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Resumo de Estomatologia

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Resumo	de	Estomatologia	
AULA	1	–	Histopatologia	Básica	da	Mucosa	Oral		
A	mucosa	normal	da	boca	é	dividida,	segundo	a	exposição	aos	esforços	mastigatórios	ou	à	presença	de	um	neuroepitélio	em:	
mastigatória,	revestimento	ou	especializada.	A	mucosa	oral	é	a	estrutura	que	reveste	cavidades	úmidas.	Suas	funções	são:		
proteção:	mecânica	(barreira	de	defesa	frente	a	agentes	agressores).		
sensorial:	possui	receptores	específicos	aos	estímulos	térmicos,	tato	e	dor,	variável	de	região	para	região.	Alta	nos	lábios	e	
língua.	
secreção:	saliva	(desembocadura	dos	ductos	excretores).	
	
O	tecido	da	mucosa	oral	é	epitélio	de	revestimento	estratificado	pavimentoso	queratinizado	ou	não.	O	epitélio	queratinizado	
(camada	de	células	superficiais	que	perderam	o	núcleo	e	estão	cheia	de	queratina,	uma	proteína	resistente	à	água	e	que	
forma	uma	barreira	protetora	contra	as	forças	destrutivas	do	meio	ambiente)	da	mucosa	oral	é	dividido	em	quatro	camadas:	
camada	córnea	(queratina),	camada	granulosa,	camada	espinhosa	e	camada	basal	(mais	profunda).	
1. Camada	Córnea	(superficial):	epitélio	queratinizado,	tipos	de	queratina	ortoceratina	(células,	achatadas,	anucleadas	e	
bastante	eosinofílicas)	e	paraceratina	(células	achatadas,	núcleos	picníticos).		
2. Camada	Granulosa:	3	a	6	camadas	de	células,	em	geral	achatadas	e	paralelas	à	superfície,	grânulos	citoplasmáticos	de	
ceratohialina,	conteúdo	dos	grânulos:	lipídeos,	glicoproteínas,	enzimas	lisossomais,	função	impermeabilidade	epitelial.	
3. Camada	Espinhosa:	3	a	8	camadas	de	células	arredondadas	ou	poliédricas,	maior	quantidade	de	desmossomos	
semelhantes	a	espinhos,	células	em	processo	de	maturação,	diferenciação	em	ceratinócitos.		
4. Camada	Basal:	1	a	3	camadas	de	células	colunares	ou	cúbicas,	subdividida	em	porção	basal	e	porção	suprabasal,	
grande	atividade	mitótica,	camada	germinativa	ou	proliferativa.	
	
	
	
As	células	do	epitélio	da	mucosa	oral	são:	queratinócitos	(qualquer	célula	do	epitélio	de	revestimento	presente	nas	4	camadas,	
menos	as	células	claras)	e	células	claras,	que	são:	melanócitos	(localizadas	na	camada	basal,	com	a	função	de	formação	do	
pigmento	de	melanina),	células	de	Langherans	(localizadas	na	camada	córnea,	com	a	função	de	apresentadoras	de	antígenos)	
e	células	de	Merkel	(localizadas	na	camada	basal,	célula	nervosa	que	não	tem	uma	função	definida	ainda).		
ALTERAÇÕES	HISTOPATOLÓGICAS	BÁSICAS	DA	MUCOSA	ORAL	
Toda	alteração	macroscópica,	patológica	ou	não,	decorre	de	uma	alteração	a	nível	celular,	ou	seja,	microscópica.	Algumas	
dessas	alterações,	reversíveis,	são	citadas	a	seguir:	
1. Hiperortoqueratose:	aumento	da	camada	de	ortoqueratose	pode	ocorrer	em	qualquer	parte	da	mucosa.	Ex:	gengiva,	
com	reação	a	um	estímulo	(parte	esbranquiçada),	uma	área	extens.		
2. Hiperparaqueratose:	aumento	da	espessura	da	camada	de	paraqueratina,	a	diferença	é	que	tem	aumento	de	núcleo	
também.	
3. Acantose:	aumento	do	número	de	células	da	camada	espinhosa.	
4. Exocitose:	presença	de	células	inflamatórias	no	epitélio.	Exemplo	de	células	inflamatórias	são	os	leucócitos,	neutrófilo	
e	macrófago.	
5. Acantólise:	perda	de	coesão	das	células	da	camada	espinhosa.	Ex:	células	de	Tzank.	Perda	da	união	rompe	os	
complexos	entre	os	queratinócitos.	Ex:	herpes.		
6. Ulcera:	exposição	do	tecido	conjuntivo	à	custa	da	perda	total	do	epitélio.		
7. Atrofia:	diminuição	da	espessura	normal	do	epitélio.	
8. Espongiose:	presença	de	liquido	no	espaço	intercelular,	entre	os	queratinócitos,	edema	intracelular,	com	a	presença	
dos	complexos,	diferente	de	acantólise	que	tem	a	perda	desses	complexos.	
9. Disqueratose	(queratinização	intra-epitelial):	células	da	superfície	da	epiderme	(pele)	ficam	repletas	de	queratina,	
tornando-se	solidificadas. 	
10. Edema	intracelular:	presença	de	líquido	no	espaço	intracelular.	Degeneração	hidrópica.	
11. Hiperplasia	pseudo-epiteliomatosa:	proliferação	epitelial	que	se	assemelha	ao	carcinoma	epidermóide,	mas	as	células	
não	possuem	características	de	malignidade.		
*a	“casquinha”	na	mucosa	é	branca	e	úmida,	diferente	na	pele	que	é	dura	e	escura	de	fibrila.		
	
EXAME	DO	PACIENTE	–	DIAGNÓSTICO	–	TRATAMENTO	(exame	clínico)	=	o	exame	é	a	base	do	diagnóstico	
Sequencia	de	elaboração	do	diagnóstico:	exame	clínico	(EC	–	anamnese	+	exame	físico),	hipótese	de	diagnóstico	(HD),	exame	
complementar,	diagnóstico	físico	(DF),	prognóstico,	plano	de	tratamento,	proservação.	Anamnese	85%,	exame	físico	10%	e	
exame	complementar	5%,	todos	se	compõem	para	se	dar	o	diagnostico.		
Objetivos	do	exame	clínico:	estabelecer	o	diagnóstico,	conhecer	as	condições	de	saúde	pré-existentes,	descobrir	doenças	
concomitantes	e	estabelecer	plano	terapêutico,	controlar	emergências,	estabelecer	prognostico.		
	
ANAMNESE	
É	o	exame	subjetivo	(sintomas),	do	grego	ana	(trazer	de	novo)	e	mnese	(memória),	reminiscência,	recordação.	Dialogo	entre	
examinador	e	paciente.		
-	Objetivos:	obter	os	elementos	essenciais	da	historia	clínica,	estabelecer	a	relação	profissional	paciente,	conhecer	os	fatores	
pessoas,	familiares	e	ambientais	relacionados	com	o	processo	saúde	doença,	obter	os	elementos	para	guiar	o	profissional	no	
exame	físico,	definir	a	estratégia	de	investigação	complementar,	direcionar	a	terapêutica	em	função	do	entendimento	global	a	
respeito	do	paciente.		
-	Tipos	de	perguntas:	grau	cultural	do	paciente	(abertas	devem	ser	feitas	de	modo	que	o	paciente	se	sinta	livre	para	expressar-
se	“o	que	o	senhor	está	sentindo”,	focadas,	fechadas).	
-	Especialidades:	formas	de	grafia	no	prontuário	(termos	técnicos,	termos	leigos	entre	aspas,	palavras	do	paciente,	SIC).	
-	Ativa	ou	passiva:	valorizar	o	que	o	paciente	sente,	paciente	“fala	a	vontade”,	orientá-lo	na	cronologia	dos	fatos,	anotação	na	
ficha	clínica,	observar	alterações	de	fala,	postura,	movimentos,	etc,	no	final,	intervenção	do	profissional	para	completar	os	
dados,	“certos	detalhes”,	gentil,	competente,	com	confiança,	forma	sistemática,	ordenada	e	completa.	
	
Sequencia	cronológica	
Identificação,	queixa	principal-duração,	historia	da	doença	atual,	antecedentes	familiares-sociais,	antecedentes	pessoais.		
-	identificação:	nome,	endereço,	sexo,	idade,	estado	civil,	profissão,	naturalidade,	nacionalidade,	procedência	(proveniência,	
origem,	lugar	de	onde	alguém	ou	alguma	coisa	provém).	
Sexo	masculino:	carcinoma	epidermóide	de	boca,	hemofilia,	etc.	
Sexo	feminino:	osteoporose,	câncer	de	mama,	DTM,	depressa,	etc.	
Naturalidade	x	Nacionalidade:	a	diferença	é	que	nacionalidade	normalmente	se	refere	ao	país	de	nascimento	ou	ao	país	onde	
se	adquiriu	naturalização	(cidadania),	ex:	Maria	tem	dupla	nacionalidade	brasileira	e	italiana.	Naturalidade	é	a	indicação	da	
cidade	ou	estado	de	nascimento.		
-	queixa	principal-duração:	o	que	sente,	há	quanto	tempo,	deve	ser	sucinta	e	objetiva,	escrita	na	ficha	com	as	palavras	do	
paciente,	ex:	dor	de	dente	há	7	dias,	bolinha	no	lábio	já	1	mês,	mancha	na	gengiva	há	1	ano,	não	sei.		
-	história	da	doença	atual:	a	queixa	desde	o	primeiro	contato	com	a	alteração,	historia	passada	da	doença	atual,	como	
começou,	historia	(inicio,	meio	e	fim),	fatos	antes	do	aparecimento,	alterações	sentidas	até	sente	momento,	quais	tratamento	
instituídos,	houve	melhora.		
-	antecedentes	familiares:	situação	familiar	(antecedentes	sociais,	condições	de	vida),	doença	de	arranhadeira	do	gato,	
doenças	familiares.			
Antecedentes	mórbidos:	mórbido	é	aquilo	enfermo,	doentio,	que	causa	doença.	Morbidez	é	o	estado	do	que	é	mórbido.	
Gerais	e	regionais.	Doenças	atuais	e	progressas,	cirurgias,	medicamentos,	internações,	alergias.		
-	antecedentes	pessoais:	mórbidos	(qual	doença,	desde	quando,	cirurgia,	qual	região,	alergia	do	que,	internações,	porque,	
para	que,	medicamentos,	nome,	posologia,	tempo),	hábitos	(ato	repetitivo,	que	não	provoca	prejuízo	ao	organismo,	ex:	
higiene,	físico,	exercícios,	dormir)	e	vícios	(ato	repetitivo	que	traz	prejuízo	ao	organismo,	uma	habito	nocivo,	ex:	tabaco,	álcool,	
drogas,	tipos	quantidade,	tempo	de	uso).		
Biossegurança,	ergonomia,	instrumental	adequado,	boailuminação,	cooperação	do	paciente,	afastar	e	secar	estruturas,	
conhecimento	(anatomia,	fisiologia),	sentidos	aguçados.		
AULA	2	–	Atipia	Epitelial	
O	significado	de	atipia	é	a	irregularidade	no	aparecimento	de	determinadas	doenças	que	aparecem	com	frequência.	As	células	
atípicas	são	células	estranhas,	com	núcleo	denso	e	diferente	do	normal,	podem	ver	essa	alteração	no	microscópio.	O	bom	é	
que	isso	é	muito	precoce	e	só	irá	virar	câncer	em	anos,	ou	seja,	há	certo	tempo	para	tratar,	porém	continua	sendo	uma	
alteração	ruim.	Pode	ser	leve,	moderada	ou	intensa.	Os	critérios	histológicos	de	atipia	epitelial	são:	
-	estratificação	(formado	por	várias	camadas	de	células	sobre	a	membrana	basal)	anormal	do	epitelial	
-	hiperplasia	(aumento	benigno	de	um	tecido	devido	à	multiplicação	das	células	que	o	compõem)	da	camada	basal	
-	projeções	epiteliais	em	gota	
-	aumento	do	número	de	mitoses	
-	alteração	da	polaridade	das	células	basais	
-	alteração	da	relação	núcleo	citoplasma	
-	pleomorfismo	(capacidade	de	variar	sua	forma	de	acordo	com	o	período	do	ciclo	de	vida/reprodutivo	ou	das	condições	
ambientais)	celular	
-	hipercromatismo	nuclear	(tipo	de	degenerescência	do	núcleo	das	células,	que	fica	cheio	de	pigmentos	corados,	cromatina	
celular	mais	espessa)	
-	aumento	do	tamanho	do	nlucléido	
-	queratinização	individual	
-	perda	de	coesão	celular	
	
BANÓCZY	E	CSIBA	(1976)	
Critérios	presentes	 Tipo	de	atipia	
<	2	 Epitélio	normal	
2	 Atipia	leve	
2	–	4	 Atipia	moderada	
>	4	 Atipia	intensa	
	
EXAME	FÍSICO	
Sucede	a	anamnese,	pesquisa	de	sinais,	uso	da	semiotécnica	e	valoriza	os	sintomas.	Os	requisitos	para	o	exame	físicos	são:	
biossegurança,	ergonomia,	instrumental	adequado,	boa	iluminação,	cooperação	do	paciente,	afastar	e	secar	estruturas,	
conhecimento	(anatomia,	fisiologia,	etc),	sentidos	aguçados	e	segurança.	O	exame	físico	é	dividido	em	geral	e	regional	
(extrabucal	e	intrabucal).		
Exame	físico	geral	
-	estado	geral:	estado	geral	bom	BEG,	estado	geral	regular	REG,	estado	geral	mau	MEG.	Caquexia:	estado	de	extrema	magreza	
com	comprometimento	do	estado	geral	do	paciente:	tuberculose,	cirrose,	desnutrição	grave,	neoplasias	malignas	e	AIDS.	
-	dados	vitais:	pressão	arterial,	pulso,	frequência	cardíaca,	frequência	respiratória	e	temperatura.	
-	fala	e	linguagem:	depende	do	órgão	fonador	e	do	musculo	da	fonação	e	elaboração	cerebral.	Disfonia	é	a	alteração	do	
timbre	da	voz	e	órgão	fonador.	Dislalia	são	alterações	menores	da	fala,	a	troca	de	letras.	Disfasia	é	a	perturbação	na	
elaboração	cortical	da	fala	incapacidade	para	ordenas	as	palavras.	
-	dados	antropométricos:	peso,	estatura,	biótipo,	índice	de	massa	corporal	(IMC	=	peso	/	altura²).	19-25	normal,	25-30	
obesidade	grau	I	(cintura	com	mais	de	90cm),	30-40	obesidade	grau	II	e	>	40	obesidade	grau	III.	Abaixo	de	20	pode	estar	
relacionado	a	Addison,	anorexia,	lipotimia,	desnutrição,	e	de	30	a	35	pode	ser	diabetes,	hipertensão,	maior	volume	de	língua.		
-	nível	de	consciência	
-	estado	de	hidratação	
-	estado	de	nutrição	
-	respiração:	eupneia	(12	a	20	ciclos	por	minuto	no	adulto),	dispneia,	taquipnéia	(doença	pulponar	obstrutiva,	fibrose	
pulmonar,	febre,	anemia,	ansiedade),	bradipnéia.		
-	fácies	
-	postura:	escoliose,	cifose,	lordose	(doenças	fibro-ósseas,	neurofibromatose,	doença	de	Paget	do	osso)	
-	atitude	e	decúbito	preferido	
-	mucosas,	pele	e	anexos:	temperatura	(febre,	abcessos,	celulites),	desidratação	(úmida,	quente,	aveludada,	hipertireoidismo)	
e	cor:	icterícia	(hepática,	biliar),	palidez	(anemia,	mixedema,	necrose),	vermelhidão	(policitemia,	hipertensão)	e	cianose	
(cardíaca,	pulmonar)	
-	linfonodos	
-	edema	
-	Longilíneos:	respiração	bucal,	transtornos	cardiorrespiratórios,	mais	sensíveis	à	dor.	
-	Brevilíneos:	obesidade	classe	III	de	Angle,	diabetes.	
-	Normolíneos:	classe	I	de	Angle,	maior	resistência	a	obesidade,	doenças	osteoarticulares	
-	Gigantismo:	marfan,	klinefelter,	hipogenitais,	hiper-hipofisárias	cranial	
-	Nanismo:	down,	turner,	osteogenene	imperfeita,	displasia	cleido,	picnodisostose	
	
Exame	físico	regional	
Extra-bucal:	manchas,	lesões	(nódulos,	placas,	bolhas),	cicatrizes,	fístulas,	secreções,	úlceras.		
	
AULA	3	–	Exames	Complementares	
Exame	clínico	–	hipótese	de	diagnóstico	–	exames	complementares	–	diagnóstico	final	–	tratamento.	
HIPÓTESES	DE	DIAGNÓSTICO	(diagnóstico	clínico,	diagnóstico	diferencial)	
-	doenças	com	sintomas	e	aspectos	parecidos	
	
EXAMES	COMPLEMENTARES		
-	exame	de	imagem,	exames	laboratoriais	(hemograma),	exames	bioquímicos	(exame	da	saliva).	O	que	determina	qual	exame	
complementar	eu	vou	pedir	é	o	exame	clinico	e	a	hipótese	de	diagnostico,	para	não	sair	por	ai	fazendo	exames	
desnecessários.	Podem	ser	inespecíficos,	semi-específicos	ou	específicos,	depende	da	situação	do	paciente,	é	sempre	melhor	
quando	o	exame	é	especifico,	pois	será	feitos	menos	exames.		
	
BIÓPSIA	(procedimento	cirúrgico,	não	é	um	tratamento,	mas	pode	servir	como)	
É	um	procedimento	de	elicidação	diagnóstica	através	da	remoção	de	um	tecido	vivo	para	estudo	macro	e	microscópico	e	
compreende	dois	tempos:	coleta	do	material	(biopsia	propriamente	dita)	e	estudo	macro	e	microscópico	do	mesmo	(exame	
anátomo-patológico).	
Indicações:	toda	ulcera	que	permaneça	por	mais	de	15	dias	sem	sinais	de	cicatrização,	em	todo	tecido	excisado	em	
procedimentos	de	rotina,	tais	como	gengivectomias	e	cirurgias	de	hiperplasias	para	preparo	protético,	em	lesões	ósseas,	
lesões	apicais	em	progressão,	nas	lesões	diagnosticadas	radiograficamente	como	cistos,	pois	podem	apresentar	proliferação	
epitelial	ameloblastica	em	suas	paredes	ou	representarem	verdadeiros	ameloblastomas,	para	diferenciar	os	diferentes	tipos	
de	cistos,	em	alterações	dos	tecidos	moles,	para	confirmar	lesão	maligna	nos	exames	citológicos	com	resultado	classe	III,	IV	e	
V	de	papanicolaou,	e	nas	lesões	brancas,	vermelhas	e	negras,	sendo	que	as	lesões	negras	quando	pequenas	devem	ser	
totalmente	excisadas	(biopsia	excisional).		
1. Para	lesões	não	diagnosticadas	por	outro	método	ou	com	duvidas	no	diagnostico.	Temos	várias	hipóteses	de	
diagnostico,	mas	para	saber	qual	delas	é,	faz-se	a	biopsia.	
2. Lesões	suspeitas	de	câncer	(mais	comum)	
3. Úlceras	que	não	cicatrizem,	normalmente	são	traumáticas	
4. Classe	III-IV	e	V	de	Papanicolaou	
5. Nódulos	grandes	ou	de	crescimento	rápido	
6. Lesões	brancas	não	diagnosticadas,	leucoplasias	
7. Lesões	negras	
8. No	câncer:	determinar	tipo	de	tumor	e	grau	de	malignidade,	grau	de	diferenciação,	tipo	histológico,	infiltração	e	
margens	
Contra-indicação	
-	locais:	lesões	vasculares.	Lesões	negras	não	são	contra-indicação,	pois	somente	o	exame	microscópico	elucidará	o	
diagnóstico.	
-	gerais:	doenças	sistêmicas	que	impeçam	procedimento	cirúrgico.	Diabéticos,	cardiopatas,	anêmicos	e	hemofílicos.		
	
MODALIDADES	DE	BIÓPSIA	
Biopsia	incisional		
(ou	por	incisão)	
Consiste	na	remoção	de	apenas	uma	parte	da	lesão	tanto	em	
profundidade	como	em	extensão.	
Biopsia	excisional	 Remoção	de	toda	a	lesão.	
	
	
	
Biopsia	por	pinça		
“saca	bocado”	
Está	modalidade	de	biopsia	está	indicada	para	áreas	de	difícil	acesso,	
porém	visíveis	clinicamente,	como	o	terço	posterior	da	língua,	o	arco	
palatoglosso	e	a	região	da	úvula.	Apresenta	o	inconveniente	de	
esmagar	parte	do	tecido	dificultando	a	interpretação	
histopatológica.	É	realizada	com	pinças	de	cabo	comprido	chamadas	
“saca	bocado”,	sendo	bastante	utilizadas	em	ginecologia.	Possui	na	
parte	ativa	em	forma	de	concha,	extremidade	cortante	que	ao	ser	
fechado	provoca	a	compressão	da	lesão	deixando	apreendidos	no	
seu	interior	parte	da	lesão	que	será	examinada.		
Biopsia	por	
curetagem		
(ou	raspagem)	
Bastante	empregada	nas	lesões	císticas	e	policísticas	com	o	auxilio	
das	curetas.	Portanto	está	indicada	principalmente	nas	lesões	
cavitárias.		
	
	
	
	
Biopsia	por	“punch”		
(ou	vazador)	
Nesta	modalidade	de	biopsia	utiliza-se	o	“punch”,	instrumento	
bastante	utilizado	em	dermatologia.	Trata-se	de	um	cilindro	oco	com	
uma	lamina	circular	na	sua	extremidade	semelhante	a	um	vazador	
utilizado	emmarcenaria	ou	selaria.	Encontrado	com	vários	
diâmetros	podendo	ser	ou	não	descartável.	Empregado	para	
qualquer	área	da	cavidade	bucal,	porém	é	mais	utilizado	no	palato,	
língua	e	gengiva	e	também	para	reabrir	áreas	de	implantes	para	
confecção	de	próteses,	evitando	que	se	faça	um	retalho	para	ter	
acesso	ao	mesmo.	O	diâmetro	de	sua	ponta	ativa	pode	variar	de	2	a	
8mm.	
	
	
	
Biopsia	de	congelação		
trans-operatória	
Utilizada	nos	casos	onde	se	deseja	fazer	um	diagnostico	rápido	em	
lesões	suspeitas	de	neoplasia	maligna	durante	o	ato	operatório,	para	
uma	adequada	conduta	cirúrgica.	O	fragmento	é	removido	durante	a	
cirurgia	e	enviado	imediatamente	para	congelação	com	o	auxílio	do	
criostato	para	poder	ser	cortado	e	avaliado	miscroscopicamente.	O	
objetivo	deste	exame	é	definir	para	o	cirurgião	se	a	lesão	é	uma	
neoplasia	maligna	ou	não,	permitindo	que	em	caso	positivo	seja	
ampliada	as	margens	cirúrgicas	da	lesão	com	o	paciente	ainda	
anestesiado,	poupando	assim	um	novo	ato	cirúrgico.	
	
	
	
Biopsia	por	punção	
Utilizada	para	obter	material	de	locais	com	dificuldade	de	acesso	e	
realizadas	com	agulha	de	grosso	calibre.	Pouco	utilizada	em	
odontologia,	pois	vem	sendo	substituída	universalmente	pela	técnica	
de	punção	aspirativa	por	agulha	fina	(PAAF)	e	posterior	exame	
citológico,	como	veremos	mais	adiante.	A	técnica	de	biopsia	por	
punção	foi	introduzida	na	área	medica	para	coleta	de	material	do	
fígado	de	doentes	de	febre	amarela.	
	
Instrumental	utilizado:	brocas	cirúrgicas,	serra	para	osso	(biopsia	óssea),	cinzel	e	martelo,	bisturi	(biópsia	óssea),	pinça	“saca	
bocado”,	curetas,	“punch”,	trefinas	e	tesoura.	
Técnica	de	biopsia	para	tecidos	moles:	assepsia,	anti-sepsia	(durante	a	assepsia,	qualquer	anti-séptico	poderá	ser	utilizado	
sem	interferência	no	processamento	dos	fragmentos	removidos),	anestesia	(muito	se	discute	em	relação	a	ação	dos	
vasoconstritores	dos	anestésicos	locais,	interferindo	a	interpretação	do	exame	anátomo-patológico.	Na	prática,	não	ocorre	
qualquer	interferência	da	utilização	do	vasoconstritor,	porém	se	possível,	anestesiar	ao	redor	da	lesão,	pois	tudo	o	que	
pudermos	evitar	falhas	na	interpretação	dos	exames	chagará	a	um	diagnóstico	mais	preciso),	diérese	(o	bisturi	elétrico	deverá	
ser	utilizado	em	ultima	instancia	por	motivos	de	técnica	cirúrgica,	pois	interfere	na	interpretação	das	laminas),	exérese,	
hemostasia	(a	cauterização	deve	ser	evitada,	pois	interfere	no	diagnóstico,	principalmente	na	suspeita	de	lesão	maligna,	para	
verificar	se	as	margens	da	lesão	estão	comprometidas	ou	não),	sutura	(síntese,	qualquer	fio	de	sutura	poderá	ser	utilizado).		
Técnica	de	biopsia	para	tecidos	duros:	a	técnica	de	biopsia	para	tecidos	duros	segue	os	mesmo	passos	para	a	técnica	para	os	
tecidos	moles,	diferenciando	apenas	que,	após	a	diérese	dos	tecidos	e,	portanto	com	a	exposição	do	tecido	ósseo,	deverá	ser	
realizada	ostectomia	para	se	ter	acesso	ao	interior	da	lesão	e	então	poder	ser	retirado	fragmentos	de	tecido	do	interior	do	
osso	afetado.	Este	passo	da	técnica	cirúrgica	é	realizado	com	o	auxilio	de	peças	rotatórias,	cinzel	e	martelo	cirúrgico,	trefinas	
para	osso	ou	ainda	serras	para	osso.	Ostectomia	e	exposição	da	lesão	como	auxilio	do	alta-rotação.		
Procedimentos	após	remoção:	cuidados	com	a	peça	(não	comprimir,	não	dilacerar,	remover	sangue	e	outros	indutos,	frascos	
de	boca	larga	com	fixador	formol	10%	e	identificação	no	frasco)	e	cuidados	com	o	paciente	(alimentação,	pós-operatório).		
Resultado:	nosológico	(o	patologista	define	uma	lesão)	e	descritivo	(patologista	descreve	o	quadro	histológico).		
Requisição	do	exame	anátomo-patológico:	o	material	deverá	ser	acompanhado	de	uma	requisição	que	deverá	conter	os	
dados	pessoais	do	paciente,	local	onde	foi	feita	a	remoção,	descrição	da	lesão	clinica	e	imaginológica,	se	o	paciente	foi	
submetido	a	alguma	terapia	prévia,	aspectos	transoperatórios	(sangramentos,	presença	de	líquido	com	aspecto	cístico,	massa	
tumoral,	presença	de	material	semelhante	a	“margarina”	sugerindo	presença	de	queratina	no	interior	das	lesões,	etc)	e	
hipóteses	de	diagnóstico	ou	diagnóstico	clinico.	Obs:	todos	os	exames	complementares	com	seus	devidos	resultados	deverão	
ser	colocados	de	maneira	resumida	ou	anexados	a	requisição	de	exame	anátomo-patológico.		
Resultado	do	exame	anátomo-patológico	e	solicitação	de	revisão	de	lâmina	ou	solicitação	de	aprofundamento	do	bloco	de	
parafina:	o	resultado	do	exame	anátomo-patológico	consta	de	3	partes:	1.	Descrição	macroscópica	da	peça,	2.	Descrição	
microscópica	da	peça	(descritivo),	3.	Diagnóstico	histopatológico	(nosológico).	Quando	recebemos	pacientes	já	com	biopsia	ou	
biopsias	já	realizadas	e	não	concordamos	com	o	diagnostico	histopatológico,	poderemos,	dentro	dos	preceitos	da	ética,	
solicitarmos	revisão	da	lamina	por	outro	profissional.	Esta	solicitação	deverá	ser	feita	por	escrito	e	não	verbalmente	ou	o	pior,	
pedindo	para	que	o	paciente	faça	a	solicitação.	Também	podemos	solicitar,	caso	o	diagnostico	histopatológico	não	esteja	de	
acordo	com	a	sintomatologia	apresentada	pelo	paciente,	aprofundamento	do	bloco	de	parafina,	com	o	intuito	de	tentar	
chegar	com	os	cortes	a	uma	área	mais	representativa	da	lesão.		
CITOLOGIA	ESFOLIATIVA	(=	citodiagnóstico,	citopatologia,	papanicolaou,citologia	oncótica)	
Exame	complementar	que	estuda	microscopicamente	as	células	que	descamam	fisiologicamente	da	superfície	epitelial	obtidas	
por	remoção	através	de	raspagem	(esfregaço).	A	citologia	esfoliativa	não	é	um	exame	complementar	que	propicie	o	
diagnóstico	definitivo	de	uma	lesão,	serve	como	orientação	diagnóstica.	Ela	não	substitui	a	biopsia,	pois	não	define	o	tipo	
histológico	da	“lesão”	maligna.	A	fidelidade	de	diagnóstico	é	de	95%	de	acertos	e	5%	de	erros	(falso	positivo	ou	falso	negativo).	
Ela	é	rápida,	simples,	indolor,	livre	de	sangramento,	fácil	de	execução,	barato	e	de	fácil	leitura.		
-	raspado	ou	esfregaço:	lesão	pele,	lesão	mucosa	
-	secreções,	escarro:	lavado	brônquico,	liquido	pleural,	liquido	cístico,	mamária	
-	líquidos:	urina,	seroso,	aminiótico	
-	punção	aspirativa:	linfonodo,	glândulas	salivares,	seio	maxilar,	lesões	intra-ósseas	
-	outros		
Utilização:	detecção	de	neoplasias	malignas,	doenças	viróticas,	doenças	bacterianas,	doenças	fúngicas,	orientação	para	outros	
exames	complementares.		
Indicações:	lesões	erodidas/ulceradas,	lesões	vesiculares/bolhosas,	lesões	extensas	ou	múltiplas	(seleção	do	local	para	
biopsia),	placas	heterogêneas,	proservação	de	lesões	cancerizáveis,	prevenção	e	diagnóstico	de	lesões	malignas,	controle	pós-
operatório,	controle	de	áreas	submetidas	a	Rxt.		
Citologia	esfoliativa	em	processos	não	neoplásicos:	proservacao	de	leucoplasias	extensas,	pênfigo	vulgar,	herpes	simples,	
sífilis,	candidíase,	paracoccidiodomicose,	zoster,	lesões	císticas,	anemias,	outros.		
Leucoplasia	 Exames	periódicos,	dividir	a	lesão	em	varias	áreas	e	colher	
material	de	cada	uma	destas	(citologia	por	quadrante)	
Pênfigo	vulgar	 Células	de	Tzank,	células	epiteliais	multinucleadas.	
	
Herpes	
Células	em	degeneração	balonizante	com	citoplasma	
edematoso	e	núcleo	degenerado,	essas	células	são	comuns	
em	outras	doenças	viróticas.	
Paracoccidiodomicose		
(Paracoccidioidis	brasiliensis)	
Citologia	a	frasco	(hidróxido	de	potássio	40%).	Diagnostico:	
membrana	bi-refrigente,	lesões	pulmonares.	
Sífilis		
(Treponema	pallidum)	
Microscopia	de	campo	escuro,	coleta	em	laboratório.	
Candidíase		
(Cândida	albicans)	
Forma	filamentada,	para	diagnóstico	definitivo:	biópsia.		
	
Prevenção	(diagnóstico	de	lesões	malignas):	citologia	oncótica	ou	de	papanicolaou.	Técnica:	orientações	ao	pacientem	
instrumental	adequado,	preparo	do	local	a	ser	raspado,	obtenção	do	esfregaço,	cuidado	com	o	material	obtido,	relatório	para	
o	patologista.	
Orientação	ao	paciente:	não	fazer	uso	de	medicação	tópica	por	24	horas	antes	do	exame,	objetivo	do	exame.		
Instrumental	adequado:	laminas	para	microscopia	limpas	e	marcadas,	espátula	de	metal,	fixador	(solução	de	álcool	-	éter	50%	
ou	álcool	absoluto),frasco	com	trilhos	ou	de	vidro.		
Preparo	do	local	a	ser	raspado:	não	utilizar	antissépticos	corantes,	remover	crostas,	exsudatos,	indutos,	realizar,	se	possível,	
bochechos	prévios	com	água	ou	soro	fisiológico,	realizar	o	amolecimento	de	lesões	hiperceratóticas	com	soro	fisiológico.		
Obtenção	do	esfregaço:	colher	preferencialmente	logo	após	o	aparecimento	das	lesões.	Após	limpeza	do	local,	havendo	
vesículas,	rompe-las	e	remover	material	de	sua	base.	Se	for	lesão	ulcerada,	após	limpeza,	colher	material	da	borda	e	base	da	
lesão.	Deslizar	suavemente	a	espátula	metálica	sobre	a	lesão	(raspagem).	Depositar	e	espalhar	o	material	(esfregaço)	em	
movimento	circular	em	2	laminas	para	microscopia.		
Cuidados	com	o	material	obtido:	mergulhar	as	lâminas	em	frasco	contendo	fixador	(álcool/éter,	álcool	absoluto,	spray),	
colocação	imediata	em	recipiente	próprio,	fixador	(álcool	–	éter	50%),	identificar	frasco.		
Solicitação	de	exame:	solicito	para	Sra.	Paciente,	citodiagnóstico	de	material	de	mucosa	bucal	(úlcera	de	dorso	de	língua)	com	
hipótese	de	diagnóstico	de...	local,	data.	Assinatura.		
Relatório	ao	patologista:	identificação	do	paciente,	breve	relato	clinico,	descrição	da	lesão,	hipóteses	de	diagnóstico,	envio	de	
exames	complementares	realizados.		
TÉCNICA	(sequencia)	
1.	Manipulação	no	laboratório	(método):	as	laminas	são	coradas	e	examinadas	ao	microscópio.	
2.	Resultado	(valores	de	referencia):	depende	do	material	enviado	e	hipóteses	de	diagnóstico.	O	resultado	do	exame	citológico	
é	fornecido	de	acordo	com	a	classificação	de	Papanicolaou,	com	pequenas	modificações,	que	se	baseia	em	classes	de	
diagnóstico.	Citologia	oncótica	ou	de	Papanicolaou	(prevenção,	diagnóstico	de	lesões	malignas).		
Classificação:	
-	classe	O:	material	inadequado	ou	insuficiente	para	o	diagnóstico.	Deve-se	repetir	a	colheita.	
-	classe	I:	normal.	Ausência	de	alterações	citológicas	indica	que	somente	células	normais	foram	observadas.	
-	classe	II:	atípico.	Indica	presença	de	pequenas	atipias	celulares,	porém	não	associadas	a	malignidades.	
-	classe	III:	indeterminada.	Esfregaço	duvidoso	para	malignidade	separa	o	diagnóstico	de	câncer	ou	sua	ausência.	As	células	
exibem	maiores	atipias	que	podem	ser	sugestivas	de	câncer,	porém	não	definidas.	Biopsia	recomendada.	
-	classe	IV:	sugestiva	de	câncer.	Esfregaço	sugestivo,	mas	não	conclusivo	de	malignidade.	Poucas	células	com	características	
malignas	ou	muitas	células	com	características	duvidosas.	Biopsia	é	mandatória.	
-	classe	V:	positiva	para	câncer.	Esfregaço	positivo	para	malignidade,	obviamente	as	células	possuem	características	malignas.	
Biopsia	é	mandatória.		
O	tratamento	não	deve	ser	executado	com	base	apenas	no	resultado	do	exame	citológico.	Para	o	diagnóstico	definitivo,	o	
exame	citológico	deve	ser	complementado	por	exames	mais	específicos.		
OUTROS	EXAMES	COMPLEMENTARES	
-	exames	utilizados	para	avaliação	do	metabolismo	ósseo:	indicado	para	lesões	osteolíticas.	Dosagem	de	cálcio	sérico,	
dosagem	de	cálcio	sérico,	dosagem	de	fósforo	sérico,	dosagem	de	fofatase	alcalina.		
-	exames	sorológicos:	RSS	–	reações	sorológicas	para	sífilis.	Wassermann,	VDRL	(veneral	diseases	research	laboratories),	TPI	
(prova	de	imobilização	do	treponema),	FTA-ABS	(fluorescente	treponemal	antibody).		
-	teste	de	tolerância	a	glicose	(TTG):	diabetes	3	ou	5	horas	ingestão	de	sacarose	a	cada	1	hora.	
-	pesquisa	de	células	lúpus	eritematoso	no	sangue		
-	amilese	sérica:	parotidite	epidêmica	(caxumba)	
-	reação	de	machado	guerreiro	(doença	de	chagas),	reação	intradérmica	de	Montenegro	(Leishmaniose	tegumentar	
americana),	teste	de	mantoux	(tuberculose),	reação	de	Paul-Bunnel	(mononucleose	infecciosa),	reação	de	fixação	do	
complemento	(paracoccidioidomicose).	
-	exame	de	urina:	urina	é	o	resultado	da	filtração	do	plasma	pelo	glomérulo	renal	e	dos	processos	de	absorção	e	excreção	
exercidos	pelos	túbulos	renais,	volume	de	1	a	2	litros	por	dia,	densidade,	cor	amarelo	citrino,	aspecto,	ph	de	5	a	6,	glicosúria,	
acetonúria,	proteinúria,	piúria,	hematúria,	etc.	Anúria	(peritonite	e	cólica	renal),	poliúria	(diabetes,	uso	de	diuréticos,	ingestão	
de	bebidas	alcoolicas,	nefrite,	insuficiência	renal	crônica),	glicosúria	(eliminação	de	glicose	pela	urina	-	diabetes,	trauma	
craniano,	pancreatite,	estado	febris	agudos),	acetonúria	(eliminação	de	corpos	cetônicos	pela	urina	–	jejum	prolongado,	
diabetes),	piúria	(presença	de	pus	na	urina	–	tuberculose	renal,	tu	renais,	infecções	da	bexiga,	infecções	da	próstata,	processos	
infecciosos	de	alguma	das	vias	urinárias),	hematúria	(eliminação	de	sangue	na	urina	–	nefrites,	tu	renais,	litíases,	infecções	da	
bexiga,	uretra	e	ureteres,	traumatismos,	lúpus	eritematoso	disseminado),	bile	na	urina	(hepatite,	cirrose,	obstrução	das	vias	
biliares,	bile	no	sangue).		
-	cintilografia	óssea:	método	diagnóstico	das	patologias	ósseas	que	consiste	na	administração	de	isótopos	radioativos-fosfatos	
marcados	com	tecnécio	99	e	posterior	localização	destes	materiais	no	esqueleto	através	de	uma	câmara	radioativa.	Através	da	
cintilografia	é	possível	detectar	lesões	ósseas,	meses	antes	que	outros	métodos	de	diagnostico	o	façam.	Nos	raios	X,	por	
exemplo,	as	lesões	ósseas	são	identificadas	quando	já	houve	40	a	50%	de	perda	mineral.	Indicações:	pesquisa	de	histiocitose	
idiopática	generalizada,	alterações	ósseas	metabólicas,	como	a	doença	de	Paget	do	osso,	avaliação	da	infiltração	de	Tu	Mg	
epiteliais	para	os	ossos,	detecção	de	metástases,	detecção	de	metástases	para	de	tumores	para	a	maxila	e	mandíbula	(mama,	
próstata,	pulmões,	rim	e	estomago,	entre	outros).		
-	ultra-sonografia:	método	empregado	para	a	avaliação	de	estruturas	superficiais	na	região	da	cabeça	e	do	pescoço,	tais	
como:	pele,	tecido	subcutâneo,	hematomas	e	abscessos,	glândulas	salivares	parotida,	submandibular	e	sublingual,	alterações	
dos	linfonodos,	cálculos	salivares	e	calcificação	dos	tecidos	moles.		
-	TC	e	ressonância	magnética.		
	
	
AULA	4	–	Lesões	Fundamentais		
Alterações	morfológicas	na	pele	ou	mucosa	bucal.	Visando	a	obtenção	de	sinais	e	sintomas,	deve	ser	sistemático	ordenado	e	
completo.	Em	principio,	não	deve	buscar	a	identificação	de	um	diagnostico	pressuposto	ou	preestabelecido,	mas	sim	chegar	
naturalmente,	pela	acumulação	de	dados	clínicos,	a	sua	elaboração.		
	
	
CLASSIFICAÇÃO	
1. Alteração	de	cor	
-	mancha	ou	mácula:	alteração	de	cor	na	pele	ou	mucosa	sem	elevação	ou	depressão.	Pode	ser	endógena	(vascular	ou	
melânica,	hipocrômica	ou	hipercrômica)	ou	exógena	(hipocrômica	ou	hipercrômica).		
2. Formações	sólidas	
-	pápula:	elevação	sólida	de	até	5mm	
-	nódulo:	elevação	sólida	maior	que	5mm	
-	placa:	elevação	sólida,	maior	em	extensão	do	que	em	altura		
3. Perdas	teciduais	
-	erosão:	perda	tecidual	sem	exposição	do	tecido	conjuntivo	
-	úlcera:	perda	tecidual	com	exposição	do	tecido	conjuntivo.	Pode	ser	crônica	geralmente	indolor,	ou	aguda	
geralmente	dolorida.		
4. Coleções	líquidas	
-	vesícula:	lesão	elevada,	com	conteúdo	líquido	em	seu	interior	de	até	5mm	
-	bolha:	lesão	elevada,	com	conteúdo	líquido	em	seu	interior	com	mais	de	5mm	
	
COMO	DESCREVER	UMA	LESÃO	(comunicação,	recursos/manobras	semioténicos).	Base,	mobilidade,	forma,	limite,	superfície,	
borda,	consistência,	número,	cor,	textura,	tamanho,	localização,	sensibilidade.		
1. Número:		única	e	múltiplas	
2. Base	
-	séssil:	base	é	maior	ou	igual	do	que	a	extensão	da	lesão	
-	pedicula:	base	é	menor	do	que	a	extensão	da	lesão		
3. Localização:	região	anatômica	que	se	encontra	a	lesão,	maior	riqueza	de	detalhes	possível	
4. Superfície	(aparência	de	lesão	–	aspecto)	
-	brilhante,	verrucosa	e	opaca	
5. Forma		
-	cordoniforme,	arredondada,	globosa,	afilada,	irregular	e	alongada	
6. Borda	(barreira,	margem,	orla	-	área	da	lesão	mais	próxima	do	contorno)	
-	ligeiramente	elevada,	elevada,	plana,	rasa	e	profunda	
7. Contorno	(linha	que	fecha	ou	delimita	exteriormente	a	lesão)	
-	nítido,	difuso,	regular	e	irregular	
8. Limites	
-	imprecisos	e	lesões	externas		
9. Cor	
-	semelhante	à	mucosa,	branca,	avermelhada,rósea,	acinzentada	e	azulada		
10. Textura	
-	áspera	e	lisa	
11. Mobilidade		
-	fixa	e	móvel	
12. Sensibilidade		
-	sintomática	e	assintomática		
13. Consistência	
-	pétrea,	endurecida	e	borrachóide	ou	elástica		
14. Tamanho		
-	lesões	circulares	ou	arredondadas	(mm	ou	cm	de	diâmetro)	
-	lesões	irregulares	ou	alongadas	(mm	no	maior	eixo	X	mm	no	menor	eixo)	
15. Fístula	=	trajeto	que	tem	como	origem	o	tecido	patológico	(infecção)	e	termina	em	um	orifício	externo	(pele	ou	
mucosa)	
16. Pústula	=	áreas	de	hemorragia	puntiforme	e	circular		
17. Equimose	=	área	de	extensa	hemorragia		
18. Fissura	=	úlcera	estreita,	semelhante	a	uma	fenda	
19. Varicosidade	=principalmente	em	ventre,	bordas	da	língua	e	assoalho	bucal,	com	mais	frequência	em	pacientes	
idosos.	Coloração	azulada.		
20. Telangectasia	=	grande	maioria	de	aspecto	filamentoso	ou	pontilhados	devido	a	dilatação	de	capilares		
	
	
AULA	5	e	6	–	Lesões	Brancas		
LEUCOEDEMA	
Nevo	Branco	Esponjoso	
Gengivo	Estomatite	Branca	
Leucoqueratose	Hereditária	
-	Primeira	descrição	por	HYDE	em	1909.	
-	O	Termo	NBE	foi	cunhado	em	1935	por	CANNON	
Alteração	na	mucosa	de	caráter	autossômico	dominante	de	penetrância	incompleta.	
Características	Clínicas:	congênita,	ou	aparece	na	infância	ou	adolescência.	A	mucosa	de	revestimento	apresenta-se	espessa,	
pregueada	ou	corrugada,	com	consistência	flácida	ou	esponjosa	e	coloração	branco	opaco	peculiar.	As	vezes	o	pregueamento	
é	mínimo	,	e	isolado.		
Características	Histológicas:	hiperparaqueratose	e	acantose,	camada	basal	intacta,	camada	espinhosa	até	a	superfície,	exibe	
edema	intracelular.	Estas	células	vacuoladas,	apresentam	as	vezes	núcleos	picnóticos,	exibem	ainda	condensação	perinuclear	
patognomônica	dos	tonofilamentos	de	ceratina.	
	
	
PAQUIONÍQUIA	CONGÊNITA	
Extremamente	rara,	autossômica	dominante,	com	penetrância	incompleta.	
Características	clínicas:	ocorrem	após	o	nascimento;	consistem	em	alterações	distróficas	das	unhas	das	mãos	e	dos	pés.	
Queratose	folicular,	sudorese	excessiva	das	mãos	e	dos	pés.	Cabelos	escassos	e	disceratose	da	córnea.	
Manifestação	bucal:	focal	ou	generalizado.	Tipo	Jadassohn-	Lewandowsky	(	Gorlin	&	Chaudhry,	1959).	Dentes	natais	Tipo	
Jackson-Lawler.	
Características	histológicas:	a	mucosa	está	revestida	por	paraqueratina,	e	exibe	acantose	e	edema	intracelular	ou	
vacuolização	das	células	espinhosas	lembrando	o	Nevo	Branco	Esponjoso.	
	
	 	
	
HIPERQUERATOSE	
Resposta	da	mucosa	bucal	(epitélio	de	revestimento)	a	um	irritante	de	baixa	intensidade	e	longa	duração.	Frequentemente	
identificamos	o	agente	irritante,	e	quando	ocorre	à	remoção	do	irritante,	desaparece	a	lesão.	
Característica	Histológica:	hiperqueratose	ou	hiperparaqueratose,	presença	de	células	granulosas	e	acantose,	presença	de	
infiltrado	inflamatório	crônico,	de	intensidade	variável.	
Características	Clínicas:	pápula(s)	ou	placa(s)	branca	de	coloração	esbranquiçada.	
	
	
	
LEUCOPLASIA	
Característica	Clínica:	aspecto	clínico	de	crescimento	branco,	onde	podemos	excluir	outras	entidades	(leucoedema,	nevo	
branco	esponjoso,	líquen	plano	e	placas	sifilíticas).	OBS.	Não	existe	correlação	com	o	histológico,	embora	caracterizado	
inevitavelmente	por	alterações	no	epitélio	de	superfície.	
Características	histológicas:	hiperqueratose,	hiperparaqueratose,	acantose,	atipia	celular,	carcinoma	in	situ	Waldron	&	Shafer,	
em	1975	,	estudo	clínico	e	histológico	de	3256	casos	de	leucoplasia.		
Faixa	etária:	homem	5ª	e	6ª	década	mulher	6ª	e	7ª	década	
Localização:	mucosa	bochecha	e	mucosa	de	fundo	de	sulco	mandibular	
Tratamento:	Remoção	cirúrgica.	
Risco	de	malignização:	Bánóczy	em	1977,	publicou	um	estudo	com	proservação	de	1	à	30	anos,	e	demonstrou	que	em	seu	
acompanhamento,	a	taxa	de	transformação	maligna	foi	de	6%	.	(homogênea-	5%,	Heterogênea	25%,	FMC.	2014;21(7):438-9	)	
	
	
	
	
	
CANDIDOSE	CRÔNICA	HIPERPLÁSICA	
Característica	clínica:	placa	ou	mancha	branca,	que	não	cede	a	raspagem,	localizadas	nos	lábios,	língua	e	bochecha.	Longa	
duração.	Cawson	&	Binnie,	1980	apresentaram	uma	relação	definida	entre	a	candidose	crônica	e	carcinoma	epiderrmóide.	
Tratamento	etiológico:	nistatina,	miconazoL,	cetoconazol,	itraconazol,	fluconazol		
	
	
	
LEUCOPLASIA	PILOSA	
Greenspan	e	colab.	,	1984	descreveram	uma	lesão	branca	crônica,	patognomônica	de	infecção	pelo	HIV.	
Característica	clínica:	placa	de	consistência	flácida	localizada	no	bordo	lateral	da	língua,	com	superfície	corrugada,	de	
extensão	variada.	
Características	histológicas:	paraqueratose,	com	projeção	de	filamentos	de	paraqueratina.	Hifa	de	Candida	é	relativamente	
comum,	ausência	de	infiltrado	inflamatório	é	observado	na	lâmina	própria.	Hibridização	in	situ	demonstra	positividade	para	
EBV.	
Tratamento	e	Prognóstico:	Aplicação	de	Antiviral,	como	Aciclovir,	Penciclovir.	A	recidiva	ou	reinfecção,	é	esperada.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
LÍQUEN	PLANO	ORAL	(LPO)	
É	uma	doença	mucocutânea	imunologicamente	mediada	.	Uma	série	complexa	de	eventos	imunológicos	esta	relacionado	com	
a	iniciação	e	desenvolvimento	desta	condição,	mas	administração	de	vários	agentes,	incluindo	diuréticos,	ouro,	antimalárico,	
penicilamina	e	fenotiazina,	atuam	como	desencadeantes.(RLO)	
Característica	Clínica:	pequenas	pápulas	que	se	coalecem	e	formam	placas	maiores,	cobertas	por	escamas	finas	e	brilhantes,	
na	pele.	A	sua	superfície	esta	coberta	por	linhas	branco-acinzentadas	muito	finas,	chamadas	de	estrias	de	Wickham.	
Manifestações	bucais:	placas	de	extensão	variável,	e	persistente,	localizadas	mais	freqüentemente	na	mucosa	jugal,	língua,	
lábios,	gengiva	(gengivite	descamativa),	assoalho	da	boca	e	palato.	Vários	relatos	sugerem	uma	associação	do	vírus	da	
hepatite	C	e	vírus	do	papiloma	humano	com	LPO.	Na	Espanha	e	Japão,	há	uma	incidência	de	coinfecção	de	20%	e	62%,	
respectivamente,	com	HCV;	mas	este	não	foi	mostrado	na	população	americana.	Estimasse	uma	taxa	de	0,5	a	2%	de	
transformação	maligna		
Características	histológicas:	O	epitélio	de	revestimento	apresenta	hiperparaceratose	com	espessamento	da	camada	
granulosa,	acantose	e	edema	intracelular	das	células	espinhosa.	Necrose	ou	degeneração	por	liquefação	das	células	basais,	e	
aparecimento	nessa	área,	de	uma	fina	faixa	de	um	coágulo	eosinófilo.	
Características	histológicas:	As	papilas	epiteliais	assumem	um	aspecto	de	“dentes	de	serra”.	Corpos	de	Civatte	estão	
presentes.	Infiltrado	linfocítico,	localizado	na	região	papilar	e	mais	superficial	do	tecido	conjuntivo.	
Tratamento	e	prognóstico:	Corticosteróides.	A	doença	regride	com	a	estabilização	de	quadro	emocional	do	paciente.	
	
	
	
LÚPUS	ERITEMATOSO	SISTÊMICO	
Características	Clínicas:	A	faixa	etária	é	de	30	anos	para	mulheres	e	40	anos	para	os	homens.	Há	prevalência	em	mulheres,	na	
ordem	de	8:1.	As	lesões	na	pele	da	face	são	placas	eritematosas	que	se	coalecem	e	formam	uma	área	extensa,	simétrica,	em	
forma	de	borboleta.	Insuficiência	renal,	endocardite	atípica	e	artrite	reumatoide	são	observadas.	
	
	
	
	
	
	
LÚPUS	EITEMATOSO	DISCÓIDE	
Características	Clínicas:	Mais	comum	nas	mulheres.	Na	pele	ocorre	freqüentemente	na	Face,	mucosa	bucal,	peito,	dorso	e	
extremidade.	
Manifestações	Bucais:	Ocorre	Freqüentemente	no	palato,	mucosa	jugal,	e	língua,	desde	uma	erosão,	pápula	ou	placa.	
Assemelhando-se	as	lesões	do	Líquen	Plano.	
Dados	Laboratoriais:	Pesquisa	de	célula	L.E.,	Anemia,	Trombocitopenia,	Hemossedimentação,	AAN,	Anti-adn	
Características	histológicas:	Hiperqueratose,	atrofia	das	papilas	epiteliais,	liquefação	das	células	da	camada	basal,	infiltração	
perivascular	de	linfócitos	e	acúmulo	dos	mesmos	em	volta	dos	apêndices	dérmicos.	Degeneração	basófila	das	fibras	colágenas	
e	elásticas,	e	alteração	fibrinóide,	logo	abaixo	do	epitélio.	
Tratamento:	Corticosteróide	ou	drogas	citotóxicas	(azatioprina	,	clorambucil	,	ciclofosfamida).	
	 	
AULA	7	–	Semiotecnica		
-	A	técnica	básica	para	colheita	dos	sinais	e	sintomas	fundamenta-se	no	uso	dos	sentidos	naturais	do	profissional,	que	quanto	
mais	treinados	e	experientes,	melhores	são	suas	observações.	
1.	INSPEÇÃO=	Ato	ou	efeito	de	inspecionar,	vistoriar,	utilização	da	visão,	avaliação	visual,	olhar	apurado,	visualização	crítica,	
primeiro	passo,	primeiro	momento	do	exame	clínico.	Observação	geral	do	paciente.	Observação	local:	forma,	brilho,	cor,	
limites,	dimensões,	localização,	número.	Direta	e	indireta.	
2.	PALPAÇÃO	(Palpação	/	Apalpação	-	Palpar	=	apalpar)	=	Tocar	com	a	mão	para	conhecer,	uso	do	tato,	uso	da	polpa	digital.	
Faz-se	compressão.	Textura,	espessura,	consistência,	sensibilidade,	volume,	conteúdo,	flutuação,	elasticidade,	temperatura.	
Digital,	bidigital,	dígito-palmar,	manual,	bimanual.		
3.	PERCUSSÃO	=	Ato	ou	efeito	de	percutir,	choque	ou	embate	de	dois	corpos,	bater	ou	tocar	fortemente.	
4.	Dente/Cistos/ATM/Seios	da	face		
5.	AUSCULTAÇÃO/AUSCULTA	
6.	OLFAÇÃO	=	Doenças	sistêmicas	ou	locais	que	exalam	odores	característicos.	Diabetes,	pênfigo,	câncer,	GUN	(GUNA),	ORN.		
7.	PUNÇÃO	=	Ato	ou	efeito	de	puncionar,	furar	com	a	punção,	introdução	de	uma	agulha	no	interior	do	tecido,	usa-se	seringas	
hipodérmicas.	Como	manobra	de	semiotécnica	utiliza-se	de	seringas	hipodérmicas	com	agulhas	de	diversos	diâmetros,	volume	
da	seringa	e	o	diâmetro	da	agulha	são	escolhidos	mediante	as	necessidades	do	exame.	Agulha	não	penetra	(tábua	óssea	
espessa,	lesão	óssea,	lesão	fibro-óssea	“madura”),	agulha		penetra	com	resistência	(neoplasias	sólidas,	neoplasias	
odontogênicas,	lesão	fibro-óssea),	agulha	penetra		em	cavidade	(cistos,	cavidades	vazias,	lesões	destrutivas,	lesões	
vasculares/vascularizadas).		
8.	ASPIRAÇÃO	=	Atrair	por	meio	de	formação	de	vácuo,	sorver,	absorver,	chupar,	deve	ser	feita	após	a	punção,	tracionando-se	
o	êmbolo	da	seringa,	provocando	pressão	negativa,	o	que	promove	a	absorção	do	conteúdo	da	lesão.	
	
PUNÇÃO/ASPIRAÇÃO	
Punção	negativa	ou	punção	branca:	Se	não	houver	material	absorvido.	Punção	positiva:	Se	houver	material	absorvido	(líquido,	
semi-líquido,	pastoso,	sangue,	pus).	Todo	material	colhido	deve	ser	examinado	clinicamente	e/ou	ser	encaminhado	para	
análise.	Sinais.	Manobra	de	punção	e	aspiração:	a	punção	exploratória	(punção	+	aspiração),	não	só	é	obrigatória	para	se	
descartar	lesões	vasculares	intra-ósseas,	como	também	nos	auxilia	na	coleta	dos	sinais,	contribuindo	para	o	processo	de	
diagnóstico.	Nenhum	material	no	interior	da	lesão	(“cisto”	ósseo	simples),	mucoso	(cisto	mucoso	do	seio	maxilar/carcinoma	
mucoepidermóide/COG),	líquido	citrino	e	com	presença	de	pontos	brilhantes	(cristais	de	colesterol).	Sanguinolento	+	material	
semi-sólido,	de	coloração	esbranquiçada	semelhante	a	“margarina”,	que	representa	queratina	no	interior	da	lesão	(ceratocisto	
odontogênico),	purulento	(cistos	infectados).	Sangue	sem	grandes	volumes,	o	que	faz	com	que	seja	diferenciado	de	lesões	
vasculares	centrais,	onde	há	grande	volume	de	sangue	e	pressão,	fazendo	com	que	muitas	vezes	o	êmbolo	da	seringa	se	
desloque	espontaneamente,	castanho-avermelhado	e		aspecto	“espumoso”		(cistos	ósseos	aneurismático).			
	
DIASCOPIA	/	VITROPRESSÃO	=	Observar	ponto	por	ponto,	visualizar/inspecionar	uma	estrutura	comprimida	por	um	objeto	
transparente	(lâmina	de	vidro).	Utiliza-se	em	alterações	de	cor,	com	a	compressão	e	inspeção	através	da	lâmina	deve	
observar:	desaparece	a	lesão,	muda	de	cor,	fica	mais	claro,	não	sofre	modificações.	São	de	grande	importância	no	diagnóstico	
dos	hemagiomas	os	seguintes	exames	e	procedimentos	clínicos:	diascopia,	ectasia	vascular	(varizes).	
EXPLORAÇÃO	=	Ato	ou	efeito	de	explorar,	pesquisa,	sondagem,	procurar,	descobrir,	estudar,	examinar	ou	acompanhar	uma	
doença.	Direta	=	dedo	ou	mão,	indireta	=	sondas,	explorador,	espelho,	bisturi.	
PERTUITO	OU	COMUNICAÇÃO	(SONDAGEM)	=	Examinar	com	sonda,	explorar	metodicamente,	ato	ou	efeito	de	sondar.	
Exploração	local	e	metódica	por	aparelhos	e	processos	técnicos	especiais.	Sonda	:	qualquer	aparelho	de	sondagem,	utilizado	
principalmente	em	periodontia,	endodontia	e	glândulas	salivares.	
SONDAGEM	PERIODONTAL	=	Avaliação	da	profundidade	das	bolsas,	avaliação	do	nível	de	inserção,	avaliação	das	bi	e	
trifurcações	(sondas	nabers).	
RASPAGEM	=	É	o	ato	de	raspar,	tirar	com	instrumento	adequado,	parte	da	superfície,	esfregar,	raspar	com	fricção.	Espátulas	
odontológicas,	utilização	principalmente	em	alterações	brancas	em	mucosa/pele		
	
SEMIOTÉCNICA	NAS	LESÕES	BRANCAS	
	
1. RASPAGEM	
Leucoplasia,	fotografia,	imagem	obtida,	foto,	fixar	a	imagem,	utilização,	documentação,	evolução	clínica/Preservação,	
fixar	o	momento.	
2. ORDENHA	=	Ato	ou	efeito	de	ordenhar,	espremer	uma	região	para	tirar	líquido,	estimular	a	saída	de	líquido.	
Utilização:	exame	de	glândulas	salivares	na	procura	de	secreção	após	a	drenagem.		
	
MANOBRAS	DE	SEMIOTÉCNICA		
	
1. Inspeção	
2. Palpação	
3. Auscultação		
4. Olfação	
5. Punção/	Aspiração	
6. Diascopia	
7. Raspagem	
8. Exploração	
9. Percussão	
10. Fotografia	
11. Sondagem	
12. Ordenha	
13. Outras		
14. 	
SEMIOTÉCNICA	NAS	LESÕES	ULCERADAS	
1. Forma	
2. Tamanho	
3. Borda	(elevada	X	plana	ou	em	harmonia	com	a	mucosa	(deprimida))	
4. Número	(única	X	múltipla)	
5. Base	ou	aderência	ao	planos	profundos	
6. Endurecida/Fixa	X	Sem	alteração	
7. Localização	(centro,	mucosa	adjacente,	repercussão	à	distância)	
	
SEMIOTÉCNICA	NAS	LESÕES	BOLHOSAS		
1. Lesões	Vésico-bolhosas		
2. Pênfigo	Vulgar	x	Penfigóide	
3. SINAL	DE	NIKOLSKY	
4. POSITIVO	
5. NEGATIVO

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