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Jean Piaget, explica todas as fases de desenvolvimento em que a criança irá passar desde o seu nascimento. A primeira é a Sensório-Motor (0 a 2 anos), que explica os primeiros indícios da inteligência através das ações das crianças, onde ocorrem as primeiras tentativas da fala (pré-verbal) e os balbucios. O bebê nasce com atos inatos, e, portanto, automáticos. Depois dos 2 anos desenvolve atos voluntários e conscientes, e a partir de quando isso se torna presente no indivíduo ele mesmo torna seus atos inteligentes. Dando assim início ao nascimento da inteligência. Em seguida vem o Pré-Operatório (2 à 6 anos) em que, tudo que ver e toca é representado através símbolos mentais, já que não se pode representar as coisas como elas são, as crianças criam uma simbologia deste para armazená-lo em seu consciente, e esse jeito de armazenar é pessoal, varia de cada indivíduo o modo que aquilo significa para eles. E é daí que nascem o termo "jogos simbólicos", mas que por estar numa fase pré-lógica, não tem muita organização. A próxima fase é do Operatório-Concreto (6 à 11 anos), em que a lógica é presente, pois justifica a operação mental das crianças que começa a se desenvolver, pois ela opera somente com o que é visual e concreto, existente aos seus olhos. Nessa fase há uma ação interiorizada reversível, que pode ir e voltar tendo começo, meio e fim, sendo assim um pensamento organizado. ndo assim, também ensinando o professor, com isso os dois aprendem com a experiência de cada um e constroem o conhecimento juntos. Seu modelo epistemológico é o Interacionista, pois se baseia na interação entre dois indivíduos, para se obter o conhecimento geral. A última fase é a do Operatório-Formal (a partir dos 11 anos), onde há a elaboração e teorização de hipóteses, conceito nomeado como "Hipotético Dedutivo", que são conjuntos de teorias e conceitos que a criança cria para aprimorar e sintetizar as coisas ao seu redor. Ela modifica para se adaptar ao conhecimento dela e os atualiza para melhor entendê-los. Jean Piaget deixa clara a importância de se saber diferenciar os termos Estádio de Estágio. O primeiro se refere ao desenvolvimento total do indivíduo, onde este passa por diversas fases, e possuem uma importante relação uma com a outra, ou seja, não se pode ver somente o que está se vivendo, e sim a toda a fase anterior como também a futura. Disse-se então que o Estádio é a análise completa, e, portanto, complexa também, do indivíduo. Já o Estágio, é a fase atual que se está estudando, portanto, não é necessário ver o passado e nem o futuro, apenas o presente. Com isso, sempre irá faltar algo para completar uma determinada formação, pois como é observado apenas o presente, ou seja, a fase que o indivíduo está passando, não se tem uma visão do futuro e nem do passado para complementar o desenvolvimento do ser humano. Fica algo incompleto. Pode-se assim concluir que as fases no estágio são independentes, e analisadas separadamente, sem nenhuma interferência ou relação com outras que vieram antes delas, ou que virão a acontecer no futuro. Seguindo essa lógica de fases, vale destacar as três formas de adaptação das crianças com tudo que está ao seu redor durante essas fases. Isso é chamado de “processo de adaptação". A primeira forma é a Assimilação Funcional, em que o indivíduo realiza a repetição dos esquemas que aparecem para ele, ou seja, ele faz isso para aprender. A segunda forma é a Assimilação Generalizada, onde a criança passa a usar tudo, portanto, o geral, que aprendeu em diferentes situações. E a terceira e última forma é a Assimilação Recognitiva, onde ela reconhece e separa determinados esquemas para situações específicas que necessitem deles. Selecionando o que é mais adequado para cada momento. Com essa base, Piaget dá início aos sub-estádios do Sensório-Motor, que são classificados por um período da faixa etária. O Primeiro é de 0 a 1 mês, e suas características são as atividades reflexas que a criança realiza, e depois os exercícios das atividades com uma elaboração de esquemas simples, pois ela ainda foca no seu entorno, tudo que acontece em volta tentando assimilar através de seu instinto. O Segundo é de 1 a 4 meses, e suas características é a repetição de todas essas atividades reflexas que a criança aderiu. Ela passa assim de uma adaptação "hereditária", algo que é ínsito, para uma adaptação "adquirida", através da reprodução que o ambiente em sua volta à estimulou. O Terceiro é de 4 a 8 meses, onde a criança passa a ter uma consciência simples e reproduz apenas eventos interessantes para ela, com intenção de obter um objeto ou fazer durar. O Quarto é de 8 a 12 meses, não existe mais o instinto e sim a intencionalidade e o desejo, ela possui a noção de objeto permanente e coordena os esquemas a sua volta. O Quinto é de 12 meses a 18 meses, onde a própria criança inventa novos meios em sua vida e em seu entorno. Ela passa a experimentar novos comportamentos para ver o que acontece, dando início a sua originalidade, nasce a curiosidade através da intencionalidade, ou seja, elas aventuram-se mais. Por fim o Sexto e último, de 18 a 24 meses, as crianças possuem as características de imaginação, libertando-se assim das experiências imediatas, tendo assim a fase da transição de estádio Sensório-Motor para o Pré-Operatório. E explicando um por um, a Centração é quando o pensamento egocêntrico da criança é centralizado, pois ela ainda não consegue trabalhar e levar em consideração outras relações ao mesmo tempo.O Pensamento Transdutivo é o que explica o fato de as crianças não conseguirem pensar e raciocinar sobre as transformações.A Justaposição é quando a criança ao assimilar uma informação a deixa lado a lado com outra. O Sincretismo é o fato da junção entre informações totalmente diferentes, sendo chamada de generalizações indevidas. Ou seja, quando as crianças juntam um evento com outro que não possuem nenhuma relação lógica. O Pensamento Animista é quando há a atribuição de vida animal em seres inanimados.O Pensamento Artificialista e Finalista se referem como: artificial quando a criança atribui origem humana a todas as coisas e o finalista que é acreditar que tudo, seres e objetos, tem a finalidade de servi-la. O Pensamento Intuitivo é quando a criança sente de que uma coisa é ela mesma, através do lado emocional. A Conservação é a explicação de que se algo se conserva, portanto não muda não se retira nem adiciona algo junto a ele, ele próprio não varia.A Irreversibilidade é algo que vai, mas não tem a possibilidade de voltar da mesma maneira. O Relacionamento Social é explicado através de um brinquedo paralelo, que compõe as atividades em grupo. E dando continuidade ao estádio Operatório-Concreto, que são ações cognitivas expressadas de maneira mais elaborada, a criança possui a capacidade de coordenar diferentes pontos de vista logicamente. E a marca fundamental desse estádio é que a criança se libertará do egocentrismo intelectual e social, sendo assim, capaz de obter novas coordenações, pois serão criados os alicerces da inteligência lógica. Nesses estádios temos três características que o explicam. A primeira são as Condutas e Socialização, que é quando a linguagem egocêntrica dá lugar para a linguagem socializada, e com a conduta de que não será confundido seu ponto de vista com os outros. A segunda característica é o Pensamento Operatório, que é quando as crianças assumem seus pensamentos de maneira organizada e lógica, pois os fatos que aparecerem na vida das crianças serão entendidos a partir de um conjunto de experiências individuais. A última característica são as Operações Racionais, que se baseiam nos aprendizados passados das crianças que contribuirão para as ações atuais. E o último estádio é o Operatório-Formal, que é uma fase em que tudo está mais estruturado e assim, consequentemente dá a capacidade de discutir valores moraise levantamento de hipóteses pelas crianças. Nesse estádio há a característica de um pensamento mais rebuscado, que busca filosofar sobre a vida, pois reflete seus próprios pensamentos afim de justificar logicamente seus julgamentos. Essa lógica é mais racional e dedutiva, do que pelo involuntário da lógica indutiva. Com isso seu raciocínio se torna mais sofisticado, pois precisa de uma combinação de conceitos e formação de teorias para acontecer. Deixando de lado o pensamento concreto do estádio passado, e cria um pensamento mais abstrato, que trabalha com ideias. E com tudo isso, pode-se concluir que o estádio Operatório-Formal adquiri três aquisições importantes para o futuro do desenvolvimento das crianças, que são: as operações abstratas, a conquista de personalidade e a inserção deles na sociedade dos adultos. E como uma última análise de Piaget após essas fases que toda criança irá passar, ele percebe que é normal terb um certo desequilíbrio por conta das mudanças e transições de estádio para estádio, que é chamada de Fase da Inconsistência Sobre o Grafismo Infantil, refere-se à linguagem que os desenhos trazem para quem observá-lo, e também o que as crianças querem transmitir. Geralmente, tudo que elas querem abordar no desenho é sobre o que aprendeu no mundo, o que aparece ao seu redor, as relações que ela estabelece com as pessoas em sua vida, pois fazem parte de seu contexto social e cultural, e suas experiências subjetivas, o que ela possui consigo mesma, que são significativas para elas. Além disso, o "desenhar" é uma maneira de fuga e expressão a criança se imagina num outro lugar para conseguir resolver um problema, trazendo suas emoções para o papel. E para isso, ela que ainda não aprendeu totalmente sobre como se manifestar através de frases mais elaboradas, utiliza-se dos símbolos, portanto, a manifestação simbólica, como rabiscos e palavras mais simples e objetivas, criando assim expressividade e ajudando na sua comunicação subjetiva ou objetivamente. Então pode-se afirmar que, através da sua capacidade, ela faz um aprimoramento de criar e imaginar. Para explicar como isso acontece na maioria das vezes, a primeira coisa a se desenhar é a forma humana, como a mãe ou o pai, ou alguma figura familiar que está sempre perto da criança. E para chegar na linguagem gráfica, a criança cria um vocabulário de linhas e formas, sendo a sua base de construção e desenvolvimento do desenho. Um dos estudiosos que trabalharam com essa abordagem do grafismo infantil foi Viktor Lowenfeld (1903 - 1960). Ele separou seus estudos em quatro estágios para explicar esse desenvolvimento gráfico das crianças. O primeiro é o Estágio da Garatujas, nele a criança demonstra uma certa desorganização e falta de coerência em seus rabiscos, mas que com o passar do tempo pode ser percebido por ela aos poucos, tendo assim uma evolução gradativa. Lowenfeld explica sobre esses rabiscos é que a criança começa a imaginar que tem capacidade para mostrar o que entende e assim o faz. Concluindo que o rabisco é o que ela imagina. O segundo é o Estágio Pré-Esquemático, onde aparecem as primeiras tentativas de representar o real, e consequentemente, há o desenvolvimento da consciência. Mas como estamos falando de primeira tentativa, ainda assim é discrepante. Os desenhos tentam seguir a realidade, mas não tem nada a ver com a realidade. Na cabeça da criança, ela desenvolve uma determinada estrutura que pode fazer todo o sentido, mas ao analisarmos não há ordem e nem coerência com o que é real, faltando-se da lógica. O terceiro é o Estágio Esquemático, onde a criança passa a observar melhor e tenta simbolizar as coisas que pertencem o seu meio. Então esse estágio esquemático pode ser entendido como um estágio que organiza os fatos da realidade desse indivíduo, tendo ainda mais coerência, e pouca organização, O quarto e último estágio para o Lowenfeld fala sobre Realismo, que o próprio nome já diz, é quando a criança deixa de lado os contos de fada e se adapta totalmente a realidade, ela cria agora o desejo de reproduzi-la em sua essência. Sendo assim a mudança brusca do estágio anterior para esse é da imaginação para o que é concreto. Com isso, conclui-se que a criança irá focar somente no que se apresenta em sua frente, isso é o real para ela. Tendo mais coerência, organização e esquemas, com lógica e sentido, pois tem a sua consciência mais aprimorada e potencializada. Outro estudioso desse tema se chama Georges Henri Luquet (1876 - 1965), e em suas observações ele busca explicar o que e como a criança desenha, e afirma que esse grafismo reproduz um modelo mental daquele objeto, mostrando assim como a criança o vê e o assimila e consequentemente busca representá-lo. Ele também divide suas teorias em quatro partes. A primeira é o Realismo Fortuito, onde há dois tipos de desenho, o involuntário que é a apresentação de linhas e rabiscos que não possuem um significado, mas que geram um certo prazer em repetir os gestos das linhas e rabiscos, chamado de "prazer sensório-motor" e o voluntário, que se caracteriza pela percepção da criança em seus desenhos, mas sem intencionalidade. E construindo a possibilidade nela mesma em poder criar algo. Assim a sua interpretação por algo que criar, muda conforme os significados atribuídos à ela. A segunda parte é o Realismo Falhado ou Incapacidade Sintética. O próprio nome já indica que é a falha na tentativa de representar a realidade, ou seja, a síntese não é feita com a mesma proporção da realidade. A criança nesse caso apenas representará o que for de interesse dela e o que considerar pelo seu ponto de vista, assim não terá muita coerência. A terceira tem o nome de Realismo Intelectual, que é a explicação de quando a criança usa seu conhecimento intelectual para representar os objetos. E nesse tipo de realismo, há mais organização e desenhos mais elaborados por conta do aparecimento da noção de planos e profundidade. A quarta parte é o Realismo Visual, em que há o abandono da transparência e imaginação, pois o que é representado no desenho da criança é somente o que é visto, portanto fidedigno. Concluindo que esse grafismo se baseia apenas na representação visual, particularizada. Depois que Luquet explica suas observações sobre o grafismo infantil através dessas quatro partes, ele estuda o tema do Pré-Operatório e afirma que a criança evolui de um funcionamento sensório-motor para um modo conceitual e representacional. E apresenta as características que notou. . A "Imitação Diferida" é quando a criança armazena a informação e o visual do objeto, e consegue representá-lo, do seu jeito, portanto não igual ao objeto em si, mesmo que este não esteja presente no momento. O "Jogo Simbólico", mais uma das características que Luquet apresenta, sendo este o próprio brincar de faz de conta, a criança faz essa brincadeira para entender, assimilar e acomodar o mundo a sua volta em seu entendimento pessoal. A outra característica é chamada de "Desenho ou Imagem Gráfica", que é quando a criança, depois de assimilar e acomodar o mundo, as coisas, os objetos e etc, representa-os por meio de desenhos, como rabiscos. Com isso, ela atribui significado para eles, pois é uma forma de demonstrá-los do jeito que ela os aprendeu. Outra característica é a "Imagem Mental", que são representações internas, os símbolos, as imagens mentais, que são divididas em duas partes, as reprodutivas, que são como as fotos, estáticas. E as antecipadoras, como os filmes, que há o movimento aparente. E a última característica é a "Linguagem Falada", que podemos analisar no dia a dia quando as crianças ao querer representar algo, falam coisas que remetam a ideia daquilo. E nessa característica damos nome aos processos que levam ao resultado final. Como "significante" e "significado", por exemplo, "au-au" seria o significante e "cachorro" o significado. Dando assimo resultado de que ela quer falar sobre cachorro. Desse modo Luquet concluiu que o fato de a criança saber se comunicar, ela passa a pedir ao invés de chorar, ela pensa através das palavras e internaliza suas ações, com isso se dá a Representação Verbal na vida das crianças, que é uma tentativa de participar da vida dos adultos. E terminando de falar de Luquet e entrando novamente em Jean Piaget (1896 - 1980), que também tem coisas a falar sobre a linguagem, dá duas características para as conversas entre as as crianças. A Fala Egocêntrica, que não é explicada ao pé da letra, portanto, não é egocêntrica e sim ingênua e interna. O que significa que a criança ainda está aprendendo a socializar, com isso no início ela acaba se expressando consigo mesma, através de pensamentos, por isso o termo "interna", e por ser algo que ela faz sozinha acaba levando o nome de "egocêntrica". E a Fala Socializada, que é quando a criança consegue transmitir uma mensagem para outra criança e vice-versa, acontece a socialização. E dando continuidade a esse assunto de linguagem e pensamento, entramos no Monólogo Coletivo e suas diversas outras ramificações. O monólogo é o momento em que as crianças estão brincando juntas, mas falando "sozinhas", que como explicado anteriormente, é uma conversa consigo mesmas. As demais ramificações são: Centração, Pensamento Transdutivo, Justaposição, Sincretismo, Pensamento Animista, Pensamento Artificialista e Finalista, Pensamento Intuitivo, Conservação, Irreversibilidade e Relacionamento Social. E explicando um por um, a Centração é quando o pensamento egocêntrico da criança é centralizado, pois ela ainda não consegue trabalhar e levar em consideração outras relações ao mesmo tempo. O Pensamento Transdutivo é o que explica o fato de as crianças não conseguirem pensar e raciocinar sobre as transformações. A Justaposição é quando a criança ao assimilar uma informação a deixa lado a lado com outra. O Sincretismo é o fato da junção entre informações totalmente diferentes, sendo chamada de generalizações indevidas. Ou seja, quando as crianças juntam um evento com outro que não possuem nenhuma relação lógica. O Pensamento Animista é quando há a atribuição de vida animal em seres inanimados. O Pensamento Artificialista e Finalista se referem como: artificial quando a criança atribui origem humana a todas as coisas e o finalista que é acreditar que tudo, seres e objetos, tem a finalidade de servi-la. O Pensamento Intuitivo é quando a criança sente de que uma coisa é ela mesma, através do lado emocional. A Conservação é a explicação de que se algo se conserva, portanto não muda não se retira nem adiciona algo junto a ele, ele próprio não varia. A Irreversibilidade é algo que vai, mas não tem a possibilidade de voltar da mesma maneira. O Relacionamento Social é explicado através de um brinquedo paralelo, que compõe as atividades em grupo. E dando continuidade ao estádio Operatório-Concreto, que são ações cognitivas expressadas de maneira mais elaborada, a criança possui a capacidade de coordenar diferentes pontos de vista logicamente. E a marca fundamental desse estádio é que a criança se libertará do egocentrismo intelectual e social, sendo assim, capaz de obter novas coordenações, pois serão criados os alicerces da inteligência lógica. E nesses estádios temos três características que o explicam. A primeira são as Condutas e Socialização, que é quando a linguagem egocêntrica dá lugar para a linguagem socializada, e com a conduta de que não será confundido seu ponto de vista com os outros. A segunda característica é o Pensamento Operatório, que é quando as crianças assumem seus pensamentos de maneira organizada e lógica, pois os fatos que aparecerem na vida das crianças serão entendidos a partir de um conjunto de experiências individuais. E a última característica são as Operações Racionais, que se baseiam nos aprendizados passados das crianças que contribuirão para as ações atuais. E o último estádio é o Operatório-Formal, que é uma fase em que tudo está mais estruturado e assim, consequentemente dá a capacidade de discutir valores morais e levantamento de hipóteses pelas crianças. Nesse estádio há a característica de um pensamento mais rebuscado, que busca filosofar sobre a vida, pois reflete seus próprios pensamentos afim de justificar logicamente seus julgamentos. E essa lógica é mais racional e dedutiva, do que pelo involuntário da lógica indutiva. Com isso seu raciocínio se torna mais sofisticado, pois precisa de uma combinação de conceitos e formação de teorias para acontecer. E deixa de lado o pensamento concreto do estádio passado, e cria um pensamento mais abstrato, que trabalha com ideias. E com tudo isso, pode-se concluir que o estádio Operatório-Formal adquiri três aquisições importantes para o futuro do desenvolvimento das crianças, que são: as operações abstratas, a conquista de personalidade e a inserção deles na sociedade dos adultos. E como uma última análise de Piaget após essas fases que toda criança irá passar, ele percebe que é normal ter um certo desequilíbrio por conta das mudanças e transições de estádio para estádio, que é chamada de Fase da Inconsistência. Pedagogia Diretiva em que temos dois indivíduos, sendo eles o professor que é o único detentor do conhecimento e o aluno, que atua como um receptor do que lhe é ensinado. Sendo assim dizemos que o aluno é como um "papel em branco" e assim que inicia e finaliza a sua jornada escolar, seu "papel" vai sendo escrito e finalizado, ou seja, a sua inteligência e conhecimento vão sendo construídos pelo professor afim de transformar o aluno num cidadão que segue as condutas e normas para viver em uma sociedade. E na pedagogia diretiva, temos o Empirismo como modelo epistemológico, pois ele se trata de uma conduta tradicional e comportamental, onde modela o sujeito, que nesse caso da pedagogia diretiva, o professor modela o aluno. A segunda pedagogia é a Pedagogia Não - Diretiva, em que pode ser entendida pelo próprio nome, ninguém dirige nada a ninguém, ou seja, ninguém ensina nada à ninguém. Nesse caso, o aluno já traz um saber, já possui um certo conhecimento inato, que "nasce" com ele, ou seja, de sua própria natureza, e vai à escola apenas para aprimorá-los, e com isso, o papel do professor fica apenas como um auxiliador desse aprendizado do aluno, que constrói sua própria inteligência através de sua iniciativa. E nesse estilo de pedagogia, temos o modelo epistemológico do Inatismo. Ele explica que o conhecimento do indivíduo é inato, portanto, já nasce com ele. E a terceira e última pedagogia é a Pedagogia Relacional, que se pararmos pra analisar, é uma relação entre dois fatores já conhecidos e estudados, ou seja, ela foi criada a partir dos resultados que as outras duas pedagogias apresentaram e como não deram certo sozinhas, foi melhor juntá-las para se obter um melhor resultado. Portanto a pedagogia relacional trata a interação entre ambos os indivíduos estudados, em que, o professor continua ensinando seu conteúdo mas o aluno também pode trazer algo para acrescentar, sendo assim, também ensinando o professor, com isso os dois aprendem com a experiência de cada um e constroem o conhecimento juntos. E seu modelo epistemológico é o Interacionista, pois se baseia na interação entre dois indivíduos, para se obter o conhecimento geral. E continuando com o conteúdo vamos para a parte em que Jean Piaget explica todas as fases de desenvolvimento em que a criança irá passar. A primeira é a Sensório-Motor (0 a 2 anos), que explica os primeiros indícios da inteligência através das ações das crianças, onde ocorrem as primeiras tentativas da fala (pré-verbal) e os balbucios. O bebê nasce com atos inatos, e, portanto, automáticos. E depois dos 2 anos desenvolve atos voluntários e conscientes, e a partir de quando isso se torna presente no indivíduo ele mesmo torna seus atos inteligentes. Dando assim início ao nascimentoda inteligência. Depois temos o Pré-Operatório (2 à 6 anos) em que tudo que vemos e tocamos é representado através símbolos mentais, já que não se pode representar as coisas como elas são, as crianças criam uma simbologia deste para armazená-lo em seu consciente, e esse jeito de armazenar é pessoal, ou seja, varia de cada indivíduo o modo que aquilo significa para eles. E é daí que nascem o termo "jogos simbólicos", mas que por estar numa fase pré-lógica, não tem muita organização. A próxima fase é do Operatório-Concreto (6 à 11 anos), em que a lógica é presente, pois justifica a operação mental das crianças que começa a se desenvolver, ou seja, ela opera mas somente com o que é visual, concreto, o que ela pode ver que existe na frente dela. Nessa fase há uma ação interiorizada reversível, que pode ir e voltar tendo começo, meio e fim, sendo assim um pensamento organizado. E a última fase é a do Operatório-Formal (a partir dos 11 anos), onde há a elaboração e teorização de hipóteses, conceito nomeado como "Hipotético Dedutivo", que são conjuntos de teorias e conceitos que a criança cria para aprimorar e sintetizar as coisas ao seu redor. Ela modifica para se adaptar ao conhecimento dela e os atualiza para entendê-los melhor. Depois desses temas esclarecidos, Jean Piaget deixa clara a importância de se saber diferenciar os termos Estádio de Estágio. O primeiro se refere ao desenvolvimento total do indivíduo, onde este passa por diversas fases, que possuem uma importante relação uma com a outra, ou seja, não se pode ver somente o que está se vivendo, e sim a toda a fase anterior como também a futura. Disse-se então que o Estádio é a análise completa, e, portanto, complexa também, do indivíduo. Já o Estágio, é a fase atual que se está estudando, portanto, não é necessário ver o passado e nem o futuro, e sim somente o presente, o que se analisa então é o agora. Com isso, sempre irá faltar algo para completar uma determinada formação, pois como é observado apenas o presente, ou seja, a fase que o indivíduo está passando, não se tem uma visão do futuro e nem do passado para complementar o desenvolvimento do ser humano. Fica algo incompleto. Pode-se assim concluir que as fases no estágio são independentes, são analisadas separadamente, sem nenhuma interferência ou relação com outras que vieram antes delas, ou que virão a acontecer no futuro. E seguindo essa lógica de fases, vale destacar as três formas de adaptação das crianças com tudo que está ao seu redor durante essas fases. Isso é chamado de “processo de adaptação". A primeira forma é a Assimilação Funcional, em que o indivíduo realiza a repetição dos esquemas que aparecem para ele, ou seja, ele faz isso para aprender. A segunda forma é a Assimilação Generalizada, onde a criança passa a usar tudo, portanto, o geral, que aprendeu em diferentes situações. E a terceira e última forma é a Assimilação Recognitiva, onde ela reconhece e separa determinados esquemas para situações específicas que necessitem deles. Selecionando o que é mais adequado para cada momento. Com essa base, Piaget dá início aos sub-estádios do Sensório-Motor, que são classificados por um período da faixa etária. O Primeiro é de 0 a um mês, e suas características são as atividades reflexas que a criança realiza, e depois os exercícios desses reflexos das atividades e por último a elaboração de esquemas simples, pois ela ainda foca no seu entorno, tudo que acontece em volta dela, ela tenta assimilar através de seu instinto. O Segundo é de um a 4 meses, e suas características é a repetição de todas essas atividades reflexas que a criança aderiu. Ela passa assim de uma adaptação "hereditária", algo que é inato, para uma adaptação "adquirida", que ela aprendeu e adquiriu através da reprodução que o ambiente em sua volta à estimulou. O Terceiro é de 4 a 8 meses, onde a criança passa a ter uma consciência simples e reproduz apenas eventos interessantes para ela, com intenção de obter um objeto ou fazer durar. O Quarto é de 8 a 12 meses, não existe mais o instinto e sim a intencionalidade e o desejo, ela possui a noção de objeto permanente e coordena os esquemas a sua volta. O Quinto é de 12 meses a 18 meses, onde a própria criança inventa novos meios em sua vida e em seu entorno. Ela passa a experimentar novos comportamentos para ver o que acontece, dando início a sua originalidade, nasce a curiosidade através da intencionalidade, ou seja, elas aventuram-se mais. E o Sexto e último, de 18 a 24 meses, as crianças possuem as características de imaginação, libertando-se assim das experiências imediatas, tendo assim a fase da transição de estádio Sensório-Motor para Pré-Operatório. Sobre o Grafismo Infantil, refere-se à linguagem que os desenhos trazem para quem quer observá-lo, e também o que as crianças querem transmitir. Geralmente, tudo que elas querem abordar no desenho é sobre o que aprendeu no mundo, ou seja, o que aparece ao seu redor, as relações que ela estabelece com as pessoas em sua vida, pois fazem parte de seu contexto social e cultural, e suas experiências subjetivas, o que ela possui consigo mesma, que são significativas para elas. E, além disso, o "desenhar" é uma maneira de fuga, a criança se imagina num outro lugar para conseguir resolver um problema. E para isso, ela que ainda não aprendeu totalmente sobre como se manifestar através de frases mais elaboradas, utiliza-se dos símbolos, portanto, a manifestação simbólica, como rabiscos e palavras mais simples e objetivas, criando assim expressividade e ajudando na sua comunicação subjetivaria um vocabulário de linhas e formas, para serem a sua base de construção e desenvolvimento do desenho. E um dos estudiosos que trabalharam com essa abordagem do grafismo infantil foi Viktor Lowenfeld (1903 - 1960). Ele separou seus estudos em quatro estágios para explicar esse desenvolvimento gráfico das crianças. O primeiro é o Estágio da Garatujas, nele a criança demonstra uma certa desorganização e falta de coerência em seus rabiscos, mas que com o passar do tempo pode ser percebido por ela aos poucos, tendo assim uma evolução gradativa. E o que Lowenfeld explica sobre esses rabiscos é que a criança começa a imaginar que tem capacidade para mostrar o que entende e assim o faz. Concluindo que o rabisco é o que ela imagina. O segundo é o Estágio Pré-Esquemático, onde aparecem as primeiras tentativas de representar o real, e consequentemente, há o desenvolvimento da consciência. Mas como estamos falando de primeira tentativa, ainda assim é discrepante. Os desenhos tentam seguir a realidade, mas não tem nada a ver com a realidade. Na cabeça da criança, ela desenvolve uma determinada estrutura que pode fazer todo o sentido, mas ao analisarmos não há ordem e nem coerência com o que é real, faltando-se da lógica. O terceiro é o Estágio Esquemático, onde a criança passa a observar melhor e tenta simbolizar as coisas que pertencem o seu meio. Então esse estágio esquemático pode ser entendido como um estágio que organiza os fatos da realidade desse indivíduo, tendo ainda mais coerência, mas pouca organização, por enquanto. E o quarto e último é o Estágio do Realismo, que o próprio nome já diz, é quando a criança deixa de lado os contos de fada e se adapta totalmente a realidade, ela cria agora o desejo de reproduzi-la em sua essência. Sendo assim a mudança brusca do estágio anterior para esse é da imaginação para o que é concreto. Com isso, conclui-se que a criança irá focar somente no que se apresenta em sua frente, isso é o real para ela. Tendo mais coerência, organização e esquemas, com lógica e sentido, pois tem a sua consciência mais aprimorada e potencializada. E o outro estudioso desse tema se chama Georges Henri Luquet (1876 - 1965), e em suas observações ele busca explicar o que e como a criança desenha, e afirma que esse grafismo reproduz um modelo mental daquele objeto, mostrando assim como a criança o vê e o assimilae consequentemente busca representá-lo. E também divide suas observações em quatro partes. A primeira é o Realismo Fortuito, onde há dois tipos de desenho, o involuntário que é a apresentação de linhas e rabiscos que não possuem um significado, mas que geram um certo prazer em repetir os gestos das linhas e rabiscos, chamado de "prazer sensório-motor" e o voluntário, que se caracteriza pela percepção da criança em seus desenhos, mas sem intencionalidade. Ela constrói a possibilidade nela mesma em poder criar algo. E assim a sua interpretação por algo que criar muda conforme os significados atribuídos à ela. A segunda parte é o Realismo Falhado ou Incapacidade Sintética. O próprio nome já indica que é a falha na tentativa de representar a realidade, ou seja, a síntese não é feita com a mesma proporção da realidade. A criança nesse caso apenas representará o que for de interesse dela e o que considerar pelo seu ponto de vista, assim não terá muita coerência. A terceira se chama Realismo Intelectual, que é a explicação de quando a criança usa seu conhecimento intelectual para representar os objetos. E nesse tipo de realismo, há mais organização e desenhos mais elaborados por conta do aparecimento da noção de planos e profundidade. E a quarta parte é o Realismo Visual, em que há o abandono da transparência e imaginação, pois o que é representado no desenho da criança é somente o que é visto, portanto fidedigno. Concluindo que esse grafismo se baseia apenas na representação visual, particularizada. Depois que Luquet explica suas observações sobre o grafismo infantil através dessas quatro partes, ele estuda o tema do Pré-Operatório e afirma que a criança evolui de um funcionamento sensório-motor para um modo conceitual e representacional. E apresenta as características que notou nesse tema do pré-operatório. A "Imitação Diferida" é quando a criança armazena a informação e o visual do objeto, e consegue representá-lo, do seu jeito, portanto não igual ao objeto em si, mesmo que este não esteja presente no momento. Temos o "Jogo Simbólico", mais uma das características que Luquet apresenta, sendo este o próprio brincar de faz de conta, ou seja, a criança faz essa brincadeira para entender, assimilar e acomodar o mundo a sua volta em seu entendimento pessoal. A outra característica é chamada de "Desenho ou Imagem Gráfica", que é quando a criança, depois de assimilar e acomodar o mundo, as coisas, os objetos e etc, representa-os por meio de desenhos, como rabiscos. E com isso, ela atribui significado para eles, pois é uma forma de demonstrá-los do jeito que ela os aprendeu. Outra característica é a "Imagem Mental", que são representações internas, os símbolos, as imagens mentais, que são divididas em duas partes, as reprodutivas, que são como as fotos, estáticas. E as antecipadoras, como os filmes, que há o movimento aparente. E a última característica é a "Linguagem Falada", que podemos analisar no dia a dia quando as crianças ao querer representar algo, falam coisas que remetam a ideia daquilo. E nessa característica damos nome aos processos que levam ao resultado final. Como "significante" e "significado", por exemplo, "au-au" seria o significante e "cachorro" o significado. Dando assim o resultado de que ela quer falar sobre cachorro. Assim Luquet concluiu que o fato de a criança saber se comunicar, ela passa a pedir ao invés de chorar, ela pensa através das palavras e internaliza suas ações, com isso se dá a Representação Verbal na vida das crianças, que é uma tentativa de participar da vida dos adultos.
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