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Fisiologia Renal FORMAÇÃO DE URINA PELOS RINS II. REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULAR REABSORÇÃO E SECREÇÃO PELOS TÚBULOS RENAIS EXCREÇÃO URINÁRIA = FILTRAÇÃO GLOMERULAR – REABSORÇÃO TUBULAR + SECREÇÃO TUBULAR. CLEARANCE RENAL · O clearance de uma substância indica o volume virtual de plasma que fica livre da substância, em determinada unidade de tempo. · Assim, o clearance de uma substância é também denominado depuração plasmática da substância. · Para o conhecimento do clearance renal de uma dada substância, basta medir a quantidade absoluta da substância excretada na urina por minuto e relacioná-la com sua concentração plasmática: A REABSORÇÃO TUBULAR É QUANTITATIVAMENTE GRANDE E MUITO SELETIVA FILTRAÇÃO = INTENSIDADE DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR X CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA EXEMPLO: [ ] plasmática de glicose = 1g/L Quantidade de glicose filtrada = 180L/dia Assim: Filtração de glicose = 180L/dia X 1g/L = 180g/dia · Esse cálculo presume que a substancia seja filtrada livremente e não se ligue a proteínas plasmáticas. Já que, em termos práticos nenhuma glicose filtrada é normalmente excretada na urina, a intensidade da reabsorção da glicose também é de 180g/dia. Processo de filtração glomerular e reabsorção tubular são quantitativamente maiores em relação à excreção urinária para muitas substâncias. A reabsorção tubular é muito mais seletiva que a filtração. · Processo de filtração glomerular e reabsorção tubular são quantitativamente maiores em relação à excreção urinária para muitas substâncias. Isso significa que alterações pequenas na filtração ou reabsorção podem levar a alterações enormes da excreção urinária. Ex se diminuirmos em 10% a reabsorção tubular, de 178, 5 para 160.7 o volume de urina iria aumentar de 1.5 para 19.3 L de urina caso a filtração fosse constante. Filtração e reabsorção são muito coordenadas para que isso não ocorra. · 2. Algumas substâncias são totalmente reabsorvidas, como aminoácidos e glicose, e a excreção é quase nula. · Alguns íons tb são muito reabsorvidos, como sódio, cloreto, bicarbonato, porém a intensidade de reabsorção depende da necessidade do organismo. · Produtos do metabolismo, como a ureia e creatinina são pouco reabsorvidos, sendo excretados em quantidades altas. ASSIM, PELO CONTROLE DA INTENSIDADE DA REABSORÇÃO DE DIFERENTES SUBSTÂNCIAS, OS RINS REGULAM A EXCREÇÃO DE SOLUTOS, O QUE É DECISIVO PARA O CONTROLE PRECISO DA COMPOSIÇÃO DOS LÍQUIDOS CORPORAIS. A REABSORÇÃO TUBULAR INCLUI MECANISMOS PASSIVOS E ATIVOS TRANSPORTADORES DE MEMBRANA TRANSPORTE ATIVO · Processo onde a membrana celular transporta moléculas ou íons contra gradiente de concentração. · PRIMÁRIO. DEPENDE DA FONTE DE ENERGIA USADA PARA CAUSAR O TRANSPORTE · SECUNDÁRIO. TRANSPORTE ATIVO PRIMÁRIO · O transporte é acoplado diretamente à fonte de energia, como a hidrólise do ATP. · O mecanismo mais estudado é o da bomba de sódio – potássio. · Proteína transportadora, que apresenta características específicas necessárias ao transporte. TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO · No transporte ativo secundário, duas ou mais substâncias interagem com proteína transportadora e são ambas transportadas através da membrana. · Não necessita de energia diretamente do ATP. · A fonte direta de energia é liberada pela difusão facilitada simultânea de outra substância transportada a favor de seu gradiente eletroquímico. TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO COTRANSPORTE PINOCITOSE · É mecanismo de transporte ativo. · Ocorre principalmente no túbulo proximal. · Utilizado para reabsorção de grandes moléculas, como proteínas. TRANSPORTE MÁXIMO · A maioria das substâncias que são reabsorvidas ou secretadas ativamente apresentam limite para a intensidade com que o soluto pode ser transportado – TRANSPORTE MÁXIMO. · EX: glicose · Substâncias que são secretadas ativamente também apresentam transporte máximo. · Muitas das substâncias reabsorvidas passivamente não demonstram transporte máximo, pois a intensidade de transporte é definida por: · Gradiente eletroquímico para difusão da substância através da membrana. · Permeabilidade da membrana para a substância. · Tempo que o líquido que contém a substância permanece no túbulo. · TRANSPORTE GRADIENTE-TEMPO. · Existem algumas substâncias que são transportadas ativamente, mas que NÃO apresentam transporte máximo. · Solutos transportados ativamente apresentam transporte máximo porque o sistema de transporte fica saturado à medida que a carga filtrada da substância aumenta. · Algumas substâncias transportadas ativamente também possuem características gradiente tempo. · REABSORÇÃO DE SÓDIO NO TÚBULO PROXIMAL. · Capacidade máxima de transporte da bomba na /K ATPase basolateral é muito maior que a intensidade real da reabsorção efetiva de sódio. · Quantidade significativa de sódio transportado para fora da célula “vaza” de volta para o lúmen pelas junções oclusivas. · Permeabilidade das junções oclusivas. · Forças físicas intersticiais. · Nos túbulos proximais, a reabsorção de sódio tem característica de gradiente tempo, o que significa: · Quanto maior a [ ] de sódio maior a reabsorção. · Quanto mais lenta a intensidade do fluxo do líquido tubular maior a porcentagem de sódio que será reabsorvida. · OBS: em outros locais dos túbulos renais, as reabsorções de sódio exibem característica de transporte máximo, o que pode ser aumentado por hormônios, como a aldosterona. REABSORÇÃO DE ÁGUA ADH = HORMONIO ANTI DIURETICO REABSORÇÃO E SECREÇÃO AO LONGO DE PORÇOES DIFERENTES DO NÉFRON MECANISMOS DE TRANSPORTE NO TÚBULO PROXIMAL · Aproximadamente 65% da carga filtrada de sódio e água são reabsorvidos no túbulo proximal. · Porcentagem menor de cloreto filtrado também é reabsorvido no túbulo proximal. · Aminoácidos e glicose são totalmente reabsorvidos no túbulo proximal. · O fluido tubular é isosmótico. · A elevada capacidade de reabsorção no TP se dá pelas características das células tubulares proximais. SECREÇÃO – TÚBULO PROXIMAL · Sais biliares, oxalato, urato, catecolaminas. · Fármacos, toxinas. · Ácido paramino-hipúrico (PAH) BALANÇO GLOMERULOTUBULAR MECANISMOS DE TRANSPORTE NA ALÇA DE HENLE · Composta de três segmentos funcionalmente distintos: segmento descendente fino, segmento ascendente fino e segmento ascendente espesso. · A porção descendente do segmento fino é muito permeável à maioria dos solutos, incluindo uréia e sódio. · Função de permitir a difusão simples de substâncias através de sua parede. · Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida na alça de Henle, sendo quase toda ocorre no segmento descendente. · A porção ascendente tanto do segmento fino quanto espesso é praticamente impermeável à água, importante para a concentração de urina. · O componente ascendente espesso da alça espessa de Henle reabsorve cerca de 25% das cargas filtradas de sódio, cloreto e potássio, além de grandes quantidades de cálcio, bicarbonato e magnésio. Secreta íons hidrogênio para o lúmen. MECANISMOS DE TRANSPORTE NO TÚBULO DISTAL · Mácula densa. · Túbulo distal convolutas características semelhantes de reabsorção do segmento espesso da alça de Henle – reabsorve ativamente a maioria dos solutos, mas é praticamente impermeável à água e ureia. · Segmento diluidor – dilui o líquido tubular. MECANISMOS DE TRANSPORTE NO TÚBULO DISTAL FINAL E TÚBULO COLETOR CORTICAL · Túbulo distal final e túbulo coletor tem características funcionais semelhantes. · Células principais e células intercalares. · As células principais reabsorvem sódio e secretam potássio, o que depende da atividade da bomba de sódio potássio ATPase na membrana basolateral. · As célulasintercalares secretam hidrogênio e reabsorvem íons bicarbonato e potássio. · A secreção de hidrogênio pelas células intercalares é mediada por transportador hidrogênio ATPase. · As características funcionais do túbulo distal final e túbulo coletor cortical são: · Membranas impermeáveis à uréia. · Reabsorção de sódio é controlada pela aldosterona. · Secreção de íons potássio do sangue para o túbulo é também controlado pela aldosterona e pela concentração de potássio nos líquidos corporais. · Células intercalares secretam hidrogênio por mecanismo ativo – contra gradiente de concentração. · A permeabilidade à água é controlada pelo ADH. Na presença de ADH esses segmentos são permeáveis à água e na ausência de ADH são praticamente impermeáveis à água – mecanismo importante para o controle de diluição ou da concentração da urina. MECANISMOS DE TRANSPORTE NO DUCTO COLETOR MEDULAR · Local final para processamento da urina. · Função muito importante na determinação da quantidade final do débito urinário de água e solutos. · As células epiteliais dos ductos coletores tem forma aproximadamente cubóide, com superfícies lisas e relativamente poucas mitocôndrias. · As características especiais desse segmento são: · 1. A permeabilidade à água é dependente da concentração do hormônio ADH. · Em concentrações mais altas de ADH, a água é reabsorvida avidamente para o interstício medular, reduzindo o volume urinário e concentrando a urina. · As características especiais desse segmento são: · 2. Permeável à uréia através de transportadores de ureia especiais, através da membrana luminal e basolateral. · Parte da ureia tubular é reabsorvida para o insterstício medular, ajudando a concentrar a urina. · 3. Capaz de secretar íons hidrogênio contra gradiente de concentração – função sobre o equilíbrio ácido básico.
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