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Infecções Vaginais

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01/04/2019
1
Prof: Fábio Marques de Almeida
INFECÇÕES NO TRATO GENITAL 
FEMININO
CONTEÚDO CÉRVICO VAGINAL NORMAL
• Células escamosas, células colunares
• Detritos celulares, leucócitos, hemácias
• Muco
• Microbiota vaginal
MICROBIOTA VAGINAL NORMAL
• A composição da microbiota vaginal varia de mulher para
mulher e tb numa mesma mulher (diferentes condições
fisiológicas, como nas diferentes fases do ciclo, com a idade,
pH to trato vaginal e níveis hormonais).
• Infância: primeiros dias: microbiota semelhante à da mãe. A
partir do primeiro mês até a puberdade predominam
Staphylococcus epidermidis, Streptococcus sp. e E. coli.
MICROBIOTA VAGINAL NORMAL
• Ciclo sexual - microbiota usual da vagina da mulher
em idade reprodutiva é predominantemente
composta por
– Lactobacillus (Bacilos de Doderlein).
– Outros microrganismos: Staphylococcus coagulase negativa,
Staphylococcus aureus, Streptococcus viridans, Streptococcus
do grupo B, Enterococos, Corinebactérias, Enterobactérias,
Gardnerella vaginalis, Candida albicans, outras leveduras,
Micoplasmas, Peptostreptococos, Bacteróides, entre outros.
MICROBIOTA VAGINAL NORMAL LACTOBACILOS
• Bastonetes Gram positivos, imóveis, não
capsulados.
• Metabolizam o glicogênio em ácido lático e
contribuem para a manutenção do pH ácido
vaginal. Quando em abundância podem
causar citólise em células intermediárias e
corrimento (leucorréia).
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3 4
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01/04/2019
2
Lactobacillus sp (bacilos de Döderlein)
Responsáveis por corrimento vaginal quando em
abundância (citólise pronunciada) – vaginose citolítica
Citólise
VAGINOSE BACTERIANA
- Vaginose bacteriana – mudança do ecossistema vaginal 
- Infecção polimicrobiana – habitantes da microbiota vaginal.
- Aumento do pH vaginal (>4,5)
- Pobreza de leucócitos – vaginose
- Microambiente anormal: 
- pH> 45
- redução dos lactobacilos
- proliferação de anaeóbios
CAUSAS DAS VAGINOSES
Fatores hormonais Gravidez/menopausa
Condições locais Redução da acidez vaginal
Trauma (dispositivos
contraceptivos intra-uterinos e 
diafragmas)
Fatores gerais Diminuição da imunidade
AIDS
Diabetes
Fatores iatrogênicos Quimioterapia, 
Radioterapia
Uso prolongados de corticóides
VAGINOSE X VAGNINITE
• Organismos provenientes da microbiota ou
adquiridos – Transmissão sexual
• Vaginose X Vagninite
– Considerado processo inflamatório/infeccioso apenas
quando são apresentadas alterações citológicas
inflamatórias.
Gardnerella vaginalis
Gardnerella vaginalis
• Bastonete curto (cocobacilo) Gram negativo ou Gram variável
• Presente em pequenas quantidades na microbiota normal
• Principal agente da vaginose bacteriana
• Vaginose bacteriana
– Secreção vaginal abundante, homogênea, espessa, aderente,
amarelada ou acinzentada
– Elevação do pH vaginal (4,7- 5,7)
– Odor fétido.
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01/04/2019
3
Gardnerella vaginalis
• Quadro microscópico: inversão da microbiota 
vaginal: 
– ↓ significativa da microbiota lática 
– ↑ proliferação acentuada de outras bactérias anaeróbias, 
anaeróbias facultativas e aeróbias
• G. vaginalis, Mycoplasma hominis, Mobiluncus sp, Bacteroides sp,
Streptococcus agalactie, E. coli, Peptoestreptococcus sp, etc.
• Presença de células indicadoras - (clue cells)
• Agregados bacterianos raros leucócitos, esfregaço 
com aspecto limpo. 
• Picnose nuclear.
DIAGNÓSTICO
– Corrimento vaginal
– pH vaginal maior que 4,5; 
– Teste das aminas positivo (KOH 10%); 
– Presença de "clue cells".
• Nomenclatura brasileira para laudos: Bacilos
supracitoplasmáticos (sugestivos de G. vaginalis,
Mobiluncus sp)
Microrganismos sugestivos de Gardnerella vaginalis.
13 14
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01/04/2019
4
Microrganismos sugestivos de Gardnerella vaginalis.
Mobiluncus sp
Mobiluncus sp
• Bastonetes encurvados, gram variáveis,
anaeróbios e móveis.
• São encontrados principalmente no esfregaço de
mulheres que apresentam o quadro de vaginose.
• Sua patogênese ainda permanece desconhecida.
• Microscopia – células em tapete de pêlo.
OUTROS BACTERIÓIDES VAGINOSE BACTERIANA 
• Tratamento:
– Metronidazol 2g via oral , dose única ou
– Metronidazol 500mg oral 8/8 hs, 7 dias ou
– Secnidazol 2 g oral, dose única ou
– Tinidazol 2g oral, dose única
– Clindamicina 300mg oral 12/12hs, sete dias
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01/04/2019
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Microrganismos sugestivos de Mobiluncus spp ( célula tapete de pêlo).
Cocos gram positivos
• Algumas situações podem favorecer o crescimento de cocos
gram positivos, como Staphylococcus e Streptococcus.
• Sthaphylococcus aureus já foi relacionado a infecções como
Síndrome do choque tóxico em mulheres que utilizavam
absorventes internos.
• A identificação só pode ser feita com o auxílio da cultura.
Neisseria gonorrhoeae
Neisseria gonorrhoeae
• Diplococo, gram negativo, imóvel.
• Possui fímbrias
• Não faz parte da microbiota
• Provocam infecções
assintomáticas e clínicas.
Neisseria gonorrhoeae
• Infecção genital – Gonorréia
– As bactérias infectam as mucosas:
• trato genitourinário, olhos, reto e garganta
– Homem – uretrite com formação de pus cremoso e
amarelado e micção dolorosa (disúria)
– Mulher – infecção primária na endocérvix, uretra e vagina
produzindo corrimento mucopurulento.
• Salpingite - causando fibrose e obliteração das trompas.
• Disseminação hematogênica – lesões cutâneas e
artrite.
CITOLOGIA
• Diplococos gram negativos no interior de
células inflamatórias e entre células sugestivos
de N. gonorrhoeae.
• A cultura é sensível e específica, mas tem sido
substituída pelos NATs.
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01/04/2019
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Chlamydia trachomatis
Chlamydia trachomatis
• Bactéria intracelular obrigatória
• Bastonetes gram-negativos
- Provoca Linfogranulomatose venéria, uretrite,
salpingite, risco de esterilidade.
- Infecção assintomática ou associada a sintomas não
específicos (leucorréia, disúria).
- JEC e endocérvice são as regiões mais atingidas.cam
infecções sublínicas
31 32
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01/04/2019
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CITOLOGIA
- Pequenos elementos no centro de um vacúolo
citoplasmático com contornos nítidos. Infiltração de
PMN.
- Células metaplásicas, as vezes aumentadas,
hipercromasia, hipertrofia nucleolar, multinucleação.
Afastar a coexistência de neoplasia.
- Método citológico apresenta baixa sensibilidade e baixa
especificidade (sugestivo). Diagnóstico: cultura,
imunofluorescência, ELISA, NATs. Inclusões citoplasmáticas sugestivas de Chlamydia sp.
Actinomyces sp
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/SOA-Chlamydia-trachomatis-female.jpg
01/04/2019
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Actinomyces sp
- Bactéria filamentosa ramificada, anaeróbia, gram 
negativa. 
- Habitat natural: cavidade oral e intestino grosso.
- Usuárias de DIU.
- Infiltrado abundante de polimorfonucleares .
- Infecção benigna, mas pode levar à esterilidade.
Microrganismos sugestivos de Actinomyces spp. – centro denso 
que irradiam filamentos de coloração cinza-azulada.
Microrganismos sugestivos de Actinomyces spp. – centro denso 
que irradiam filamentos de coloração cinza-azulada.
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01/04/2019
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Leptothrix sp
Leptothrix sp
• Organismos filamentosos, gram negativos,
compridos , finos, anaeróbios.
- Considerados saprófitas da vagina.
- Não provocam modificações citológicas.
- Encontrados em pacientes portadoras de
tricomoníase.
Microbiota bacilar sugestiva de Lepthotrix sp.
Trichomonas vaginalis
Trichomonas vaginalis
• Protozoário flagelado, anaeróbio.
• Parasita urogenital, transmitido por contato sexual -
DST.
• A maioria das infecções são assintomáticas.
• Lesões traumáticas e o ↑ do pH vaginal são fatores
que aumentam o risco de infecção.
-
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01/04/2019
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QUADRO CLÍNICO 
• Infecção sintomática
• Secreção vaginal intensa, amarelo - esverdeada, 
bolhosa com odor fétido,
• Dispareunia, disúria. 
• Colo “em morango” a parede da vagina tb pode 
apresentar este aspecto.
CITOLOGIA
• Quadro microscópico
– O microrganismo tem aspecto piriforme,arredondado,
duas a 3 x maior que um leucócito PMN, núcleo excêntrico.
– Intenso infiltrado leucocitário, alterações nas afinidades
morfotintorias das células, hipercromasia,
pseudoeosinofilia, vacúolos citoplasmáticos, halos
perinucleares, histiócitos. Aumento do número de células
profundas (erosão).
• pH vaginal normalmente elevado.
• Frequentemente associado a Leptothrix sp.
Trichomonas vaginalis
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Candida sp
Candida sp - Candidíase
• Fungo oportunista, frequentemente encontrado no
trato vaginal.
- Principais espécies: C. albicans (80-95%), C. glabrata, C.
tropicalis.
- Causa bastante frequente de corrimento vaginal –
vulvovaginites intermitentes.
- Fatores de risco: gravidez, diabetes, obesidade, uso de
antibióticos, imunodepressão, AIDS.
QUADRO CLÍNICO
• Infecção sintomática
• Leucorréia cremosa e espessa, com aspecto
grumoso, sensação de queimação e prurido,
dispareunia, disúria.
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CITOLOGIA
• Microscopia
• Presença de esporos e/ou pseudohifas,
(coloração rosa, marrom).
• As pseudohifas comumente são encontradas
entre os agrupamentos celulares.
Microrganismos sugestivos de Candida spp (pseudohifas).
Microbiota bacilar e microrganismos sugestivos de Candida spp 
(pseudohifas).
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Microrganismos sugestivos de Candida spp (pseudohifas).
Herpes Simplex Virus
HERPES SIMPLEX VIRUS
• Vírus DNA fita dupla, encapsulado.
• Herpesvírus tipo 2 (HSV 2). As vezes HSV 1
(15%) - DST, recorrente.
• Recém nascido – contaminação durante o
parto.
QUADRO CLÍNICO
• Vulvite
• Vaginite
• Cervicite
• Ulcerações genitais
• Alterações citológicas são visíveis durante o
período agudo (2 a 3 semanas). A citologia faz
diagnóstico em 50% dos casos.
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CITOLOGIA
• Exame citológico:
• Bordas das lesões ulceradas, líquido vesicular. O vírus infecta
células escamosas, endocervicais e metaplásicas.
• Núcleo aumentado e com aspecto de vidro fosco,
espessamento da carioteca, multinucleação frequente, com
amoldamento (efeito citopático compatível com vírus do
grupo Herpes).
ESQUEMA DE ALTERAÇÕES CITOPÁTICAS
Alterações citopáticas sugestivas de Herpex vírus. Alterações citopáticas sugestivas de Herpex vírus.
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Alterações citopáticas sugestivas de Herpex vírus.
CASO CLÍNICOS - DISCUSSÃO
CASO 1
• Paciente 23 anos
• Gestante
• Queixas: Leucorréia cremosa e espessa, 
com aspecto grumoso, sensação de 
queimação e prurido, dispareunia, disúria
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CASO 2
• Paciente com 30 anos
• História de exposição sexual de risco
• Secreção vaginal intensa, amarelo -
esverdeada, bolhosa com odor fétido,
• Dispareunia, disúria. 
CASO 2
CASO CLÍNICO 2
Conclusão? 
CASO 3
• Paciente 19 anos
• Com lesões bolhosas na vulva e vagina
CASO CLÍNICO Nº 2
91 92
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