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ESCOLA DA PONTE PORTIFOLIO

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1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
DESENVOLVIMENTO......................................................................................5-13
CONCLUSÃO.......................................................................................................14
REFERÊNCIAS....................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho a seguir tem como objetivo promover uma re- flexão a partir da leitura: A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir de Rubem Alves , articulando- o com todas as abordagens estudadas neste semestre . Em seu livro, Rubem Alves retrata sua experiência vivida durante uma semana em visita à Escola da Ponte localizada em Portugal e dirigida pelo educador José Pacheco. No entanto, antes de realizarmos os apontamentos que julgamos necessários, gostaríamos de realizar uma breve apresentação da escola que trataremos aqui. Nascido da necessidade de repensar a escola e de um conjunto de situações interligadas, que provocaram interrogações quanto à sua organização, à relação entre escola e família e às relações estabelecidas com as instituições locais, o projeto “Fazer a Ponte” orienta-se por dois princípios básicos: o desenvolvimento de uma organização de escola que tem por referências uma política de direitos humanos que garanta as mesmas oportunidades educacionais e de realização pessoal a todos os cidadãos e a promoção, nos diversos contextos em que decorrem os processos formativos, de uma solidariedade ativa e participativa responsável.
2 DESENVOLVIMENTO
A Escola da Ponte é uma instituição pública de ensino localizada em Portugal, no distrito do Porto, e dirigida pelo educador, especialista em música e em leitura e escrita, José Pacheco. Lá, os alunos não são divididos em classes nem em anos de escolaridade. Portadores de necessidades especiais dividem o espaço com os outros alunos, sendo a biblioteca o local central da escola.Cada aluno e a ma- ioria dos orientadores educativos são responsáveis por algum aspecto do funcionamento da escola e estes últimos acompanham todos os educandos e trabalham para que conquistem sua autonomia, compreendendo o porquê e o para quê estudar. 
O estudo é feito em grupos heterogêneos e dinâmicos, mas ocorrem, também, individualmente e em duplas, cujo critério para formação é o interesse em comum. As crianças podem escolher o que estudar e com quem, e podem solicitar a ajuda de um professor, desde que façam por escrito um pedido de auxílio, deixando claro o que querem saber, o que já sabem e o que já fizeram para aprender. O educador se responsabiliza por orientar a pesquisa, que é feita, predominantemente, em livros e na internet. Há, também, a caixinha de segredos, onde os alunos deixam recados, pedidos de ajuda, desabafos, dentre outros, sendo esta uma forma, inclusive, de resolver questões relacionadas à tão discutida indisciplina.Para avaliação, feita de forma continuada, há vários instrumentos, inclusive a auto avaliação. Planos de aula (o que pretende saber e como proceder); relatório constando suas descobertas e jornal, com a publicação dessas; ata de assembleia que ocorre semanalmente e é composta por alunos, pais, profissionais de educação e demais agentes educativos para resolver os problemas da escola em conjunto; quadro de solicitações de orientação; disponibilidade para ajudar os colegas; comparação entre o plano de atividades e impressões do trabalho realizado no dia. 
O aluno do Núcleo da Iniciação, primeira dos três ciclos da escola, é trabalhado a fim de aprender a: ser pontual, assíduo e zeloso por seus materiais e colegas; a cumprir suas tarefas, pedindo auxílio ao professor só quando realmente precisar; desenvolver sua criatividade e participação, com intervenções pertinentes; elaborar e atualizar seu plano de estudo; reconhecer suas falhas e acertos, nas auto- avaliações; pesquisar, resolver conflitos e se comunicar – oralmente e por escrito de forma clara e coerente. 
 Desenvolvendo bem as atividades de grupo, pesquisa e auto avaliação, a criança passa para o Núcleo da Consolidação, procurando cumprir o currículo nacional destinado ao primeiro ciclo do ensino básico de forma autônoma, consolidando suas competências desenvolvidas na primeira fase. No terceiro e último núcleo, o do Aprofundamento, os alunos trabalham os conteúdos do segundo ciclo do ensino básico. Eles possuem total autonomia de seu tempo na escola, mas devem participar das aulas de educação física e de laboratório e podem fazer parte de projetos de extensão e de pré-profissionalização. A maioria dos pais de alunos da Escola da Ponte já pertenceu ao quadro de educandos da escola. Muitos deles, hoje, são pessoas autônomas e de destaque em suas profissões.
No Brasil, esta escola nada tradicional é fonte de inspiração para a Escola Municipal Desembargador Amorim Lima, localizada na cidade de São Paulo, que, desde 2004, implementou um projeto democrático, e para a Escola Municipal Presidente Campos Sales, também em São Paulo, que começou mais recentemente, em 2008. Nestas, também, as crianças buscam sua autonomia, desenvolvendo o aprendizado por meio de projetos, com os professores não só um no mesmo espaço atuando como auxiliares. 
A escola como uma instituição precisa saber que deve formar sujeitos que possam inserir-se na sociedade de modo a modificá-la positivamente. Se é para a sociedade que a escola forma o indivíduo, logo conclui-se que ambos, ambiente escolar e meio social devam manter uma relação de reciprocidade para o bom andamento da educação. Por isso tem-se a percepção de que há a necessidade de uma mútua colaboração entre a esfera social e a dimensão escolar, principalmente, em relação ao meio externo do local a que as unidades de educação pertencem. O trabalho foi construído através de pesquisa bibliográfica, utilizando como suporte o saber dos teóricos, especialmente Vitor Henrique Paro, que aborda diversas discussões no que diz respeito à gestão democrática escolar dando destaque à sua relação com o meio comunitário e social como um todo e Ilma Passos Alencastro Veiga, que concebe o Projeto Político Pedagógico como uma importante ferramenta para a democratização da educação e o Conselho Escolar como algo que assegure a efetivação do PPP. Utilizou-se, também a pesquisa de campo, buscando conhecer a realidade da gestão escolar de algumas escolas, a partir de questionários e observações, com a pretensão de projetar possíveis estratégias de integração da escola com a comunidade, apoiando-se numa gestão que seja democrática.
Inicialmente aborda-se a gestão democrática conceituando-a e caracterizando-a de forma a esclarecer a sua importância para o melhoramento da educação. Toda escola necessita de uma administração, porém quando esta se dá de forma democrática, precebe-se o quanto se pode avançar de maneira positiva rumo a uma boa educação.
A participação é uma característica indispensável numa gestão democrática, pois através dela busca-se alcançar os objetivos com uma colaboração mais ampla e com maiores possibilidades de obter sucesso naquilo que se almeja. É insdispensável que o professor tenha consciência da importância desse tipo de gestão, pois o docente é uma peça chave para um ensino de qualidade, logo sua colaboração e participação são essenciais em meio a uma administração escolar democrática.
Promover a integração da escola com a comunidade não é algo impossível de se acontecer na prática, porém a gestão escolar precisa estar disposta a trabalhar com o intuito de garantir essa inter-relação de colaboração e ajuda mútua e ela fará isso de maneira mais coerente se adotar os moldes de uma administração escolar democrática.
 GESTÃO DEMOCRÁTICA ESCOLAR
Em tempos de transformações notáveis e gradativas na sociedade brasileira, percebe-se a necessidade de mudanças constantes no modo de conduzir e organizar os diversos setores quea constituem. Nessa perspectiva, a escola como instituição de cunho vital para o bom andamento das práticas sociais não poderia se tornar alheia a tais transformações, pois a educação tem papel fundamental para a construção do bem estar social e da cidadania.
A gestão escolar é o meio pelo qual as instituições educacionais são conduzidas e organizadas, tendo em vista os fatores econômicos, políticos, estruturais, pedagógicos, sociais, dentre outros. É a partir das ações da gestão que a escola toma posse de seus métodos e perspectivas para o desenvolvimento dos processos educativos. Aliada a ela, surge a democratização da mesma que tem sido um assunto corriqueiro no meio educacional. Afinal, essa concepção de gestão tem trazido novos horizontes para a educação brasileira, pois proporciona avanços de significativa relevância para a educação, tais como o envolvimento da comunidade escolar na escolha do diretor da escola e a implantação dos conselhos escolares com papel deliberativo e decisório.
Sabe-se que ainda hoje, no Brasil, o ensino público reflete os velhos moldes da administração clássica, onde a ênfase se dava no cumprimento de normas e técnicas padronizadas e rigorosas que deviam ser seguidas por todas as escolas, para que estas trabalhassem da mesma forma. Sabendo que vivemos numa sociedade dinâmica, não podemos nos agarrar aos métodos do passado, pois as mudanças de época exigem também a transformação dos métodos e técnicas. Logo, a gestão escolar precisa aderir à democratização de suas funções e atribuições, visto a necessidade do cenário social, econômico e político em que nos encontramos.
(...) administrar uma escola pública não se reduz à aplicação de uns tantos métodos e técnicas, importados, muitas vezes, de empresas que nada têm a ver com objetivos educacionais. A administração escolar é portadora de uma especificidade que a diferencia da administração especificamente capitalista, cujo objetivo é o lucro, mesmo em prejuízo da realização humana implícita no ato educativo. Se administrar é usar racionalmente os recursos para a realização de fins determinados, administrar a escola exige a permanente impregnação de seus fins pedagógicos na forma de alcançá-los (PARO, 2000, p. 7).
Nesse sentido, a gestão escolar, deve ter a consciência do seu papel pedagógico, pois o produto final de todas as ações da gestão, bem como de toda a equipe da escola (docentes e demais funcionários) deve ser a educação em si. A partir do momento em que os gestores tomam posse desse saber, todos os seus esforços se traduzirão em estratégias para garantir um processo de ensino aprendizagem que se dê de maneira eficaz. Desta forma, a gestão começa a ganhar um formato democrático, onde todos buscam em conjunto a melhoria da educação.
Dentre as características da gestão democrática podemos destacar o planejamento participativo como algo que traz relevantes contribuições no processo de democratização da educação. “A participação é condição básica para a gestão democrática. Uma não é possível sem a outra. É desse modo que a gestão democrática é concebida como projeto coletivo”.
O diferencial da Escola da Ponte em relação a escolas mais tradicionais não está apenas no seu jeito de organizar os espaços e os processos de aprendizagem. Está também nas reuniões semanais da equipe docente, na Associação de Pais e na Assembléia dos alunos. É uma escola reconhecida mundialmente pelo seu projeto inovador, pois desde 1977 que o lema desta escola é "tentar fazer crianças felizes" e baseia-se na autonomia dos alunos e professores, assim como, rompe o sistema padrão de seriação/ciclos adoptado pelas restantes instituições de ensino em Portugal e grande parte do mundo.
É uma escola com práticas educativas alternativas, desde 1976, que se afastam do modelo tradicional embora se insiram num  método de ensino designado por indireto.
Tem como máxima o ensinara liberdade responsável e a solidariedade.
Assim como os alunos são educados para serem cidadãos, exercitando a cidadania. São chamados a praticar a democracia dentro da própria escola, como cidadãos autónomos. Na prática, tal como numa democracia direta, organizam assembleias gerais e debates para resolverem problemas de disciplina e outros entre eles. O aluno e mesmo o professor que desrespeitar as regras, predeterminadas por eles mesmos, é convidado, perante todos, a refletir e pronunciar-se sobre seu comportamento dentro da escola.
O espaço é estruturado de modo que todos possam trabalhar com todos. Nenhum aluno é aluno de um professor só, nem um professor é professor só de alguns alunos.
A escola não tem paredes internas para separar os alunos de acordo com a idade ou série. Esses, por sua vez, se agrupam de acordo com a área de interesse a ser pesquisada, independente da faixa etária.
É uma escola sem turmas. Não existem salas de aula, no sentido tradicional, mas sim espaços de trabalho e de aprendizagem, onde são disponibilizados diversos recursos, como: livros, dicionários, gramáticas, internet, vídeos… ou seja, várias fontes de conhecimento.
Não há filas de carteiras, há mesas redondas. Não há aulas, há tempos. Não há disciplinas, há valências. Não há professores, há orientadores educativos. Não há diretor, há gestor.
Cada aluno programa o seu trabalho. Às quartas-feiras, os alunos reúnem-se em redor do seu tutor e preenchem um plano de quinzena. O tutor é quem acompanha de forma individual e permanente o percurso curricular de cada aluno.
A aprendizagem desenvolve-se em pequenos grupos de alunos com interesse comum por um assunto que se reúne com um professor ou orientador e, todos juntos, estabelecem um programa de trabalho de 15 dias. O professor dá orientação sobre o que as crianças devem pesquisar e onde e, ao fim de 15 dias, elas fazem uma avaliação do que aprenderam. Se os resultados forem positivos e conclusivos, o grupo dissolve-se e é formado outro para estudar uma nova matéria.
Trabalha segundo uma lógica de projeto e de equipa, estruturando-se a partir das interações entre os seus membros e a comunidade. Onde inclusivamente as crianças que sabem são incentivadas, por meios criados pela escola, para ensinar as crianças que não sabem.
 Sabemos que a inclusão é um direito de todos, mas será que todos estão conscientes das possibilidades que levam a inclusão. Saber o que é e trabalhar a inclusão é viver a experiência da diferença e vencer os preconceitos, valorizando assim o que é e o que cada um pode ser. A inclusão deve proporcionar possibilidades sem o ranço do preconceito, da discriminação, das rotulações, das segregações e dos estigmas. A inclusão deve levar o sujeito a vida sem doenças. Segundo a Dra. Nilcéa Da Silva Coelho, temos necessidade de pertencer a algo. É um sentimento de pertencer. O que é fundamental para dar sentido a nossa existência. Quem não pertence adoece. Portanto, acredito que se você não inclui, não dá possibilidades, leva o sujeito a doença.
Em relação à educação, observa-se a emergência de uma educação inclusiva e de movimentos de combate ao preconceito. Preconceito que tira a esperança e a coragem de agir sempre de acordo com as ideias e ideais de quem quer aprender, conseguir e alcançar.  Todos devem ter acesso às escolas comuns e essas escolas devem buscar uma pedagogia centralizada para a diferença se tornar acessível. Para que cada sujeito consiga se sentir capaz perante suas necessidades. A pedagogia deve caminhar junta a estes preceitos e dessa forma tornar a escola uma facilitadora das possibilidades às pessoas com necessidades especiais. Essa escola deve facilitar a independência e autonomia, possibilitando aos discriminados a ocupação do seu espaço na sociedade. A escola deve valorizar o que eles são e o que eles podem ser.
Não podemos deixar de lembrar sobre a formação do professor diante da inclusão.  Deve haver o diálogo e discussão sobre as possíveis dificuldades que esse professor pode apresentar. É muito importante que o professor esteja preparado para receber estes alunos e também o quanto é importanteele receber conhecimentos satisfatórios para proporcionar aulas bem mais preparadas, de qualidade. Muitas vezes, o próprio professor busca sua atualização, sua preparação, porque as escolas recebem os alunos sem a preocupação de que elas não estão preparadas para recebê-los e nem menos o professor. A adaptação e a diversificação de conteúdos devem fazer parte de uma preparação para o estilo de aprendizagem que o educador levará aos seus alunos para que se sintam satisfeitos e iguais a todos os outros, sem exclusão. Todo conteúdo programado deverá atender as necessidades.
Podemos construir uma teoria baseada em muitas diferenças, em muitas ideologias para explicar as necessidades, os cuidados, os recursos, as estruturas e os significados das "diferenças" para que elas não se tornem anormais, inferiores e com desvantagens para alcançar o que desejam e o que têm por direito. O apoio leva todos se tornarem independentes, e assim ter uma melhor convivência no meio social. Precisamos oferecer e demonstrar o respeito, a compreensão, cooperação, para incentivar a luta pelos direitos de sua inclusão. Eles podem ser capazes e ter potencialidades.
 O modelo da Escola da Ponte pode ser seguido por outras escolas?
PACHECO Não defendo modelos. A Escola da Ponte fez o que as outras devem e podem fazer, que é produzir sínteses e não se engajar em um único padrão. Não inventamos nada. Estamos em um ponto de redundância teórica. Há muitas correntes e quem quer fazer diferente tem de ter mais interrogações do que certezas. Considero que na educação tudo já está inventado. A Escola da Ponte não é duplicável e não há, felizmente, clonagem de projetos educacionais.
PROJETO ANCORA Associação Civil  beneficente, filantrópica, educativa e cultural, de fins não econômicos e não lucrativos, fundada em 23 de setembro de 1995. Entendemos que a educação é a maneira mais potente de promover o Desenvolvimento Social e por meio dela formamos Comunidades de Aprendizagem.
Nascemos com o desafio de melhorar a realidade de crianças e adolescentes de baixa renda de Cotia e região, por meio de experiências educacionais, culturais, artísticas e esportivas que complementassem o ensino escolar, além de programas como creche, educação infantil, oficinas e cursos profissionalizantes. A Instituição já beneficiou diretamente mais de seis mil crianças, adolescentes e suas famílias em situação de vulnerabilidade social em periferias dos municípios de Cotia, Osasco, Carapicuíba, São Paulo, Embu das Artes.
No ano de 2012, o Projeto Âncora inaugurou uma escola de ensino fundamental com uma inovadora filosofia educacional, inspirada na Escola da Ponte de Portugal, implantando um modelo organizacional de gestão democrática e uma reorganização das estruturas educativas tradicionais. A Escola Projeto Âncora, particular e gratuita, passou a somar-se ao trabalho já executado, possibilitando assim o atendimento integral de cerca de 180 crianças e jovens no ensino escolar e proporcionando diversas atividades complementares. Em 2017, a Instituição passou a oferecer também ensino médio e foi mapeada pelo MEC como uma das 178 instituições legais, inovadoras e criativas do Brasil. 
Assim o Projeto Âncora, englobando desenvolvimento social e aprendizagem escolar básica, tem como objetivos contribuir à construção de cidadãos conscientes de suas capacidades para coletivamente formar uma sociedade justa, equilibrada e sustentável, a partir de uma prática educacional acolhedora e participativa na construção de Comunidades de Aprendizagem.  
A Instituição está instalada em terreno de 12.000 m² na cidade de Cotia e dispõe de uma infraestrutura com salas de aprendizagem, laboratórios, quadra de esportes, circo, biblioteca, cozinhas, pista de skate, refeitório, hospedaria, assim como áreas verdes, arborizadas com frutíferas, canteiros de ervas e uma horta.
Professores enfrentam muitos desafios O exercício da profissão de professor e seus desafios são extremamente exigentes e envolvem muita responsabilidade. Esse profissional tem como maior objetivo a formação de seres humanos críticos e aptos a iniciar na jornada profissional e a conviver em sociedade. Dessa maneira, existe a necessidade de um perfil bastante peculiar do professor, que deve representar uma figura ao mesmo tempo paciente, criativa, empática e instigadora. Recebendo, em geral,  um baixo salário, somado à desvalorização da carreira, os professores procuram por estratégias que visam a manter a qualidade de vida. 
Assim, muitos preferem aumentar seus turnos de trabalho ou assumir funções extras, o que leva a uma maior dificuldade do professor em conciliar suas atividades pessoais e profissionais, influenciando negativamente o cotidiano da sala de aula, o professor deve lidar com alunos de variados estilos: desinteressados, desmotivados, despreocupados, irresponsáveis, tímidos, distraídos, impacientes etc. De forma a ser um bom guia na busca pelo conhecimento, o professor deve saber identificar, compreender e auxiliar seus alunos em relação às suas dificuldades, pois elas representam grandes desmotivadores e contribuem para o baixo rendimento escolar. Assim, saber exatamente onde os alunos estão com problemas, facilita no direcionamento e na realização de intervenções pedagógicas e, consequentemente, no aprimoramento do processo pedagógico.
Cada aluno é único e apresenta competências e dificuldades específicas. O educador também deve lecionar os conteúdos a serem passados por meio de atividades variadas, atendendo às necessidades de todos.
Pensando além do desenvolvimento cognitivo dos alunos, também é fundamental que o professor proponha atividades para trabalhar as competências socio-emocionais em sala de aula. Essas competências são tão importantes que inclusive são previstas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que defende a formação integral do aluno.
 CONCLUSÃo
Consideramos um ponto negativo o fato de que se esta mudança proposta pela Escola da Ponte, de uma inversão dos valores educacionais e sociais, não ocorrer, a instituição e seus alunos se mostrariam de certa forma isolados, pois, por exemplo, um aluno formado por esta escola encontraria grandes dificuldades no ingresso de universidades que se baseiam no atual método de avaliação. Todavia, isto que apontamos como defeito também se mostra como sua grande qualidade, pois a radicalidade com que aborda essas mudanças talvez seja o único modo para uma real mudança em um âmbito maior. Consideramos também como grande qualidade a grande capacidade de inclusão deste projeto, que não se limita aos que demonstram maior inteligência ou aptidão aos estudos tradicionais.
Admiramos a proposta por não se limitar apenas ao segmento educacional, mas também social, uma vez que entendemos a educação como a melhor ferramenta de mudança de valores já estabelecidos e questionados por nós.
4 REFERÊNCIAS
http://www.escoladaponte.com.pt/
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/jose-pacheco-escola-ponte-479055.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_da_Ponte
http://elisakerr.wordpress.com/crianca-rupestre/escola-da-ponte/
http://servicos.educacao.rs.gov.br/dados/edcampo_texto rubem alves_a_escola_co m que_---_existir.pdf
https://novaescola.org.br/conteudo/335/jose-pacheco-e-a-escola-da-ponte 
http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2007/195.
pdf .
Sistema de Ensino Presencial Conectado
complementação pedagogica em matematica
LAÍS MARIELLI ROCHA GARCEZ
A escola de todos e para todos: Diálogos sobre a Escola da Ponte.
PRUDENTOPOLIS
2019
LAIS MARIELLI ROCHA GARCEZ
A escola de todos e para todos: Diálogos sobre a Escola da Ponte.
Trabalho de Complementação pedagógica em Matematica apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplinade: Educação à Distância Psicologia da Educação e Aprendizagem Didática: Planejamento e Avaliação LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais Políticas Públicas na Educação Básica Educação e Diversidade Práticas Pedagógicas: Identidade Docente
Prof: Equipe unopar
PRUDENTOPOLIS
2019

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