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GESTÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVID.E TRABALHISTAS Professor: Ricardo Motta Vaz de Carvalho * * * AULA 1 – RELAÇÕES DE TRABALHO Relação de trabalho versus relação de emprego Relação de trabalho é toda relação jurídica caracterizada por ter sua prestação essencial centrada em uma obrigação de fazer fundamentada em labor humano, ou seja, é toda modalidade de concentração de trabalho modernamente admissível (isto é, a relação de emprego, a relação de trabalho autônomo, eventual, estágio etc). Relação de emprego é do ponto de vista técnico jurídica apenas uma das modalidades específica de relação de trabalho juridicamente configurada. Dentro desta relação há algumas figuras importantes: Empregador - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. * * * Algumas figuras: Pessoa física (empregadores domésticos) Empresas Instituições de beneficência Associações recreativas Instituições sem fins lucrativos Grupo econômico Empregado - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Contrato de Trabalho É a concretização da relação jurídica empregatícia materializada como um acordo de vontades, tácito ou expresso, pelo qual uma pessoa física coloca seus serviços a disposição de outrem, a serem prestados com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação ao tomador. Alguns tipos de contrato de trabalho: CONTRATOS POR TEMPO DETERMINADO - como o próprio nome já informa é aquele instrumento cujo termo já é preestabelecido, ou seja, com data de início e término. Este tipo de contrato tem limitação de 02 anos, podendo ser renovado por igual período. Caso ocorra mais de uma prorrogação ele se converterá para contrato indeterminado. Já sobre o contrato de experiência, que também se enquadra nesta modalidade, tem caráter temporário e não poderá exceder 90 dias. Neste tipo de contrato não há observações legais sobre prazo mínimo, o que poderá ser feito conforme a vontade das partes. O trabalhador nesta situação tem direito a: Salário de acordo com o piso da categoria; Depósitos do FGTS; Horas extras; Adicional noturno; Vale transporte e outros benefícios; Licença maternidade; Licença paternidade. Nos casos de rescisão: Ausência do direito ao aviso prévio e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS, porém, se o contrato for extinto antecipadamente por iniciativa do empregador, o empregado receberá as verbas rescisórias pertinentes e a indenização prevista no art. 479, da CLT. Férias acrescidas de 1/3 proporcional ao período do contrato de trabalho; – Gratificação natalina proporcional; Liberação dos depósitos existentes em sua conta do FGTS. CONTRATOS POR TEMPO INDETERMINADO - são aqueles cuja duração temporal não tenha prefixado termo extintivo, mantendo duração indefinida ao longo do tempo. Rescisão de contrato – O trabalhador recebe seus direitos: Aviso prévio; Multa de 40% sobre o FGTS (se for realizado pelo empregador); 13º salário; Adicional de férias (1/3). CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE - Mais uma novidade da reforma trabalhista, esta modalidade caracteriza-se pela alternância de períodos de trabalho com períodos de inatividade. Este período de inatividade não será considerado tempo à disposição. Ademais, o trabalhador poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviço, que exerçam ou não a mesma atividade econômica, utilizando contrato de trabalho intermitente ou outra modalidade de contrato de trabalho. E, ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: remuneração; férias proporcionais com acréscimo de um terço; décimo terceiro salário proporcional; repouso semanal remunerado; adicionais legais. O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.
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