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AULA 4 FINANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES

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Reconhecer o planejamento financeiro nos horizontes de curto e longo prazo
PLANEJAMENTO FINANCEIRO: O QUE PLANEJAR?
Para entendermos o planejamento financeiro no âmbito empresarial, é importante que antes compreendamos o próprio conceito de planejamento. Segundo Sobral e Peci (2013), ele pode ser definido como a:
Função da administração responsável pela definição dos objetivos da organização e pela concepção de planos que integram e coordenam suas atividades.
(SOBRAL; PECI, 2013)
Planejamento, portanto, integra o que deve ser feito à maneira como isso pode ser realizado ou atingido. Afinal, de que adianta planejar se depois não podemos checar o que foi planejado?
Essa checagem é chamada de controle. Ainda de acordo com Sobral e Peci (2013), ele pode ser considerado a função da administração responsável pela geração de informações sobre a execução das atividades a fim de garantir o cumprimento das metas planejadas, monitorando-as e corrigindo desvios significativos.
Exemplo
Tracei como meta emagrecer dois quilos até dezembro deste ano (meta: objetivo + prazo). Farei isso por meio de dieta e exercícios físicos, embora meu planejamento também inclua a forma como esse controle será realizado: quantos minutos me exercito e quantas gramas perco por semana. Por fim, após o planejamento, começarei a execução do plano e seu controle (monitoramento e correção caso seja necessário). O planejamento do controle financeiro tem uma lógica semelhante.
O planejamento também é muito importante ao organizar a vida financeira, seja de uma pessoa física ou jurídica.
As metas são os objetivos com prazos que se deseja alcançar, enquanto a tática é a maneira ou o caminho para que elas sejam alcançadas.
Veja o exemplo.
Se a meta de uma empresa é:
Dobrar o valor de sua receita em dois anos, suas táticas podem ser:
Note que as táticas geram e consomem recursos da entidade. Dessa forma, elas:
Criam receitas
(geram recursos)
Criam despesas
(consomem recursos)
Se o planejamento não for bem feito, as despesas podem superar as receitas, não havendo, dessa forma, lucro – e sim prejuízo.
Esta é a importância do planejamento:
Alcançar as metas por meio de maneiras eficazes (atingir o alvo) e eficientes (utilizando menos recursos, como tempo, dinheiro, pessoas e materiais).
Alguém ainda pode se perguntar: “O que eu tenho de planejar?”
A resposta é: tudo (ou o máximo possível) que puder. Quando desejar alcançar uma meta, você só será capaz de verificar se conseguiu fazê-lo de forma eficiente se tiver planejado todos os passos relacionados a ela.
Para entendermos isso melhor, imaginaremos a seguinte situação:
Você deseja dobrar sua receita, promovendo, como consequência disso, um aumento de 80% no valor do gasto em marketing.
Como podemos verificar se esse aumento foi grande ou pequeno?
Não há como saber isso sem uma comparação. Se o planejamento incluía um aumento de:
50%
Então o gasto foi maior que o planejado – e o motivo disso deve ser verificado atentamente.
100%
Contudo, se esta era a porcentagem pretendida, o gasto foi menor que o esperado.
O planejamento deve ser feito usando números factíveis. Não adianta nada fazê-lo inflando os tetos de despesas só para tornar mais fácil o seu alcance, pois isso, na verdade, atrapalha o processo de planejamento. Entretanto, há itens cujo gasto de recursos no planejamento é maior que os ganhos a serem obtidos.
Exemplo
Em uma grande empresa com receita anual de milhões de reais, o valor dos materiais de escritório é irrelevante. Desse modo, todos os tipos de despesas pequenas sem muita relevância normalmente são agrupados no subgrupo “Outras despesas”.
Obviamente, tudo precisa ser planejado. No entanto, a atenção, nesse processo, deve estar concentrada nos itens maiores e mais relevantes. Isso não significa que os menores e menos relevantes não devem ser planejados. Eles, na verdade, são juntados para não haver o desperdício de vários recursos no planejamento de um valor muito pequeno.
TIPOS DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Falaremos agora sobre dois tipos de planejamento: o de curto prazo, que normalmente tem o período de um ano, e o de longo prazo, que se estende por vários anos.
Exemplo
O Governo Federal deve respeitar a Lei Orçamentária Anual, que versa sobre um planejamento de curto prazo. Já o Plano Plurianual aborda um de prazo mais longo (quatro anos). As empresas funcionam da mesma forma.
Detalharemos a seguir as principais diferenças entre esses dois tipos de planejamento:
Curto prazo
A principal ferramenta utilizada na área de Finanças para estruturar e materializar tal planejamento é:
Fazer a estimativa de receitas previstas para um período (o anual é rotineiramente utilizado para períodos de curto prazo).
Estabelecer limites para as despesas que pretendemos realizar. ................... .............. .......... ........ ........... ...........
Para sabermos se as despesas fixadas são compatíveis com as receitas esperadas, fazemos uma comparação entre ambas em períodos definidos ao longo do ano.
Atenção
Apesar de normalmente mensal, o período utilizado também pode ser quinzenal, semanal, bimestral ou trimestral. Isso varia em cada tipo de organização.
O orçamento é uma ferramenta de confronto entre essas receitas e despesas.
Clique nas cores da tabela para ver as informações.
	
	
	Janeiro
	Fevereiro
	Março
	Receitas
	R$500.000
	R$400.000
	R$450.000
	
	(-) Custo das mercadorias vendidas
	R$120.000
	R$110.000
	R$115.000
	(-) Despesas administrativas
	R$80.000
	R$80.000
	R$80.000
	(-) Despesas financeiras
	R$55.000
	R$55.000
	R$55.000
	(-) Outras despesas
	R$25.000
	R$25.000
	R$25.000
	(-) Impostos
	R$66.000
	R$39.000
	R$52.500
	
	(=) Lucro
	R$154.000
	R$91.000
	R$122.500
	
Mas como podemos fazer esse tipo de previsão orçamentária?
Comecemos com a linha de receita. Você pode pegar a do último ano e usar como base para o próximo. Neste caso, qual é a expectativa: vender mais ou menos?
Para responder à pergunta, precisamos analisar o seguinte exemplo:
Após fazer uma pesquisa, a empresa XYZ verificou ser capaz de alcançar os seguintes resultados para o próximo ano:
Cenário A
Aumentar em 15% o preço de venda e diminuir em 10% a quantidade vendida..... .... .... ....... ...
Cenário B
Diminuir em 8% o preço e aumentar em 20% a quantidade..... .... ......... ....... ....... ... ........
Cenário C
Manter o preço, gastando R$50.000 em marketing para aumentar em 30% a quantidade vendida.
Se, neste ano, a empresa vendeu 45.000 produtos a R$38 cada, indique abaixo qual é a melhor estratégia a ser adotada no planejamento do próximo?
Clique nos botões para ver a resposta.
Cenário A
Cenário B
Cenário C
Mas você pode estar se perguntando: essa previsão não aborda as outras despesas?
Outros custos não mudam muito no curto prazo. Na tabela do planejamento trimestral de uma empresa que já mostramos, podemos ver que as despesas administrativas (R$80.000) se mantiveram estáveis no período.
Desse modo, para fazer um orçamento, deve-se:
· Estimar a receita e as despesas que aumentam ou diminuem em relação à variação da receita;
· Colocar as despesas que não devem mudar no período.
Longo Prazo
Este tipo de planejamento leva em consideração os gastos da empresa obtidos em longo prazo.
Exemplo
Uma empresa que fabrica produtos precisa renovar seu maquinário ocasionalmente, porém esse gasto não acontece todo ano, e sim em períodos maiores. Por isso, ele deve ser planejado em longo prazo.
Quando uma empresa decide investir em um novo projeto, ela precisa fazer um planejamento do tipo, pois ele não se mostra rentável em curto prazo. Para vermos como isso é possível, será necessário entendermos os três conceitos seguintes:
Payback
Ele está relacionado ao tempo em que um projeto retorna o valor inicial investido.
Fonte: Shutterstock
Exemplo
Uma empresa pretende gastar R$100.000 em um projeto para desenvolver um produto que lhe vai trazer R$20.000 por ano de retorno. Seu payback, portanto, é de cinco anos (100.000 /20.000 = 5).
O payback pode ser entendido como:
Payback =investimento inicial / retorno
Se o retorno for medido anualmente, como no caso exemplificado, a unidade de medida do payback será em anos; se estiver em meses, ela também será medida em meses – e assim por diante. O valor do dinheiro no tempo, contudo, não é constante.
Exemplo
Você acha que, para uma empresa, é melhor ganhar R$200 hoje ou ano que vem?
Se ela já tiver em mãos esse valor, poderá utilizá-lo na organização para produzir mais resultados ou aplicá-lo de forma que, no futuro, ele valha mais que os R$200 iniciais.
Neste vídeo, você entenderá como é feito o cálculo da viabilidade financeira de um projeto.
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Valor presente líquido (VPL)
Mesmo sendo possível termos uma ideia de quanto poderemos ter no futuro, resta a questão:
Quanto valeria hoje o recurso (dinheiro) que, afinal, só poderei ter no futuro?
Para descobrir isso, existe uma ferramenta chamada VPL.
Se soubermos a previsão de fluxo de receitas e gastos ao longo do tempo para determinada situação, conseguiremos estimar o valor atual de um resultado que somente ocorrerá, de fato, daqui a algum tempo.
Fonte: Shutterstock
O VPL serve para melhorarmos nossos processos de decisão.
Se eu tiver uma boa ideia do valor atual de um recurso que só vai existir no futuro, poderei me planejar melhor para:
· Quando ele realmente existir;
· Escolher uma alternativa que aparentemente possa me retornar menos em um futuro mais próximo, mesmo hoje tendo um valor presente maior.
O VPL é uma generalização do conceito do payback descontado. Este tipo de payback ocorre quando o VPL é zero, embora haja ocasiões em que a empresa já queira calcular o valor do projeto durante a perpetuidade.
O valor do VPL, desse modo, pode ser calculado da seguinte forma:
VPL = Retorno(i-c) −Investimento Inicial
	
Em que:
i
c
 Clique no botão acima.
Analisemos o seguinte exemplo:
Uma empresa investiu R$100.000 em um projeto com rendimento de R$20.000 por ano e inflação anual de 5%. Qual será o seu VPL?
Retorno = 20.000
i = 0
c = 0,05
Investimento Inicial = 100.000
Então temos:
VPL = 20.000(0,05 - 0) - 100.000
VPL = 400.000 - 100.000
VPL = 300.000
	
Vamos supor agora que ela acredita ser capaz de aumentar o retorno anualmente em uma taxa de 2%. Qual será o seu VPL?
Gabarito
 Clique no botão para visualizar o gabarito.
Taxa interna de retorno (TIR)
TIR é a taxa que deixa o VPL na perpetuidade igual a zero:
Retorno(TIR - C) - Investimento Inicial = 0
	
Reordenando esta fórmula, vemos que a TIR é:
TIR = RetornoInvestimento Inicial + C
	
Para o exemplo anterior, temos a seguinte taxa:
Retorno = 20.000
c = 0,02
Investimento Inicial = 100.000
Então temos:
TIR = 20.000(100.000) + 0,02
TIR = 0,2 + 0,02
TIR = 0,22
TIR =22%
	
Vamos testar agora a TIR no cálculo do VPL:
Retorno = 20.000
i = 0,22
c = 0,02
Investimento Inicial = 100.000
VPL = 20.000(0,22 - 0,02) - 100.000
VPL = 100.000 - 100.000
VPL = 0
	
Você deve estar se perguntando: para que me serve a TIR?
Ela é a taxa de retorno de seu investimento. No exemplo acima, o projeto está rendendo 22% ao ano de retorno para sua empresa.
Você poderá usar essa informação em seu planejamento para tomar as seguintes decisões:
1. Qual das seguintes alternativas pertence ao planejamento de longo prazo?
) Projeção de modernização da fábrica.
2. Uma empresa deseja investir em um projeto com custo de R$180.000 e receitas anuais de R$15.000. Sabendo que a taxa de desconto é de 10% ao ano, indique o VPL desse projeto.
) Negativo em R$30.000.
ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA
Fonte: Shutterstock
Todos os gastos da área de Finanças devem estar categorizados corretamente; além disso, cada categoria precisa se referir a um tipo de gasto. Uma empresa deverá organizá-los nessas categorias para eles poderem ser controlados ao longo do tempo.
Veremos a seguir de que forma essa organização é estruturada, destacando ainda as principais funções na área financeira.
FUNÇÕES NA ÁREA FINANCEIRA
Determinadas por cada empresa, as principais funções são:
 Clique na imagem abaixo.
INFORMAÇÕES FINANCEIRAS
Elas são organizadas de diferentes formas. Analisaremos os três tipos de informação financeira a seguir:
Organização da informação contábil-financeira
As informações de uma empresa são organizadas seguindo diretrizes do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O CPC foi criado pelo Conselho Federal de Contabilidade, que possui membros de diversas áreas.
Exemplo
Membros da Comissão de Valores Imobiliários.
As informações de uma organização da informação contábil-financeira são divididas em relatórios financeiros. Seus três principais tipos de relatórios são:
1. Balanço patrimonial
Ele mostra o:
Vejamos um exemplo:
	Balanço
	Ativo
	Passivo
	Ativo circulante
	90.000
	Passivo circulante
	530.000
	
	
	
	
	Caixa
	10.000
	Salários a pagar
	30.000
	Banco
	50.000
	Provisões de férias
	150.000
	Aplicações financeiras
	30.000
	Fornecedores
	320.000
	
	
	Empréstimos
	30.000
	
	
	
	
	
	
	Passivo não circulante
	80.000
	
	
	Empréstimos
	20.000
	Ativo não circulante
	640.000
	Obrigações tributárias
	50.000
	
	
	
	
	Investimentos
	100.000
	Debêntures
	10.000
	Imobilizado
	500.000
	
	
	Intangívél
	40.000
	Patrimônio líquido
	120.000
	
	
	Capital social
	100.000
	
	
	Reserva de capital
	15.000
	
	
	Ações em tesouraria
	5.000
	
	
	
	
	Total Ativo
	730.000
	Total Passivo
	730.000
2. Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, de forma resumida, das operações realizadas pela empresa durante o exercício social, [sendo] demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período, incluindo o que se denomina de receitas e despesas realizadas.
(GELBCKE; SANTOS; IUDÍCIBUS; MARTINS, 2010)
Dessa forma, a DRE aponta, de forma simples e prática, todas as receitas e gastos da empresa, demonstrando, no final do processo, se ela obteve lucro ou prejuízo.
Estrutura modelo de uma DRE
	01    Receita operacional bruta
	Vendas de produtos
	Vendas de mercadorias
	Prestação de serviços
	02    (-) Deduções da receita bruta
	Devoluções de vendas
	Abatimentos
	Impostos e contribuições incidentes sobre vendas
	03    (=) Receitas operacionais líquidas
	04    (-) Custos das vendas
	Custo dos produtos vendidos
	Custo das mercadorias
	Custo dos serviços prestados
	05    (=) Resultado operacional bruto
	06    (-) Despesas operacionais
	Despesas com vendas
	Despesas administrativas
	06    (-) Despesas financeiras líquidas
	Despesas financeiras
	(-) Receitas financeiras
	Variações monetárias e cambiais passivas
	(-) Variações monetárias e cambiais ativas
	06    (-) Outras receitas e despesas
	Resultado da equivalência patrimonial
	Venda de bens e direitos do ativo não circulante
	(-) Custo da venda de bens e direitos do ativo não circulante
	11    (=) Resultado líquido do exercício
Apresentaremos a seguir a ordem de montagem (dividida em 11 etapas) de uma DRE:
01. Inicialmente, a empresa registra na conta receita operacional bruta todas as receitas geradas pela sua atividade-fim.
Exemplo: uma padaria registraria nela todo o dinheiro recebido pela venda de pães.
2. Demonstração do Resultado do Exercício
Organização da informação gerencial
Diferentemente da organização da informação contábil-financeira (regulada pelo CPC e voltada para os usuários externos), a de informações financeiras gerenciais não precisa seguir obrigatoriamente nenhuma regulamentação, pois seu propósito é estritamente interno.
Enquanto a informação contábil-financeira tem um viés histórico (contabilizando transações já ocorridas), a gerencial pode utilizar previsões sobre o futuro em seu planejamento interno.
Organização da informação tributária
Altamente regulada, a geração de informações tributárias tem como finalidade o cálculo de tributos para que uma empresa faça o recolhimento e o pagamento dos valores corretos dentro do prazo estipulado pelo órgão público.
Fonte: Shutterstock
Essas informações são geradas por diferentes funções dentroda área financeira. Normalmente, as contábeis-financeiras são fornecidas pelo departamento contábil, enquanto as tributárias são da alçada do departamento de gestão de tributos. A informação gerencial, por sua vez, é responsabilidade da diretoria financeira, que também é habitualmente assistida pelo departamento contábil.
1. Qual dos seguintes tipos de organização da informação financeira é regulado pelo CPC?
d) Contábil-financeira.
2. Qual das seguintes funções circunscritas à área financeira é responsável pelo caixa de uma empresa?
a) Tesouraria.
CONTROLE FINANCEIRO
Seu objetivo é verificar se uma empresa segue um planejamento – normalmente, o de curto prazo – anteriormente determinado.
Fonte: Shutterstock
Exemplo
Se a empresa estimou que receberia receitas muito acima do que se verifica na realidade, é papel do controle financeiro fazer ajustes nas estimações das despesas a fim de que ela não saia dos trilhos e acabe gerando prejuízo. Por outro lado, se uma organização obtém receitas maiores que o previsto, é papel da controladoria, levando em conta a nova projeção, realizar reestimativas da receita para os meses seguintes.
Embora tenhamos falado de receitas, também é papel do controle financeiro verificar a curva das despesas, determinando se elas estão dentro do que foi orçado e planejado.
Caso um setor da empresa esteja tendo gastos maiores que o esperado, deve-se verificar então se está havendo desperdício de recursos e se eles podem ser geridos de forma mais eficiente e eficaz.
Pode-se, portanto, tanto ser eficaz sem mostrar-se eficiente quanto ser eficiente sem revelar-se eficaz. É função do controlador buscar a convergência de ambos ao executar o orçamento das despesas da empresa.
FERRAMENTAS DE CONTROLE FINANCEIRO
Existem diferentes ferramentas para o efetivo controle financeiro de uma empresa. Listaremos a seguir as mais usadas:
Cartas de controle
Representadas graficamente, as cartas de controle apresentam dados ao longo de um período (série temporal) e possuem limites de controle (um limite superior e outro inferior).
Ao longo do tempo, são feitas medições. Caso o valor esteja flutuando dentro desses limites, consideramos que tudo está dentro da normalidade. Alguma ação só será necessária se ele estiver abaixo do limite mínimo ou acima do máximo.
Gráfico: Carta de controle dos gastos da equipe de marketing durante o ano de 2019.
Conforme podemos observar no gráfico, a equipe de marketing teve uma série de gastos ao longo do ano de 2019. Como o limite superior é de R$300.000,00 e o inferior, de R$100.000,00, eles estiveram fora do seu limite nos seguintes meses: abril, julho e setembro.
Folha de verificação
Deve existir uma forma sistematizada para coletar os dados a serem utilizados em nossos controles financeiros. Embora haja, na maioria das situações, elementos automatizados para a coleta deles por meio eletrônico, ainda é possível deparar-se com outras em que ela é feita manualmente.
Para casos do tipo, são necessárias folhas de verificação. Trata-se de um modelo de formulário para coletar os dados.
Suas folhas são usadas para fazer o input de dados coletados (financeiros ou não) pela controladoria. Utilizar um formulário padronizado ajuda tanto na coleta dos dados quanto na futura análise deles.
Observaremos a seguir um exemplo de folha de verificação.
Quantidade de peças para a montagem de uma bicicleta com e sem defeito por dia da semana:
Este exemplo de folha pertence a uma loja que monta e vende bicicletas. A partir desse controle, é possível verificar quantas peças recebidas vieram com defeito. Baseado nos números, o gestor consegue tomar decisões estratégicas que envolvam, por exemplo, a decisão de manter o contrato com determinado fornecedor
Histogramas
O histograma é um gráfico de frequência que mostra quão comum é o aparecimento de certo tipo de valor para o dado. Desse modo, valores muito pequenos ou altos podem ser visualizados facilmente e verificados pelo departamento de controle
Gráfico de dispersão
Também conhecido como scatterplot, este tipo de gráfico permite a análise de uma associação entre duas variáveis. Com ele, é possível verificar a existência de uma relação positiva (gráfico inclinado para cima) ou negativa (para baixo) entre ambas.
Exemplo
Valor de compra e número de unidades solicitadas do produto.
Além disso, o gráfico de dispersão também permite a análise de valores destoantes do resto para uma possível verificação.
Diagrama de Pareto
A Lei de Pareto atesta que 80% dos efeitos provêm 20% das causas. Assim, tal diagrama relaciona causas e efeitos de forma gráfica a fim de identificar possíveis pontos de melhoria e alcançar tanto a eficácia quanto a eficiência.
TOMADA DE DECISÃO
O objetivo de um controle financeiro eficiente é auxiliar na tomada de decisão da empresa sobre assuntos financeiros e operacionais.
Para que uma empresa possa tomar boas decisões, é necessário que esse controle trabalhe com os planejamentos de curto e de longo prazo.
Ele, portanto, precisa acompanhá-los, assegurando que o processo de tomada de decisão da administração será o melhor possível.
Fonte: Shutterstock
Planejamento de curto prazo (ou orçamento)
O controle coleta informações para verificar se cada setor e tipo de projeto da empresa está seguindo o que foi orçado e planejado. Caso o planejamento não esteja sendo cumprido, ele buscará os motivos para isso.
Destacaremos a seguir os dois mais comuns:
Impactos na economia como um todo
Choques macroeconômicos, recessão, variação cambial, inflação e outros eventos fora do controle da empresa afetam suas receitas e despesas. Neste caso, o controle fornece à administração informações para que seu planejamento possa ser refeito, levando em consideração o novo cenário econômico.
Ineficiência de algum setor dentro da empresa
O controle pode fornecer à administração dela informações sobre quais setores estão sendo ineficientes, explicando como a eficiência deles pode ser aumentada. ....... ....... ...... ....... ....... ............... .......... ....... ....... ....... ...... ....... ....... ............... .......... ....... ............ ......... ........... ........ ..... ....
Planejamento de longo prazo
O controle pode:
Clique nos botões para ver as informações.
1. Fornecer informações
2. Verificar estimativas
3. Acompanhar o payback de um projeto
1. Qual das opções a seguir não é um tipo de ferramenta de controle financeiro interno de uma empresa?
c) Folha de análise.
2. Escolha a opção que não indica um tipo de choque macroeconômico a ser levado em consideração na tomada de decisão de uma empresa.
d) Ineficiência de um setor interno.

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