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Direitos Difusos e Coletivos - Presencial

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Direitos difusos e coletivos
14/02
Microssistema processual coletivo
O sistema processual do CDC e da lei da ACP foram interligados, estabelecendo um microssistema processual coletivo. Assim, considerando o microssistema processual, o CDC deverá ser aplicado no que for compatível com ação popular, ação de improbidade etc.
Nas ações coletivas o CPC só será aplicado se não houver solução legal nas regulações que estão disponíveis dentro do microssistema coletivo.
Princípios do processo coletivo:
1- princípio do conhecimento de mérito no processo coletivo:
Nas ações coletivas o juiz deve facilitar o acesso à justiça, superando vícios processuais, de maneira a enfrentar o mérito da ação.
2- princípio da máxima prioridade da tutela jurisdicional coletiva:
O princípio em questão determina a prioridade de tratamento dos feitos destinados a tutela coletiva.
3- princípio da disponibilidade motivada da ação coletiva:
Havendo interesse em desistir da ação coletiva, os motivos deverão estar presentes e fundamentados.
(17/02)
Art. 129, III CF
4- princípio da não taxatividade da ação coletiva:
Por tal princípio não se pode limitar as hipóteses de ação coletiva. Assim qualquer direito coletivo poderá ser objeto da ação coletiva.
5- princípio do máximo benefício da tutela jurisdicional coletiva:
Por tal princípio busca o aproveitamento máximo da prestação jurisdicional coletiva, afim de se evitar novas demandas, principalmente as ações individuais que possuem a mesma causa de pedir.
6- princípio do ativismo judicial no processo coletivo:
No direito processual coletivo o juiz possui poderes instrutórios amplos e pode agir independente da iniciativa das partes para garantir a efetividade do processo coletivo.
7- princípio da máxima amplitude da tutela coletiva:
Em decorrência desse princípio são cabíveis todos os tipos de tutelas (condenatória, declaratória, constitutiva, mandamental) no direito coletivo, no intuito de garantir a máxima efetividade no processo coletivo.
8- princípio da obrigatoriedade da execução coletiva:
Havendo desídia dos demais legitimados ativos, deverá o MP promover a ação coletiva da sentença.
Direitos coletivos (lato sensu)
· Direitos difusos: São direitos que não podem ser quantificados, nem divididos entre determinados membros da sociedade. O que une as pessoas diante de um direito difuso é uma circunstância de fato. Ex: dano ambiental, direito a uma publicidade honesta etc.
· Coletivos (stricto sensu): Diz respeito ao interesse das pessoas agregadas em grupos ou categorias ligadas por um vínculo jurídico.
· Direitos individuais homogêneos: trata-se de direitos individuais, cuja origem decorrem de uma mesma causa, as quais poderão ser liquidadas de forma individual.
Lei 7.347/85 (Ação Civil Pública - ACP)
Nem sempre uma ação civil pública será uma ação coletiva. Para ser considerado uma ação coletiva ela precisa tutelar direitos coletivos “latu sensu”.
Curiosidade: Na ação civil pública o ônus da prova é dinâmico, segundo o qual a prova é atribuída a quem tem melhores condições de fazê-lo.
O dano moral coletivo, embora apresente divergências doutrinárias, foi expressamente previsto no art 6º, inciso VI e VII do CDC.
Assim, configura dano moral coletivo a injusta agressão a esfera moral de uma certa comunidade.
A primeira turma do STJ entende pela não aplicabilidade do dano moral coletivo, sob o argumento que o dano moral exige dor, sofrimento, que afeta o ser humano. Todavia, a segunda turma do STJ se manifestou favorável ao dano coletivo (informativo 418 do STJ)
Critérios de competência para ACP
Nas demandas coletivas existem dois critérios para determinar a competência:
1º foro local do dano (art 2º da lei da ACP)
2º âmbito da extensão do dano (art 93, inciso II do CDC) isto é, nas lesões de dimensões geográficas maiores serão competentes o foro da capital do Estado ou DF.
Assim como nas ações populares o STF fixou entendimento que na ACP o juiz de primeiro grau é o juízo competente, mesmo quando em face de ministros de estado.
Vale ressaltar que nas ações coletivas para análise de improbidade administrativa, as autoridades tem gradativamente ganhando espaço na tese de prerrogativa de foro.
Execução para as demandas individuais
O STJ decidiu que as ações individuais de liquidação e execução de consumidores lesados, poderão ser ajuizadas, à escolha do autor, em seu domicílio ou no domicílio do réu.
Os legitimados: A legitimidade na ACP é extraordinária, visto que os legitimados defendem em juízo, em nome próprio, direito alheio.
1- MP: Se o MP não for o autor da ACP, atuará sempre como fiscal da lei.
2- Defensoria Pública: A lei 11.448/2007 incluiu no rol dos legitimados da ACP a defensoria pública que poderá interpor ACP na defesa dos necessitados (informativo 346 STF)
3- Entes Federados: As pessoas jurídicas de direito público interno poderão interpor ACP, mas deverá comprovar o seu efetivo interesse na causa.
4- As associações: Poderão interpor ACP desde que preencha dois requisitos:
I) esteja constituída pelo menos a um ano;
II) tenha pertinência temática.
Poderá ser dispensado o prazo de um ano quando houver manifesto interesse social.
Entes Despersonalizados
Também são legitimados, mesmo que sem personalidade jurídica, os órgãos públicos de defesa do consumidor. Assim, os Procons são legitimados para interpor ACP.
TAC - Termo de Ajustamento de Conduta
Muito embora o código civil vede a transação de direitos indisponíveis, nos termos da lei da ACP é possível realizar o compromisso de ajustamento de conduta, sob o argumento de que a vedação da transação pelo código civil trata-se de matéria de direito privado devendo existir uma flexibilização quando tratar de direitos coletivos.
Vale ressaltar, que tal transação jamais pode se dar sobre material de fundo (direito em si), sendo possível transacionar apenas sob modo, prazos, etc.
Somente órgãos públicos poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de conduta.
A lei prevê que o TAC será título executivo extrajudicial.
TAC sucessivo: Nada mais é do que a realização de um novo TAC para a adequação da conduta as novas circunstâncias fáticas ou para complementação do TAC anterior.
TAC judicial e TAC extrajudicial
Existem duas formas de se obter um título executivo judicial:
1- a partir de uma conciliação em uma ação civil pública;
2- ou requerer a homologação judicial do TAC através do permissivo do art. 515, III do CPC.
Curiosidade: O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por intermédio da resolução n°23, regulamentando a material do inquérito civil, definiu a impossibilidade das recomendações ensejarem as dispensas da ACP (art.15).
A publicidade do TAC é importante para que todos os órgãos públicos tomem conhecimento da sua existência e do seu teor.
O MP não é obrigado a propor o TAC antes do ajuizamento da ACP (informativo 377 do STJ)
O STJ entende que a assinatura do TAC não obsta a instauração da ação penal, pois esse procedimento ocorre na esfera administrativa, que é independente da penal (STJ HC.82.911/MG)
(11/03)
Inquérito Civil
É uma espécie de procedimento administrativo, com natureza inquisitiva, através do qual se busca elementos de convicção para o ajuizamento da ACP ou para a formulação do TAC.
É um procedimento facultativo de atuação exclusiva do MP.
A doutrina de um modo geral, mitiga a aplicação do princípio do contraditório no processo civil notadamente por considera-lo mero procedimento administrativo, sem aplicação de sanção.
Não é lícito negar ao advogado o direito de ter acesso aos autos do inquérito civil, relativamente aos documentos já constantes nos autos.
Caso não haja elementos para a propositura da ACP o inquérito civil poderá ser arquivado de maneira fundamentada.
Condenação em ação civil pública
Havendo condenação ao pagamento em valores na ACP, fundado em direito difuso e coletivo, o dinheiro arrecadado deverá ficar depositado em um fundo (fundo de direito difuso-FDD).
A aplicação dos recursos arrecadados no fundo de direitos difusos (FDD). Deverá estar relacionadacom a natureza da infração ou do dano causado.
A execução coletiva poderá ser promovida por qualquer legitimado coletivo, inclusive por aquele que não tenha sido autor da ação coletiva.
Na hipótese da parte autora não executar a sentença no prazo de sessenta dias, o MP obrigatoriamente a executará.
O art. 16 da lei da ACP visa restringir a eficácia subjetiva da coisa julgada em ação coletiva, impondo uma limitação territorial a essa eficácia, restrita ao âmbito da jurisdição do órgão prolator da decisão.
A doutrina, portanto, defende a aplicação do art. 103 do CDC para todo microssistema coletivo, por estar mais adequado ao conceito de direitos coletivos.
Ação popular
O cidadão poderá propor ação popular visando anular os atos lesivos ao patrimônio público.
O requisito para propositura da ação popular é o título eleitoral.

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