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Direito Empresarial: Títulos de Crédito

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CASOS CONCRETOS DIREITO EMPRESARIAL 2 
 
CASO CONCRETO 1: 
Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de diversos endossos até o atual 
portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título 
não foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa que não poderia 
ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a 
cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética, pergunta-se: 
 
a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante? 
Não, pois as obrigações são autônomas. Não merece ser acolhida a defesa apresentada, tendo em vista que ao 
lançar sua assinatura no título o endossante vincula sua obrigação de pagar como garantidor, sendo que as 
obrigações são autônomas e independentes. 
 
b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela? 
Princípio da autonomia, em que cada obrigação é autônoma com relação às demais, independentemente da situação (art. 7 
e 17 LUG 57663/1966). 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1: 
São princípios gerais dos títulos de crédito: 
e) cartularidade, literalidade e autonomia 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2: Quanto à classificação dos títulos de crédito, é incorreto afirmar: 
e) todos os títulos de crédito existentes no Brasil podem ser considerados não causais, visto que não dependem 
de causa específica para serem emitidos. 
 
CASO CONCRETO 2: 
Fernando Lopes emite uma letra de câmbio em face de Luan e a favor de Eduarda, que a endossa em branco para 
Rebeca, a qual endossa em preto para Maria que, por sua vez, também endossa em preto para João. Este endossa em 
branco e repassa o título para Dora, que repassa o título por tradição para Eunice, e assim vai por Emerson e Vitor. 
Por fim, Vitor transmite o título para Miro, através de endosso em preto. Diante disso: 
 
a) Determine quais os obrigados pelo pagamento do referido título. 
Os obrigados pelo pagamento são o Fernando Lopes, Luan, Eduarda, Rebeca, Maria e Victor. 
 
b) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Vitor. 
O principal efeito do endosso em preto é fazer com que título fique nominal e caso o portador queira transferi-lo 
obrigatoriamente deverá fazê-lo por endosso. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1: 
No que se refere ao instituto do aval, assinale a alternativa correta: 
b) em qualquer título de crédito, é vedado o aval parcial, conforme determina o artigo 897, parágrafo único do 
Código Civil. 
 
CASO CONCRETO 3: 
(VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória 
para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória 
para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de 
que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as 
seguintes indagações: 
A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? 
Em tese o aval dado por Bianca é valido, tendo em vista que é uma relação autônoma, conforme previsto no 
art. 899 § 2º do CC “Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se 
equipara, a menos que a nulidade decorra de vicio de forma” 
 
B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória? 
Caio poderá cobrar o título 1º de Bianca e em 2º de João que endossou o título, Lei Uniforme 57.663/66 art. 15, 
32 e 47. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(MAGISTRATURA/MG – VUNESP – 2012) É correto afirmar que o cancelamento do protesto, após quitação do 
débito: 
b) é ônus do devedor 
 
 
CASO CONCRETO 4: 
(OAB – XIV Exame – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos com 
cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por 
endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em 
branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário 
apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, 
apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. 
 
Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens. 
 
A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? 
Justifique. 
O avalizado é o Celso Ramos, tratam-se de avais simultâneos conforme Súmula 189 STF. Cada coavalista 
responderá pela sua cota parte. 
 
B) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial 
proposta pelo endossatário? 
O endossatário demandará apenas o valor correspondente ao dia 12/09/13, tendo em vista que a data da letra 
de cambio para pagamento em favor de Antônio Olinto quem está sendo demandado é o Celso Ramos. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(TJMG – Juiz – 2014) Com relação à nota promissória, analise as afirmativas, assinalando com V as verdadeiras e 
com F as falsas. 
(V) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é 
quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. 
(F) A ação cambial contra o endossador e o avalista da nota promissória prescreve em trinta e seis meses contados do 
dia em que ação pode ser proposta. 
(V) O devedor somente poderá opor ao portador da nota promissória exceção fundada em direito pessoal, na nulidade 
de sua obrigação e na falta de requisito necessário ao exercício da ação cambial. 
(V) Sendo a nota promissória rural, emitida por uma cooperativa em favor de seus cooperados, um título de crédito 
de natureza causal, a respectiva execução se encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico subjacente. 
Assinale a alternativa que apresenta sequência CORRETA. 
b) VFVV 
 
CASO CONCRETO 5: 
Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um 
tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do 
dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta 
de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, 
tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões: 
 
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria? 
Não pelo princípio da literalidade (todo ato contido no título deve conter o que está descrito nele na forma nominal, ou seja, 
não tem a possibilidade de ajuizar ação em face de Maria) 
 
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque? 
Lei 7357/85 - Art. 1º O cheque contém: 
I - a denominação ‘’ cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; 
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; 
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); 
IV - a indicação do lugar de pagamento; 
V - a indicação da data e do lugar de emissão; 
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. 
Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser 
constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(TJCE – Juiz – 2014) Antônio emitiu um cheque nominativo a José contra o Banco Brasileiro S.A. No mesmo dia, 
José endossou o cheque a Ricardo, fazendo constardo título que não garantiria o seu pagamento e que a eficácia do 
endosso estava subordinada à condição de que Maria, irmã de Ricardo, lhe pagasse uma dívida que venceria dali a 
dez (10) dias. Vinte (20) dias depois da emissão do título e sem que Maria tivesse honrado a dívida para com José, 
Ricardo apresentou o cheque para pagamento, mas o título lhe foi devolvido porque João não mantinha fundos 
disponíveis em poder do sacado. Nesse caso: 
e) a despeito do inadimplemento de Maria, Ricardo ostenta legitimidade para cobrar o pagamento do título 
porque se reputa não escrita qualquer condição a que o endosso seja subordinado. 
 
CASO CONCRETO 6: 
(TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata eletrônica", 
esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como 
forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não permitiriam a constituição do 
crédito cambial na forma esclarecida. 
Face a mitigação do princípio da cartularidade para os títulos existentes apenas no meio virtual, e permitindo ao credor a 
execução de título de crédito desmaterializado (duplicata virtual) sem a necessidade de apresentação do documento original. 
A Lei 5.474/68, no artigo 15, estabelece a possibilidade da duplicata, quando concebida de forma não materializada, ser 
executada, quando tenha sido protestada por indicação; esteja acompanhado de documento hábil comprobatório da entrega 
e recebimento da mercadoria ou da prestação de serviços; e o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite. O 
Código Civil em seu art. 889. “Deve o título de crédito conter a data da emissão, a 
indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. (...) § 3o O título poderá ser 
emitido a partir dos caracteres cri ados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da 
escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.” 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(Magistratura PE – FCC/2011). No que tange à duplicata: 
 d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado 
mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de 
devolução do título. 
 
CASO CONCRETO 7: 
(TJRJ – XLIV Concurso – Magistratura – 2ª fase – adaptada) A Representações de Papéis Ltda, com sede nesta cidade, 
é notificada por B Celulose S/A, dando conta da extinção do contrato firmado entre as partes, em maio de 2017, que 
vigorava por prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que a partir do recebimento da referida 
notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam ser realizados, pois esta passaria a operar 
diretamente com os clientes os respectivos pedidos. Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que 
fez grandes investimentos no interesse desta última, não deu causa à extinção do contrato, cujos negócios dele 
oriundos representavam 80% do seu faturamento, não tendo sido observado o prazo legal para que a notificação 
pudesse surtir o efeito pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretara danos 
materiais e morais que pretendia ver indenizados. Esclareça qual a disciplina legal a ser adotada, bem como explique 
as peculiaridades do contrato e o alegado direito à indenização. 
Contrato de representação Lei 4886/65 art. 27, alínea J “Do contrato de representação comercial, além 
dos elementos comuns e outros a juízo dos interessados, constarão obrigatoriamente: 
j) indenização devida ao representante pela rescisão do contrato fora dos casos previstos no art. 35, 
cujo montante não poderá ser inferior a 1/12 (um doze avos) do total da retribuição auferida durante o 
tempo em que exerceu a representação. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(ADVOGADO PETROBRÁS – CESGRANRIO/2011) Quando um empresário licencia o uso de sua marca a outro, 
prestando-lhe serviços de organização empresarial, com ou sem venda de produtos, mediante remuneração direta ou 
indireta, sem que fique caracterizado vínculo empregatício, tem-se um contrato de: 
c) franquia. 
 
CASO CONCRETO 8: 
(XIII Exame OAB - 2014.1 (FGV – MAR/14) Direito Empresarial Banco Colares S/A, com fundamento no 
inadimplemento de contrato de alienação fiduciária em garantia celebrado nos termos do artigo 66-B, da Lei nº 
4.728/65, requereu a busca e apreensão do bem, com pedido de liminar. Previamente ao pedido, o fiduciário 
comprovou o não pagamento por Augusto Corrêa, fiduciante, das quatro últimas parcelas do financiamento. O pedido 
foi deferido e a liminar executada. O fiduciante não apresentou resposta no prazo legal, porém, dois dias após 
executada a liminar, pagou a integralidade da dívida pendente, em conformidade com os valores apresentados pelo 
fiduciário na inicial. Diante do pagamento comprovado nos autos, o Juiz determinou a entrega do bem livre de ônus, 
mas este já havia sido alienado pelo fiduciário durante o prazo legal para o pagamento da dívida. O fiduciário justificou 
sua conduta pela ausência de resposta do fiduciante ao pedido de busca e apreensão. 
 
a) Poderá ser aplicada alguma penalidade ao fiduciário pela alienação do bem, ou este agiu em exercício regular do 
direito? Justifique 
Sim, é possível a aplicação de penal idade de multa em favor do fiduciante, uma vez que o fiduciário realizou 
a alienação antes da consolidação da propriedade e posse plena do bem no seu patrimônio. Com o pagamento 
integral da dívida dois após a execução da liminar, o fiduciante tem direito à restituição do bem, com base no 
§2 e no §6° do artigo 3 do decreto lei 911/ 69. 
 
 
b) Comprovado pelo fiduciante que a alienação do bem lhe causou danos emergentes e lucros cessantes, que medida 
poderá propor seu advogado em face do fiduciário? 
O advogado poderá pleitear em juízo, através de ação própria, o pagamento de indenização pelo fiduciário, 
diante de ilicitude de sua conduta pois a imposição de multa pelo juiz não exclui a responsabilidade por perdas 
e danos, com base no artigo 3º, §7º do decreto -lei nº911/69. . 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(MAGISTRATURA/DF – 2011) Espécie de leasing em que o bem arrendado já pertence à empresa arrendadora é: 
C) leasing operacional; 
 
 
CASO CONCRETO 9: 
(XXII Exame de Ordem Unificado – 2017.1) Na recuperação judicial de Têxtil Sonora S/A, o Banco Japurá S/A, 
titular de 58% dos créditos com garantia real, indicou ao juiz os representantes e suplentes de sua classe no Comitê 
de Credores. Xinguara Participações S/A, credora da mesma classe, impugnou a referida indicação, alegando 
descumprimento do Art. 35, inciso I, alínea b, da Lei nº 11.101/2005, porque a assembleia-geral de credores tem por 
atribuições deliberar sobre a constituição do Comitê de Credores, assim como escolher seus membros e sua 
substituição, não tendo havido deliberação nesse sentido. Ademais, aduz a impugnante que não houve manifestação 
do Comitê de Credores, já constituído apenas com representantes dos credores trabalhistas e quirografários, sobre a 
proposta do devedor de alienação de unidade produtiva isolada não prevista no plano de recuperação. Ouvido o 
administrador judicial, este não se manifestou sobre a primeira impugnação e, em relação à segunda, opinou pela sua 
improcedência em razão de não constar do rol de atribuições legais do Comitê manifestar-se sobre a proposta do 
devedor. Com base na hipótese apresentada, responda aos itens a seguir. 
 
a) Deveria ter sido convocada assembleia de credores para eleição dos representantes da classe dos credores com 
garantia real, como sustenta a credora Xinguara Participações S/A? 
Não. Como o Banco Japurá S/A tem 58% do total dos créditos de sua classe, portanto a maioria, o juiz, 
independentemente da realização de assembleia, determinará a nomeação do representantee dos suplentes da 
respectiva classe ainda não representada no Comitê, com fundamento no Art. 26, § 2º, inciso I, da Lei nº 
11.101/2005 
 
b) Deve ser acatada a opinião do administrador judicial sobre a dispensa de oitiva do Comitê de Credores por falta de 
previsão legal? 
Não. O Comitê de Credores terá a atribuição, na recuperação judicial, de se manifestar nas hipóteses previstas 
nesta Lei), de acordo com o Art. 27, inciso I, alínea f, da Lei nº 11.101/2005 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(Ministério Público/SP – 2011) A atual Lei de Falências, que regula a Recuperação Judicial, a Extrajudicial e a 
Falência do empresário e da sociedade empresária, instituída por meio da Lei n.º 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, 
trouxe uma profunda reforma no direito falimentar brasileiro. Das alternativas a seguir, a única correta é: 
e) a intimação do Ministério Público será realizada, no processo de Recuperação Judicial, após o deferimento 
do processamento da Recuperação Judicial. 
 
CASO CONCRETO 10: 
(FGV - OAB – VIII Exame – Prova Prático-Profissional – 2014 – adaptada) Em 29/01/2010, ABC Barraca de Areia 
Ltda. ajuizou sua recuperação judicial, distribuída à 1ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de 
Janeiro. Em 03/02/2010, quarta-feira, foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico do Rio de Janeiro (“DJE-RJ”) a 
decisão do juiz que deferiu o processamento da recuperação judicial e, dentre outras providências, nomeou o 
economista João como administrador judicial da sociedade. Decorridos 15 (quinze) dias, alguns credores 
apresentaram a João as informações que entenderam corretas acerca da classificação e do valor de seus créditos. 
Quarenta e cinco dias depois, foi publicado, no DJE-RJ e num jornal de grande circulação, novo edital, contendo a 
relação dos credores elaborada por João. No dia 20/04/2010, você é procurado pelos representantes de XYZ Cadeiras 
Ltda., os quais lhe apresentam um contrato de compra e venda firmado com ABC Barraca de Areia Ltda., datado de 
04/12/2009, pelo qual aquela forneceu a esta 1.000 (mil) cadeiras, pelo preço de R$ 100.000,00 (cem mil reais), que 
deveria ter sido pago em 28/01/2010, mas não o foi. Diligente, você verifica no edital mais recente que, da relação de 
credores, não consta o credor XYZ Cadeiras Ltda. E, examinando os autos em cartório, constata que o quadro-geral 
de credores ainda não foi homologado pelo juiz. 
Diante da situação narrada no enunciado da questão, qual seria a medida processual cabível e o respectivo fundamento 
legal para que a sociedade XYZ Cadeiras Ltda. possa ser incluída no quadro de credores da referida recuperação 
judicial? 
A peça cabível é “HABILITAÇÃO DE CRÉDITO RETARDATÁRIA”, com fundamento no art.10, caput, da 
Lei n° 11.101/05 (“Não observado o prazo estipulado no art. 7º, §1º, desta Lei, as habilitações de crédito serão 
recebidas como retardatárias”). 
 
 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
1.(CESPE – OAB/SP – 2007) No tocante à habilitação de crédito e impugnação previstas na Lei n.º 11.101/05, é 
correto afirmar que: 
a) na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, com exceção daqueles derivados da relação 
de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações 
da assembleia geral de credores, ressalvada a hipótese de homologação do quadro geral de credores contendo 
tais créditos. 
 
2. (EJEF – Juiz Estadual/MG – 2008) Quanto à falência e à recuperação judicial, é INCORRETO afirmar que: 
a) Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão 
sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e 
a data do pedido de habilitação. 
 
CASO CONCRETO 11: 
(BNDES – Advocacia – 2010) Uma empresa propôs aos seus credores recuperação extrajudicial em 15 de janeiro de 
2014, solicitando a homologação judicial 2 (dois) meses depois, com a assinatura de 2/3 (dois terços) das dívidas com 
credores trabalhistas e 3/5 (três quintos) das dívidas com credores quirografários. Esse pedido foi acompanhado do 
respectivo plano de recuperação, nos mesmos moldes do que havia sido concedido em dezembro de 2012 pelo mesmo 
Juízo. O procedimento adotado pela empresa teve como principal finalidade afastar qualquer possibilidade de pedido 
de falência, bem como priorizar o recebimento dos créditos que estavam vencidos em detrimento dos vincendos, caso 
a falência fosse decretada. Considerando esses dados, emita sua opinião legal, de maneira fundamentada, com base 
no pedido formulado pela empresa, à luz do ordenamento jurídico em vigor. 
Primeiramente, credores trabalhistas não são os contemplados pela recuperação extrajudicial na forma do 
artigo 161, §1º. Outro ponto a ser destaca do diz respeito a este pedido ter s ido feito antes de 02 anos de outro 
pedido que já concedido, impossibilitando novo requerimento por força do §3º do artigo 161. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(MPT – Procurador do Trabalho – 2008) A respeito da recuperação extrajudicial assinale a alternativa CORRETA: 
a) os credores trabalhistas, tributários, titulares de posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou 
imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos 
contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, e de proprietário em contrato de venda 
com reserva de domínio e o credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para exportação, não 
serão atingidos pelo plano de recuperação extrajudicial; 
 
CASO CONCRETO 12: 
(TJRJ – Juiz - 2013) Determinada empresa ingressa com pedido de recuperação judicial perante uma das Varas 
Empresárias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo o juiz deferido seu processamento. 
 
a) Discorra sobre a possibilidade, ou não, da prorrogação do prazo de 180 dias previsto no art. 6º, parágrafo 4º da Lei 
nº 11.101/2005. 
Inobstante o §4º do artigo 6º afirme que o prazo é improrrogável, o CJ F na I Jornada de Direito 
Comercial, instituiu o Enunciado 42 permite que "pode excepcionalmente ser prorrogado, se o 
retardamento do feito não puder ser imputado ao devedor". (Lei 11.101/2005) 
 
b) Responda, de forma fundamentada, se o crédito decorrente de adiantamento de contrato de câmbio se sujeita à 
recuperação judicial. 
Não se sujeita a recuperação judicial por determinação expressa do § 4º do artigo 49, que remete ao 
inciso II do artigo 86, ambos da 11.101/05 
 
QUESTÕES OBJETIVAS: 
1. (TJDFT – Juiz Substituto/2005) Assinale a alternativa incorreta. Nos termos da Lei nº 11.101/2005, na hipótese de 
recuperação judicial, pode-se afirmar que: 
d) que são legitimados para o pedido apenas as sociedades empresárias e não o empresário individual. 
 
2.(FCC – TRT 6ª Região/PE – Juiz do Trabalho – 2013) O plano de recuperação judicial poderá prever, observada a 
legislação pertinente a cada caso, dentre outros meios de recuperação, 
d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 13: 
(OAB – XI Exame de Ordem – Prático Profissional – 2013) José, empresário individual que teve sua falência 
decretada em 20.10.2011, vendeu um sítio de sua propriedade para Antônio, em agosto de 2011. Antônio prenotou a 
escritura de compra e venda do sítio em 18.10.2011, mas o registro da transferência imobiliária só foi efetuado em 
05.11.2011, 15 (quinze) dias após a decretação da falência. Isto posto, responda aos itens a seguir. 
 
A) É válida e eficaz a compra e venda acima referida? 
Em razão de ter ocorrido prenotação antes da decretação da falência, a venda é válida e eficaz em 
conformidade ao inciso VII do artigo 129 da 11.101/05. 
 
B) A referida compra e venda poderia eventualmente vir a ser revogada? 
Poderá ingressar com Ação Revocatória se ficar demonstrado a intençãode fraudar credores na forma do 
artigo 130 da LRF. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1.(TJDFT – Juiz Substituto/DF – 2007) Assinale a assertiva correta: 
a) A falência cessa os efeitos do mandato, cabendo ao mandatário, de imediato, prestar contas de sua gestão 
ao juízo falimentar. 
 
2. (VUNESP – Procurador do Município/Ribeirão Preto-SP – 2007) O prazo de contestação na ação de falência será 
de: 
d) 10 dias 
 
 
CASO CONCRETO 14: 
(FGV – OAB - XV Exame de Ordem Unificado – 2014 - Adaptada) João Lima Artigos Esportivos Ltda. celebrou 
contrato de locação de imóvel comercial, localizado na Galeria Madureira, para a instalação do estabelecimento 
comercial da sociedade. Atingida por forte crise setorial, a sociedade acumulou dívidas vultosas e não conseguiu 
honrá-las. Com a decretação da falência, como ficaria a situação do contrato de locação comercial celebrado pelo 
locatário? 
O contrato de locação poderá ser mantido, podendo ser denunciado, a qualquer tempo, pelo administrador 
judicial da massa falida. observe o que determina o art. 119, VII: Art. 119. Nas relações contratuais a seguir 
mencionadas prevalecerão as seguintes regras: (…) VII – a falência do locador não resolve o contrato 
de locação e, na falência do locatário, o administrador judicial pode, a qualquer tempo, denunciar o 
contrato; 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
(OAB/MG – 2007) São efeitos da sentença declaratória da falência, exceto: 
 c) o encerramento dos contratos bilaterais do falido. 
 
CASO CONCRETO 15: 
(FGV – OAB - XIII Exame de Ordem Unificado – 2014 - Adaptada) A assembleia geral de credores da sociedade 
falida “Concessionária de Veículos Pereira Ltda.” aprovou, com o voto favorável de credores que representam 3/4 
(três quartos) dos créditos presentes à assembleia, a constituição de sociedade formada pelos empregados do próprio 
devedor. Sobre esta modalidade de realização do ativo, determinado credor que votou contrariamente, questiona sobre 
a legalidade desse procedimento. Responda ao questionamento do credor, fundamentando sua resposta. 
A decisão dos credores aprovada e m assembleia geral de credores é totalmente valida e amparada p 
e l a legislação falimentar, haja vista que o Art. 145 dispõe que o juiz homologara qualquer outra 
modalidade de realização do ativo desde que aprovada pela assembleia geral de credores , inclusive 
com a constituição de sociedade de credores dos empregados do próprio devedor. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1. (OAB/MG – 2008) Na falência, o crédito trabalhista habilitado conta com posição de destaque na hierarquia da 
classificação dos credores até o valor de 150 salários mínimos. Em relação ao credor trabalhista cujo crédito superar 
esse limite, é verdade afirmar: 
a) os saldos excedentes do seu crédito serão incluídos na classe dos créditos quirografários. 
 
2. (OAB/MG – 2008) A preferência do crédito com garantia real na falência: 
a) é limitada a 150 (cento e cinquenta) salários mínimos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 16: 
(FGV – OAB - XIV Exame de Ordem Unificado – 2014 - Adaptada) Passa Sete Serviços Médicos S/A apresentou a 
seus credores plano de recuperação extrajudicial, que obteve a aprovação de mais de quatro quintos dos créditos de 
todas as classes por ele abrangidas. O plano estabeleceu a produção de efeitos anteriores à homologação judicial, 
exclusivamente, em relação à forma de pagamento dos credores signatários que a ele aderiram, alterando o valor dos 
créditos com deságio de 30% (trinta por cento). Diante do caso em tela, a companhia questiona sobre a possibilidade 
e a licitude do plano de recuperação judicial apresentado. Responda ao questionamento da companhia, fundamentando 
sua resposta. 
A possibilidade do plano ser homologado é total, uma vez que o devedor conseguiu 4/5 dos créditos e só 
precisava de 3/5, logo, atendeu ao requisito do artigo 163 d a 11.101/05. Quanto a licitude, inobstante o 
artigo 165 informe que os efeitos do plano só valer após a homologação judicial, o devedor pode 
produzir efeitos anteriores a sua homologação por expressa previsão d o §1º do artigo 165, todos d a 11.101/05, 
logo, é lícito. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: 
1. (TJGO – Juiz - 2007) Assinale a alternativa que especifica um dos requisitos objetivos para a homologação do 
plano de recuperação extrajudicial: 
b) Não pode ser previsto no plano o pagamento antecipado de nenhuma dívida. 
 
2. (VUNESP – TJ/SP – 2013) Submetem-se aos efeitos da recuperação os seguintes créditos: 
b) Fiscais e parafiscais.

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