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Gestão do Conhecimento
A Chave para o Sucesso Empresarial
José Renato Sátiro Santiago Jr.
21
Capítulo 1
O Novo Cenário Corporativo
O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas altera-
ções nos últimos anos. Estas mudanças fizeram com que as empresas,
de um modo geral, precisassem adequar sua forma de atuação, no
intuito de se manterem competitivas em seu mercado e flexíveis com
as novas regras mercadológicas a serem seguidas. Apenas com o en-
tendimento claro destas novas exigências de mercado, uma organiza-
ção poderá tomar ações corretas e eficientes para seu crescimento.
1.1 A Mudança nas Organizações
A grande mudança à qual as empresas têm que se submeter para con-
tinuarem competitivas diz respeito à maior rapidez com que suas ati-
vidades devem ser desenvolvidas. Esta questão se deve, principalmente,
ao fato de elas terem passado a ter maiores preocupações com relação
a seus parceiros e clientes.
A partir da década de 1990, principalmente, com a abertura do mer-
cado brasileiro aos demais países, as empresas passaram a considerar
o cliente como o principal objetivo de seu processo produtivo e não
mais o produto resultado deste. Este fato evidenciou a importância
de prestar atenção sobre as ações tomadas por seus concorrentes, de-
finir estratégias de atuação, criar redes de distribuição e estudar os
ciclos de vida de produtos e serviços.
A redução deste tempo de resposta ao mercado fez com que as em-
presas, de modo geral, passassem a se preocupar com questões, tais
como:
22
Gestão do Conhecimento
• Por que não estudar as ações e decisões tomadas no passado e
verificar se elas podem ser novamente utilizadas?
• Não seria positivo analisar os erros cometidos no passado, no in-
tuito de evitar que ocorram novamente?
• Por que não repetir as atividades bem sucedidas?
Convém ressaltar que o papel de gerar toda a riqueza e o poder da
sociedade atual deixou de ser exclusividade dos fatores tradicionais
de produção (capital, terra e trabalho). Tal afirmação, por si só, já
serve para justificar o fato de muitas empresas terem um valor de
mercado extremamente superior ao seu valor patrimonial.
Isto ocorre devido ao fato de o valor de produtos e serviços depende-
rem cada vez mais do percentual de inovação, tecnologia e inteligên-
cia a eles incorporados. Estes fatores, por serem intangíveis, são de
difícil gerenciamento. Por tal motivo, a empresa que souber tratá-los
de forma eficiente, estará em posição de destaque no seu mercado de
atuação.
1.2 O Uso do Conhecimento
As empresas devem entender que o conhecimento se tornou um ati-
vo mais importante, e indispensável, por ser a principal matéria-pri-
ma com a qual todas trabalham. A partir deste entendimento, é pos-
sível observar o quanto ele é mais valioso e poderoso que qualquer
outro ativo físico ou financeiro.
Este efetivo valor do conhecimento tem se tornado um fator de so-
brevivência das grandes corporações. As principais mudanças ocorri-
das no mercado, nos últimos anos, fizeram com que fossem exigidos
melhor e maior uso da experiência e do conhecimento adquiridos
por cada empresa ao longo de toda sua existência. É de entendimento
comum que apenas esta utilização adequada de conhecimentos per-
mitirá o desenvolvimento de produtos e serviços com custos mais
competitivos e qualidade superior.
Para que uma organização possa aprender com o seu passado é necessá-
rio que esteja estruturada de forma adequada para tal. Apenas desta
23
maneira o aprendizado ocorrerá de forma natural, o que irá agregar
valor aos seus produtos e serviços.
Além disso, deve-se observar que, muitas vezes, a maior parte dos
conhecimentos que uma organização necessita para se manter com-
petitiva, ela já possui, no entanto está, por vários motivos, inacessí-
vel. A criação de um ambiente propício para identificar, criar e disse-
minar o conhecimento irá agregar valor à empresa e a colocará no
rumo de atingir suas metas.
Os ativos intangíveis que agregam valor à maioria dos produtos e
serviços são baseados em conhecimento. Entre eles é possível citar:
know-how técnico, entendimento do cliente, criatividade pessoal e
inovação. A grande dificuldade se encontra exatamente na medição
destes valores, pois ao contrário dos estoques financeiros e materiais,
o valor econômico do conhecimento não é facilmente compreendi-
do, classificado e medido.
O valor de uma organização está cada vez mais desvinculado daquele
de mercado, ainda mais devido à extrema dificuldade de mensuração
do valor de seus ativos intangíveis.
Esta dificuldade leva o mercado a considerar as taxas de investimento
em conhecimento como um indicador importante. Isto pode expli-
car o fato de algumas empresas de lucratividade relativamente baixa,
terem preferência nos mercados de ação em detrimento de outras que
possuem maior lucratividade, mas baixas taxas de investimento em
conhecimento. O valor de mercado das empresas tende a ser muito
maior do que o valor patrimonial, em virtude de seus ativos intangí-
veis, que tendem a ter uma importância muito maior nas empresas
baseadas no conhecimento.
Convém ressaltar que uma das grandes características do conheci-
mento é o fato dele ser altamente reutilizável. Quanto mais utilizado
e difundido o conhecimento, maior o seu valor. Ao contrário dos
recursos materiais, o efeito depreciação funciona de maneira inversa,
pois ela ocorre exatamente quando o conhecimento não é utilizado.
Charles Handy (1994) identificou nove paradoxos no intuito de ex-
plicar como a nossa sociedade funciona. Para ele, os paradoxos não
devem ser resolvidos, mas sim controlados, pois eles são conceitos
Capítulo 1 • O Novo Cenário Corporativo
24
Gestão do Conhecimento
que podem ser ou apenas parecer contrários ao comum, pelo menos
aparentemente, ao mesmo tempo em que parecem ser companheiros
do progresso econômico. Entre os nove paradoxos identificados, con-
vém enfatizar, o paradoxo da inteligência:
“A inteligência é o novo tipo de ativo. Não se comporta como os
outros tipos de ativos e nisso reside o paradoxo. Ao contrário dos
outros bens, a inteligência não pode ser dada de presente e será sem-
pre conservada, mesmo que compartilhada. Também não é possível
possuir a inteligência de outra pessoa, por mais que se seja dono da
empresa na qual essa pessoa trabalha. Se a pessoa sair da empresa e
for para outra, levará consigo a inteligência.”
A inteligência concentrada, a capacidade de adquirir e aplicar o co-
nhecimento e o know-how são as novas fontes de riqueza, no entanto,
é impossível transmiti-los às demais pessoas por decreto. A boa notí-
cia é que, por outro lado, não é possível impedir que as pessoas con-
sigam adquiri-los.
Diante disto, o grande desafio é desenvolver uma metodologia que
torne possível a reutilização do conhecimento existente na organiza-
ção, bem como o uso de meios para captação de novos.
Pesquisas realizadas por consultorias especializadas, em grandes cor-
porações, levantaram que iniciativas voltadas para gestão do conheci-
mento podem trazer grandes benefícios para:
• Tomada de Decisão;
• Gestão dos Clientes;
• Respostas às Demandas de Mercado;
• Desenvolvimento de Habilidades dos Profissionais;
• Produtividade;
• Lucratividade;
• Compartilhamento das Melhores Práticas;
• Redução de Custos.
25
1.3 A Importância da Tecnologia
Além disso, deve ser percebido que o conhecimento sempre foi a prin-
cipal fonte de crescimento econômico em longo prazo. A grande dife-
rença entre o que acontecia na época da revolução agrícola e nos dias
atuais recai no impacto proporcionado pelo intenso uso da tecnologia
de informação. Foi ela que contribuiu de forma efetiva para a mudan-
ça em direção de uma economia baseada no conhecimento, ao possi-
bilitar a transmissão e o acesso rápido a um enorme volume de infor-
mações disponíveis.O uso da tecnologia de informação como arma estratégica e facilita-
dora para a gestão do conhecimento tem sido muito discutida. Atual-
mente, há grandes dúvidas sobre sua verdadeira eficácia, ainda mais
pela necessidade de mudanças organizacionais na empresa e falta de
evidências que comprovem os ganhos significativos que são atribuí-
das a sua utilização.
A maioria dos problemas sobre a disponibilidade de conhecimentos
nas organizações recai nas seguintes questões:
• Problemas com transferência do conhecimento;
• Erros devidos à falta de conhecimento;
• Conhecimento crítico nas mãos de poucas pessoas;
• Impossibilidade de medição do uso do conhecimento;
• Perda de conhecimentos relevantes nos momentos adequados;
• Falta de processos de compartilhamento.
As ações voltadas para gestão do conhecimento devem objetivar me-
lhorias nas mais variadas atividades desenvolvidas pela empresa. Dentre
elas é possível destacar a melhor administração do relacionamento
com os clientes, a adoção e compartilhamento das melhores práticas,
a alocação das pessoas certas em seus devidos lugares, o desenvolvi-
mento do treinamento corporativo, o monitoramento do ambiente
de negócios e o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Apenas
desta forma estas ações estarão alinhadas com a melhoria dos resulta-
dos da organização.
Capítulo 1 • O Novo Cenário Corporativo
26
Gestão do Conhecimento
No entendimento de grandes empresas brasileiras, a abertura de novas
oportunidades de negócios, a existência de um processo mais inova-
dor, o aumento de lucros, a melhor retenção de especialistas e a presta-
ção de serviços mais eficiente ao cliente são os principais benefícios
esperados a partir da gestão de seus conhecimentos.
	Sumário
	Agradecimentos 
	Sobre o autor 
	Prefácio 
	Capítulo 1 - 
	O Novo Cenário Corporativo 
	1.1 A Mudança nas Organizações 
	1.2 O Uso do Conhecimento 
	1.3 A Importância da Tecnologia 
	Capítulo 2 - 
	O Conhecimento nas Organizações 
	2.1 Dado x Informação 
	2.2 O Entendimento sobre Conhecimento 
	2.3 O Papel da Empresa 
	2.4 A Criação do Conhecimento 
	2.5 A Contextualização do Processo de Criação 
	2.6 Meios para Criação de Conhecimento 
	2.7 O Mapeamento do Conhecimento 
	2.8 O Processo de Disseminação 
	2.9 O Incentivo pode ser o Caminho 
	2.10 O Papel do Bibliotecário para o Conhecimento 
	Capítulo 3 - 
	A Infra-Estrutura Tecnológica 
	3.1 A Importância da Tecnologia de Informação 
	3.2 A Tecnologia de Informação na Gestão 
	3.2.1 A Rede de Computadores 
	3.2.2 O Gerenciamento de Dados 
	3.2.3 O Gerenciamento Eletrônico de Documentos 
	3.3 A Efetiva Importância da T.I. para o Conhecimento 
	Capítulo 4 - 
	Eficiência na Gestão do Conhecimento 
	4.1 Cuidados a Serem Tomados 
	4.2 Os Fatores para o Sucesso 
	Capítulo 5 - 
	Um Estudo de Caso 
	5.1 Cenário na Engenharia e Construção 
	5.2 Formas de Atuação no Brasil 
	5.3 A Realidade nas Organizações 
	5.4 O Conhecimento nos Projetos de Engenharia 
	5.5 A Aplicação da Metodologia 
	5.5.1 Levantamento dos Conhecimentos para as Atividades da Empresa 
	5.5.2 Disseminação e Resgate das Competências e dos Conhecimentos 
	5.5.3 O Sistema para Gestão do Conhecimento 
	5.5.4 Criação de uma Política de Incentivo ao Registro e Disseminação 
	Capítulo 6 - 
	Levantamento dos Conhecimentos para as Atividades da Empresa 
	6.1 A Identificação dos Conhecimentos 
	6.1.1 Matriz 1: Conhecimentos x Responsabilidades 
	6.1.2 Matriz 2: Identificação das Responsabilidades nas Diretorias 
	6.1.3 Matriz 3: Mapeamento das Competências 
	6.2 O Desenvolvimento do Plano de Capacitação 
	6.3 Análise do Portfólio de Serviços 
	Capítulo 7 - 
	Disseminação e Resgate das Competências e dos Conhecimentos 
	7.1 Os Multiplicadores de Conhecimentos 
	7.2 Os Conhecimentos Disseminados 
	7.3 O Perfil dos Multiplicadores 
	7.4 A Avaliação da Disseminação 
	7.5 O Resgate do Conhecimento Explícito 
	7.5.1 Pesquisa sobre a Biblioteca 
	7.5.2 A Criação do Centro de Conhecimento 
	7.6 O Gestor do Conhecimento 
	Capítulo 8 - 
	O Sistema para Gestão do Conhecimento 
	8.1 As Estruturas de Conhecimento 
	8.2 A Tecnologia Utilizada 
	8.3 Dificuldades Tecnológicas 
	8.4 A Apresentação do Sistema 
	8.5 O Funcionamento do Sistema 
	8.5.1 Tipos de Publicação 
	8.5.2 A Criação de uma Publicação 
	8.5.3 A Validação dos Conhecimentos 
	8.5.4 O Conceito de Consultor Interno 
	8.5.5 Perfil dos Usuários 
	8.5.6 A Consulta de Conhecimentos 
	8.5.7 A Avaliação do Sistema 
	8.5.8 Pesquisa de Satisfação 
	8.6 Levantamento do Conhecimento Prático 
	8.6.1 Modelos de Registro 
	8.7 A Integração entre os Projetos 
	8.7.1 A Colaboração nos Projetos 
	8.7.2 A Escolha de um Sistema de Colaboração 
	8.7.3 O Funcionamento da Colaboratividade 
	Capítulo 9 - 
	Criação de uma Política de Incentivo ao Registro e Disseminação 
	9.1 Mecanismos de Incentivo 
	9.2 Eventos para Integração 
	9.3 Prêmio de Destaque ao Conhecimento 
	9.4 Milhagem do Conhecimento 
	9.5 Baú de Idéias 
	Capítulo 10 - 
	Resultados Alcançados 
	10.1 O Sucesso do Sistema 
	10.2 O Crescimento da Organização 
	10.3 Lições Aprendidas 
	Apêndice A - 
	Referências Bibliográficas

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