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Novas Formas de Educação na Sociedade da Informação

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14
TEMA: NOVAS FORMAS DE “FAZER EDUCAÇÃO”
INTRODUÇÃO
As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e, especialmente, novas relações entre professor e aluno.
A revolução trazida pela rede mundial possibilita que a informação gerada em qualquer lugar esteja disponível rapidamente. A globalização do conhecimento e a simultaneidade da informação são ganhos inestimáveis para a humanidade.
A Internet tem contribuído fortemente para uma total mudança nas práticas de comunicação e, consequentemente, educacional. Na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e até como instrumento complementar na sala de aula ou como estratégia de divulgar a informação.
O mundo, marcado por tanta riqueza informativa, precisa urgentemente do poder clarificador do pensamento. Edgar Morin afirma que só o pensamento pode organizar o conhecimento. Para conhecer, é preciso pensar. E uma cabeça bem feita - ao invés de bem cheia – é a que é capaz de transformar a informação em conhecimento pertinente. Para o autor, o conhecimento pertinente é o conhecimento que é capaz de situar qualquer informação em seu contexto e, se possível, no conjunto em que está inscrita. (Morin, 2000) Inerente a esta concepção, emerge a relevância do sentido que se atribui às “coisas”. Assume-se como fundamental, a compreensão entendida como a capacidade de perceber os objetos, as pessoas, os acontecimentos e as relações que entre todos se estabelecem.
Com as rápidas transformações nos meios e nos modos de produção, resultados da revolução tecnológica e científica estão entrando em uma nova era da humanidade. A natureza do trabalho e a relação econômica entre as pessoas e as nações sofrerão enormes transformações, mudando a natureza do que hoje podemos entender por profissão. Neste quadro a educação não apenas tem que se adaptar às novas necessidades como, principalmente, tem que assumir um papel de ponta nesse processo.
1. Alunos, professores e escola face à sociedade da informação.
A sociedade da informação, como sociedade aberta e global, exige competências de acesso, avaliação e gestão da informação oferecida. De imediato se coloca uma questão: a das diferenças ao acesso à informação e da necessidade de providenciar igualdade de oportunidades sob pena de desenvolvermos mais um fator de exclusão social: a infoexclusão.
Como discernir sobre a informação válida e inválida, correta ou incorreta, pertinente ou supérflua? Como organizar o pensamento e a ação em função da informação, recebida ou procurada? O cidadão comum dificilmente consegue lidar com a avalanche de novas informações que o inundam e que se entrecruzam com novas ideias e problemas, novas oportunidades, desafios e ameaças.
No tempo em que vivemos a mídia adquiriu um poder esmagador e a sua influência é multifacetada, podendo ser usada para o bem e para o mal. As mensagens passadas apresentam valores, uns positivos, outros negativos, de difícil discernimento para aqueles que, por razões várias, não desenvolveram grande espírito crítico, competência que inclui o hábito de se questionar perante o que lhe é oferecido.
Nesta era da informação e da comunicação, que se quer também a era do conhecimento, a escola não detém o monopólio do saber. O professor não é o único transmissor do saber e tem de aceitar situar-se nas suas novas circunstâncias que, por sinal, são bem mais exigentes. O aluno também já não é mais o receptáculo a deixar-se rechear de conteúdo. O seu papel impõe-lhe exigências acrescidas. Ele tem de aprender a gerir e a relacionar informações para transformá-las no seu conhecimento e no seu saber. Também a escola tem de ser outra escola. 
A escola, como organização, tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível. Sistema aberto sobre si mesmo, e aberto à comunidade em que se insere. Esta era começou por se chamar a sociedade da informação, mas rapidamente se passou a chamar sociedade da informação e do conhecimento a que, mais recentemente, se acrescentou a designação de sociedade da aprendizagem. Reconheceu-se que não há conhecimento sem aprendizagem. E que a informação, sendo uma condição necessária para o conhecimento, não é condição suficiente. A designação de sociedade do conhecimento e da aprendizagem traduz o reconhecimento das competências que são exigidas aos cidadãos hoje.
2. A Cabeça Bem Feita
Convencido da necessidade de reformar o pensamento para reformar o ensino, Edgar Morin desenvolveu uma linha de ideias que o conduziram a esta obra. O autor afirma que a complexidade é um desafio que sempre se propôs a vencer e dedica o livro à educação e ao ensino, a um só tempo.
"Esses dois termos, que se confundem, distanciam-se igualmente". Morin diz que “educação” é uma palavra forte: "a utilização de meios que permitem assegurar a formação e o desenvolvimento de um ser humano; esses próprios meios" (p.10), mas ressalva que o termo "formação", com suas conotações de moldagem e conformação tem o defeito de ignorar que a missão do didatismo é encorajar o autodidatismo, despertando, provocando, favorecendo a autonomia do espírito. 
O “ensino”, arte ou ação de transmitir conhecimentos a um aluno, de modo que ele os compreenda e assimile, tem um sentido mais restrito, porque apenas cognitivo. O autor tem em mente um ensino educativo e aponta que a missão do ensino educativo é transmitir não o mero saber, mas uma cultura que permita compreender nossa condição nos ajude a viver e favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre (p.11).
Morin afirma "A cabeça bem feita", que a primeira finalidade do ensino foi formulada por Montaigne: “Mais vale uma cabeça bem feita do que bem cheia” e explica que uma cabeça bem feita é uma cabeça apta a organizar, ligar os conhecimentos e lhes dar sentido (p.21). Já a acumulação estéril de conhecimentos é o que configura a cabeça bem cheia (p.24). 
O autor observa que todo conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese e que nossa civilização e, por conseguinte, nossos ensinos privilegiaram a separação em detrimento da ligação, e a análise em detrimento da síntese (p.24). 
Ele propõe princípios que permitem seguir a indicação de Pascal: “sendo todas as coisas causadas e causadoras, ajudadas e ajudantes, mediatas e imediatas e todas elas mantidas por um elo natural e insensível, que interliga as mais distantes e as mais diferentes, considero impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, assim como conhecer o todo sem conhecer, particularmente, as partes...” (p.25). 
Morin destaca que a segunda revolução científica do século XX, iniciada nos anos 60, contribui, atualmente, para formar uma cabeça bem feita, pois gerou desdobramentos que levam a ligar, contextualizar e globalizar saberes até então fragmentados e que permitem articular as disciplinas de modo mais fecundo (p.26).
Esta interessante obra nos conduz à reflexão acerca de uma reforma do pensamento por meio do ensino transdisciplinar, capaz de formar cidadãos planetários, solidários e éticos, aptos a enfrentar os desafios dos tempos atuais. Reformar o pensamento para reformar o ensino e reformar o ensino para reformar o pensamento é o que preconiza Edgar Morin. Pai da teoria da complexidade, o autor defende a interligação de todos os conhecimentos e combate o reducionismo instalado em nossa sociedade. 
3. Educação, ensino ou aprendizagem à distância? 
A relação ensino/aprendizagem é um fenômeno complexo, e possuem várias dimensões de ordem social, política e econômica que interferem na dinâmica da sala de aula e no processo de aprendizagem presencial ou à distância. As transformações tecnológicas das últimas décadas têm sido rápidas, amplas e profundas. Com isso, novos paradigmas são estabelecidos, exigindo dos professores novas práticas docentes que os tornam mediadores do conhecimento, em oposição ao velho paradigma do professor detentor de conhecimento. 
Um grande desafio se põe para os envolvidos nas práticas educativas,principalmente nos processos de educação à distância (EAD), que implica em repensar essa modalidade, tendo em vista as novas relações e os novos papéis na comunicação bidirecional. 
Para tratarmos de educação à distância, faz-se necessário compreender a sua especificidade e rememorar um pouco da sua origem. Essa modalidade de ensino, como considera Pretti (2002), rompe a relação face a face entre alunos e professores e as aprendizagens ocorrem em ambientes que transcendem as salas de aula, processando-se em outros espaços e tempos que não os marcados pelas escolas convencionais. 
A educação a distância ocorre quando o ensinante e aquele a quem se ensina estão separados no tempo ou no espaço. Para que isso aconteça, é necessário que ocorra a intervenção de tecnologias que ofereçam ao aluno o suporte de que ele necessita para aprender.
Quando se fala em ensino, deve-se pensar em vários componentes, pois sempre existe aquele que ensina e obviamente aquele a quem se ensina. Contudo, nas sociedades complexas, como a nossa, muitos outros elementos fazem parte dessa relação. No caso da EAD, podemos observar aspectos importantes como o material didático, as tecnologias e os próprios colegas, professores virtuais e tutores locais mediando às interfaces desses processos. Deve-se, ainda, levar em consideração que todas essas relações acontecem num contexto social mais amplo, que leva em conta a totalidade da sociedade. 
No cenário da EAD, a relação educativa é definida como uma prática comunicacional, onde os agentes educacionais aparecem como mediadores do conhecimento. Essa dinâmica possibilita a criação de novas formas de aprender a aprender em ambientes de aprendizagem colaborativos, onde se destacam a importância da atividade de aprendizagem e a construção de uma visão crítica para a utilização das tecnologias e dos inúmeros suportes tecnológicos que são colocados à disposição da educação. 
4. Aprendizagem aberta e a distância. 
Educação aberta entende-se aquela que se estrutura segundo o modelo de aprendizagem cuja ênfase está numa aprendizagem mais autônoma e flexível, de maior acessibilidade aos estudantes, pois coloca à sua disposição um currículo que pode ser estruturado a partir da escolha do estudante. Além disso, ele pode também optar pela forma e pelo tempo (período) em que vai cursar cada disciplina.
Um curso a distância pode ser estruturado com base numa aprendizagem aberta, mas, necessariamente, a aprendizagem aberta não se dá apenas pela educação à distância, pode ser realizada na forma semipresencial, ainda que os casos mais comuns sejam de educação aberta à distância.
A educação aberta e a distância aparece cada vez mais, no contexto das sociedades contemporâneas, como uma modalidade de educação extremamente adequada e desejável para atender às novas demandas educacionais decorrentes das mudanças na nova ordem econômica mundial.
Nas sociedades "radicalmente modernas" (Giddens, 1991 e 1997a), as mudanças sociais ocorrem em ritmo acelerado, sendo especialmente visíveis, sobretudo no espantoso avanço das tecnologias de informação e comunicação (TIC), e vêm provocando, senão mudanças profundas, pelo menos desequilíbrios estruturais no campo da educação. Nesta fase de "modernidade tardia" a intensificação do processo de globalização gera mudanças em todos os níveis e esferas da sociedade (e não apenas nos mercados), criando novos estilos de vida, e de consumo, e novas maneiras de ver o mundo e de aprender.
Globalização não é apenas um fenômeno econômico, de surgimento de um "sistema-mundo", mas tem a ver com a "transformação do espaço e do tempo. Giddens" (1997a: 4) a define como "a ação à distância" e relaciona sua intensificação com o surgimento de meios de comunicação e de transporte em escala planetária. A interconexão global intensificada gera mudanças das relações tempo/espaço que têm consequências nos modos de operar da sociedade. 
O contato, ainda que mediatizado, dos indivíduos com eventos e ideias existentes em outras culturas tem um efeito de descontextualização (com relação ao mundo local vivido) e de recontextualização num mundo globalizado que, embora tecnicamente virtual, fornece-lhes novos parâmetros para compreender seu contexto local. 
Nesta dialética de globalização/localização, observa-se também um aumento da reflexividade, característica típica da modernidade que "diz respeito à possibilidade de a maioria dos aspectos da atividade social, e das relações materiais com a natureza, serem revistos radicalmente à luz de novas informações ou conhecimentos" (Giddens, 1997b; 18).
Estas mesmas tecnologias que globalizam deste modo às informações estão sendo aplicadas à aprendizagem aberta e a distância, seja formalmente a partir de sistemas de educação a distância, seja de modo informal, por toda a panóplia de canais de televisão, redes telemáticas e produtos multimídia. As fronteiras entre educação e entretenimento parecem se diluir, dando lugar ao aparecimento de uma série de novas formas de "aprender" que alguns já estão chamando de "infotenimento" (Field, 1995).
5. Aprendizagem autônoma e o estudante do futuro. 
Por aprendizagem autônoma entende-se um processo de ensino e aprendizagem centrado no aprendente, cujas experiências são aproveitadas como recurso, e no qual o professor deve assumir-se como recurso do aprendente, considerando como um ser autônomo, gestor de seu processo de aprendizagem, capaz de autodirigir e auto-regular este processo. Este modelo de aprendizagem é apropriado os adultos com maturidade e motivação necessárias à autoaprendizagem e possuindo um mínimo de habilidades de estudo (Trindade, 1992: p.32; Carmo, 1997: p.300; Knowles, 1990).
Em nível mais geral, cabe lembrar que a clientela de educação aberta e a distância é adulta e em geral trabalha, ou seja, estuda em tempo parcial. Este fato deve necessariamente deslocar o enfoque da formação inicial científica e profissionalizante para a formação ao longo da vida como único caminho para alcançar ou manter condições de competitividade em nível individual ou nacional, numa economia globalizada altamente tecnologizada. A educação ao longo da vida será crucial para a competitividade do indivíduo no mercado de trabalho, assegurando igualdade de oportunidades, e para a competitividade do país, que necessita de recursos humanos cada vez mais qualificados (Ljosä, 1992).
Em países como o Brasil, a questão da qualificação se coloca em todos os níveis: não apenas será necessário oferecer à força de trabalho oportunidades de formação contínua de atualização e treinamento exigidas pelas mudanças econômicas e tecnológicas, como será imprescindível elevar o nível de educação básica dos trabalhadores.
Para atender a estas demandas muitos campos de pesquisa estão em aberto e, em especial, do ponto de vista da sociologia da educação, será preciso desenvolver o conhecimento dos "sistemas aprendentes". Carmo lembra que o aumento do número de aprendentes e sua crescente diversidade devem-se à conjugação de três fatores: aumento demográfico da população jovem, especialmente nos países menos desenvolvidos; aumento das necessidades de formação contínua da população adulta; e crescente consciência da importância do nível de educação da população para o desenvolvimento econômico e social (Carmo, 1997:162). 
Este autor chama também a atenção para o fato que estas novas necessidades dizem respeito ao conjunto da população (e não só aos jovens) o que aumenta a pressão sobre os sistemas educativos que não estão preparados para responder a este aumento qualitativo e quantitativo da demanda educacional (idem: 182). Este é o desafio para os "sistemas ensinantes" nos quais a EAD poderá vir a se tornar um setor cada vez mais importante com grandes contribuições a realizar.
A aprendizagem autônoma facilita e engrandece o processo de aprendizagem, pois só aprendemos o que desejamos; o que é imposto memorizou e posteriormente o desprezamos, e no Ensino a distância é condição essencial para que essa modalidade possa progredir.
Na aprendizagemautônoma, os erros são contribuições preciosas para agregarem novos conhecimentos e, através de descobertas, os alunos identificarem os seus erros sendo conduzidos de forma prazerosa aos acertos e ao crescimento de novas aprendizagens. Esse poderia ser um caminho para melhoria do ensino brasileiro. Trabalhar a autonomia do ato de aprender independente de modalidade de ensino, proporcionar na verdade uma formação de indivíduos autônomos, crítico e criativo. Um cidadão que não pense de forma fragmentada, mas de forma global e sistematizada, só assim seremos sujeitos de nossa própria aprendizagem.
 
6. Os desafios das novas tecnologias de informação e comunicação.
Os profissionais da educação defrontam-se hoje com exigências de ordens diversas no sentido de incorporarem à sua prática em sala de aula as tecnologias de informação e comunicação (TICs). Documentos oficiais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs e PCNEM) recomendam o uso dessas tecnologias: "É indiscutível a necessidade crescente do uso de computadores pelos alunos como instrumento de aprendizagem escolar, para que possam estar atualizados em relação às novas tecnologias da informação e se instrumentalizarem para as demandas sociais presentes e futuras." (BRASIL, 1998, p. 96) "As tecnologias da comunicação e da informação e seu estudo devem permear o currículo e suas disciplinas." (BRASIL, 1999, p. 134). 
Esses documentos apresentam-se como diretrizes norteadoras do ensino e exercem certa influência na atuação docente, mas é da relação cotidiana com os alunos que vem a demanda – às vezes, impiedosa e até mesmo pouco criteriosa – pela diversificação de recursos e aproveitamento das possibilidades desses nas atividades educacionais. Muitos dos alunos da escola em que aconteceu a pesquisa são representantes de uma geração que incorporou tecnologias, como o computador e o telefone celular, à sua rotina, sejam no lazer, na comunicação pessoal ou nas tarefas da escola.
Muito se têm discutido, principalmente nas últimas duas décadas, a respeito do uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas, entretanto a discussão envolvendo educação e tecnologia não é tão recente e não teve início com a expansão/ “popularização" do acesso aos computadores pessoais. Essa acepção torna-se mais plausível se tomado o conceito de tecnologia no sentido adotado por Carneiro (2002, p. 49), que usa o termo tecnologias referindo-se aos recursos já amplamente utilizados na escola, como lousa, giz, livro didático, lápis, inclusive a linguagem e a exposição oral e, ainda, a própria instituição escola. Para a autora, tais recursos "[...] fazem parte da tecnologia da educação, juntamente com a TV, o retroprojetor, o vídeo e o computador”.
No entanto, o uso pedagógico das TICS na educação exige uma construção de sensibilização e conscientização dos professores em relação às constantes e rápidas mudanças de ordem política, social, econômica, cultural, comunicacional e educacional que as novas tecnologias de comunicação vêm acelerando (a velocidades nunca antes registradas). Portanto, as TICs não solucionam problemas interferentes no processo de ensino e aprendizagem; mas se encontram diretamente ligadas ao contexto pedagógico da escola que, ao incorporá-las, favorecem a construção do conhecimento de formas não lineares e permite estabelecer a continuidade do processo educativo.
7. CONCLUSÃO
A capacidade de criação do homem leva o mundo a passar por mudanças constantemente. Para nos integrarmos nessa atual realidade é necessário inserirmos nas transformações ocorridas na sociedade a que pertencemos. Dessa forma, seremos construtores e não telespectadores. As novas tecnologias que presenciamos é uma sequência de criações que o homem vem desenvolvendo no decorrer da criação. Pode-se observar um grande aumento progressivo tecnológico, e as dificuldades que a sociedade encontra em acompanhar tais avanços, o que acaba gerando transtornos em todo meio social.
O que se percebe, enfim, é que as novas tecnologias trouxeram impactos sobre nosso dia-a-dia, exercendo importante papel nos desdobramentos dos serviços educacionais e proporcionando avanço para a democratização da Educação. A Educação a Distância irá requerer do aluno mais disciplina, motivação, além de uma nova forma de encarar o processo de ensino e aprendizagem. Mas essa mudança de hábito provocará, com certeza, uma nova cultura educacional, mais abrangente e democrática.
Em resumo, os recursos tecnológicos são muito relevantes ao processo de instrução porque melhoram o ensino-aprendizagem, facilitam o trabalho do professor, motivam os alunos e são ferramentas didáticas eficazes, justamente por facilitarem a avaliação do aprendizado. A mediação pedagógica deve ocorrer no próprio processo de comunicação nas escolas, no trabalho com os conteúdos, com os recursos e tecnologias. Desse jeito, é necessário repensar a mediação pedagógica na educação a partir do uso da informática, do computador, da Internet na sala de aula, como forma de garantir uma aprendizagem significativa de desenvolvimento da competência e da capacidade de resolução de problema (avaliação).
Na medida em que o professor faz uso da tecnologia inicia-se um processo crescente à criação das novas gerações que dão continuidade ao processo de desenvolvimento existente na humanidade. Nessa concepção, o professor estará contribuindo na formação de indivíduos capazes de descobrir, compreender e transformar o mundo que os cerca.
REFERÊNCIAS 
BELLONI, Maria Luiza; Educação a Distância; 2.ed; Campinas: Autores Associados, 2001
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
 
______. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999.
CARMO, H. (1997). Ensino Superior a Distância. Contexto Mundial. Modelos Ibéricos. Lisboa: Universidade Aberta. (Vol. 1).
CARNEIRO, Raquel. Informática na educação: representações sociais do cotidiano. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.
GIDDENS, Anthony (1997) Admirável Mundo Novo: O Novo Contexto da Política. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista.
KNOWLES, M. S. (1990). O aluno adulto: A Species Negligenciadas (4 ª ed.). Houston: Gulf Publishing Company
LJOSÄ, E. (1992). A educação à distância em uma sociedade moderna. Abra Aprender, 7(2), 23-30
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
PRETTI, Orestes. Fundamentos e políticas em educação à distância. Curitiba: IBPEX, 2002.
TRINDADE, A. R. (1992). Educação a Distância para a Europa: termos de referência para uma estrutura de educação a distância Europeia. Lisboa, Universidade Aberta.
www.portalsaofrancisco.com.br/.../educacao-a-distancia-mais-aprendizag..Acesso em 11/07/2013.
www.iedicursos.com.br/?pg=desc-noticias&id=69- Acesso em 11/07/2013.

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