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A influência do PCP no lead time de produção
Conference Paper · January 2013
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Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Otimização do recovering de operações após eventos disruptivos View project
A statistical and solving a problem of idle speed in two-stroke engines View project
Wagner Lourenzi SImões
Universidade Luterana do Brasil
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https://www.researchgate.net/project/Otimizacao-do-recovering-de-operacoes-apos-eventos-disruptivos?enrichId=rgreq-7e88613868631815ab3b1e83f26478c8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMxMTA2NjE2MTtBUzo0MzM1ODMxODY4MTI5MjhAMTQ4MDM4NTY5NTQwMw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/institution/Universidade_Luterana_do_Brasil2?enrichId=rgreq-7e88613868631815ab3b1e83f26478c8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMxMTA2NjE2MTtBUzo0MzM1ODMxODY4MTI5MjhAMTQ4MDM4NTY5NTQwMw%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
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“Desenvolvimento das Redes de Suprimentos e da Logística no Agronegócio” 
11 a 13 de Novembro de 2013, Dourados-MS 
A influência do PCP no lead time de produção 
SIMÕES, W. L.1* 
1 Universidade Luterana do Brasil 
*Wagner Lourenzi Simões, e-mail: wlsjurai@hotmail.com 
Resumo 
O mercado cada vez mais competitivo impulsiona as empresas a buscarem formas de se destacarem dentre as 
demais através de ferramentas que melhor desenvolvam as vantagens competitivas qualidade, custo, 
flexibilidade e agilidade na entrega. Este último além de ser um fator fundamental em muitos nichos de 
mercado, ainda possui como efeito colateral um melhora no custo e flexibilidade através da diminuição do 
tempo demandado para produção. Neste artigo exploram-se os efeitos da programação da produção no lead-
time de fabricação e busca-se identificar através desta relação áreas que possam ser mais bem exploradas 
para que possam vir a colaborar na redução de prazos através de otimização da programação. 
Palavras-chave: PCP, Lead-time, Programação da produção. 
 
Abstract 
The increasingly competitive market drives companies to seek ways to stand out among others using tools 
that better develop the competitive advantages quality, cost, flexibility and agility in delivery. This latest 
beyond being a key factor in many niche markets, also has one side effect of improvement in cost and 
flexibility by reducing the time required for production. This article explores the effects of the production 
scheduling in manufacturing lead time and seek to identify areas that through this relationship can be better 
exploited for that may assist in reducing time through schedule optimization. 
Keywords: PPC, Lead-time, Production Scheduling, 
1. Introdução 
O mercado cada vez mais competitivo coloca as empresas em uma condição de busca 
incessante por incremento de seus diferenciais competitivos, como qualidade, custo, flexibilidade e 
prazos de entrega. 
As empresas precisam ser competitivas para poderem vender seus bens e serviços no 
mercado. A competitividade é um fator importante para determinar se uma empresa irá prosperar, 
ou se mal conseguirá funcionar, ou se irá a falência (STEVENSON, 2001). De acordo com Martins 
e Laugeni (2005), para se conseguir vender os bens e serviços no mercado (prosperar no mercado), 
os sistemas de PPCP (Planejamento, Programação e controle de Produção), planejam como 
controlam os recursos do processo produtivo com o objetivo gerar esses bens e serviços que serão 
vendidos. 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
“Desenvolvimento das Redes de Suprimentos e da Logística no Agronegócio” 
11 a 13 de Novembro de 2013, Dourados-MS 
2 
Russomano (2000) afirma que o controle da produção é a função do PCP responsável por 
fazer comparações rotineiras entre os resultados da produção de bens e/ou serviços e as solicitações 
da programação, detectando desvios e identificando causas. 
Brasileiro et al (2011) destacam que normalmente as médias e grandes empresas possuem 
maiores condições de possuir um PCP mais estruturado, em virtude da melhores condições 
econômicas e de pessoal qualificado para investir nessa área, ao contrário do que ocorre na maioria 
das micro e pequenas empresas. Apesar disso, o estudo realizado por Pereria, Barbosa e 
Drohomeretski (2012) revela que PCP é a área estudada responsável pela maioria dos trabalhos 
submetidos nos três maiores eventos de engenharia de produção do país, ENEGEP, SIMPOI e 
SIMPEP. O estudo também identifica uma grande dispersão de autores em decorrência da grande 
abrangência de assuntos relativos a esta área. 
Para Slack et al (2002) existem várias formas de se controlar uma produção e que essas 
formas variam de acordo com o negócio da organização, ou seja, pode-se controlar através do 
volume/tonelada produzido durante o mês, quantidade de horas-extras, quantidade de resíduo 
gerado, lead time entre outros. Para Lage Junior e Godinho Filho (2009) os propósitos chaves das 
funções do PCP são reduzir estoque em processo, minimizar os tempos de atravessamento 
(throughput time) e lead times, diminuir os custos de estoques, melhorar a responsividade a 
mudanças, melhorar a aderência das datas de entrega, dentre outros. 
. Neste trabalho busca-se identificar de que forma a programação da produção pode 
influenciar o lead time de fabricação no intuito de explicitar estas relações e evidenciar formas de 
se explorá-las no intuito de se reduzir os prazos de fabricação. É importante que se esclareça que 
há inúmeros fatores que afetam o lead time de fabricação, e neste trabalho será explorada apenas a 
participação do PCP neste processo. O trabalho se segue perfazendo uma breve revisãoteórica na 
sessão 2, seguindo na sessão 3 com uma discussão a respeito dos conceitos e suas interações, 
concluindo com a sessão 4 onde são feitas considerações finais a respeito do assunto e exploradas 
possibilidades para futuras expansões do estudo. 
 
2. Referencial teórico 
2.1. Programação da produção 
Encontram-se disponíveis na literatura muitas formas de se abordar os sistemas de planejamento e 
controle de produção, variando em função de características e especificidades das empresas. Martins e 
Laugeni (2005) definem a estrutura de PPCP (Figura 1) da seguinte forma: 
 
Figura 1. Estrutura geral de um sistema de planejamento e controle de produção. Fonte: Martins e Laugeni (2005) 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
“Desenvolvimento das Redes de Suprimentos e da Logística no Agronegócio” 
11 a 13 de Novembro de 2013, Dourados-MS 
3 
 
Segundo Tubino (2007), as atividades típicas de um PCP se dividem em: planejamento 
estratégico da produção; planejamento-mestre da produção; programação da produção e 
acompanhamento e controle da produção (programação chão-de-fábrica). 
Baseado nestas definições buscou-se fundamentação teórica nos elementos abaixo da 
esfera estratégica, focando o Plano Mestre de produção, MRP e programação chão-de-fábrica, 
visto que o planejamento agregado está sujeito a variações de características e tecnologia dos 
produtos tornando este tipo de planejamento muito complexo frente aos benefícios apresentados. 
 
2.1.1 Plano mestre de produção 
O plano mestre de produção é uma ferramenta utilizada para projetar a produção em função 
de parâmetros estabelecidos como demanda, estoque, contratos e histórico de demanda, geralmente 
partindo de uma desagregação do plano agregado de produção. 
Segundo Brasileiro et al (2011) existem vários métodos para prever a demanda, os quais 
podem ser agrupados em duas categorias principais: quantitativos e qualitativos. Os métodos 
qualitativos envolvem estimação subjetiva através de opiniões de especialistas e os métodos 
quantitativos definem explicitamente como a previsão é determinada. Possui lógica claramente 
determinada e as operações são matemáticas. 
O planejamento-mestre da produção está encarregado de desmembrar os planos produtivos 
estratégicos de longo prazo em planos específicos de produtos acabados, para o médio prazo, no sentido 
de direcionar as etapas de programação e execução das atividades operacionais da empresa. 
Sinteticamente o “programa mestre de produção informa quais itens deverão ser produzidos, 
quando serão necessários e em que quantidade” (STEVENSON, 2001). 
Dos Santos e Salgado (2007), descrevem o plano mestre de produção como rotinas de curto 
prazo para produzir produtos acabados ou itens finais, os quais são usados para impulsionar o 
sistema de planejamento e controle. Esses sistemas desenvolvem programas de produção de curto 
prazo de peças e montagens, programas de compra de materiais, programas do setor de produção e 
cronogramas da força de trabalho (GAITHER & FRAZIER, 2002). 
Na elaboração de um plano mestre leva-se em consideração a capacidade das máquinas e 
equipamentos envolvidos no processo, disponibilidade de pessoal e demais variáveis relevantes ao 
dimensionamento da capacidade produtiva da fábrica para determinação da quantidade e do 
momento em que tipos de produtos ou grupos estarão terminados. No sentido de simular 
ocorrências na linha de montagem o programa mestre torna possível escolher a melhor programação 
dos pedidos na fábrica, uma vez que as principais informações utilizadas são “pedidos em carteira, 
pedidos atrasados, capacidade disponível, produtos e lista de materiais, pedidos programados, entre 
outras” (STEVENSON, 2001). 
Com intuito de garantir o atendimento de um pedido ou de demanda é estabelecido um 
período de tempo capaz de abranger o tempo preciso das operações de manufatura e também, o 
tempo de pedido que de maneira geral compreende o lead time necessário para se produzir os itens 
finais (DOS SANTOS & SALGADO, 2007). 
Dos Santos e Salgado (2007) exemplificam um plano mestre de produção através da Tabela 1, 
detalhando o plano mestre de produção de uma empresa pesquisada através do item “estrutura 
metálica”. Na programação realizada são informadas quantidades de estruturas a serem produzidas 
nos dias de uma dada semana. 
 
 
 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
“Desenvolvimento das Redes de Suprimentos e da Logística no Agronegócio” 
11 a 13 de Novembro de 2013, Dourados-MS 
4 
Tabela 1. Exemplo de plano mestre de produção. Fonte: Dos Santos e Salgado (2007). 
 
 
 A ocorrência de sazonalidade em algumas linhas de produtos deve ser fator levado em 
consideração, pois isto proverá uma melhor distribuição da produção ao longo do período, evitando 
sobrecargas ou paradas em determinados períodos em função da sazonalidade do produto. A 
sazonalidade de um produto pode ser influenciada por fatores climáticos, culturais, religiosos e 
sociais dentre outros, é importante que se tenha conhecimento a respeito dos fatores que 
influenciam a sazonalidade dos produtos da organização durante a elaboração do plano mestre. 
 
2.1.2 MRP (Materials Resource Plannig) 
De acordo com Corrêa (2001), nos sistemas MRP são conhecidos todos os componentes de 
determinado produto e os tempos de obtenção de cada um deles. Podemos, com base na visão das 
necessidades de disponibilidades do produto em questão, calcular os momentos e as quantidades 
que devem ser obtidas, de cada um dos componentes para que não haja falta nem sobra de nenhum 
deles. 
 Segundo Dias (2009), MRP é uma das técnicas de programação da produção mais utilizadas 
atualmente, podendo ser definido como um sistema que estabelece uma série de procedimentos e regras 
de decisão, de modo a atender às necessidades de produção numa sequência de tempo logicamente 
determinada para cada item componente do produto final. Com o MRP, a partir da estrutura do 
produto (árvore do produto), detalhado em seus diversos níveis de composição, e conhecendo-se a 
demanda do produto final, é feito o cálculo de todas as necessidades de semiacabados, componentes 
e matérias-primas. Em função das datas necessárias para a entrega dos produtos e dos tempos de 
processamento das ordens, o sistema MRP determina as épocas em que estas ordens, de compra ou 
de fabricação, devem ser colocadas, objetivando assim reduzir o nível dos estoques (CORRÊA, 
GIANESI E CAON, 2009). Utiliza a lógica da produção empurrada. 
A aplicação desses sistemas (MRP, MRP II, ERP) torna-se conveniente na medida em que 
se torna um instrumento de planejamento, auxilia na tomada de decisão através da projeção de 
demandas, fornece conhecimento detalhado sobre o custo embutido em cada produto e ainda reduz 
a influência dos sistemas informais, ou seja, conhecimentos importantes armazenados em 
indivíduos específicos (MARTINS; LAUGENI, 1999). Russomano (2000) destaca que esses 
sistemas apresentam aspectos relativos às formas de planejamento citadas anteriormente. Contudo, 
a preferência para sua aplicação são as fábricas que tenham como estrutura produtos; 
principalmente aquelas cujas demandas são dependentes para emissão de ordem. 
 
2.1.3 Sequenciamento da produção 
Empresas que trabalham com um variado mix de produção em lotes enfrentam um problema 
de sequenciamento em sua programação. Várias peças e produtos necessitam ser produzidas e todas 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
“Desenvolvimento das Redes de Suprimentos e da Logística no Agronegócio” 
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5 
elas necessitam de um mesmo recurso para serem processadas, desta forma se faz necessária a 
criação de critérios para estabelecer uma prioridade entre as ordens a serem processadas. 
De maneira geral, são utilizados três critérios, conforme TUBINO (2007), que devemservir 
de base para a decisão: lead time médio, atraso médio e estoque em processo médio. Lopes e De Lima 
(2008) descrevem em seu trabalho que esta sequência dar-se-á através das restrições físicas, do 
cumprimento de data prometida, do fifo (first in, first out) ou lifo (last in, first out), dentre outros. 
Em alguns casos ocorre ainda uma situação particular onde o tempo de processamento das 
peças é dependente do sequenciamento. Nos casos relatados por Simões et al (2013) e Fabrício, 
Cabral e Subramanian (2007), vemos que um correto sequenciamento infere menores tempos de 
troca de setup e por consequência um menor tempo de atravessamento do lote em processo. Nesta 
situação torna-se vital uma otimização do sequenciamento de maneira a buscar a liberação de 
recursos e uma redução do lead time decorrente da redução do tempo de setup. Nestas situações 
normalmente os departamentos de PCP valem-se de técnicas de pesquisa operacional, heurísticas e 
modelagem matemática para que possam combinar as inúmeras variáveis do processo, como tempo 
de setup, horas disponíveis, demanda mínima, estoques de segurança. Estas técnicas utilizadas em 
conjunto com os critérios de sequenciamento citados anteriormente permitem encontrar um 
sequenciamento ótimo que permita obter o máximo da produção. 
 A adoção de uma dessas formas de sequenciamento dependerá da atividade desempenhada 
pela organização, neste caso, com ênfase dada nas empresas de manufatura e dos objetivos de 
desempenho que estas desejam atingir. 
 
2.1.4 Programação Chão de Fábrica 
A programação de chão de fábrica engloba as atividades do controle da produção, que 
objetiva monitorar o fluxo de operações e o consumo de materiais e tempo no chão-de-fábrica, e a 
verificação e controle do andamento. Estas atividades tem a finalidade de identificar possíveis 
desvios o quão antes, para elevar o nível de responsividade da solução. 
Santos, Victor e Da Silva (2010) destacam que quanto mais rápido os problemas forem 
identificados, mais efetivas serão as medidas corretivas visando o cumprimento do programa de 
produção. O acompanhamento e controle de produção estão encarregados de coletar dado (índices 
de defeitos, horas/máquinas e horas/homens consumidas, consumo de materiais, índice de quebra de 
máquinas etc.) para outros setores do sistema produtivo. Segundo Tubino (2000), por meio de 
coleta e análise de dados o PCP busca garantir que o programa de produção emitido seja executado 
a contento. 
 Conforme Slack, et al. (2002), ao determinar a sequência em que o trabalho é desenvolvido, 
algumas operações requerem um cronograma detalhado, mostrando em que momento os trabalhos 
devem começar e quando eles deveriam terminar. Esta sequência deverá ser determinada pelo PCP 
com base no Plano mestre de produção, na disponibilidade recursos calculada pelo MRP e pelo 
melhor sequenciamento identificado para redução de prazos e custos. 
 
2.1.5 Programação puxada x programação empurrada 
De acordo com Knod e Schonberger apud Pereira, Barbosa e Drohomeretski (2012), a distinção 
básica entre operações empurradas e operações puxadas reside em determinar se é o fornecedor ou o 
cliente que controla o fluxo produtivo. Em operações empurradas, o fornecedor envia o resultado do seu 
trabalho sem que haja solicitação por parte do receptor. Em operações puxadas, por sua vez, o receptor 
precisa sinalizar para que o fornecedor lhe envie o resultado do seu trabalho. A distinção entre a 
programação puxada e empurrada pode ser observada na Figura 1. 
 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
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Figura 1. Programação puxada x programação empurrada. Fonte: Pereira, Barbosa e Drohomeretski , 2012. 
 
3. Metodologia de pesquisa 
Esta pesquisa pode ser classificada como de caráter exploratório, que segundo Pereira, 
Barbosa e Drohomeretski (2012), visa prover maior conhecimento sobre o tema de pesquisa, tendo 
como principais finalidades desenvolver hipóteses com maior precisão e auxiliar prioridades para 
pesquisas posteriores. 
Através de pesquisa teórico-conceitual buscou-se fundamentar este trabalho através de 
livros, mas principalmente artigos científicos da base de dados dos anais do Encontro Nacional de 
Engenharia de Produção (ENEGEP). Buscou-se através deste foco em artigos científicos obter 
uma visão o mais contemporânea possível dos assuntos pesquisados na área de PCP. Acredita-se 
que este foco permita visualizar a ligação direta entre as pesquisas e aplicações práticas de seus 
resultados, uma vez que o objetivo deste trabalho é delinear as relações para explorá-las em 
futuros trabalhos a serem desenvolvidos e aplicados na prática. 
 
4. Discussão dos resultados 
Baseado na pesquisa teórica identificou-se que o MRP garante o cálculo das quantidades 
e datas necessárias para compra dos materiais (matéria prima), através deste vínculo o PCP fica 
intimamente ligado ao lead time de entrega, pois uma correta parametrização do MRP, irá afetar 
diretamente o lead time, pois sua exatidão e o cumprimento de suas datas e quantidades 
programação são vitais para o correto sequenciamento da produção. Para garantir o cumprimento 
da programação faz-se necessário possuir uma cadeia de suprimentos qualificada e confiável, para 
que o PCP possa programar com mínimas folgas, e reduzir-se o nível de reprogramações devido a 
atrasos de fornecedores que afetam negativamente os ganhos obtidos através do sequenciamento 
da produção. 
Um correto sequenciamento permite ao PCP obter vantagens produtivas, valendo-se de 
características em comum entre produtos, como componentes, processos e tempos operacionais 
para otimizar o setup. Quanto ao critério de data de entrega permite que o pedido mais crítico seja 
priorizado, porém sempre que este for o critério primário corre-se o risco de anular a vantagem 
produtiva da otimização de sequenciamento de setup. Todavia o critério de data de entrega possui 
uma importância vital no sequenciamento, visto que ignorá-lo poderá acarretar em atrasos e 
desgaste com o cliente. Esta conturbada relação expõe o quão complexa é a atividade de PCP, e a 
necessidade de se ponderar diversos critérios para sequenciamento mais propício ao sucesso. O 
Plano mestre de produção irá influenciar também o sequenciamento, pois o mix de produtos, os 
períodos de abastecimento e a prioridade de entrega indicados podem provocar alterações nas 
regras de sequenciamento. O PCP deve desenvolver formas de sequenciamento que permitam 
conciliar da melhor forma possível os critérios de prioridade e os de otimização do processo. 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
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O plano mestre de produção permite ao PCP antever o cenário de curto e médio prazo 
identificando possíveis futuras restrições de capacidade, bem como identificar características dos 
produtos que possam ser utilizadas para um melhor sequenciamento. Devido a este último ponto o 
Plano mestre possui uma forte ligação com o sequenciamento. A visão do cenário futuro fornecida 
pelo plano mestre possibilita ao PCP agir de forma antecipada, solicitando horas extras, 
terceirizando ou sugerindo investimentos em ampliação da capacidade em caso de demanda 
superior a capacidade, e no caso de retração de demanda, esta informação pode indicar ao PCP que 
eventuais picos devem ser absorvidos com horas extras para evitar novas contratações ás vésperas 
de períodos de baixa demanda. 
A programação de chão de fábrica propicia um controle mais fino ao PCP. A partir da 
programação individual feita aos postos pode-se controlar sua aderência e o quão precisa está 
sendo, verificar a existência de interferências e problemas queafetam a precisão da programação 
no momento em que ocorrem. Esta prática permite ao PCP estar ciente da aderência da 
programação posto a posto durante sua execução e permite que ajustes sejam rapidamente feitos 
para garantir o atendimento da demanda. 
A relação entre estes quatro fatores demonstra-se extremamente delicada, pois não fica 
clara uma hierarquia entre elas. Este paralelismo entre os fatores nos leva a concluir que o lead 
time depende de um perfeito funcionamento e sincronismo entre eles para que seja sensível algum 
ganho a partir da programação da produção. Um bom funcionamento de um dos fatores 
isoladamente pode criar ganhos ilusórios que venham a ser desperdiçados por falta de sincronismo 
ou mau funcionamento de outro fator, como por exemplo, em uma situação hipotética onde se 
tenha ganhado algum tempo através da otimização do setup, mas que este seja perdido logo 
adiante por uma falha no MRP que tenha culminado em falta de matéria prima ou em algum atraso 
de produção que seria corrigível, porém não foi detectado a tempo de que algo fosse feito. 
Esta relação de dependência entre os quatro fatores estudados neste artigo nos induz a 
uma analogia, demonstrada na figura 2, que ilustra como o lead time se apoia sobre o PCP através 
destes quatro pilares. Desta forma, a missão do PCP é fortalecer e zelar por estes pilares, pois caso 
um deles apresente-se fragilizado em relação aos outros poderá comprometer a toda a estrutura que 
sustenta os ganhos de lead time através de programação da produção. 
 
Figura 2. Pilares que sustentam o lead time apoiados no PCP. Fonte: autor 
I Simpósio de Redes de Suprimentos e Logística | SIMREDES – 2013 
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11 a 13 de Novembro de 2013, Dourados-MS 
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5. Conclusão 
O presente trabalho explorou a relação entre o PCP e o lead time, buscando evidenciar os 
principais pontos de em que se apoiam essa relação. Os resultados encontrados demonstraram 
quatro principais pontos, e uma forte interdependência entre eles que exige que o PCP busque a 
perfeição de em todos, sob pena de não colher os frutos dos pontos em que estiver mais avançado, 
caso algum deles falhe em sua execução. 
As relações evidenciadas por este trabalho conforme seu objetivo inicial indicaram muitos 
assuntos a serem explorados e estudados de forma mais minuciosa, bem como deixa clara a 
necessidade de se buscar o desenvolvimento de ferramentas para promover a integração dos quatro 
pilares que relacionam o PCP ao Lead time. Como sugestões para futuros trabalhos pontua-se o 
desenvolvimento de melhores ferramentas de sequenciamento, ferramentas para produção fina 
finita, ferramentas para uma melhor relação entre plano mestre de produção e o sequenciamento, 
pesquisas sobre melhores práticas para gerenciamento da cadeia de suprimentos com ênfase em 
confiabilidade de entrega e aplicações de Teoria das restrições a programação de chão de fábrica, 
visto que esta é uma grande fonte de dados a respeito de restrições no processo, podendo inferir 
agilidade ao processo de elevação e eliminação das mesmas. 
Um ponto importante a frisar é que este trabalho abordou apenas a participação do PCP 
no lead time, para que se obtenham ganhos reais em termos de redução do lead time, a aplicação 
de melhorias na programação precisa ser feita de forma concomitante a melhorias em processos, 
operações e na comunicação entre as áreas. 
 
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https://www.researchgate.net/publication/311066161

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