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Prof.: J.Ossian Setores da burguesia europeia, a princípio desvinculados dos genoveses e venezianos, empenharam-se em romper o monopólio desses comerciantes. Para isso, buscaram descobrir rotas alternativas de comércio com o Oriente. Os turcos conquistaram a Constantinopla, em 1453, e bloquearam o comércio de especiarias realizado pelo mar Mediterrâneo. Esse fato uniu a burguesia europeia (inclusive genoveses e venezianos) na busca de um novo caminho até os fornecedores orientais. *Necessidades de novos mercados Descobrir novos caminhos para o Oriente significava, também, conquistar novos mercados consumidores para o artesanato e as manufaturas europeias. Além disso, a Europa necessitava de gêneros alimentícios e de matérias- primas. Essas necessidades só poderiam ser atendidas com a ampliação de mercados fora do continente europeu. *Falta de metais preciosos Os metais preciosos europeus eram permanentemente desviados para o Oriente, na compra de especiarias e artigos de luxo. As minas de ouro e de prata da Europa já não produziam quantidades suficientes de matais para a cunhagem de moedas. EXPANSÃO MARÍTIMO- COMERCIAL Os europeus conquistaram o mundo A sucessão de crises do final da Idade Média provocou mudança estrutural na sociedade europeia. A Europa precisava crescer economicamente. Expandir-se. Buscar novas soluções para seus problemas internos. Foi no sistema capitalista nascente que se encontraram as soluções para atender muitas dessas necessidades. O desenvolvimento do capitalismo foi impulsionado pela expansão marítimo-comercial da Europa, nos séculos XV e XVI. Dessa expansão resultaram o descobrimento de novas rotas comerciais para o Oriente e a conquista e colonização da América. Fatores econômicos, sociais, políticos e culturais concorreram para a expansão marítima e comercial europeia. Vejamos esses fatores: *Novo caminho para o Oriente Entre os produtos mais procurados pelo comércio europeu figuravam as especiarias*(cravo, canela, pimenta, noz-moscada, gengibre) e os artigos de luxo (porcelanas, tecidos de seda marfim, perfumes). Esses produtos tinham procedência A persistência é o caminho do êxito. PROJETO ENEM VENCEDOR Dal 4- O que foram as grandes navegações e quando elas aconteceram? 5- Por que Portugal foi pioneiro nas grandes navegações? 6- Quais eram as especiarias das Índias mais valorizadas nas Grandes Navegações? 7- ENEM 2014 Todo homem de bom juizo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem ai ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô- los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. J. PT. 'Histoire de plusieurs voyages aventureux'. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo Cia. das Letras. 2009 (adaptado). Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de a) Gosto pela aventura. *Propagação da fé cristã Os participantes da expansão marítimo-comercial europeia herdaram da Idade Média algo do entusiasmo cavaleiro e do ideal das cruzadas de propagar a fé cristã. Assim, é impossível ignorar, no período, a importância da influência religiosa e a justificativa de conquistar e converter povos não-cristãos do mundo. *Ambição material Os líderes envolvidos na expansão marítima eram movidos, sobretudo, pela ambição de valer mais que significava simultaneamente, ter mais (comprar produtos orientais, encontrar ouro para enriquecer-se) e ser mais, valer mais (projetar-se socialmente, elevar seus status social primitivo). *Progresso tecnológico A expansão tornou-se possível graças ao desenvolvimento científico-tecnológico, que permitiu as navegações a grandes distâncias. Ilustram esse desenvolvimento: o uso da bússola, do astrolábio e do quadrante; a invenção da caravela pelos portugueses; o aperfeiçoamento dos mapas geográficos; e a aceitação da noção de que a Terra é redonda. EXERCÍCIOS
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