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RESUMO DE ODONTOPEDIATRIA

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INFANTIL I
DESENVOLVIMENTO DA CAVIDADE ORAL E ODONTOGÊNESE
· 2ª semana: Ectoderma (epitelial) e endoderma (conjuntivo)
· 3ª semana: Mesoderma
· O disco embrionário e seus três folhetos da origem ao embrião
· 4ª semana: Tubo neural 
· 4ª semana: Arcos branquiais – cavidade oral primitiva ou estomodeo 
· 5ª semana: 1º arco se divide em processos maxilar e mandibular 
· 6ª semana: Início da odontogênese
· 22 dias: Região frontonasal e 1° arco branquial
· 22 dias: Membrana muco-faringea 
· 27 dias: Rompimento da membrana muco-faringea 
· 29 dias: Proeminência maxilar e mandibular
** Lábio leporino: Defeito de fusão uni ou bilateral, não na linha média, pois esta provém da erupção frontonasal. Mas a fissura no palato é na linha média. Se a fissura for bilateral em lábio e houver também no palato, forma um “Y”. **
Odontogênese:
É o período em que os dentes são formados dentro do osso: maxila e mandíbula. A formação do dente ocorre em duas sequencias: Dentes decíduos contendo 20 dentes e dentição permanente contendo 32.
· Fase do botão ou iniciação: esta fase representa o início da formação de cada dente, que ocorre através de esférulas que surgem da lâmina dentária, que futuramente darão origem a papila dentária. 
· Proliferação ou fase capuz: É fase caracterizada por intensa proliferação de células epiteliais, uma vez estabelecida a fase capuz, observa-se distintos componentes do germe dentário:
· Órgão esmalte
· Papila dental (responsável pela formação de dentina e polpa)
· Histo ou morfodiferenciação: Nessa fase verifica-se fenômenos morfogenéticos que conduzem a determinação da forma da coroa do futuro dente, tem a alça cervical e bainha de Hertwig que promove a formação da raiz do dente. 
· Aposição: Fase final da odontogênese, ocorre a secreção em camadas sucessivas de esmalte, dentina e cemento.
· Calcificação: O germe dentário passa ser mineralizado, aumentando o seu tamanho.
** Só o esmalte tem origem no ectoderma, os demais no mesoderma. **
Dentinogênese: (germe dental)
· Órgão do esmalte: epitélio externo; extrato intermediário; epitélio interno – ESMALTE
· Papila dental: odontoblastos; papila dental – DENTINA
· Saco dental: cementoblatos – CEMENTO; fibroblastos – PERIODONTO; osteoblastos – LÂMINA DURA 
· Fase de iniciação: Alteração no número de dentes. Ex:
· Ausência de dente.
· Displasia ectodérmica
· Dente a mais
· Dente neonatal
· Fase de proliferação: Ex:
· Odontoma
· Fase de morfodiferenciação: Alteração da forma. Ex:
· Desindente
· Taurodontia
· Molar em amora...
· Fase de histodiferenciação: Ex:
· Amelogênese imperfeita
· Dentinogênese imperfeita
· Fase de aposição: Ex:
· Fluorose
· Hipoplasia de esmalte
Erupção: 
· Fase pré-eruptiva 
· Fase eruptiva
· Fase pós-eruptiva 
 
Fases de erupção:
1. Pré-eruptiva: movimentos decorrentes do crescimento do germe. Os germes mais anteriores deslocam-se para mesial e os posteriores para distal e todos para oclusal.
2. Erupção intraóssea: estabelecimento da via eruptiva.
3. Penetração na mucosa: após o estabelecimento da via eruptiva, o epitélio reduzido se funde ao epitélio oral.
4. Erupção pré-oclusal: penetração na mucosa até o plano oclusal.
5. Erupção pós-oclusal: Movimentos para compensar os desgastes naturais oclusais e proximais, que também pode ocorrer com a perda do antagonista, cárie e defeitos restauradores. 
Teoria da erupção:
· Crescimento da raiz: Uma das causas mais óbvias para a erupção dentária seria a formação da raiz. Porém, mesmo dentes sem raiz erupcionam. O período que os dentes demoram para erupcionar, em alguns casos, é superior ao tempo levado para que a raiz cresça completamente.
· Formação do ligamento periodontal: Algumas experiências com ratos mostraram que a atividade do ligamento periodontal parece muito importante na erupção dos dentes. Em humanos, o ligamento periodontal não parece apresentar tanta importância na erupção, já que os incisivos dos roedores crescem continuamente, ao contrário dos dentes humanos. O único resquício de tal atividade nos humanos são a erupção secundária e o movimento mesial.
· Remodelação do osso da cripta: parece ter um papel importante, pelo menos nos estágios iniciais da erupção. Essa remodelação coordenada e regulada pelo folículo dentário parece propulsionar o dente numa direção axial. De acordo com essa teoria nenhuma "força eruptiva" real é necessária, uma vez que a erupção dentária resultaria de um crescimento ósseo e seria um exemplo de como a remodelação óssea direciona o crescimento craniofacial; 
· Interação entre o folículo e o órgão esmalte: é a mais atual e mais aceita, postula que o folículo dental é capaz de induzir, orientar e coordenar a reabsorção óssea acima da coroa e a aposição óssea abaixo da raiz em formação, durante o processo de erupção dental, sendo o folículo dental responsável pela fase intraóssea da fase de erupção. A medida que o dente em erupção se aproxima da cavidade bucal o epitélio do esmalte começa a se espessar e transformar, fundindo-se no epitélio bucal.
Importância da cronologia e sequência de erupção
· É útil na avaliação da idade fisiológica
· Odontologia legal
· Variação associada a gênero, raça e condições ambientais 
· Fatores sistêmicos, endócrinos, nutricionais que afetam o processo eruptivo
Início da calcificação dos dentes  
1,4,2,3,5
Morfologia dos dentes decíduos
· Menor que os permanentes
· Esmalte mais claro
· Espessura de esmalte e dentina ⅓ menor
· Faces V e L dos molares convergentes para oclusal
· Maior constrição cervical da coroa 
· Raízes mais delgadas 
· Câmara pulpar mais ampla
· Cornos pulpares proeminentes, especialmente os mesiais.
Arcos decíduos 
· Transpasse horizontal: diminui com o crescimento
· Transpasse vertical: crescimento do processo alveolar
** Primeiro levante de oclusão: erupção do primeiro molar**
· Arco tipo 1: com espaços entre os dentes
· Arco tipo 2: sem espaços 
** O melhor é o tipo um, pois terá espaço adequado para a erupção dos permanentes** 
· Espaço primata:
· Arco superior: entre o lateral e o canino
· Arco inferior: entre o canino e o primeiro molar
Tabela de erupção dos dentes decíduos 
	Superior
	Idade
	Central
	10 meses 
	Lateral
	11 meses
	Canino 
	19 meses
	1º Molar
	16 meses
	2º Molar
	29 meses
	Inferior
	Idade
	Central
	8 meses
	Lateral 
	13 meses 
	Canino 
	20 meses
	1º Molar
	16 meses
	2º Molar 
	27 meses
Tabela da dentição permanente:
	Superior
	Idade
	Central
	7-8 anos 
	Lateral
	8-9 anos
	Canino 
	11-12 anos
	1º Pré-molar
	10-11 anos
	2º Pré-molar
	10-12 anos
	1º Molar
	6-7 anos
	2º Molar
	12-13 anos
	3° Molar
	17-30 anos
	Inferior
	Idade
	Central
	6-7 anos
	Lateral 
	7-8 anos 
	Canino 
	9-11 anos
	1º Pré-molar
	9-11 anos
	2º Pré-molar
	10-12 anos
	1º Molar
	6-7 anos
	2º Molar 
	11-12 anos
	3° Molar
	17-30 anos
Estágios de Nolla
São estágios de desenvolvimento da dentição permanente 
*** A coroa se forma antes da raiz**
	0
	Ausência de cripta
	1
	Presença de cripta
	2
	Calcificação inicial
	3
	⅓ da coroa 
	4
	⅔ da coroa
	5
	Coroa quase completa
	6
	Coroa completa
	7
	⅓ da raiz
	8
	⅔ da raiz
	9
	Ápice aberto
	10
	Ápice fechado
** os estágios mais importantes são: 2, 6 e 8**
2: início da calcificação 
6: início dos movimentos eruptivos 
8: perfuração da crista alveolar 
CONTROLE DE COMPORTAMENTO
Fontes de medo e ansiedade:
· Ansiedade materna 
· Ambiente odontológico
· Separação materna
· Anestesia local
Medo objetivo: resultante de experiência vivido.
· Direto: experiência durante o tratamento.
· Indireto: experiência em ambientes semelhantes.
Medo Subjetivo: resultante de sugestões. Ex: pais, irmãos, colegas.
Formas de manifestar medo:
· Choro
· Náuseas
· Falar constantemente
· Cuspir a todo instante
· Pedir para ir ao banheiro
· Atraso ás consultas
· Recusa em aceitar o tratamento
Escala do valor comportamental de Frankl:
· Definitivamente negativo (- -):
· Recusa do tratamento, choro excessivo, amedrontamento, extremo negativismo. 
· Negativo (-):
· Relutância para aceitar tratamento, não colaborador,alguma evidencia de atitude.
· Positivo (+):
· Aceitação do tratamento.
· Definitivamente positivo (+ +):
· Boa afinidade, interessado nos procedimentos, ri e se diverte.
Técnicas de controle de comportamento
	Dizer-mostrar-fazer
	Emprego da sequência: Explicação apropriada para a idade demonstração (visual, auditiva, olfativa, tátil) realização do procedimento 
	Controle de voz
	Alteração do volume, tom ou ritmo da voz (explicação prévia ao responsável) para conquistar a atenção do paciente e definir papéis do adulto e da criança
	Comunicação não verbal
	Comunicação por contato, postura, expressão facial, linguagem corporal 
	Presença/ausência do responsável 
	Negociação, com a criança resistente maior de 3 anos, sobre a presença do acompanhante no local do atendimento condicionada à sua colaboração. ÉTICA e LEGALMENTE o (a) responsável pela criança tem o direito de ficar junto a ela; educar o (a) mesmo para permanecer junto à criança caso ele (a) deseje ou seja necessário
	Reforço positivo
	Reconhecimento dos comportamentos adequados para estimular sua manutenção; inclui modulação da voz, expressão facial, elogio verbal, demonstrações físicas de afeto, prêmios
	Distração 
	Desvio da atenção do paciente de situações percebidas como desagradáveis 
	Estabilização protetora
	Restrição dos movimentos do paciente, com ou sem seu consentimento, para reduzir o risco de lesões durante o procedimento; inclui abridor de boca em criança não cooperativa
Comportamento aversivo
	Restrição física
	Conter fisicamente os movimentos inapropriados da criança durante o procedimento odontológico
	Mão sobre a boca
	Quando não é possível estabelecer comunicação verbal com a criança 
ANESTESIA EM ODONTOPEDIATRIA
Objetivo: conquistar primeiro a confiança da criança e o controle do comportamento principalmente se a criança já teve experiência anterior negativa (“perder tempo” para ganhar depois).
E se possível eleger a região póstero-superior para a 1ª anestesia.
Diferenças anatômicas: 
· O forame mandibular nas crianças se localiza mais distal e mais inferior ao plano oclusal
· O processo zigomático se situa mais próximo do osso alveolar das crianças 
· Língula 
Menores de 6 anos: abaixo do plano oclusal  
	06-10 anos: ao nível do plano oclusal
	10-16 anos: 5 mm acima do plano oclusal 
Maiores de 16 anos: 10mm acima do plano oclusal 
Fórmulas para cálculo da dose: 
1. Fórmula Young (entre 1 e 12 anos)
 Dose pediátrica máxima:
(Idade em anos) x dose máxima do adulto/ idade da criança +12
       2. Fórmula de Clark: 
 Dose pediátrica máxima:
 Peso da criança x dose adulta / 70
· 1 tubete é o suficiente para anestesiar qualquer paciente 
· Em crianças com 20/30kg pode-se administrar mais ½ tubete 
	1 ano
	10 kg
	0,8 tubetes
	5 anos
	17,2 kg
	1,4 tbs
	7 anos
	22,2 kg
	1,8 tbs
	14 anos
	41 kg
	3,0 tbs
Princípios importantíssimos: 
1. Posição paciente-operador (MÉTODOS)
· Método oculto: criança não visualiza a carpule e nem a agulha 
· Método Semi-oculto: A criança visualiza a carpule, mas não a agulha 
· Método ás claras: a criança visualiza tudo
     2.   Escolha do anestésico  
· Lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000 ou Mepivacaína 3% sem vaso (padrão ouro em odontopediatria)
     3.    Injeção lenta 
· Aspiração prévia - 2x (risco de injeção intravascular = toxicidade)
· Permite a ação do vasoconstritor (segurança na redução da absorção da droga anestésica)
· Previne a dor tanto na injeção como no pós-operatório por permitir tempo suficiente para que os tecidos se distendam (mínimo de 2 min.)
     4.    Uso do anestésico tópico (É contra-indicado para pacientes com lesões ulceradas, por maior absorção= risco de toxicidade)
Métodos de A.L
· Método oculto: a criança não visualiza a carpule nem a agulha.
· Método semi-oculto: a criança visualiza a carpule mas não a agulha
· Método às claras: a criança visualiza tudo
Escolha do anestésico:
· Conforme o tempo necessário de controle da dor;
· Necessidade potencial de controle da dor pós-operatória 
· Possibilidade de automutilação no período pós-operatório
· Necessidade de hemostasia
Técnica da aplicação do anestésico tópico:
· Secar a mucosa
· Depositar o anestésico com o auxílio de bolinha de algodão (cotonete) e aguardar a sua ação
Soluções anestésicas: PREFERÊNCIA P/ TUBETES DE VIDRO
· Deslizam mais facilmente
· Permitem melhor visualização do conteúdo da solução e do refluxo sanguíneo 
· Benefício de não ter metilparabeno como conservante: menor potencial alérgico  
Anestesia de dentes superiores:
· Palatina e infiltrativa
Anestesia dos inferiores:
· Alveolar inferior
· Infiltrativa inferior 
Anestesia papilar ou interseptal:
· Uso de grampos
· Exo de dentes retidos pela mucosa
· De vestibular p/ lingual
· Complementação na lingual
Complicações decorrentes da anestesia local:
· Mordida no lábio
· Toxicidade (tempo de injeção, condições gerais do paciente e quantidade da droga)
· Dose tóxica (devido a repetidas injeções ou injeção intravascular acidental) 
Cuidados em anestesia em odontopediatria:
1. Preparar psicologicamente o paciente;
2. Usar agulhas apropriadas e jamais inseri-las totalmente;
3. Injetar o líquido lentamente após a aspiração; 
4. Ter controle da história medica e dentária pregressa;
5. Posição confortável e segura, afim de promover a estabilização da cabeça; 
6. Usar SEMPRE anestésico tópico;
7. Administrar o anestésico lentamente;
8. Manter o diálogo com a criança, a fim de desviar a sua atenção;
9. Verificar o efeito da anestesia previamente ao atendimento;
10. Nunca mostrar a carpule;
11. O anestésico precede o avanço da agulha; 
12. Avisar que a sensação anestésica é transitória;
RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA:
Preparo e motivação da criança:
· familiarizar a criança com o aparelho
· dizer-mostrar-fazer
· iniciar o exame pelas áreas mais fáceis
· preparo adequado para evitar reações
Qual a importância do exame radiográfico?
· realização do plano de tratamento
· diagnóstico precoce de lesões cariosas
· execução de terapias pulpares
· acompanhamento do desenvolvimento da dentição decídua e permanente
· diagnóstico de distúrbios de erupção ou do desenvolvimento dos dentes (anomalias: número, forma, estrutura, erupção, esfoliação)
Quais as medidas de proteção ao paciente?
· ação nociva dos raios-x é inversamente proporcional a criança
· quanto mais jovem o tecido, mais sensíveis a radiação
· ANTES: calibração do aparelho
· DURANTE: avental, colarinho de chumbo, cuidados na execução da técnica e filmes ultra-rápidos
· APÓS: revelação correta e armazenamento adequado
Indicação: 
· Traumatismo dentário 
· Cárie
· Desenvolvimento da dentição
· Patologia pulpar ou periapical
· Planejamento e avaliação do plano de tratamento
Técnicas: 
· Periapical
· Indicações: estudo anatômico da dentição permanente e decídua e cronologia de erupção e pesquisa de anomalias dentarias (como reabsorções, lesões periapicais e doenças ósseas) 
· Interproximal: 
· Indicações: localização de cáries, avaliar contorno de restaurações
· Panorâmica
· Indicações: Avaliação de crescimento e desenvolvimento sempre na dentição mista e achado clínico significativo na dentição decídua
· Oclusal
· Indicações:  Investigação em áreas mais extensas da maxila e da mandíbula em que não se consegue observar com o filme periapical, pesquisa e localização de corpos estranhos/supranumerários, fratura dos maxilares, fendas palatinas 
· Lateral de nariz
· Indicação: traumatismo em dentição
· Cefalométrica
· Indicação: avaliar crescimento
Só dentição decídua
· 4 radiografias - 2 oclusais anteriores (sup/inf); 2 interproximais (dir/esq)
· 8 radiografias - 2 oclusais anteriores (sup/inf); 4 periapicais (molares permanentes); 2 interproximais (posteriores)
Terapias não invasivas no controle da cárie e Terapia minimamente invasiva
Quais os fatores que influenciam a decisão do tratamento?
· Paciente: 
· idade (período crítico: irrupção dentária)
· estado motivacional - interesse e grau de motivação do paciente/família· risco de cárie - identificação de pacientes com maiores chances de desenvolver novas lesões
· experiência anterior
· Profissional:
· conhecimento científico - saber o que orientar
· modelo de atendimento - cirúrgico restaurador; promoção de saúde
· habilidade em transmitir conhecimento
Observação e Controle
Baseado no controle dos fatores etiológicos e determinantes da doença devemos realizar:
· controle do biofilme
· aconselhamento da dieta
· fluoretos
* Controle mecânico do biofilme: 
· Maior suscetibilidade dos dentes em erupção. O acúmulo de placa é 4-5 vezes maior nos molares em erupção.
>> Escovação transversal ou diferenciada: colocar a escova transversalmente realizando movimentos circulares
	Idade
	Região - Ênfase
	Responsável
	entre 12 e 24 meses
	superfícies oclusais dos 1º e 2º molares decíduos
	pais ou responsáveis
	ao redor dos 6 anos
	superfícies oclusais dos 1º molares permanentes - fase de erupção
	pais ou responsáveis
	ao redor dos 12 anos
	superfícies oclusais dos 2º molares permanentes - fase de erupção
	o próprio paciente
Quais os aconselhamentos da dieta podemos fazer?
· introdução da sacarose o mais tarde possível;
· consumo racional do açúcar;
· açúcares alternativos não-cariogênicos;
· pacientes de alto-risco - aconselhamento personalizado;
· utilização do diário alimentar;
· observação da frequência de ingestão;
· observação da aderência e adesividade.
Aderência X Adesividade
· Alimentos adesivos: são aqueles que estabelecem uma forte ligação com a superfície dentária dada pela força mastigatória.
· Alimentos aderente: é uma propriedade natural do alimento e independe da força mastigatória.
Gel fluoretato
· evolução do veículo aquoso p/ o gelatinoso
· gel: neutro ou acidulado/ tradicional ou tixotrópico
· o FFA (1,23%) é o mais utilizado
· Técnicas: moldeiras (desuso) ou pincel
· redução da cárie: 25% a 30%
O que é o verniz fluoretado? 
· É um material para utilização tópica, com alto conteúdo de flúor e com capacidade adesiva, o que possibilita um contato mais prolongado do flúor com o esmalte dentário, potencializando a ação deste elemento na prevenção da cárie.
* Condutas não-invasivas
Selantes oclusais podem ser: resinosos ou ionoméricos
O que são os selantes de sulcos e fissuras oclusais?
· são materiais resinosos ou ionoméricos, os quais aplicados nas superfícies oclusais de molares e pré-molares têm por finalidade a formação de uma barreira física entre a superfície dentária e o meio bucal, impedindo a penetração e a adesão dos microorganismos responsáveis pelo desenvolvimento das lesões cariosas.
Quais as propriedades que os materiais seladores devem exibir:
· ligadura físico-química à superfície do esmalte
· resistência ao esforço mastigatório
· resistência aos ácidos do meio bucal
· integridade superficial
· biocompatível com os tecidos da cavidade bucal
· devem exibir ação cariostática
· não devem interferir a estética
* Selantes: Critérios de indicação
· fatores ligados ao dente: macromorfologia; estágio de irrupção
· fatores ligados ao paciente: risco de cárie; estado motivacional
EFETIVIDADE DO SELANTE RESINOSO → RETENÇÃO
EFETIVIDADE DO SELANTE IONOMÉRICO → LIBERAÇÃO DE FLUORETO
Selantes resinosos X Selantes ionoméricos
Os selantes ionoméricos, além de apresentarem essas propriedades (biocompatibilidade e adesividade), ainda liberam fluoretos, já os resinosos tendem ao desaparecimento. 
A efetividade e a durabilidade dos selantes estão intimamente relacionados com a contaminação e com uma técnica de aplicação correta.
Qual as funções do Diamino fluoreto de prata?
· dessensibilização da dentina hipersensível
· impede a atividade da sacarose na placa, reduzindo a colonização na superfície do esmalte
Quais as vantagens do Diamino?
· facilidade e rapidez na aplicação 
· aceitabilidade por pacientes ansiosos e pouco colaboradores
· baixo custo
Quais as desvantagens?
· pigmentação escura das lesões de cárie 
· sabor metálico
· irritação da gengiva e mucosa
· manchamento da pele
Como é feita a remoção químico-mecânica das lesões cariosas?
· remoção seletiva da dentina cariada
· evita a remoção dolorosa e desnecessária da dentina hígida
· não deixa p/ trás qualquer dentina infectada e instável
Indicações: 
(de acordo com o tipo de lesão)
· lesões cariosas abertas; lesões próximas da polpa; cárie radicular; lesões que requeiram instrumentação mecânica para facilitar o acesso.
(considerando o paciente)
· pacientes com fobia ao tratamento convencional; sensibilidade a dor; em casos de contra-indicação de anestesia local; pacientes infantis pouco colaboradores.
Métodos de diagnóstico: 
· Inspeção visual 
· Radiografia interproximal
· Separação dentária – elástico 
· Sondagem gengival
· Transluminação – lesões em dentina 
Superfície oclusais: Inspeção, radiografia e transluminação. Hoje não se usa mais exame tátil, pois pode provocar cavitação na área desmineralizada.
Plano de tratamento:
· Observação e controle (Orientação de dieta, fluoretos e controle de placa)
· Restaurações adesivas
· Selantes oclusais
Critérios de indicação dos selantes:
· Fatores ligados ao dente: profundidade dos sulcos
· Fatores ligados ao paciente: colaboração ou não
· Não se faz selamento em superfície lisa
· O CIV será mais usado que o selante resinoso
TRA
Definição: 
· Se baseia na remoção de tecido cariado com instrumentos manuais com inserção de material relativamente estético.
Princípios:
1. Melhor entendimento da etiologia da doença
2. Prevenção
3. Tratamento preservando a estrutura dental 
Indicações:
· Dentes decíduos e permanentes
· Restaurações de lesões cariosas e fissuras em esmalte
· Estratégia de tratamento em crianças em fase pré-escolar e escolar
Contraindicações  
· Dentes com sinais e sintomas de envolvimento pulpar ou com amplas destruição. coronária 
Vantagens:
· Ausência de anestesia (na maioria das vezes)
· Ausência de motor
· Redução de ansiedade
Material de eleição:
· CIV de alta viscosidade
Propriedades do CIV:
· Liberação de flúor
· Adesivo 
· Biocompatível
· Coeficiente de expansão térmica semelhante ao dente
· Bom selamento
Liberação de flúor:
· Efeito anticariogénico
· Inibe a desmineralização 
· Capacidade de reminerar o esmalte com perda mineral
· Capacidade de reincorporação do flúor
· Liberação ocorre com mais intensidade nas primeiras 24/48 horas
Passo a passo:
1. Isolamento relativo
2. Acessar lesão 
3. Remoção seletiva de carie
4. Limpar e secar com bolinhas de algodão 
5. Condicionamento com ácido poliacrílico 10 a 15 seg
6. Lavar e secar com bolinha de algodão 
7. Manipulação do civ
8. Preenchimento total
9. Compressão manual com dedo enluvado + vaselina por 40 seg
10. Remover excesso de civ
11. Checar ajuste oclusal
12. Vaselina ou verniz
13. Remover isolamento
14. Não comer por 1 hora
Traumatismo em dentição decídua
Lesão dos dentes:
· esmalte
· esmalte e dentina
· esmalte e dentina com exposição 
· coroa e raiz sem exposição
· coroa e raiz com exposição 
· raiz 
Lesão dos tecidos de suporte 
· concussão
· subluxação
· luxação extrusiva
· luxação intrusiva
· luxação lateral 
· avulsão 
Lesões da gengiva ou mucosa
· laceração 
· contusão 
· abrasão 
Luxação é a lesão mais prevalente devido ao osso mais resiliente. Risco a dentição permanente.
· Os dentes mais afetados: centrais superiores; laterais superiores, caninos e depois os inferiores.
· Idade que é mais comum a queda - entre 1 e 3 anos quando a criança começa a aprender a andar.
Trauma direto a criança caiu e bateu o dente diretamente no chão e o indireto é quando a criança está correndo e a criança caiu e bateu com o queixo (geralmente ocorre fratura em dentes posteriores). 
Exame e diagnóstico 
· anamnese (Como? Onde? Quando? - Inconsciência, Cefaléia? Vômitos? Lesão anterior? Vacinação?) e fazer a limpeza da região traumatizada 
· exame físico 
· exame radiográfico
· testes complementares
No exame clínico verificar: ferimentos extra-bucais, traumatismos a mucosa e/ou gengiva, exame das coroas dos dentes afetados, deslocamentos, distúrbios na oclusão,palpação do processo alveolar sensibilidade à percussão, som a percussão, reação ao teste de sensibilidade 
A possibilidade de inalação ou deglutição de dentes deslocados deve ser considerada. Se há suspeita, é importante que se faça uma radiografia do tórax. 
Exames complementares: 
· exame radiográfico (rx periapical e rx lateral - quando ocorrer sobreposição no rx lateral devemos associar com a periapical e geralmente o dente se desloca pra vestibular) 
- registro inicial: documentação
- rizogênese e rizólise 
- fraturas radiculares ou ósseas
- relação com a polpa
- deslocamentos de decíduos X germe do sucessor
- outras alterações patológicas
· transiluminação
· teste de sensibilidade ( teste imediato é controverso, vários testes disponíveis:
- estímulo mecânico 
- teste térmico: guta-percha aquecida, cloreto de etila, gelo, neve de dióxido de carbono (-78%) 
- teste eletrométrico
- fluxometria por laser doppler 
Concussão ou Comoção 
• trauma mínimo ao periodonto sem aumento da mobilidade 
• sensibilidade à percussão 
Trinca de esmalte
· Fratura incompleta de esmalte sem a perda da estrutura dentária  
· Não há necessidade de tratamento  
· Prognóstico favorável
· Acompanhamento clínico nas consultas regulares de retorno da criança  
· Exame radiográfico quando houver alterações como alteração de cor da coroa dentária, mobilidade, edema, fístula
Fratura coronária não complexa
· Fratura de esmalte ou esmalte e dentina sem envolvimento do tecido pulpar-
· Envolvendo apenas esmalte  
· Sem comprometimento da oclusão ou estética alisamento do esmalte e aplicação tópica de flúor
· Comprometimento da oclusão e estética restauração do dente com resina composta -
· Envolvendo esmalte e dentina restauração do dente com resina composto
·  Prognóstico depende do impacto ao tecido pulpar e da extensão e tempo da exposição da dentina  
· Acompanhamento: exame clínico após 3-4 semanas. 
· Em casos de extensa exposição de dentina realizar exame radiográfico com 3 meses.
Fratura coronária complexa
· Fratura envolvendo esmalte, dentina e expondo a polpa  
· Tratamento depende do estágio de formação da raiz: 
· Raiz incompleta – pulpotomia com hidróxido de cálcio, restauração definitiva do dente  
· Raiz completa – pulpectomia com hidróxido de cálcio e restauração definitiva do dente 
· Em casos de tratamento tardio – pulpectomia e restauração definitiva do dente
· Acompanhamento: exame clínico e radiográfico após 6-8 semanas e 12 meses e depois anualmente até erupção do dente permanente sucessor 
Fratura coronoradicular
· Fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento, podendo ocorrer ou não exposição do tecido pulpar  
· Tratamento depende da extensão da fratura: 
· Até o nível da crista óssea colagem do fragmento ou restauração com resina composta; se houver envolvimento pulpar pulpotomia ou pulpectomia dependendo dos sinais clínicos da polpa 
· Além do nível ósseo extração
Fratura radicular
· Normalmente o traço de fratura está localizado no terço médio ou apical da raiz-
· Fragmento coronário pode se apresentar com mobilidade  
· Radiografia deve ser realizada em diferentes angulações  
· Tratamento depende do nível da fratura:  
· No terço apical e sem deslocamento dos fragmentos, acompanhar  
· No terço médio com ou sem deslocamento e no terço apical com deslocamento contenção e, se necessário, realizar primeiro a reposição do fragmento  
· Oblíqua ou no terço cervical: exodontia 
· Acompanhamento: Exame clínico após uma semana, exame clínico e radiográfico após 4-6 semanas, 3 meses, 6 meses, 12 meses e anualmente até erupção do dente permanente sucessor 
· Se, na quarta semana, persistir a mobilidade e/ou houver sinais clínicos ou radiográficos de necrose pulpar, realizar a terapia pulpar e remover a contenção após sua realização
Concussão
· Dente com ausência de mobilidade e sangramento no sulco gengival 
· Tratamento Acompanhamento
· Em casos de dor à compressão receitar analgésico e alimentação pastosa por 7 dias  
· Acompanhamento: Exame clínico e radiográfico após 8 semanas, e exame clínico nas consultas rotineira
Subluxação
· Dente com mobilidade, porém sem deslocamento, presença de sangramento no sulco gengival  
· Tratamento depende do grau de mobilidade 
· Mobilidade leve ou moderado acompanhamento 
· Mobilidade severa ou mobilidade moderada em criança com hábito frequente de sucção contenção por 2-3 semanas 
· Acompanhamento: Exame clínico após 2 semanas; exame clínico e radiográfico após 8 semanas, 3 meses, 6 meses, 12 meses e anualmente até erupção do dente permanente sucessor 
Luxação lateral
· Deslocamento do dente, em geral na direção vestibular ou palatina, podendo apresentar ou não mobilidade  
· Ao exame radiográfico aumento do espaço do ligamento periodontal
·  Tratamento: 
· Sem interferência oclusal aguardar reposição espontânea 
· Com interferência oclusal reposição bidigital com pressão combinada vestibular e palatina, usando anestesia local, e contenção por 2-3 semanas  
· Com deslocamento severo da raiz para palatina: extração  
· Acompanhamento: Exame clínico após 2-3 semanas; exame clínico e radiográfico após 6-8 semanas, 3 meses, 6 meses, 12 meses e anualmente até erupção do dente permanente sucessor 
Luxação intrusiva
· Deslocamento do dente para o interior do alvéolo, usualmente em direção da tábua óssea vestibular  
· Tratamento
· Depende da direção e do grau de intrusão:  Deslocamento do ápice para vestibular com até metade da coroa intruída aguardar reerupção espontânea (máximo 6 meses)  
· Deslocamento do ápice para palatino e/ou intrusão total da coroa extração
· Acompanhamento: exame clínico após uma semana; exame clínico e radiográfico após 4 semanas; exame clínico após 8 semanas; exame clínico e radiográfico após 6 e 12 meses e anualmente até erupção do dente permanente sucesso
Luxação extrusiva
· Deslocamento parcial do dente em sentido axial. Dente apresenta alongado e com mobilidade excessiva 
· Ao exame radiográfico aumento do ligamento periodontal na região apical 
· Reposição dentária depende do tempo e do grau de extrusão: 
· Se imediato (até 2 horas) e/ou deslocamento com interferência na oclusão reposição digital leve com anestesia e contenção semirrígida por 2-3 semanas*
· Deslocamento leve sem interferência na oclusão realizar ajuste quando for apenas em esmalte 
· Deslocamento severo com mais de 2 horas indicar extração
· Acompanhamento: Exame clínico após 2-3 semanas; exame clínico e radiográfico após 6-8 semanas, 3 meses, 6 meses, 12 meses e anualmente até erupção do dente permanente sucessor 
Avulsão
· Deslocamento completo do dente para fora do alvéolo  
· Tratamento:  
· A literatura não apresenta evidências conclusivas sobre as indicações e riscos do reimplante de dente decíduo  
· O reimplante só deve ser indicado se houver vontade dos responsáveis, for realizado até 1 hora após, com o dente tendo sido mantido úmido e o alvéolo íntegro
· Quando indicar o reimplante deve ser feita contenção semirrígida por 7 dias e a terapia pulpar deve ser realizada até o sétimo dia 
· Acompanhamento: Exame clínico com 1 dia, 7 dias, exame clínico e radiográfico 1 mês, 6 meses 12 meses e anualmente até erupção do dente permanente sucessor 
Consequências para os dentes em desenvolvimento
• hipoplasia 35%
• dilaceração coronária 3%
• angulação radicular - dilaceração 1%
Terapia pulpar em odontopediatria
Como podemos estabelecer o grau de saúde da polpa?
Através da história clínica do paciente; exame clínico; exame radiográfico (interproximais, periapicais).
Qual o objetivo da terapia pulpar?
Manter o comprimento do arco; preservar a saúde da criança; preservar a função mastigatória.
Porque o dente decíduo é o melhor mantenedor de espaço que existe?
Porque a ausência de um elemento dentário leva a migração dos dentes vizinhos e a extrusão do antagonista.
Cite o prognóstico do tratamento:
Interesse em manter a saúde bucal; intensidade da atividade de cárie; estágio de desenvolvimento do dente; condições físicas do paciente; possibilidade de restauraro dente etc.
Cite os tipos de terapias pulpares:
- capeamento pulpar direto
- pulpotomia
- pulpectomia
Quais os materiais indicados para a proteção do complexo dentino-pulpar?
Cimento hidróxido de cálcio e CIV.
Quais as condições ideais para o capeamento direto da polpa dos dentes decíduos?
· Paciente com bom estado de saúde geral
· Dente decíduo não apresentando início de reabsorção fisiológica (até 4 anos na arcada)
· Tecido cariado já removido
· Exposição mínima
· Ausência de contaminação – isolamento absoluto
Quais os materiais indicados para esse tipo de procedimento?
· Hidróxido de cálcio (PA + HC + material restaurador)
· Acompanhamento clínico e radiográfico
O que é a pulpotomia?
É a remoção da polpa coronária e uso de agentes terapêuticos que manterá o remanescente pulpar em condições de saúde até a época de esfoliação normal.
Quais são as indicações de PULPOTOMIA em dentes decíduos?
· Bom estado de saúde geral do paciente
· Permanência do dente no arco por mais que 6 meses
· Coroa passível de reconstrução
· Exposição pulpar por cárie ou trauma
· Polpa vital
· Ausência de dor espontânea
· Ausência de lesão periapical ou na regição de furca
E as contra-indicações da PULPOTOMIA?
· Evidência radiográfica de reabsorção interna ou externa
· Dentes sem possibilidade de restauração adequada
· Dentes com mais de 2/3 de reabsorção radicular
· Doença periapical ou da região de furca
Quais são as características do material ideal?
· Promover cicatrização da polpa radicular e permitir a manutenção de sua vitalidade pulpar
· Formação de ponte de dentina para isolar a polpa radicular remanescente da câmara coronária
· Bactericida
· Não intervir na rizólise fisiológica
Qual o medicamento usado na pulpotomia? 
Formocresol
Segundo os autores Straffon ET AL 1970; Garcia-Godoy 1981 e outros, porque recomendam o uso de formocresol de Buckley diluído?
Pois com esta diluição encontraram resultados satisfatórios, com o objetivo de atenuar o efeito irritante do FC original.
Como é feita essa fórmula?
1 parte de formocresol; 3 partes de glicerina; 1 parte de água
Cite os mecanismos de ação dos demais medicamentos:
Formoldeído: 
· Ação antimicrobiana
· Provoca trombose, portando isquemia 
· Irritante
· Necrose por coagulação de proteínas
· Alto poder de difusão para os tecidos subjacentes
Cresol:
· Antisséptico
· Atenua o poder irritante do formol
Glicerina:
· Atenua o poder irritante
· Solvente
· Conservante
Qual material é responsável por causar reabsorção interna, calcificação distrófica, necrose pulpar e inflamação pulpar na pulpotomia?
Hidróxido de cálcio 
Quais as características do MTA na pulpotomia?
· Hidrofóbico
· Antimicrobiano 
· Não tem potencial mutagênico – baixa citotoxicidade 
· Não altera a morfologia celular
· Estimula formação de tecido mineralizado
· Necessidade de continuação de estudos
O que é PULPECTOMIA?
É o tratamento radical da polpa dentária, consistindo na remoção de toda a polpa, quando o tecido estiver irreversivelmente inflamado, infectada ou necrótica devido à lesão de cárie ou trauma.
Quais as indicações de pulpectomia em dentes decíduos?
· Se os canais são acessíveis
· Quando há evidência de suporte ósseo
· Falha na pulpotomia
· Menos de 2/3 de reabsorção radicular
E as contra-indicações?
· Dentes decíduos com grande perda de estrutura radicular (+ de 2/3)
· Impossibilidade de reconstrução
· Perfuração do assoalho da câmara
· Evidência radiográfica de reabsorção externa/interna
· Reabsorção envolvendo cripta do permanente
O que é o limite de segurança na odontometria?
É a medida do comprimento do canal radicular do dente decíduo respeitando-se o limite do bisel da rizólise
**O comprimento de trabalho é o comprimento aparente menos 2,0 mm.**
A instrumentação dos dentes decíduos vem sendo preconizadas com qual objetivo?
De promover o debridamento mecânico 
O tratamento da polpa viva pode ser concluído em uma única sessão, caso o aspecto pulpar evidenciar o que?
· Estrutura (corpo) consistente e resistente ao corte
· Hemorragia suave
· Sangue com coloração vermelho brilhante
Cite o passo a passo do tratamento da polpa viva:
1. Anestesia e isolamento absoluto
2. Remoção do tecido cariado
3. Remoção do teto da câmara
4. Remoção da polpa coronária com colher de dentina
5. Remoção da polpa radicular com um extirpa-nervos fino
6. Instrumentação 
7. Irrigação com hipoclorito de sódio 
8. Secagem dos canais com cones de papel estéreis
9. Obturação com óxido de zinco e eugenol
Cautela – atenção ao comprimento real de trabalho.
Atenção: para dentes decíduos, o objetivo da pulpectomia é sanear os canais radiculares e alargá-los a ponto que possam ser preenchidos com material reabsorvível.
Qual o aspecto pulpar da polpa mortificada?
· Sem estrutura
· Consistência pastosa/liquefeita
· Desintegração durante a remoção 
· Ausência de hemorragia
· Se houver sangramento – coloração escura
Cite o passo a passo do tratamento da polpa mortificada:
1. Deve-se seguir o passo a passo anterior aumentando mais 1 sessão e colocando penso com PMCFC ou Formocresol + curativo de OZE entre as sessões
2. Se o dente tiver permanecido assintomático na 2ª sessão → obturação conforme descrito anteriormente
3. Se o dente se apresentar sintomático e houver evidência de umidade nos canais, quando o curativo for removido → os canais devem ser limpos novamente e o tratamento repetido e reavaliar se o elemento está fora de possibilidade terapêutica.
Quais são os critérios para o material obturador ideal de dentes decíduos?
· Apresentar um grau de reabsorção semelhando ao da raiz do dente
· Ser inofensivo aos tecidos periapicais e ao germe do dente permanente
· Ser reabsorvido quando extravasado
· Possuir propriedades antimicrobianas
· Ser inserido com facilidade e aderir as paredes dos condutos radiculares
· Ser facilmente removido, se necessário
· Ser radiopaco e não pigmentar o dente
Cite as pastas obturadoras mais utilizadas em odontopediatria:
· Pasta óxido de zinco e eugenol
· Pasta iodoformadas
· Pastas que utilizam hidróxido de cálcio em sua composição 
OZE:
· Material obturador mais usado
· Promove neoformação óssea
· Pode ser facilmente introduzido nos canais radiculares sem perder a plasticidade
· Mostra-se denso, sem sinais de contração e sem solubilidade aos fluidos orais
· A reabsorção do dente obturado com OZE pode ser mais lenta ao ser comparada com um dente homólogo 
· Em contrapartida, observou-se pouca adesividade
Pastas Iodoformadas:
· Citotoxicidade moderada
· Bom potencial antimicrobiano 
· Reabsorve em sincronia com as raízes dos dentes decíduos e mostra-se menos irritante aos tecidos adjacentes se houve sobreobturação
· Quando comparado clinicamente com as pastas de OZE, o sucesso dessa pasta foi significativamente maior
· É composta principalmente por iodofômio e Ca(OH)2
· Melhores resultados quando comparados ao OZE.
Cite os insucessos após a terapia pulpar:
O fracasso na formação de uma parede calcificada sobre a polpa viva tem sido frequentemente relacionado a idade do paciente
· Intensidade do trauma cirúrgico
· Pressão do material selador
· Escolha inapropriada do material de capeamento
· Baixo limiar de resistência do hospedeiro
· Presença de microorganismos e subseqüente infecção
Exame clínico e diagnóstico do paciente infantil
A criança apresenta características específicas, quais são elas?
Crescimento e desenvolvimento, respostas teciduais e orgânicas, comportamento e estruturação da personalidade.
Quando deve ocorrer a primeira consulta?
Por volta dos 6 meses, devido ao início da erupção dos dentes.
O que deve ser realizado no primeiro atendimento?
· Exame inicial ou emergência?
· Organizar agenda para evitar atrasos
· Separar consultas de exame de procedimentos terapêuticos
O que fazemos na coleta de dados no método diagnóstico?
· Identificação do paciente
· Anamnese
· Inspeção
· Palpação 
· Exploração
· Radiografias
· Exames complementares: percussão, transiluminação, testes de sensibilidade, modelo de estudo, fotografia etc.
Quais os pontos essenciais do registro do paciente?
· Identificação· História clínica – anamnese
· Registro do exame
· Plano de tratamento
· Consentimento
Quais problemas encontramos no atendimento em situações de emergência?
Limita os sinais e sintomas que levam a um diagnóstico preciso, ao plano de tratamento adequado e imediato e a resolução da queixa principal
O que verificamos durante a avaliação geral?
· Estatura
· Marcha
· Coordenação motora
· Comportamento
· Linguagem
· Postura
Exame extra-bucal:
Cabeça – Pele – Pescoço – Cabelos – Face – Lábios – ATM 
Exame intra-bucal:
Mucosa – Palato e orofaringe – Língua – Assoalho – Tecidos gengivais – Dentes – Oclusão 
· Mucosa → manchas de Koplic – procedem a erupção cutânea do Sarampo
Arcos decíduos → Baume (1950)
	Arco tipo I
	Arco tipo II
Espaços primatas:
· Arco superior: entre incisivos laterais e caninos
· Arco inferior: entre caninos e 1º molares
Relação dos caninos decíduos:
	Relação de oclusão → ver canino, caso não tenha o 1º molar
Relação de molares decíduos (Baume, 1950)
	Relação terminal → em plano
	Relação terminal → em degrau mesial
	Relação terminal → em degrau distal
Dentição mista → relação de molares permanentes (Eagle)
Qual a função do plano de tratamento?
· Amplia a possibilidade de sucesso terapêutico 
· Aumenta a comodidade da criança
· Rapidez
· Qualidade
· Melhora a segurança profissional

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