia Ltda. irá remunerar e dirigir o trabalho de Apolinário enquanto este estiver prestando serviços no local.
d) Apolinário não poderia ser direcionado como empregado terceirizado para as empresas Telefonia Ltda. e Ligações Ilimitadas Ltda., pois as atividades exigidas por essas empresas do prestador de serviço é atividade principal, e a terceirização é permitida exceto para a realização da atividade principal da empresa.
e) A empresa Telefonia Ltda. pode requisitar a Apolinário que também exerça as atividades de limpeza e higienização do ambiente de trabalho, pois trata-se de atividades-meio da empresa.
As mudanças ocorridas na terceirização do trabalho foram grandes nesses últimos tempos, sendo entendidas como necessárias para o desenvolvimento do País, na visão de uma parcela da população, e, para a outra, como um retrocesso no âmbito dos direitos do trabalhador. Com base no exposto e em relação à terceirização, é correto afirmar que o terceirizado deve ter as mesmas condições de trabalho dos empregados efetivos,
a) inclusive no que tange aos benefícios.
b) salvo, apenas, o benefício de plano de saúde.
c) salvo o plano de saúde e o vale-alimentação, que devem ser acertados com cada empregador.
d) salvo a capacitação.
e) salvo a qualidade de equipamentos.
Marcela, supervisora do setor de embalagens da Empresa de Lâmpadas CTMR Ltda. Foi injustamente dispensada, sendo contratada uma empresa de serviços terceirizados. Marcela foi contratada imediatamente como empregada da empresa terceirizada. Neste caso, é correto afirmar que Marcela
a) não poderá prestar serviços para sua antiga empregadora na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, podendo, entretanto, prestar serviços para outras tomadoras de serviços da terceirizada.
b) não poderá prestar serviços para sua antiga empregadora na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, em hipótese alguma, sob pena de configuração de fraude às leis trabalhistas.
c) poderá prestar serviços para a Empresa de Lâmpadas, na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, desde que cumpra o prazo de carência de doze meses, contados a partir de sua demissão.
d) poderá prestar serviços para a Empresa de Lâmpadas, na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, desde que cumpra o prazo de carência de dezoito meses, contados a partir de sua demissão.
e) poderá prestar serviços para a Empresa de Lâmpadas, mas não na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, e, sim, através de pessoa jurídica própria, abrindo uma empresa.
Quanto à terceirização,
a) considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, exceto sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.
b) o capital social mínimo exigido para o funcionamento de empresa de prestação de serviços a terceiros, com mais de vinte e até cinquenta empregados, é de R$ 25.000,00.
c) são asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a terceiros, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições relativas à alimentação garantidas aos empregados da contratante, desde que não oferecida em refeitórios.
d) o empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.
e) nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 25% dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregadosda contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.
Caso concreto 8
Luciano, chefe de departamento de uma grande rede de supermercados, após quatro anos e meio de vínculo de emprego, foi promovido ao posto de gerente, sendo designado para atuar em outra filial da empresa, instalada na periferia da mesma cidade onde possui domicílio, com plenos poderes de gestão e representação. Com a promoção, ele passou a perceber gratificação adicional de função, equivalente a 80% de sua anterior remuneração pelo exercício do cargo de confiança. Passados onze anos de vigência dessa situação, resolveu a empresa destituir Luciano do posto gerencial, revertendo-o ao seu cargo efetivo sem justo motivo e suprimindo a gratificação de função. Inconformado, Luciano, procura Você como advogado e solicita que ingresse com ação judicial para que o adicional seja restabelecido, alegando, que houve uma alteração prejudicial em seu contrato de trabalho. Analisando a situação hipotética e com base na Lei 13467/2017, esclareça se Luciano possui ou não razão em sua argumentação?
Resposta:
Não faz jus ao adicional pelo cargo de confiança e a alteração é lícita. Artigo 468, CLT. § 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.” (NR)
Jurisprudência:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. INCORPORAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA POR MAIS DE DEZ ANOS. CUMULAÇÃO COM GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PELO DESEMPENHO DE NOVA FUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Diante de provável divergência jurisprudencial, deve ser processado o recurso de revista. Agravo de instrumento de que se conhece e a que se dá provimento.
RECURSO DE REVISTA. GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. INCORPORAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA POR MAIS DE DEZ ANOS. CUMULAÇÃO COM O VALOR INTEGRAL DA GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO PELO DESEMPENHO DE NOVA FUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Nos termos da Súmula 372, I, desta Corte, a incorporação da gratificação de função pelo empregado que a percebeu por mais de dez anos e que fora revertido, sem justo motivo, para o cargo efetivo, tem por fundamento a preservação da estabilidade financeira. Se o empregado passa a exercer nova e posterior função de confiança, não lhe é assegurado o pagamento do adicional de incorporação decorrente do exercício de função de confiança por mais de dez anos cumulado com o valor integral da gratificação de função inerente ao novo cargo de confiança desempenhado, sob pena de promover o seu enriquecimento ilícito. Esse é o entendimento uniformizado pela SBDI-1 desta Corte Superior. No caso, o eg. Tribunal Regional decidiu que a reclamada deve pagar a nova gratificação de função integralmente sem prejuízo do valor da gratificação incorporada, sem nenhuma compensação. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá parcial provimento. (https://jurisprudencia.tst.jus.br/)
Objetiva:
1- Maria trabalha para a sociedade empresária Alfa S.A. como chefe de departamento. Então, é informada pelo empregador que será transferida de forma definitiva para uma nova unidade da empresa, localizada em outro estado da Federação. Para tanto, Maria, obrigatoriamente, terá de alterar o seu domicílio. Diante da situação retratada e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.
A) Maria receberá adicional de, no mínimo, 25%, mas tal valor, por ter natureza indenizatória, não será integrado ao salário para fim algum.
B) A empregada não fará jus ao adicional de transferência porque a transferência é definitiva, o que afasta o direito. artigo 469, parágrafo 3, CLT
C) A obreira terá direito ao adicional de transferência, mas não à ajuda de custo, haja vista o caráter permanente da alteração.
D) Maria receberá adicional de transferência de 25% do seu salário enquanto permanecer na outra localidade.

Continue navegando