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Contestação com Reconvenção em Processo Cível

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 33 ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG
PROCESSO N.º 5035514-24.2017.8.13.0024
RESIDENCIAL PARK EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, já qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado (...), OAB/MG (...), procuração anexa, endereço eletrônico, com escritório profissional estabelecido na rua, nº, bairro, CEP, Belo Horizonte/MG (local onde receberá as intimações), vem, respeitosamente, perante V. Exa., apresentar
CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
ao pedido inicial ajuizado por ABGAIL ESTEVES DE SILVA, também já qualificada nos autos, nos seguintes termos:
I – DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA
            Argumenta a autora que celebrou Contrato Particular de Promessa de Compra e Venda com a Ré, no dia 02/10/2015, através do qual a Ré se comprometeu a vender à Autora o imóvel constituído pelo Lote de terreno nº 16 (dezesseis), da Quadra 18 (dezoito), área global aproximada de 405,12 m2 (quatrocentos e cinco vírgula doze metros quadrados), sendo 13,50 mts de frente, 13,50 mts de fundos, 30,02 mts lado direito e 30,00 mts lado esquerdo, localizado no GRAN PARK TOSCANA, em VESPASIANO/MG, descrito e caracterizado na Matrícula n° 20,650, ficha n° 1, Livro n° 2, no Cartório de Registro de Imóveis de VESPASIANO/MG.
Aduz, ainda, que, o preço da venda foi ajustado no valor total de R$ 195.000,00 (cento e noventa e cinco mil reais), sendo dado sinal e o restante em parcelas mensais, nos termos da Cláusula III do Quadro Resumo, que faz parte do respectivo contrato.
 
Também relata a autora, que as obras de infraestrutura no respectivo condomínio estavam previstas para serem concluídas no mês de maio/2016, momento em que também ocorreria a imissão na posse, de forma, que, as obras não foram totalmente executadas até a presente data, e o Termo de Posse ter sido emitido pela Ré com bastante atraso no dia 17/11/2016.
Por fim, pede a autora que seja rescindido o contrato e devolvido o valor das parcelas pagas, bem como seja cancelada a obrigação de qualquer prestação vincenda. 
II – DO APARENTE ATRASO PARA IMISSÃO DE POSSE
Como relatado, argumentou a requerente que as obras de infraestrutura no respectivo condomínio estavam previstas para serem concluídas no mês de maio/2016, momento em que também ocorreria a imissão na posse, de forma, que, as obras não foram totalmente executadas até a presente data, e o Termo de Posse ter sido emitido pela Ré com bastante atraso no dia 17/11/2016.
Entretanto, a cláusula primeira no parágrafo sexto do contrato de promessa de compra e venda (anexada pela própria requerente), prevê expressamente que a conclusão das obras poderá ser prorrogada por até 180 (cento e oitenta dias), sem que isso gere direito a multa, ressarcimento, ou indenização ao comprador.
Assim sendo, embora esteja descrito no contrato a data de 05/2016 (maio de dois mil e dezesseis) para entrega das obras, o próprio contrato permite o prazo de prorrogação por 180 (cento e oitenta dias).
Portanto, tendo em vista o termo de posse ser emitido no dia 17/11/2016 (dezessete de novembro de dois mil e dezesseis), o prazo de prorrogação de 180 (cento e oitenta dias) foi respeitado, não havendo motivos para que o contrato seja rescindido, bem como, que as parcelas pagas pela autora sejam ressarcidas. 
III – DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Considerando, que, a requerente (professora) e seus procuradores subscritos (advogados) à luz da teoria do homem médio, possuem total discernimento para identificar no contrato a possibilidade de prorrogação do referido prazo. 
Como também, que, no contrato anexado e assinado pela própria requerente prevê a possibilidade de prorrogação do já mencionado prazo, não há de se em falar equívoco hermenêutico e/ou inacessibilidade ao dispositivo contratual. Configurando, portanto, pretensão contra texto expresso de lei, em razão do entendimento jurídico consolidado que “o contrato faz lei entre as partes”. 
Trata-se, então, de notada litigância de má-fé por parte da autora e seus procuradores subscritos, em requerer a rescisão do contrato e devolução dos valores já pagos do mesmo, bem como, o pagamento de multa contratual pela empresa ré.
IV – DO DIREITO
O contrato anexado e assinado pela própria requerente prevê em sua cláusula primeira, parágrafo sexto, a possibilidade de prorrogação do prazo de entrega das obras por até 180 (cento e oitenta) dias. 
Configurando, portanto, pretensão contra texto expresso de lei, uma das hipóteses de litigância de má-fé, em razão do entendimento jurídico consolidado que “o contrato faz lei entre as partes”. A lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil Brasileiro) dispõe acerca da litigância de má-fé:
Art. 79.  Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 80.  Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 81.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
(CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO 2015 – GRIFO NOSSO)
Ademais, a requerente busca a rescisão do contrato e devolução dos valores já pagos, bem como, a condenação da empresa ré em multa contratual prevista na cláusula décima terceira parágrafo primeiro, caracterizando o uso do processo para conseguir objetivo ilegal, ou seja, enriquecimento ilícito proveniente de multa contratual indevida.
Dessa forma, é cabível o requerimento de que a autora pague multa pelo motivo de litigância de má-fé no valor de 9% (nove por cento) do valor da causa, correspondente ao montante de R$ 3671.19 (três mil seiscentos e setenta e um e dezenove centavos).
V – DA RECONVENÇÃO
Reconvenção é a ação do réu contra o autor no mesmo processo em que aquele é demandado. Não é defesa, é demanda, ataque. Esta ação amplia objetivamente o processo, obtendo novo pedido na presente ação. Nesse sentido, o art. 343 do CPC textualiza:
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
(CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO 2015).
Indubitavelmente, alegar reconvenção na contestação é lícito, conforme respalda o art. 343 do CPC. 
Como amplamente demonstrado nesta resposta, a empresa reconvinte não violou o prazo de entrega das obras, visto que termo de posse foi emitido no dia 17/11/2016 (dezessete de novembro de dois mil e dezesseis), e o prazo de prorrogação de 180 (cento e oitenta dias) está previsto no contrato, não havendo motivos para que o contrato seja rescindido, bem como, que as parcelas pagas pela autora sejam ressarcidas. 
Portanto, não pode ser proferido outro julgamento senão a total procedência da presente contestação c/c reconvenção, vez que fora vastamente comprovado o não atraso da entrega das obras e a má fé do reconvindo. 
Ainda que ocorra a desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame do seu mérito, não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção, conforme preceitua o § 2º do art. 343 do CPC.
Art. 343.  Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeçao exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
(CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO 2015 – GRIFO NOSSO).
VI – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, restando evidenciado o direito e interesse de agir da reconvinte, requer-se:
a) Em face do exposto, CONTESTA todos os termos da inicial, requerendo que sejam julgados IMPROCEDENTES os pedidos da presente ação sob pena de ENRIQUECIMENTO ILICITO, e ainda condenando o reconvindo no pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios.
b) Seja o pedido de reconvenção julgado TOTALMENTE PROCEDENTE, a fim de que a autora seja condenada a pagar multa em razão de litigância de má-fé, no valor de 9% (nove por cento) do valor da causa, correspondente ao montante de R$ 3671.19 (três mil seiscentos e setenta e um e dezenove centavos).
c) Seja o reconvindo condenado ao pagamento de custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, conforme preceitua o art. 85, § 1º do CPC.
d) Provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do representante legal da reconvinte, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, juntadas de documentos, etc. Protestam por outras provas.
f) Requer ainda que todas as intimações e publicações sejam feitas em nome de seu procurador.
Dá-se a causa o valor de: R$ 3671.19 (três mil seiscentos e setenta e um e dezenove centavos).
Cumpridas as necessárias formalidades legais, deve a presente ser recebida e juntada aos autos.
Termos em que, pede deferimento.
Cidade, data.
ADVOGADO
OAB/ESTADO

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