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UNIDADE DE ENSINO 1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E DEFINIÇÃO DE: ÉTICA, MORAL, CULTURA, IDENTIDADE E CIDADANIA REFLEXÃO SOBRE A VIVÊNCIA DA ÉTICA NA FAMÍLIA, NA ESCOLA E NO CONVÍVIO SOCIAL O BJ ET I V O S D A U N I D A D E C O N T E Ú D O S D A U N I D A D E Nesta unidade, veremos alguns dos conceitos centrais para a disciplina. Assim, você encontrará definições importantes para a compreensão de ideias que ao longo do tempo foram sendo socialmente aceitas e incorporadas. Para além do seu uso cotidiano, no entanto, importa conhecermos os embasamentos teóricos de conceitos como ética, justiça, moral, cultura, cidadania e identidade. Iremos aprofundar o tema ética, que, como veremos, se expande para realidades importantes da vida em sociedade. Assim, abordaremos as relações da ética com esferas como a família, a escola e o convívio social. 1. Conceitos de ética e justiça. 2. Moral. 3. Cultura. 4. Identidade. 5. Cidadania. 6. A ética e a justiça. 7. A ética na família. 8. A ética na escola. 9. A ética no convívio social. Nesta unidade, veremos alguns dos conceitos centrais para a disciplina. Assim, você encontrará definições importantes para a compreensão de ideias que ao longo do tempo foram sendo socialmente aceitas e incorporadas. Para além do seu uso cotidiano, no entanto, importa conhecermos os embasamentos teóricos de conceitos como ética, justiça, moral, cultura, cidadania e identidade. Iremos aprofundar o tema “ética”, que, como veremos, se expande para realidades importantes da vida em sociedade. Assim, abordaremos as relações da ética com esferas como a família, a escola e o convívio social. Vamos começar por discutir o primeiro deles, o de ética? O CONCEITO DE ÉTICA EM ARISTÓTELES Já que a palavra “ética” deriva do vocábulo grego Ethos (caráter, índole natural, temperamento, modo de ser), cabe começarmos nossa reflexão com alguns apontamentos a respeito de Aristóteles, que além de ser um dos mais célebres filósofos da Grécia antiga, dedicou-se a estudar a ética. Aristóteles, também conhecido como “O Estagirita”, viveu entre 384 e 322 a.C., sendo o mais destacado discípulo de Platão. Interessando-se por inúmeros 3 temas do conhecimento humano (tais como a filosofia, a física, a química, a lógica, a retórica, a música, a poesia, a botânica, a anatomia, a matemática e a cosmologia), sua visão holística do mundo (a qual hoje chamaríamos de “interdisciplinar”) lhe permitiu ingressar também no estudo da ética, o que se percebe especialmente em sua obra Ética a Nicômaco. Figura 1: Imagem de Aristóteles Fonte: http://www.culturaclasica.com Veja o que escreve o filósofo: [...] as ações são chamadas justas e temperantes quando são tais como as que praticaria o homem justo ou temperan- te; mas não é temperante o homem que as pratica, e sim o que as pratica tal como o fazem os justos e os temperantes. É acertado, pois, dizer que pela prática de atos justos se gera o homem justo, e pela prática de atos temperantes, o homem temperante; sem essa prática, ninguém teria sequer a possi- bilidade de tornar-se bom (ARISTÓTELES, 1987, p. 31). Você pode depreender, portanto, que Aristóteles de algum modo associa as virtudes da temperança e da justiça à bondade, sendo necessário que as pessoas ajam pelo princípio da moderação, do meio-termo (mesotés). Mas a prática constante das virtudes, para o filósofo, só ganha significado se visarmos o supremo bem, que é a felicidade, a finalidade maior do Homem. Podemos resumir a concepção da ética em Aristóteles nos seguintes termos: Em resumo, tal teoria (a da ética aristotélica) visa apresentar o ser humano como ser ativo realizador da passagem do ser para o dever ser, essencialmente pela prática constante de ações boas. Uma ética que, em consonância com a finalida- de, quer chamar a atenção do ser humano para a coerência entre o fim último estabelecido e as ações que cada um rea- liza, pois somente as boas ações poderão conduzir a um fim bom e supremo, portanto, nobre e bom (RODRIGUES, 2009, p. 66). 4 Sem grande perigo de erro, pode-se sugerir que essa ideia de algum modo assentou-se ao longo do tempo, tornando-se referencial. Se, então, a ética assim entendida está relacionada às boas ações e à perseguição de um fim bom, devemos agora estudar um pouco o conceito de “moral”, o qual está diretamente ligado à ética. O QUE É A MORAL? O termo moral origina-se da palavra latina “morus”, que significa “costumes”. Levando isso em consideração, você pode perceber que o sociólogo francês Émile Durkheim (o qual, juntamente com Weber e Marx, faz parte dos pilares da sociologia moderna) considera justamente que a moral é a ciência dos costumes (DURKHEIM, 2004). De fato, para Durkheim “[...] os processos de intensa aproximação e interação entre as consciências criam a moral, tanto a moral que foi quanto a moral que é e a que deve ser; mas, ao mesmo tempo, é do próprio fato de ser uma criação coletiva que resulta a sua legitimidade” (WEISS, 2010, p. 265). Perceba que, para o sociólogo, o que dá valor (legitimidade) ao costume é a aceitação que ele adquire na sociedade. Quando um costume passa a ser visto pela sociedade como bom, assume um status moral. Porém, para outro importantíssimo estudioso do assunto, Immanuel Kant, o comportamento só se torna efetivamente moral quando respeita a um imperativo categórico (KANT, 2013). Para que fique mais claro, podemos dizer que a ação, para ser moral, precisa derivar de um dever. Nesse sentido, “[...] a moral ordena: o sujeito moral sente-se intimamente obrigado a agir segundo determinadas regras. Sua ação é, para ele, necessária, e não apenas possível ou provável, e isto porque o bem moral é um bem em si” (LA TAILLE, 2010, p. 106). Não basta, portanto, que o costume seja aceito como bom pela sociedade (como afirmou Durkheim); para ser moral, é necessário que a ação seja guiada por regras, por deveres. Assim, para além da aderência social que um costume possa ter, a ação moral é moral porque é praticada a partir de uma obrigação. Vamos demostrar isso por meio de um exemplo bastante corriqueiro do dia a dia das cidades? Imagine a seguinte situação: você está dirigindo um carro de madrugada em uma região pouco movimentada da cidade. O semáforo apresenta a luz vermelha, que indica que o veículo deve parar. O fato de que não há outros carros no cruzamento e nem fiscais de trânsito por perto evidencia que se você seguir adiante não haverá acidentes e que você não será multado. Porém, sabe-se que existe uma lei que obriga o condutor a respeitar o sinal vermelho em qualquer situação. Se você ultrapassar o sinal – mesmo sabendo que esse ato não terá consequências graves para você ou para outras pessoas, – estará infringindo uma lei. Como a sociedade, a priori, não vê com bons olhos essa atitude e como a lei não prevê exceções, seu comportamento dificilmente seria enquadrado como ético ou moral. No entanto, se você parar o carro porque se trata de um costume tido como correto pela sociedade, estará agindo de 5 acordo com a moral conceituada por Durkheim, ao passo que se você parar porque julga que é bom e necessário que a lei seja cumprida em qualquer situação, sem exceções, estará agindo por um “imperativo categórico”, chegando à moral conforme delineada por Kant. Dado este exemplo simples, cabe agora identificarmos a diferença crucial entre ética e moral. Podemos resumi-la com base na seguinte afirmativa: “ainda que sejam complementares, ética e moral carregam ideias diferentes: enquanto a ética” – conforme Vasquez (1998) – tem caráter reflexivo e/ou teórico, a moral volta- se à prática. Para voltarmos ao exemplo do semáforo, o condutor que respeita o sinal vermelho e para o carro foi ético porque se sabe de modo conceitual/teórico/abstrato que a ética demanda não infringir a lei. Mas ação em si, o ato de deliberadamente não ultrapassar o sinal vermelho, constitui a prática, a ação moral. A CULTURA NASCIÊNCIAS SOCIAIS E NO COTIDIANO Depois de termos realizado uma reflexão a respeito das ideias relacionadas à ética e à moral, vamos agora trabalhar com um conceito igualmente importante para a nossa disciplina: o de cultura. Você certamente já ouviu referências à palavra cultura, já que o termo é utilizado de modo bastante abrangente (e, por isso, nem sempre preciso). Nesse sentido, fala-se, por exemplo, em cultura erudita, cultura popular, cultura literária, cultura musical, cultura artística, cultura brasileira e até mesmo cultura moderna. Diante desse nível de amplitude, importa examinarmos um pouco melhor os sentidos da ideia de cultura, conforme é interpretado pelas Ciências Sociais. Denys Cuche nos oferece subsídios a esse respeito: Contrariamente à noção de sociedade, mais ou menos rival no mesmo campo semântico, a noção de cultura se aplica unicamente ao que é humano. E ela oferece a possibilidade de conceber a unidade do homem na diversidade de seus modos de vida e de crença, enfatizando, de acordo com os pesquisadores, a unidade ou a diversidade (CUCHE, 2002, p. 13). Sendo um atributo intrinsecamente humano, a compreensão da ideia de cultura permite que identifiquemos que todos os homens fazem parte de uma só comunidade ampla (a Humanidade), mas também cria os meios para que vejamos com maior clareza as diferenças, as características distintivas cultivadas por indivíduos ou grupos específicos dessa grande comunidade. 6 Vamos tecer um novo exercício reflexivo baseado em temas cotidianos a fim de aplicar o conceito de Cuche na prática? Digamos que John nasceu e viveu toda a sua vida na Austrália. Como a Austrália foi colonizada pela Inglaterra, John, que descende dos ingleses, fala apenas inglês e vive na capital do país. No entanto, na Austrália também vivem os Aborígenes, povos autóctones que habitavam a Austrália antes da chegada dos ingleses. Uma de seus descendentes chama-se Kylie, que fala Wajarri, idioma típico de seus ancestrais, e mora em uma pequena povoação do interior. Como você identificaria John e Kylie com base na definição de cultura trazida por Cuche? Figura 2: Aborígene australiano Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:Australia_Aboriginal_Culture_009.jpg A resposta mais aceita seria: John e Kylie têm algo em comum (porque são humanos e, portanto, possuem cultura e dignidade para além de qualquer julgamento ou diferenciação), mas também apresentam diferenças culturais que não podem ser desprezadas. Mesmo vivendo em um mesmo país, a origem e o meio em que cresceram fazem com que John e Kylie tenham modos de vida – e, talvez – valores diferentes, a começar pelo idioma. Mas a noção de cultura ganha outra dimensão vital na contemporaneidade. Voltemos à Cuche: 7 A aproximação entre sociologia e antropologia levou a so- ciologia a tomar emprestado os métodos da antropologia e esta a usar os terrenos da primeira. Deste modo, vão multi- plicar-se nos Estados Unidos os estudos de ‘comunidades urbanas’. Estas comunidades [...] vão ser abordadas pelos pesquisadores da mesma maneira que um antropólogo aborda uma comunidade de uma aldeia indígena. A hipóte- se considerada é que a comunidade forma um microcosmo representativo da sociedade inteira à qual ela pertence, per- mitindo apreender a totalidade da cultura desta sociedade (CUCHE, 2002, p. 100). Você percebeu que além de referir-se a um conceito mais amplo/genérico, a palavra “cultura” passou a ser utilizada também para designar manifestações específicas de grupos relativamente pequenos que vivem no interior de uma comunidade maior? Assim, passa a ser objeto do estudioso das culturas também os grupos urbanos, e não apenas as tribos tradicionais ou as coletividades nacionais. Se os índios Ianomâmi têm um cultura singular que merece a atenção das Ciências Sociais, por que uma “tribo urbana” (como os roqueiros, os skatistas, os motoqueiros, etc.) não poderia apresentar representações culturais interessantes para os antropólogos? IDENTIDADE: UM TEMA CONTEMPORÂNEO A ideia de “identidade” está bastante presente na linguagem das Ciências Humanas contemporâneas, referindo-se, basicamente, a um conjunto de valores, hábitos e psicologias coletivas que seriam distintivas de países ou grupos justamente por estarem presentes na sua realidade ao longo da história. Assim, um indivíduo pode se identificar com uma determinada sociedade, a ela consagrando o seu “pertencimento”: O Estado moderno tende a mono-identificação, seja por re- conhecer apenas uma identidade cultural para definir a iden- tidade nacional (é o caso da França), seja por definir uma identidade de referência, a única verdadeiramente legítima (como no caso dos Estados Unidos), apesar de admitir um certo pluralismo cultural no interior de sua nação (CUCHE, 2002, p. 188). Com efeito, a observação de Cuche é corroborada pelo fato de que “[...] quando os traços culturais são utilizados para definir uma minoria, os indivíduos tem normalmente a possibilidade de escolher o grupo com o qual querem ser identificados”, alternativa suprimida quando os parâmetros são as características físicas/raciais: “isso deixa aos indivíduos muito poucas alternativas” (BANTON, 1977, p. 182). Basta dizer que a construção de uma identidade deriva muito da consciência de uma cultura que é partilhada, sendo problemático supor que seriam as características étnico-raciais que definiriam as pessoas em sociedades complexas como as da atualidade. 8 Nota: Se você se interessou pelo tema, convém ler o livro O Tempo das Tribos: O declínio do individualismo nas sociedades de massa, de autoria de Michel Maffesoli. CIDADANIA Vimos até agora algumas discussões a respeito dos conceitos de ética, moral, cultura e identidade. De algum modo, todos eles se cristalizam e ganham aspecto prático quando pensamos no conceito de cidadania. Buscamos a ética e a moral e construímos nossa cultura e nossa identidade a fim de sermos bons cidadãos. O que é ser um cidadão? Reflitamos a partir da definição de Pinsky: Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar dos destinos da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos políticos não asse- guram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à uma velhice tranquila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais (PINSKY, 2013, p. 7). Logo, de acordo com esta acepção, seremos autênticos cidadãos quando tivermos garantidos direitos essenciais, que vão da esfera civil (vida, liberdade, propriedade, igualdade perante a lei, liberdade de culto religioso), à esfera política (participar da vida política) e à esfera social (o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, à cobertura social na velhice). Contudo, é importante destacar que a cidadania também pressupõe deveres. Sem o cumprimento dos deveres que são inerentes à vida em sociedade, não poderemos ser verdadeiros cidadãos. Assim, temos o dever de zelar e proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos demais, respeitando a lei e a liberdade religiosa das pessoas. Para além do âmbito civil, temos o dever de, pelo menos, atentar para a realidade política da sociedade em que vivemos, o que consolidará o exercício da dimensão política. Finalmente, o cidadão precisa perseguir a educação para si e para seus filhos, trabalhar a fim de contribuir para a prosperidade do país e de si próprio, zelar pela saúde daqueles que o rodeiam e do meio ambiente, além de, por exemplo, respeitar os mais velhos. 9 Em suma, podemos afirmar que a cidadania é um conceito de mão dupla: leva em conta direitos que todos devem ter garantidos, mas não abdica de nos lembrar de que temos deveres incontornáveis com nossos semelhantes e com o nosso país.A Constituição Federal de 1988 aborda a questão de maneira muito clara. Vejamos o artigo 5º, que assim foi redigido: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”. Em seguida, o artigo detalha alguns dos mais importantes direitos e deveres que estruturaram a organização sócio-política do Brasil. Não deixe de ler a Constituição (uma versão digital pode ser visualizada por meio do link que está disponível no ambiente da disciplina na Unidade 1). Lembre-se que saber dos nossos direitos e deveres, buscando aplicá-los na prática do cotidiano, é crucial para que possamos melhorar a sociedade, exercendo a cidadania de maneira ativa. A ÉTICA E A JUSTIÇA Vamos pensar um pouco sobre o conceito de Ética que você estudou na primeira parte da unidade. Para Aristóteles, a maior virtude ética é a justiça. Mas o que é a justiça? A imagem abaixo bem demonstra como a ideia é representada no imaginário social: a deusa da justiça (Têmis) está vendada, a fim de guiar-se pelos princípios mais altos (e não com base em meras aparências) e segura uma balança, a fim de mensurar os atos com imparcialidade. Figura 3: Representação da Justiça Fonte: Site www.alvarodias.com.br Vejamos alguns complementos a respeito do conceito de justiça: Para o texto acima, ‘justiça’ se refere ao que é correto e justo. O que é correto? O que é justo? O que você responderia à pergunta sobre o que é correto, por exemplo? Vamos fazer um exercício sobre esse tema? 10 1. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) nas sentenças abaixo. Correto é o: a)(____) Que foi alvo de correção; que se consertou; cujas falhas foram emendadas; corrigidos; b)(____) Desprovido de erro ou defeito; que se encontra em conformidade com as regras; certo; c)(____) Que se adequa às regras ou normas; perfeito; d)(____) Que expressa exatidão: valor correto; e)(____) Que se diz da pessoa que tem dignidade e honra; honrado ou íntegro. COMO VOCÊ ASSINALOU A RESPOSTA? A resposta certa é marcar V em todas as sentenças, o que não deixa de demonstrar que esse tema é complicado. Vamos fazer outro exercício para você verificar o seu entendimento sobre ética e justiça? 2. Se justiça é igualdade de direitos perante a Lei, marque as ações que você considera éticas e justas: a)(____) O menino não fez o que devia na escola, suas lições e trabalhos; como resultado foi reprovado; b)(____) João e Pedro são irmãos. Enquanto o primeiro estuda e trabalha; o segundo passa o dia vendo televisão e soltando pipa. João torna-se um profissional de sucesso; Pedro torna-se um profissional medíocre; c)(____) Marília é uma excelente psicóloga. Dedicada, estuda muito para clinicar a partir de diagnósticos bem construídos e fundamentados. Recentemente, Marília foi convidada para ser Secretária da Saúde de um determinado Estado. d)(____) João Miguel, na sua vida profissional, preferiu o caminho da facilidade e da corrupção. No fim de sua vida, foi flagrado em ações ilícitas e preso. e)(____) Pedro Ivo sempre preferiu o caminho da esperteza, em lugar do trabalho, preferiu o do emprego. Para garantir esse último, agraciou a chefia com elogios, presentes e conluios. Ao final, recebeu um cargo importante. Ainda que as assertivas envolvam pontos de vista éticos bastante complexos, a resposta padrão seria V, V, V, V, F. Agora que você já pensou sobre Justiça e Ética, escreva um parágrafo sobre esses conceitos e como eles estão próximos, explicite a sua opinião por meio da escrita no fórum de discussão da Unidade 1. Depois leia o que os seus colegas escreveram, escolha dois colegas para comentar ou criticar a opinião deles. O fórum de discussão encontra-se no Portal. 11 A ÉTICA NA FAMÍLIA Figura 4: Ética na Família Fonte: Site: obviousmag.org Vamos continuar a nossa reflexão lendo o texto abaixo e prestando muita atenção às perguntas que ele faz: Será que temos o direito de criticar os outros, uma vez que nós mesmos não agimos de acordo com os princípios le- gais, éticos e morais? Quanto ao ditado popular sobre o “jeitinho brasileiro”, diz respeito ao nosso jogo de cintura ou ao nosso modo torpe de tratar as coisas alheias? E quanto à capacidade que o ser humano tem de justificar seu erro? Vemos em outros casos como: atravessar no farol vermelho; estacionar em vagas destinadas a deficiente; fazer barulho depois do horário permitido incomodando os vizinhos; levar o cachorrinho de estimação para passear e realizar suas ne- cessidades fisiológicas e não se preocupar em apanhar a su- jeira do chão; fumar em local não permitido; passar à frente de pessoas nas filas nos postos de saúde, ou nos bancos, só porque você é conhecida (o) do atendente. Tudo isso são formas de justificar a nossa falta de princípios. Todos os dias, vemos e ouvimos nos telejornais, rádios, lemos artigos de revistas, sobre catástrofes com enchentes, desabamentos, terremotos que vitimam pessoas, animais, cidades, Estados como Rio de Janeiro, Santa Catarina e até parte de um país, o tsunami ocorrido no Japão. Em todos os casos sempre encontramos alguém que justifica tais situações, quando não, muitas pessoas se eximem de sua culpa colocando em outrem as causas de todos estes desastres, ou dizem, “é culpa do governo”, sem perceber que todos fazem parte desse Governo e, que o dano provocado é uma postura, uma conduta coletiva. Pois desde crianças aprendemos que lixo se coloca no lixo, não no chão, mas mesmo assim existem pessoas que insistem em fazer o contrário, depois dizem não ter culpa da sujeira nas ruas, da poluição dos rios, enfim da degradação do meio ambiente, do meio social em que vive- mos e convivemos (FERREIRA, 2014). Vamos ver como você entendeu esse texto, respondendo às perguntas que seguem. 12 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO: 1. O texto está discutindo o seguinte tema: a)(____) o descaso com o respeito às coisas simples da vida: semáforos, higienização da rua, descumprimento com a ordem da fila, etc.; b)(____) os telejornais, rádios, revistas, etc.; c)(____) crianças arruaceiras; d)(____) o tsunami ocorrido no Japão; e)(____) da culpa da qual todos se eximem. 2. Se você marcou a letra A, você entendeu o texto. No campo a seguir, escreva por que você marcou a alternativa A: ____________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Na sequência, continuaremos lendo o texto de Ferreira (2014): É na família que damos os primeiros passose do mesmo modo recebemos as primeiras noções de valores morais, formamos nosso caráter e desenvolvemos nossa personali- dade como indivíduo singular que somos. Segundo Ellen G. White (2010, p.275) “[...] a primeira professora da criança é a mãe. Nas mãos desta acha-se em grande parte sua educa- ção, durante o período de seu maior e mais rápido desenvol- vimento. À mãe oferece-se em primeiro lugar a oportunidade de moldar o caráter para o bem ou para o mal. Não muito tem- po uma criança relatou o seguinte fato: sua mãe estava com “conjuntivite de mentirinha”. Pedi que explicasse por que de “mentirinha”, ela respondeu que sua mãe havia passado sa- bonete no olho para irritá-lo, e que não estava indo trabalhar, pois, estava de atestado médico. Perguntei o que ela achava dessa atitude, se era certo o que sua mãe havia feito. Ela res- pondeu que não era certo, mas que quando fosse grande e estivesse cansado do trabalho, iria fazer isso também. Mais uma vez pergunto: Onde estão os valores morais e éticos? Este caso é especificamente grave, pois, não se trata só da falta de princípios do indivíduo que cometeu o ato, mas, da mãe que demonstrou para seu filho, princípios morais detur- pados, não se atentando ao fato de que seu filho é um ser em formação. E quantos outros casos: mãe que joga lixo no rio, aquele sofá que não serve mais é descartado no córrego perto de casa, o papel de doce ou latinha de refrigerante que é arremessado pela janela de um transporte coletivo (FER- REIRA, 2014). 13 A ideia principal do texto é a responsabilidade da mãe pelo desenvolvimento do senso ético da sua família. É nos primeiros anos de vida que a criança desenvolve, pelo exemplo, o senso do que é correto/errado e passa a agir da mesma forma como aprendeu. Você concorda com essa ideia? Procure relatar algo semelhante que você viu ou ouviu na sua vida, exemplificando a importância do papel da família no desenvolvimento do senso e atitude ética. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A ÉTICA NA ESCOLA Vamos continuar com a nossa reflexão sobre ‘ética’, lembrando que ‘ética’ se refere aos princípios que regulam os preceitos morais, enquanto a ‘moral’ se refere a conduta, comportamento. Dito isso, vamos ver o que o texto abaixo diz a respeito da relação entre ética e escola: Nós educadores nos preocupamos com as crianças e sua formação. Crianças que aprenderam que lixo não se joga no chão; que ao atravessarmos a rua devemos fazê-lo na faixa de pedestre e quando o “menininho” está verde; que os carros param quando o farol está vermelho; Aprendemos que devemos ser educados e respeitar pai, mãe e as pessoas mais velhas; E quanto às palavrinhas mágicas: Por favor, Desculpe e Obrigado; Aprendemos que nos rios têm vida e os peixes precisam de água limpa para sobreviver; ensinou-nos a não mentir, não brigar com o colega, não falar palavras “feias” (palavrão). E tantos outros ensinamentos. O que vemos hoje é o contrário de tudo que foi aprendido no jardim da infância, crianças que presenciam adultos jogando lixo nos rios, ou qualquer coisa que julgam não precisar mais; motoristas que não respeitam nenhum tipo de sinalização; pessoas brigando por motivos banais, muitas vezes causando a morte de um dos envolvidos. Questionamos se a educação como instituição de ensino, tem contribuído para que esses maus hábitos se propaguem? Como os profissionais dessas instituições veem trabalhando os princípios morais e éticos com os seus educandos? Segundo Ellen G. White (2010, p.225) “o mundo não necessita tanto de homens de grande intelecto, como de nobre caráter (...) a formação do caráter é a obra mais importante que já foi confiada a seres humanos”. Ela não se refere somente a professores, mas a todos os indivíduos que convivem em sociedade e passam conceitos e dão exemplos de seus atos a todo o momento. Pensamos que o educador, mesmo sem perceber, deixa que seus princípios morais aflorem isso faz com que acabem interferindo na formação da ética pessoal desses alunos. Percebemos a 13 14 nossa educação bastante falha. Hoje vemos que a lei que prevalece é a do “dente por dente”. Não existe mais o respeito entre os colegas, presenciamos alunos agredindo alunos, alegando estarem se defendendo de algum tipo de insulto, alunos discutindo exaltadamente com professores e que às vezes terminam em agressões, professores estressados e sem paciência com as malcriações dos discentes. Analisamos ser muito difícil que, diante dos casos citados haja concordância entre o discurso e a prática desse profissional. Fica clara a necessidade de uma reflexão: o que estamos fazendo na educação? O que queremos manifestar nos indivíduos em formação? E principalmente se ainda queremos fazer alguma coisa para transformar princípios? (FERREIRA, 2014). Vamos refletir juntos sobre esse texto. Que princípio está sustentando os comportamentos de jogar papel no lixo, de parar quando o sinal de trânsito estiver vermelho, de atravessar a rua apenas na faixa de pedestre (primeiro parágrafo)? Que valor ético sustenta tais formas de agir? Parece que aqui a preservação da vida, nosso maior bem, está em jogo. Você concorda? Muito bem, continuemos explorando o texto. O texto aponta o papel da escola na formação de princípios éticos, cita a necessidade de o professor mostrar, por meio de exemplos, que condutas aceitáveis devemos ter. Veja: educar pelo exemplo é a melhor forma de passar ideias para os nossos educandos. Quantas vezes observamos os colegas de sala de aula chegarem tarde ou saírem cedo das aulas, não trazerem o material de estudo ou as lições feitas e reclamarem do professor pelas notas que recebem? Pois esse tipo de conduta vai contra as atitudes esperadas de pontualidade e de responsabilidade do estudante e deve ser corrigida. Há também aqueles que não respeitam o colega ou o professor, falam mal deles ou os destratam. São condutas que também devem ser corrigidas. Para isso, é preciso que consigamos refletir sempre sobre nossas ações, de modo que possamos nos dar contar dos problemas e refazer nossas atitudes, procurando o Bem próprio e o do outro. Figura 5: Ética no convívio social Fonte: <http://www.astuciadeulisses.com.br/as-frageis-vestimentas-do- convivio-social/> 15 Iniciemos com uma reflexão feita por Albert Einstein: Recuso-me a permanecer em um país onde a liberdade po- lítica, a tolerância e a igualdade não são garantidas pela lei. Por liberdade política entendo a liberdade de expressar publi- camente ou por escrito a minha opinião política, e, por tole- rância, o respeito à toda convicção individual (EINSTEIN apud AGOSTO, 2014). Einsteinapresenta uma série de conceitos que precisam ser bem compreendidos: liberdade política, tolerância e igualdade. Não podemos opinar sobre isso sem esclarecer os conceitos. Então vejamos: Sobre o conceito de liberdade política, vamos ler o que escreve Oppenheim no dicionário de política organizado pelo célebre cientista político Norberto Bobbio: Muitos creem ser a democracia “uma sociedade livre”. To- davia, as sociedades organizadas se estruturam mediante uma complexa rede de relações particulares de Liberdade e não-Liberdade (nada existe parecido com a Liberdade em ge- ral). Os cidadãos de uma democracia podem ter a Liberdade política de participar do processo político mediante eleições “livres”. Os eleitores, os partidos e os grupos de pressão têm, portanto, o poder de limitar a Liberdade dos candidatos que elegeram. A democracia exige que as “Liberdades civis” sejam protegidas por direitos legalmente definidos e por deveres a eles correspondentes, que acabam implicando limitações da Liberdade. Num tipo ideal de ditadura, quem governa tem uma Liberdade sem limites em relação a seus súditos, enquanto estes últimos são inteiramente não-livres com relação ao primeiro. Numa democracia, as Liberdades e as não-Liberdades são colocadas de maneira mais igual, por exemplo, entre os vários escalões do Governo, entre o Gover- no e os governantes, entre a maioria e a minoria. Igual Liber- dade, não mais Liberdade, esta é a essência da democracia (OPPENHEIM, 1998, p. 710). Vejam que o conceito de liberdade política guarda relação com a participação popular. Como você avalia a qualidade/intensidade da participação popular no Brasil atual? Reflita sobre esse tema. No que tange ao conceito de tolerância, pode-se afirmar, em linhas gerais, que se trata de um atributo necessário nas sociedades atuais. Devido ao pluralismo de ideias existente nos países e no mundo, faz-se importante que cada indivíduo pratique a alteridade (colocar-se no lugar do outro) a fim de compreender e aceitar que existem visões de mundo/comportamentos diferentes do seu e que nem por isso devem ser criminalizadas. Olhemos para um exemplo cotidiano. Uma senhora de 70 anos disse para o seu neto que ele deveria comer “arvorezinhas”, não só carne ou batata frita. Além disso, fez uma lista de “erros” que o hotel em que estava hospedada havia cometido, tais como oferecer só arroz sem ser integral ou pão branco nas refeições. A senhora pode ter todo o direito de fazer ter as suas preferências. Porém, como exigir que todos se alimentem do que ela se alimenta ou gostem do que ela gosta, sem se mostrar 16 intolerante? Em outras palavras, viver com tolerância é aceitar que determinadas coisas, inofensivas, aconteçam. Ser tolerante, então, é aceitar que haja pensamentos, desejos, sabores diferentes e conseguir conviver com isso sem problemas. Você se definiria como uma pessoa tolerante? Outro tema muito debatido atualmente é o problema da igualdade. Se atentarmos para a natureza, vamos ver que nela tudo é diferente: as cores, os ruídos e sussurros, os cheiros, os sabores, as espécies... O mesmo acontece entre os humanos. Alguns são louros, outros morenos, outros de olhos azuis ou verdes ou pretos, uns mais altos... Assim, você deve estar pensando: “E onde fica a tal da igualdade?” A igualdade tem caráter político-jurídico, além de ético. Diz respeito aos direitos e deveres de todo cidadão. Qualquer pessoa tem direito à vida, ao trabalho, ao desenvolvimento pessoal e profissional, a estar bem. Há uma dignidade que é própria da Pessoa Humana. Porém, há também deveres, para consigo mesmo e para com o outro. Isso tudo, contudo, não nega que também existem diferenças entre as pessoas. Sendo assim, a igualdade política e jurídica deve ser objeto de procura de todos os homens e, com ela, vem a necessidade de exercitarmos a tolerância, ou seja, de respeitarmos a diferença de pensamento, de participação, de ação de modo geral. Resguardar, nesse caso, a igualdade de direitos e deveres civis é extremamente importante para as práticas sociais, para a vida em sociedade. Veja abaixo a bibliografia que você deve consultar, para aprofundar os seus conhecimentos. SÍNTESE Nesta Unidade procuramos estudar diferentes compreensões a respeito de temas como ética, justiça, moral, cultura, cidadania e identidade. Assim, vimos que a definição do conceito de ética começa ainda com Aristóteles, evoluindo ao longo do tempo. De igual modo, a moral também ocupou a atenção de diversos pensadores, passando, sobretudo por Durkheim e Kant. Pode-se dizer que a ética está mais relacionada ao campo abstrato das percepções, ao passo que a moral se assenta nas práticas sociais. Também falamos da cultura, que pode hoje ser entendida como a manifestação de tradições e costumes de uma determinada comunidade. Apresentamos conceitos iniciais de identidade e cidadania, os quais serão retomados adiante. Vimos que há diferentes aplicações para o conceito de ética. Da família à escola, da justiça ao convívio social que estabelecemos cotidianamente, a ética interage fortemente com temas como moral e cidadania. Isso demonstra a amplitude do assunto, o qual também nos permite refletir acerca de elementos importantes para a sociedade contemporânea, merecendo destaque o exercício da cidadania e a liberdade política. Em suma, trata-se de um instrumento capaz de qualificar (e balizar) nossas ações, mensurando potenciais impactos que elas podem gerar nas demais pessoas. 17 PARA SABER MAIS Os leitores interessados em saber mais sobre a temática desenvolvida nesta unidade poderão consultar as seguintes indicações e obras: AGOSTO, M. Ética e relações sociais um enfoque filosófico. In: JACQUES, M., et al. (Org.). Relações sociais e ética. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. p. 18-25. Disponível em: <http://books.scielo.org>. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. vol. II. São Paulo: Nova Cultural, 1987. BANTON, Michael. A ideia de raça. Lisboa: Edições 70, 1977. CUCHE, Denys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. Florianópolis: EDUSC, 2002. DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 2004. FERREIRA, Maria Del Carmen. Ética na família, na educação e seus reflexos na vida em sociedade. Revista Científica Aprender, 2014. Disponível em: <http://revista. fundacaoaprender.org.br/index.php?id=145#min>. KANT, Immanuel. Metafísica dos Costumes. Petrópolis: Vozes, 2013. LA TAILLE, Yves. Moral e Ética: Uma Leitura Psicológica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v.26, 2010, pp. 105-114. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/- v26nspe/a09v26ns.pdf>. MAFFESOLI, Michel. O Tempo das Tribos: O declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. OPPENHEIM, Felix. Liberdade. In: BOBBIO, Norberto (Org.). Dicionário de Política. Brasília, UNB, 1998. PINSKY, Jaime. Introdução. In: PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla (Orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2013. RODRIGUES, Cláudio Eduardo. Ética aristotélica: finalidade, perfeição e comunidade. POLYMATHEIA, v. 7, n. 7, 2009, p. 51-67. Disponível em: <http://www.uece.br/p- olymatheia/dmdocuments/polymatheia_v5n7_etica_aristotelica_finalidade_perfeicao_ comunidade.pdf>. SIGNIFICADO DE JUSTIÇA. Site Significados. Disponível em: <http://www.significados. co-m.br/justica/>. VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. WEISS, Raquel Andrade. Émile Durkheim e a fundamentação social da moralidade. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2010, 280 fl. Disponível em: <http:// filosofia.fflch.usp.br/sites/filosofia.fflch.usp.br/files/posgraduacao/defesas/2011_ docs/2011_doc_raquel_weiss.pdf>.
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