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FILOSOFIA DA RELIGIÃO

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SEFATES
SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO ACADEMICA TEOLÓGICA DE SALVADOR
JORGE LUIZ DA SILVEIRA SILVA
Filosofia da Religião
SALVADOR- BAHIA
Março 2019
JORGE LUIZ DA SILVEIRA SILVA
	
Filosofia da Religião
Trabalho de pesquisa realizado no curso de Teologia, do SEFATES, como requisito para obtenção de nota na disciplina Filosofia da Religião.
Salvador 
2019
Sumário
INTRODUÇÃO A FILOSOFIA DA RELIGIÃO	4
CONCEITO	4
A RACIONALIDADE MODERNA E A FÉ	5
A RACIONALIDADE MODERNA E A RELIGIÃO	7
A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E A FÉ	8
ORIGEM, MISSÃO E DESTINO DO HOMEM	8
TEOGONIA E COSMOLOGIA	9
TEOGONIA	9
COSMOLOGIA	10
A METAFÍSICA	11
REVERGACH: SUA CRÍTICA DA RELIGIÃO E ATEÍSMO	12
KARL MARX: A APOSTA DO ATEÍSMO SOCIOLÓGICO	13
FREUD: A PROVOCAÇÃO DO ATEÍSMO PSICANALÍTICO	14
NIETZSCHE: O DESAFIO DO ATEÍSMO NIILISTA	15
O FENÔMENO RELIGIOSO	15
ATIVIDADES RELIGIOSAS FILOSÓFICAS	15
AS RELIGIÕES SAPIENCIAIS	16
AS RELIGIÕES PROFÉTICAS	16
REFERÊNCIAS	17
INTRODUÇÃO A FILOSOFIA DA RELIGIÃO
CONCEITO
A Filosofia da Religião é uma das disciplinas que se constitui numa das divisões da filosofia. Seu objetivo é o estudo da dimensão espiritual do homem desde uma perspectiva filosófica (metafísica, antropológica e ética), buscando respostas para o que é afinal, a religião.
Existem três métodos de estudo da Filosofia da religião, são eles o histórico-crítico comparativo, filológico e antropológico. 
O Histórico-crítico comparativo - compara as várias religiões no tempo e no espaço, em busca de seus aspectos mais comuns e suas diferenças, para verificar o que constitui a essência do fenômeno religioso.
O filológico faz o estudo comparativo das línguas, visando encontrar as palavras utilizadas para descrever e expressar o sagrado e suas raízes comuns.
O antropológico procura reconstruir o passado religioso tendo por base a etnologia (estudo dos povos primitivos e atuais, suas instituições, crenças, rituais e tradições). 
Até o século XX, a história do pensamento filosófico ocidental encontrava-se intimamente associada às tentativas de esclarecer certos aspectos do paganismo, do judaísmo e do cristianismo, enquanto que em tradições como o hinduísmo, o budismo ou o taoísmo, há uma distinção ainda menor entre a investigação filosófica e a religiosa. 
Na teologia negativa afirma-se que Deus só pode ser conhecido quando negamos que os termos vulgares possam ser-lhe aplicados; outra sugestão influente é a de que os termos vulgares só se lhe aplicam metaforicamente, não existindo qualquer esperança de eliminar essas metáforas. Mas mesmo que se chegue a uma descrição do Ser Supremo, continuamos com o problema de encontrar um motivo para se supor que exista algo correspondente a essa descrição.
A época medieval foi a mais fértil em buscas da demonstrações da existência de Deus, algumas tentativas deram-se através de obras como:
As 5 vias de Santo Tomás de Aquino, Argumento ontológico de Santo Anselmo. 
Filosofia da religião é um tratado, na realidade são partes mais evidentes da mesma ciência metafísica: 
Filosofia do conhecimento (ou Teoria do Conhecimento = epistemologia,) e Filosofia do ser (Ontologia)
A RACIONALIDADE MODERNA E A FÉ
A base antropológica da religião é a fé, pois ela é atitude fundamental do homem para com Deus. W. Goethe, grande poeta alemão, diz: "a história é combate entre a fé e a incredulidade". Para muitos, esse combate está chegando a seu fim. Julgam que a fé está derrotada, que a discussão sobre ela até já se tornou irrelevante e que Hegel e Nietzsche descreveram bem situação social e espiritual dizendo que "Deus está morto". Parece um acaso sempre mais raro que um ateu inquieto não descanse enquanto seu coração não repousar em Deus.
 Devido ao surgimento de tantas teorias se fala muito em crise de fé. Para muitos isso poderia soar como ruína. Entretanto o sentido original da palavra "crise" significa situação de decisão. Em outras palavras, parece que a fé perdeu sua evidência racional. Mas uma crise pode conduzir tanto à ruína como transformar-se em kairós ou renascimento. Uma crise de fé pode levar à renovação e ao aprofundamento de sua compreensão.
Hoje verificamos que a época das luzes não era sem pressupostos. Era animada pela fé quase ilimitada na razão e na liberdade, fé que hoje para alguns parece ingênua. A própria liberdade do homem tornou-se problemática. Sabemos que também a razão nunca começa no ponto zero. A própria pergunta pela razão e pela liberdade é, historicamente, condicionada. Podemos perguntar: é realmente racional a confiança ilimitada na razão?
Partindo dessa desconfiança universal, Descartes adota o procedimento conhecido por dúvida metódica, ou seja, de não aceitar nada que não ofereça garantia absoluta de verdade. “Pode-se demonstrar que há um Deus, apenas porque a necessidade de ser ou existir compreendida em a noção que temos dele”. E ainda: “Que não sendo nós a causa é Deus, e que, por consequência, há um Deus”. O Caminho cartesiano vai do cogito a Deus, a verdade objetiva. Caberia indagar se o homem o homem pode ser reduzido à razão?
 Pascal relativiza a certeza puramente racional e matemática: “conhecemos a verdade, não só pela razão, mas também pelo coração”. Pascal não isola o homem do mundo, como fizera Descartes. Pergunta: “o que o homem é perante o infinito?” Resposta foi: “Nada em relação ao infinito: tudo em relação ao nada; um ponto intermediário entre o tudo e o nada. Infinitamente incapaz de compreender os extremos, tanto o fim das coisas como seu princípio permanecem ocultos num segredo impenetrável, e é-lhe igualmente impossível o nada de onde saiu o infinito que o envolve”
A razão não pode decidir se existe Deus ou não, pois entre nós e Deus há distância infinita, por isto apostamos cara ou coroa a favor da existência de Deus. Se ganhamos tudo. Pascal afirma: “Se somente se devesse fazer alguma coisa com certeza, nada se deveria fazer pela religião, pois ela não oferece certeza”.
Para Pascal como para Descartes, o pensar é importante. Mas para Pascal, o espírito humano é muito mais que pura razão.
Atualmente o homem passa por nova experiência de sua finitude. A atitude do neopositivismo e do racionalismo tradicional já perderam sua evidência de convencer. Já não se podem minimizar questões metafisicas e religiosas.
A RACIONALIDADE MODERNA E A RELIGIÃO
O ponto de partida do conhecimento humano, segundo Kant, é a razão que imprime suas forças puras nos objetos para assim constituí-los. Segundo Kant o conhecimento é constituído por juízos. Só podemos conhecer os fenômenos. Segundo a metafísica tradicional, a razão busca três conhecimentos fundamentais: a alma (síntese das vivências subjetivas), o universo (síntese das vivências objetivas) e Deus (síntese final e suprema). Segundo Kant nenhum desses objetos podem ser conhecidos pela razão pura. Hegel não tenta demonstrar a existência objetiva de Deus. Antes indaga como o homem chega a pensar em Deus. Deus deve ser visto como aquele que passa por uma história e nela se revela. Este é o tema de sua obra filosófica intitulada como “Deus não é espírito vazio, mas o espírito.”
A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E A FÉ
A própria filosofia torna-se teoria da ciência. O processo do iluminismo conduziu o homem ao uso de sua própria razão. O ideal da ciência moderna e: método adequado, clareza e exatidão. A matematização, quantificação e a formalização são insuficientes para abranger fenômenos qualitativos específicos da existência humana como arte, música, religião, o amor, a fé, etc. 
Segundo Popper “Todas as teorias são hipóteses; todas podem ser derrubadas”, Há problemas genuinamente filosóficos que não se podem esclarecer com meios da ciência empírica: “Somos buscadores da verdade, mas não somos seus possuidores”.
Já Ayer diz que todo o discurso inverificável acerca de Deus transcende e carece de conteúdo lógico, de maneira que é absurdo não só afirmar, mas também negar a existência de Deus.
ORIGEM, MISSÃO E DESTINO DO HOMEMTEOGONIA E COSMOLOGIA
A Teogonia trata sobre a origem dos deuses, dos homens e das coisas. Enquanto a Cosmologia trata especificamente sobre a origem das divindades e sobre o mundo com base na essência do divino.
TEOGONIA
É também conhecido por Genealogia dos Deuses, trata-se de um poema mitológico em 1022 versos hexâmetros escrito por Hesíodo no século VIII a.C., no qual o narrador é o próprio poeta.
O poema se constitui no mito cosmogônico (descrição da origem do mundo) dos gregos, que se desenvolve com geração sucessiva dos deuses, e na parte final, com o envolvimento destes com os homens originando assim os heróis.
Nesse mito, as divindades representam fenômenos ou aspectos básicos da natureza humana, expressando assim as ideias dos primeiros gregos sobre a constituição do universo.
A progressiva gênese do universo da desordem para a ordem presidida por Zeus começa com os elementos fundamentais e se desenvolve por seis gerações sucessivas de deuses: No início Caos, (ou vazio primitivo) e Gaia (a terra) conviviam com Tártaro (a escuridão primeva) e Eros (a atração amorosa) daí sendo gerados (assexuadamente) Hemera (o dia), Nix (a noite), Urano (o céu) e Ponto (a água primordial).
Na segunda geração, Urano e Gaia geraram os titãs, gigantes dos quais destacam-se Cronos (o tempo), Oceano (a água doce), Têmis (a Lei), Mnemósine (a memória) e vários monstros míticos.
Na terceira geração, Cronos assume o poder e inadvertidamente dá origem a Afrodite (amor sensual) relacionando a noite (Nix) com Tânato (a morte), Hipnos (o sono) e Oniro (os sonhos). Ponto origina Fórcis pai de monstros como Górgona, Equidna, Esfinge e Nereu (o mais antigo deus do mar), pai das nereidas.
Oceano dá vida às ninfas dos ventos Métis (sabedoria) e Hélio (o sol) e Céos gera entre outros Hécate (a dádiva/magia).
Numa última etapa, Zeus destrona Cronos seu pai, altura em que é inserida a lenda de Prometeu, dito filho de Jápeto. Mas para consolidar seu poder Zeus teria ainda que lutar e derrotar Tifão, filho de Gaia e Tártaro. Daí até o seu final, o poema trata do relacionamento dos deuses com os homens este é o universo Grego.
COSMOLOGIA
Os pré-socráticos buscavam, além de falar sobre a origem das coisas, mostrar que a physis (naturezas) passava por constantes mudanças e que essas eram provocadas por alguma coisa que tentavam conhecer. Por causa das viagens marítimas, da invenção do calendário, da invenção da moeda, do surgimento das polis, da invenção da escrita e da política os gregos passaram a perceber que nada ocorria por acaso e que não existia a interferência de deuses relatados no período mitológico.
A cosmologia surgiu como a parte da filosofia que estuda a estrutura, a evolução e composição do universo, sendo a primeira expressão filosófica apresentada no Período pré-socrático ou cosmológico. Suas principais características são: a substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações, defende a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais a partir de sua imortalidade.
No período em que a cosmologia prevaleceu, as pessoas acreditavam que a natureza somente poderia ser conhecida através do pensamento, ou seja, existia a necessidade de pensar para se chegar ao princípio de todas as coisas que forma, a partir de sua imutabilidade, seres sensíveis a transformações, regenerações, mutações capazes de realizar modificações quanto à qualidade e quantidade. Tal mudança – Kínesis – significava tais modificações, além de significar movimentação e locomoção.
A METAFÍSICA
A metafísica (do grego antigo μετα [metà] = depois de, além de; e Φυσις [physis] = natureza ou física) é uma das disciplinas fundamentais da filosofia. Os sistemas metafísicos, em sua forma clássica, tratam de problemas centrais da filosofia teórica: são tentativas de descrever os fundamentos, as condições, as leis, a estrutura básica, as causas ou princípios primeiros, bem como o sentido e a finalidade da realidade como um todo, isto é, dos seres em geral.
Concretamente, isso significa que a metafísica clássica ocupa-se das "questões últimas" da filosofia, tais como: há um sentido último para a existência do mundo? A organização do mundo é necessariamente essa com que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos? Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecê-lo? Existe algo como um "espírito"? Há uma diferença fundamental entre mente e matéria? Os seres humanos são dotados de almas imortais? São dotados de livre-arbítrio? Tudo está em permanente mudança, ou há coisas e relações que, a despeito de todas as mudanças aparentes, permanecem sempre idênticas?
Em sua concepção clássica, os objetos da metafísica não são coisas acessíveis à investigação empírica; ao contrário, são realidades transcendentes que só podem ser descobertas pelas luzes da razão. Essa pretensão de estabelecer teses gerais que não se curvam à orientação da experiência foi repetidas vezes criticada - as críticas sistemáticas aos projetos metafísicos tradicionais tornaram-se parte importante de várias correntes e escolas filosóficas, especialmente nos séculos XIX e XX, e atualmente podem ser vistas como um traço importante da concepção de mundo moderna.
Outra maneira de definir a metafísica é como o estudo do ser ou da realidade. Ocupa-se em procurar responder perguntas tais como: O que é real? O que é natural? O que é sobrenatural? O ramo central da metafísica é a ontologia, que investiga em quais categorias as coisas estão no mundo e quais as relações dessas coisas entre si. A metafísica também tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo, incluindo a existência e a natureza do relacionamento entre objetos e suas propriedades, espaço, tempo, causalidade e possibilidade.
REVERGACH: SUA CRÍTICA DA RELIGIÃO E ATEÍSMO
Ludwig A. Feuerbach diz que “o homem ciou deus a sua imagem e semelhança”
“A verdadeira relação entre pensamento e o ser é apenas esta: o ser é o sujeito, o pensamento é o predicado. O pensamento provém do ser, mas não o ser do pensamento”.
O homem não é só fundamento, mas também o objeto da religião. Para ele “a consciência de Deus é a consciência que o homem tem de si mesmo”. 
Feuerbach quer uma filosofia que possa satisfazer todas as exigências humanas e considerar o homem em sua realidade concreta material. Deus, religião e imortalidade são destronados e é proclamada a república filosófica na qual o homem é Deus para o homem. “O homem para si é homem (no sentido habitual); o homem com o homem - a unidade do tu e do eu – é Deus”.
Quando Feuerbach afirma que “o homem é deus para o homem” concebe o homem como ser social, em sua convivência com outros homens: o homem com o homem, a unidade de eu e tu, é deus.
Segundo ele o cristianismo é a velha religião que deve morrer para nascer a nova religião do humanismo. Feuerbach destrona Deus e diviniza o homem. O Deus encarnado é apenas o homem divinizado e nada mais: “o Deus encarnado é apenas o fenômeno do homem endeusado”.
Em (A essência da religião (1845), Feuerbach transforma seu humanismo em materialismo grosseiro. Diviniza a matéria da qual o homem é parte. Funda a religião no sentido de dependência da natureza
KARL MARX: A APOSTA DO ATEÍSMO SOCIOLÓGICO
O novo humanismo de Karl Marx é ateísmo e comunismo, ele escreveu nos manuscritos econômicos-filosófico de Paris que “O teísmo é o humanismo pela superação da religião, e o comunismo é humanismo pela superação da propriedade privada”.
Para Marx o ateísmo é um produto evidente, tão evidente que dispensa qualquer investigação mais séria de sua parte. Deus não passa de uma projeção do homem.
São as estruturas econômicas que segundo Marx, geram a falsa consciência que é a religião. A religião é uma consciência erronia do mundo. Desta maneira a religião age como calmante. Ele compara a religião ao ópio, afirmando também que a religião hipnotiza o homem com falsasuperação da miséria e assim destrói sua força de revolta.
Marx conclui que a religião reflete no home um papel que facilita o trabalho da sociedade opressora.
 FREUD: A PROVOCAÇÃO DO ATEÍSMO PSICANALÍTICO
Sigmund Freud, o fundador da moderna psicanalise, afirma que “Deus é uma ilusão infantil” e defende que a neurose é a fuga do adulto ao mundo infantil. Aí os conflitos que não foram resolvidos na infância celebram sua ressureição. Freud vê a religião como regressão do adulto ao mundo ideal da criança.  Para ele a origem da religião é, pois, o inconsciente, ou seja, o irracional.
Viktor Frankl (1905), o fundador da terceira escola vianense de psicoterapia, o homem não é dominado apenas por um impulso inconsciente (como defende Freud) ou por um psíquico inconsciente (como defende Jung), mas também por um inconsciente espiritual.
Enquanto a psicanálise percebe o homem como tal autônomo psíquico, a análise existencial percebe o espiritual como o especificamente humano.
NIETZSCHE: O DESAFIO DO ATEÍSMO NIILISTA
Nietzsche é conhecido por sua infeliz frase: “O último cristão morreu na cruz”.
Ele defende o ateísmo como sendo a posição própria da nova cultura. Nega a Deus porque é inimigo da vida, pois segundo Nietzsche, Deus surge em virtude de uma tendência hostil à vida. Diz que o conceito de Deus, inventado como antinomia contra a vida e a religião é essencialmente um processo de aviltamento do homem.
A vasta obra de Nietzsche apresenta caráter fragmentário, aforístico, totalmente assistemático. A crítica religiosa de Nietzsche está vinculada intimamente a sua concepção de vida e de religião.
Ele considerava a vida o valor supremo e a religião como destruidora da vida, uma categoria de negação teórica e prática da vida. Em O Anticristo ele escreveu: “O cristianismo defendeu tudo quanto é fraco, baixo, pálido...” Para Nietzsche nada é tão doentio quanto a piedade cristã.
A razão e toda psíquica tem finalidade a serviço da vida biológica. A partir desta visão só pode sustentar o ateísmo, sua visão de mundo e homem é consequência de seu ateísmo. Para ele: “Deus está morto” e por isso ele defende que com a morte de deus morrem todos os demais valores que giravam em torno do conceito de Deus. Nesta perspectiva, a morte de Deus significa a liberdade do homem. Só a morte de Deus possibilitará a emancipação do homem.
O filósofo alemão Berhard Welte mostrou que a chave do ateísmo nietzschiano e de sua influência está no interior do próprio homem que o possibilita. O homem deseja evitar um Deus vivo. É uma decisão existencial do próprio homem.
Mesmo depois de ter atacado o cristianismo por todos os lados, em 1881 escreveu a seu amigo Peter Gast: “Não importa o que eu tenha a dizer sobre o cristianismo, não posso esquecer que sou-lhe devedor das melhores experiências da minha vida espiritual; e espero que, no fundo do meu coração, jamais venha a ser ingrato para com ele”
O FENÔMENO RELIGIOSO
O Fenômeno Religioso é explicitamente verificado em todas as épocas e lugares, as pessoas necessitam de um ser superior, para servir-lhes de consolo diante dos embates do mundo que muitas vezes deixam-nas aflitas e sem direção, naquele momento em que tudo parece não ter sentido, no exato momento em que a razão já não explica mais a nossa realidade, gemina a fé, a crença e a esperança num amanhã glorioso circundado pelo gosto da vitória.
A religião solidifica nossa crença, amadurece nossa relação com o transcendente, nos leva a uma realidade metafísica para depois compreendermos nossa realidade física e humanamente limitada. Somos limitados. Mas, nossas ações tornam-se ilimitadas quando deixamos frutos de nossa existência, quando as pessoas captam em nos valores, e, agregam esses valores dando novo sentido ao seu existir.
Nossos valores serão sempre renovados com o contato religioso, quando se adere a uma religião não pode ser uma decisão precipitada, mas uma convicção a ser seguida, uma vez que as maiores de todas as religiões (Cristianismo, Judaísmo e Protestantismo) se solidificam baseados no valor da dignidade humana. Assim devemos conduzir nossa vida respeitando em primeiro lugar nossa vida e fazer dela um testemunho vivo da presença do Senhor. 
ATIVIDADES RELIGIOSAS FILOSÓFICAS
AS RELIGIÕES SAPIENCIAIS
AS RELIGIÕES PROFÉTICAS
REFERÊNCIAS
1- Newal Paul l. Uma introdeção à Filosofia da Religião 
2- Borges, Anselmo - Religião: Opressão ou Libertação? Lisboa. Campo das Letras. 2004
3- Durkheim, Emile - Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo. Martins Fontes. 1996 
4- Hatzfeld, Henri- As Raízes da Religião. Lisboa. Inst. Piaget.
5- MONDIN, Battista. Curso de filosofia. 4 ed. São Paulo: Paulinas.
6- Padovani, Umberto A.- Filosofia da Religião. São Paulo.USP.1968
7- Schaeffler, Richard - Filosofia da Religião.Lisboa.Ed.70. Vários - Religiões: Identidade e Violência.Lisboa.FT-UC.2003
8- Zilles, U. - Filosofia da Religião. São Paulo. Paulinas

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