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Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. Ponto dos Concursos www.pontodosconcursos.com.br Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição. É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da matrícula. O descumprimento dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI Dos princípios aplicáveis ao direito penal AULA 1 – DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 1. Da legalidade. 2. Da insignificância 3. Da Lei penal no tempo 4. Da Lei penal no espaço 5. Da interpretação da norma penal. 1. Da legalidade. 1- (CESPE/MP/ASSISTENTE/ADM/RORAIMA/2008/Adaptada) Acerca da legislação penal brasileira, julgue os itens a seguir. 1. Uma conduta é considerada crime quando a lei expressamente assim a define, não sendo obrigatório estabelecer uma penalidade, pois essa atribuição é do juiz. 2- (CESPE/OAB/SP/136/2008/adaptada) 54 – julgue os itens com base nos princípios de direito penal na CF. 1. O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. 3- (CESPE/PROCURADOR/ES/2008/adaptada) Ainda acerca do direito penal e do direito processual penal, julgue os itens a seguir. 1. Quando do envio do Código de Defesa do Consumidor à sanção presidencial, um de seus dispositivos foi vetado em sua integralidade, sendo esta a sua redação original: “Colocar no mercado, fornecer ou expor para fornecimento produtos ou serviços impróprios. Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos e multa.” Com base nos princípios que norteiam o direito penal, é correto afirmar que a razão invocada no veto foi a inobservância do princípio da legalidade. 4- (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008) No que concerne à parte geral do Código Penal, aos princípios processuais penais e à efetiva aplicação da legislação especial, julgue os itens a seguir. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 1. O enunciado segundo o qual “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” traz insculpidos os princípios da reserva legal ou legalidade e da anterioridade. 5- (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008/ADAPTADA) Com relação às penas, julgue o item. 1. Segundo recente entendimento do STF, aplica-se a analogia in bonam partem para aplicar às penas restritivas de direito o mesmo lapso prescricional previsto no CP para a pena de multa, isto é, dois anos, desde que a pena restritiva de direito seja de natureza pecuniária e seja a única cominada. 2. Da insignificância 6- (CESPE/PREF/NATAL/PROCURADOR/2008/adaptada) 32 - Márcio e Fabiano, empresários estabelecidos no município de Barcelona – RN, associaram-se eventualmente para fraudar o fisco estadual, mediante alteração de notas fiscais representativas de transações comerciais, conduta tipificada no art. 1.º, III, da Lei n.º 8.137/1990, causando, assim, prejuízos ao erário estadual. Acerca dessa situação hipotética e com base nas disposições da lei que define os crimes contra a ordem tributária e na jurisprudência dominante, julgue o item. 1. Ainda que o prejuízo provocado ao fisco estadual seja de valor ínfimo, por exemplo, em torno de R$ 20,00, segundo a jurisprudência do STJ, não se aplica, no caso, o princípio da insignificância. 7- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os seguintes itens. 111 Em caso de habeas corpus impetrado perante o STF com a finalidade de ver trancada a ação penal pela prática de crime de furto, se o julgador verificar que o crime está prescrito, deverá analisar o pedido de aplicação do princípio da insignificância, o qual, por gerar atipicidade da conduta, é mais benéfico ao réu. Nesse caso, não cabe, então, falar- se em prejudicialidade do pedido principal pela ocorrência de extinção da punibilidade. 8- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os seguintes itens. 112 É cabível a aplicação do princípio da insignificância para fins de trancamento de ação penal em que se imputa ao acusado a prática de crime de descaminho. 9- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os seguintes itens. 113 Uma vez aplicado o princípio da insignificância, que deve ser analisado conjuntamente com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado, a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material, é afastada ou excluída. Da Lei penal no tempo Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 10- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada)57 - Ainda de acordo com o que dispõe o CP, julgue o item. 1- Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória. 11- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 57 - Ainda de acordo com o que dispõe o CP, julgue o item. 2- A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência. 12- (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008) Julgue o item que segue: 57 Segundo o princípio da ultra-atividade, quando o crime é praticado na vigência de lei penal mais benéfica, o agente do delito responde pelos fatos cometidos em seus termos, ainda que, posteriormente, essa lei seja revogada, introduzindo-se no seu lugar outra mais gravosa. 13- (CESPE/DELEGADO/TO/2008) Acerca dos princípios constitucionais que norteiam o direito penal, da aplicação da lei penal e do concurso de pessoas, julgue os itens de 108 a 112. 110 Considere que um indivíduo seja preso pela prática de determinado crime e, já na fase da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa situação, o indivíduo cumprirá a pena imposta na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei penal. 14- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito penal, julgue os itens abaixo. 121 Com relação ao tempo do crime, o CP adotou a teoria da atividade, pela qual se considera praticado o crime no momento da ação ou da omissão, exceto se outro for o momento do resultado. 15- (CESPE/PERITO/TO/2008) Quanto ao direito penal e às leis penais extravagantes, julgue os itens que se seguem. 82 Considere a seguinte situação hipotética. Ricardo, um dia antes de completar dezoito anos de idade, atirou em seu desafeto Cláudio, vindo a atingi-lo no tórax. Socorrido por populares e levado ao hospital, Cláudio veio a falecer 10 dias depois, quando Ricardo já havia atingido a maioridade. Nessa situação, Ricardo responderá pelo crime de homicídio consumado, pois a morte da vítima ocorreu quando já contava com 18 anos de idade. 16- (CESPE/OABSP/135/2008/adaptada)1 52- julgue o item. 1 (CESPE/OAB/2006) 57- De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, assinale a opção correta. D Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituição Federal é absoluta, não sofrendo restrições legais. Gabarito: D = errado. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 1- Caso um advogado militante, na discussão da causa, acuse o promotor de justiça de prevaricação durante uma audiência, o crime de calúnia estará amparado pela imunidade judiciária. 17- (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) No que tange ao princípio da legalidade, às imunidades, às espécies de dolo e aos crimes contra as finanças públicas, julgue os itens seguintes. 106 No campo do direito penal, a imunidade parlamentar implica subtração da responsabilidade penal por suas opiniões, palavras e votos, sendo indispensável, consoante orientação do STF, que exista conexão entre a conduta praticada pelo parlamentar e a atividade parlamentar. 18- (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007/ADAPTADA) 41- A respeito das imunidades diplomática, parlamentar e judiciária, julgue os seguintes itens. 1- Segundo entendimento do STF, no caso de ofensa à honra de terceiro de autoria de parlamentar, só haverá imunidade parlamentar se essa conduta tiver nexo funcional com o cargo que o parlamentar desempenha, ainda quando se trate de ofensa irrogada dentro do parlamento. 19- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) Considerando a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, à luz do Código Penal, julgue os itens a seguir. 91 Considere a seguinte situação hipotética. Entrou em vigor, no dia 1.º/1/2008, lei temporária que vigoraria até o dia 1.º/2/2008, na qual se preceituou que o aborto, em qualquer de suas modalidades, nesse período, não seria crime. Nessa situação, se Kátia praticou aborto voluntário no dia 20/1/2008, mas somente veio a ser denunciada no dia 3/2/2008, não se aplica a lei temporária, mas sim a lei em vigor ao tempo da denúncia. 20- (CESPE/TC/GOIAS/MP/2007/ADAPTADA) 41 Acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, julgue o item. 1- Quando lei nova que muda a natureza da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo fato que, na vigência da lei anterior, era punido por meio de pena de detenção, não se aplica o princípio da retroatividade da lei mais benigna. Da Lei penal no espaço 21- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) A respeito da aplicação da lei penal brasileira e da punibilidade, julgue os itens que se seguem. 72 Para fins de aplicação da lei penal, consideram-se extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se encontrem. 22- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) Acerca da legislação penal e processual penal, julgue os itens a seguir. 66 A lei penal brasileira aplica-se, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, a crime cometido no território nacional. 23- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) Considerando a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, à luz do Código Penal, julgue os itens a seguir. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 92- Aplica-se a lei penal brasileira ao crime praticado a bordo de aeronave estrangeira de propriedade privada, em vôo no espaço aéreo brasileiro. 24- (CESPE/PROCURADOR/ASSITENCIA/DF/2007)2 - Acerca da ação penal nos crimes contra os costumes, julgue os itens a seguir. 1- Na aplicação da lei brasileira aos crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, exige-se a requisição do ministro da Justiça, como condição de procedibilidade. 25- (CESPE/JUIZ/SERGIPE/2004) 40 - Quanto à aplicação da lei penal no espaço, julgue os itens subseqüentes. 1- O princípio básico que norteia a aplicação da lei penal brasileira é o da territorialidade temperada. Da interpretação da norma penal. 26- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Julgue os itens a seguir, relativos à interpretação da lei penal. 114 Segundo a máxima in claris cessat interpretatio, pacificamente aceita pela doutrina penalista, quando o texto for suficientemente claro, não cabe ao aplicador da lei interpretá- lo. 27- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Julgue os itens a seguir, relativos à interpretação da lei penal. 115 A exposição de motivos do CP é típico exemplo de interpretação autêntica contextual. 28- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Julgue os itens a seguir,relativos à interpretação da lei penal. 116 Se o presidente do STF, em palestra proferida em seminário para magistrados de todo o Brasil, interpreta uma lei penal recém-publicada, essa interpretação é considerada interpretação judicial. 29- (CESPE/TC-PE/MP/2004) No concernente à interpretação e aplicação da lei penal, julgue o item abaixo. 87 É vedada a aplicação analógica em normas penais incriminadoras. Nas normas penais não-incriminadoras gerais, admite-se o emprego da analogia in bonam partem. GABARITO. 1- (CESPE/MP/ASSISTENTE/ADM/RORAIMA/2008/Adaptada) Item 1 – incorreto. 2- (CESPE/OAB/SP/136/2008/adaptada) Item 1 – incorreto. 2 (CESPE/MP/TO/2006) Sobre o inquérito policial, assinale a opção incorreta. 1- A No caso de crime sujeito à ação penal pública condicionada, a requisição do ministro da Justiça ou a representação do ofendido para instauração do inquérito é condição de procedibilidade: sem ela, a autoridade policial não pode dar início ao inquérito. Item – Certo (Observar a resolução mais adiante – questão 8 de processo penal). Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 3- (CESPE/PROCURADOR/ES/2008/adaptada) Item 1 – correto. 4- (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008) Item 1 – correto. 5- (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008/ADAPTADA) Item 1 – incorreto. 2. Da insignificância 6- (CESPE/PREF/NATAL/PROCURADOR/2008/adaptada) Item 1- incorreto. 7- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 111 – incorreto. 8- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 112 – correto. 9- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 113 – correto. Da Lei penal no tempo 10- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) Item 1 – incorreto. 11- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) Item 2 – correto. 12- (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008) Item 57 – correto. 13- (CESPE/DELEGADO/TO/2008) Item 110 – incorreto. 14- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 121 – incorreto. 15- (CESPE/PERITO/TO/2008) Item 82 – incorreto. 16- (CESPE/OABSP/135/2008/adaptada)3 Item 1 – incorreto. 3 (CESPE/OAB/2006) 57- De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, assinale a opção correta. D Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituição Federal é absoluta, não sofrendo restrições legais. Gabarito: D = errado. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 17- (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) Item 106 – correto. 18- (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007/ADAPTADA) Item 1 – incorreto. 19- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) Item 91 – incorreto. 20- (CESPE/TC/GOIAS/MP/2007/ADAPTADA) Item 1 – incorreto. Da Lei penal no espaço 21- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) Item 72 – incorreto. 22- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) Item 66 – correto. 23- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) Item 92 – correto. 24- (CESPE/PROCURADOR/ASSITENCIA/DF/2007)4 Item 1 – correto. 25- (CESPE/JUIZ/SERGIPE/2004) Item 1 – correto. Da interpretação da norma penal. 26- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 114 – incorreto. 27- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 115 – incorreto. 28- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Item 116 – incorreto. 29- (CESPE/TC-PE/MP/2004) Item 87 – correto. 4 (CESPE/MP/TO/2006) Sobre o inquérito policial, assinale a opção incorreta. 1- A No caso de crime sujeito à ação penal pública condicionada, a requisição do ministro da Justiça ou a representação do ofendido para instauração do inquérito é condição de procedibilidade: sem ela, a autoridade policial não pode dar início ao inquérito. Item – Certo (Observar a resolução mais adiante – questão 8 de processo penal). Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI RESOLUÇÃO 1. Da legalidade. 1- (CESPE/MP/ASSISTENTE/ADM/RORAIMA/2008/Adaptada) Acerca da legislação penal brasileira, julgue os itens a seguir. 1. Uma conduta é considerada crime quando a lei expressamente assim a define, não sendo obrigatório estabelecer uma penalidade, pois essa atribuição é do juiz. Item 1 – incorreto. Resolução: De acordo com o princípio da legalidade inserto nos artigos 1º do CP e 5º, inciso XXXIX, da CF, não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. O certo é que, a norma penal incriminadora, isto é, aquela que define como criminosa determinada conduta deverá, além de em seu preceito primário, conter o preceito secundário, ou seja, a cominação da respectiva sanção (penalidade). Esta poderá assumir várias formas, mas, de regra, há a cominação de pena privativa de liberdade (reclusão, detenção ou prisão simples) ou multa (pecuniária). Veja, por exemplo, o crime de homicídio (artigo 121 do CP), onde o legislador define a conduta criminosa (matar alguém) e comina a respectiva sanção: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. A definição, em concreto, da pena pelo magistrado deverá levar em conta os patamares estabelecidos previamente pelo legislador. Assim, a atividade jurisdicional litimar-se-á à cominação legal. Portanto, o legislador deverá estabelecer a conduta criminosa como também a penalidade aplicável, cabendo ao magistrado, diante do caso concreto, efetivamente aplicá-la levando em conta o que dispõe a lei. Caso interessante ocorreu com a edição do artigo 28 da Lei 11.343/06, oportunidade em que à conduta incriminada não se cominou pena privativa de liberdade ou multa, mas sim as seguintes penalidades: 1- advertência sobre os efeitos das drogas; 2- prestação de serviços à comunidade; e 3- medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Não se pode, assim, afirmar corretamente que não é atribuição do legislador a cominação da penalidade. Incorreta, portanto, a afirmação contida na questão. 2- (CESPE/OAB/SP/136/2008/adaptada) 54 – julgue os itens com base nos princípios de direito penal na CF. 1. O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o daintranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI Item 1 – incorreto. Resolução: O princípio básico que orienta a construção do direito penal e que sintetiza a fórmula “nullum crimen, nulla poena, sine lege” não é o princípio da intranscendência, mas sim o princípio da legalidade. Segundo o princípio da legalidade, inserto no artigo 1º do CP como também no artigo 5º, XXXIX da CF, não há definição de crime sem que seja por meio de lei anterior e nem mesmo pena sem prévia cominação legal. O princípio da intranscendência está prevista no artigo 5º, inciso XLV, da CF, e sintetiza a idéia de que a pena não passará da pessoa do condenado, exceto no que tange à obrigação de reparar o dano e o perdimento de bens que, nos termos da lei, poderão se estender aos seus sucessores e contra este poderá ser executada. 3- (CESPE/PROCURADOR/ES/2008/adaptada) Ainda acerca do direito penal e do direito processual penal, julgue os itens a seguir. 1. Quando do envio do Código de Defesa do Consumidor à sanção presidencial, um de seus dispositivos foi vetado em sua integralidade, sendo esta a sua redação original: “Colocar no mercado, fornecer ou expor para fornecimento produtos ou serviços impróprios. Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos e multa.” Com base nos princípios que norteiam o direito penal, é correto afirmar que a razão invocada no veto foi a inobservância do princípio da legalidade. Item 1 – correto. Resolução: A obediência ao princípio da legalidade e ao seu consectário – princípio da taxatividade – impõe ao legislador o dever de, ao definir a norma penal incriminadora, precisar a conduta delituosa. Portanto, censurável a definição de conduta criminosa por meio de expressões demasiadamente imprecisas. Expressões imprecisas levam à insegurança, pois não permitirão aos destinatários conhecer a conduta proibida. No caso em tela, a afronta ao princípio da legalidade ocorreu pelo fato de o legislador não determinar o que seriam “produtos ou serviços impróprios”. A ausência de precisão do adjetivo (“impróprios”) não permitiria aos destinatários saber qual de fato seria a conduta incriminada. Com isso, em respeito ao princípio da legalidade (lege certa5), o dispositivo mencionado na questão foi objeto do veto presidencial. 4- (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008) No que concerne à parte geral do Código Penal, aos princípios processuais penais e à efetiva aplicação da legislação especial, julgue os itens a seguir. 5 Nullum crimen, nulla poena sine lege certa = proibição de leis penais indeterminadas. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 1. O enunciado segundo o qual “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” traz insculpidos os princípios da reserva legal ou legalidade e da anterioridade. Item 1 – correto. Resolução: Para Toledo6 “O princípio da legalidade, segundo o qual nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada, sem que antes desse mesmo fato tenham sido instituídos por lei o tipo delitivo e a pena respectiva, constitui uma limitação ao poder estatal de interferir na esfera das liberdades individuais. Daí sua inclusão na Constituição, entre os direitos e garantias fundamentas, no artigo 5º, XXXIX e XL, in verbis: não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.” O princípio da legalidade costuma ser enunciado por meio da expressão latina “nullum crimen, nulla poena sine lege”. Não são poucas as oportunidades em que o princípio da legalidade é tratado como expressão sinônima de reserva legal. Esta sintetiza a idéia de que matéria de Direito Penal é reservada à lei, não se podendo cogitar de outro instrumento normativo para tal desiderato. O certo, ademais, é que além de se exigir Lei para o trato de direito penal, faz-se necessário que a norma penal incriminadora anteceda ao fato. Aí o princípio da anterioridade. Portanto, ao definir a conduta delituosa o Estado deverá se valer de lei, a qual deverá ser aplicada a fatos que lhe são supervenientes. A retroatividade será possível como uma exceção a beneficiar o agente. O princípio da legalidade se desdobra em quatro outros princípios. São eles: 1- Nullum crimen, nulla poena sine lege praevia = necessidade de lei anterior ao fato. 2- Nullum crimen, nulla poena sine lege scripta = proibição dos costumes. 3- Nullum crimen, nulla poena sine lege stricta = proibição da analogia in malam partem. 4- Nullum crimen, nulla poena sine lege certa = proibição de leis penais indeterminadas. 5- (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008/ADAPTADA) Com relação às penas, julgue o item. 1. Segundo recente entendimento do STF, aplica-se a analogia in bonam partem para aplicar às penas restritivas de direito o mesmo lapso prescricional previsto no CP para a pena de multa, isto é, dois anos, desde que a pena restritiva de direito seja de natureza pecuniária e seja a única cominada. Item 1 – incorreto. Resolução: De acordo com o disposto no artigo 114, I, do CP, a prescrição da pena de multa ocorrerá em 02 anos, quando for a única cominada ou aplicada. Assim, o 6 Toledo – Francisco de Assis – Princípios Básicos de Direito Penal – Editora Saraiva – 5ª Edição. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI prazo prescricional da pena de multa não será regido, quando for a única cominada ou aplicada, pelo disposto no artigo 107 do CP, mas sim pelo que reza o artigo 114, I, do CP. Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade,quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) A pena restritiva de direitos, no CP, tem caráter substitutivo, isto é, será aplicada em substituição à pena privativa de liberdade quando presentes os requisitos legais (Artigo 43 do CP). Dentre várias, há a prestação pecuniária como pena restritiva de direitos (Artigo 43, I, do CP). Art. 43. As penas restritivas de direitos são: I - prestação pecuniária; II - perda de bens e valores; III - (VETADO) IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; V - interdição temporária de direitos; VI - limitação de fim de semana. Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; II - o réu não for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente. § 1o (VETADO) § 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. § 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. § 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. § 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI No entanto, a prestação pecuniária (artigo 43, I, do CP), não pode ser confundida com a pena de multa. No que se refere à prescrição, a multa prescreverá na forma estabelecida no artigo 114 do CP. Já a pena restritiva de direitos, de acordo com o disposto no artigo 109, parágrafo único, do CP, prescreverá no mesmo prazo estabelecido para a pena privativa de liberdade que substituir. Art. 109 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. Prescrição das penas restritivas de direito Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Portanto, se ao sujeito foi aplicada a pena de 01 ano de reclusão, substituída por pena restritiva de direitos (prestação pecuniária), a esta será aplicado o prazo prescricional da pena privativa de liberdade substituída, ou seja, 04 anos (artigo 109, V, do CP). Não se pode aplicar a analogia em benefício do agente para, à pena restritiva de direitos (prestação pecuniária), estabelecer-se o prazo prescricional da pena de multa (artigo 114, I, do CP). A analogia deverá ser emprega em benefício do agente quando a norma silencia sobre a solução a ser empregada a uma dada situação. Como a lei é expressa em afirmar que à pena restritiva de direitos aplicar-se-á o prazo prescricional da pena privativa de liberdade (artigo 109, parágrafo único, do CP) não há motivo para aplicar a analogia. Sobre o tema, manifestou-se o STF, ocasião em que decidiu pela inaplicabilidade do prazo prescricional da pena de multa à pena restritiva de direitos (prestação pecuniária). Abaixo segue a ementa do julgado. “A paciente foi condenada à pena de um ano de reclusão e 10 dias-multa (art. 171 do Código Penal), sendo que a pena privativa de liberdade foi substituída pela restritiva de direitos (pagamento de prestação pecuniária). Fato que não impede a aplicação dos prazos prescricionais fixados pelo art. 109 do CP. Dispositivo que, em seu parágrafo único, estende, expressamente, "às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade." A pena restritiva de Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI direitos é de natureza jurídica distinta da pena de multa. Inaplicabilidade, portanto, do inciso I do art. 114 do CP. Disposição legal que estabelece, de modo particularizado, o prazo prescricional de 2 (dois) anos para a pena de multa, quando essa multa "for a única cominada ou aplicada". O que, à evidência, não é o caso dos autos. Precedentes: RHC 81.923, Relator o Ministro Maurício Corrêa (Segunda Turma); HC 86.619, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence (Primeira Turma); e o HC 90.114, Relator o Ministro Eros Grau (Segunda Turma). 3. Habeas corpus indeferido”. (STF – HC 92224/SP – 1ª turma – Relator: Ministro Carlos Britto – Data do julgamento: 20/11/2007). 2. Da insignificância 6- (CESPE/PREF/NATAL/PROCURADOR/2008/adaptada) 32 - Márcio e Fabiano, empresários estabelecidos no município de Barcelona – RN, associaram-se eventualmente para fraudar o fisco estadual, mediante alteração de notas fiscais representativas de transações comerciais, conduta tipificada no art. 1.º, III, da Lei n.º 8.137/1990, causando, assim, prejuízos ao erário estadual. Acerca dessa situação hipotética e com base nas disposições da lei que define os crimes contra a ordem tributária e na jurisprudência dominante, julgue o item. 1. Ainda que o prejuízo provocado ao fisco estadual seja de valor ínfimo, por exemplo, em torno de R$ 20,00, segundo a jurisprudência do STJ, não se aplica,no caso, o princípio da insignificância. Item 1- incorreto. O princípio da insignificância ou da bagatela, segundo o qual é imperativa uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a drasticidade da intervenção estatal7, levará à atipicidade material de conduta que não apresenta relevância material. No entanto, é certo que o princípio da insignificância não poderá ser aplicado a toda e qualquer infração penal. Aos crimes contra o patrimônio praticados mediante violência ou grave ameaça à pessoa (Ex: Roubo e extorsão) não se admite a sua aplicação. A questão trata de sua aplicação aos crimes contra a ordem tributária, especialmente àquele previsto no artigo 1º, III, da Lei 8.137/90. De acordo com a jurisprudência das Cortes Superiores (STF e STJ), é perfeitamente aplicável o princípio da insignificância aos crimes previstos na lei 8.137/90, especialmente àqueles elencados em seu artigo 1º. Para tanto, basta que a quantia do débito fiscal se mostre ínfimo. Atualmente, de acordo com a nova redação do artigo 20 da Lei 10.522/2002, a jurisprudência tem considerado desprezíveis os valores que não ultrapassem a dez mil reais. Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). (Redação dada pela Lei nº 11.033, de 2004) 7 Bitencourt – Cezar Roberto – Tratado de Direito Penal – 10ª Edição – Editora Saraiva. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI Abaixo segue ementa a demonstrar que o STJ tem admitido a aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra a ordem tributária. Vejamos. “Ementa: RECURSO ESPECIAL. PENAL. DESCAMINHO. VALOR INFERIOR AO PREVISTO NO ART. 20 DA LEI N.º 10.522⁄02. DESINTERESSE PENAL. PRECEDENTES. 1. Se a própria União, na esfera cível, a teor do art. 20 da Lei n.º 10.533⁄2002, entendeu por perdoar as dívidas inferiores a R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), não faz sentido apenar os recorridos pelo crime de descaminho, pelo fato de terem introduzido no país mercadoria estrangeira sem o recolhimento de tributo inferior ao mencionado valor. 2. Caracterizado o desinteresse penal, em virtude da irrelevância jurídica do bem para a tutela penal. Precedentes do STJ. 3. Recurso não conhecido.” (Recurso Especial nº 650.730 – RS. Relatora: Ministra Laurita Vaz. Órgão Julgador: 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça. Data do Julgamento: 03.02.05. Publicação 04.04.05) Portanto, a jurisprudência do STJ tem admitido a aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra a ordem tributária, o que nos leva à conclusão de que o item está incorreto. 7- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os seguintes itens. 111 Em caso de habeas corpus impetrado perante o STF com a finalidade de ver trancada a ação penal pela prática de crime de furto, se o julgador verificar que o crime está prescrito, deverá analisar o pedido de aplicação do princípio da insignificância, o qual, por gerar atipicidade da conduta, é mais benéfico ao réu. Nesse caso, não cabe, então, falar-se em prejudicialidade do pedido principal pela ocorrência de extinção da punibilidade. Item 111 – incorreto. A questão trata de tema interessantíssimo: habeas corpus pretendendo o reconhecimento da insignificância e, com isso, a atipicidade da conduta e reconhecimento, de ofício, da prescrição. De fato, o reconhecimento da insignificância levaria à atipicidade da conduta e, com isso, não poderia falar em crime. O que nos interessa saber é se, diante da prescrição, deve o órgão julgador enfrentar o mérito – insignificância – ou poderá declarar de ofício da prescrição e, assim, julgar extinta a punibilidade do agente. De acordo com o STF, a tese da insignificância deve ser julgada prejudicada e, com isso, não necessita ser enfrentada quando reconhecida a prescrição da pretensão punitiva (HC 93337/RS – 1ª Turma – Relatora: Ministra Carmen Lúcia – Data do julgamento: 19/02/2008.). Portanto, para o STF a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva deverá ser apreciada e, caso reconhecida, prejudicará o julgamento da tese de insignificância. Assim, incorreto o item 111. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 8- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os seguintes itens. 112 É cabível a aplicação do princípio da insignificância para fins de trancamento de ação penal em que se imputa ao acusado a prática de crime de descaminho. Item 112 – correto. O descaminho está elencado no CP dentre os crimes contra a administração pública. De fato, trata-se de crime contra a administração geral. No entanto, levando-se em consideração o sujeito ativo, não é um crime próprio, mas sim comum. O certo, todavia, é que também é considerado um crime contra a administração fazendária. Contrabando ou descaminho Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena - reclusão, de um a quatro anos. A doutrina, apesar de minoritária, tem considerado inadmissível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra a administração. Conforme reiteradamente decidido pelo STJ8 não se admite a aplicação da insignificância aos crimes contra a administração pública. Vejamos: “É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes contra a Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser considerado ínfimo, porque a norma busca resguardar não somente o aspecto patrimonial, mas a moral administrativa, o que torna inviável a afirmação do desinteresse estatal à sua repressão”. Em outra oportunidade, o STJ9 decidiu que “A missão do Direito Penal moderno consiste em tutelar os bens jurídicos mais relevantes. Em decorrência disso, a intervenção penal deve ter o caráter fragmentário, protegendo apenas os bens jurídicos mais importantes e em casos de lesões de maior gravidade. O princípio da insignificância, como derivação necessária do princípio da intervenção mínima do Direito Penal, busca afastar de sua seara as condutas que, embora típicas, não produzam efetivalesão ao bem jurídico protegido pela norma penal incriminadora. Trata- se, na hipótese, de crime em que o bem jurídico tutelado é a Administração Pública, tornando irrelevante considerar a apreensão de 70 bilhetes de metrô, com vista a desqualificar a conduta, pois o valor do resultado não se mostra desprezível, porquanto a norma busca resguardar não somente o aspecto patrimonial, mas moral da Administração”. 8 STJ – RESP 655946/DF – Relatora: Ministra Laurita Vaz 5ª Turma – Data do julgamento: 27/02/2007. 9 STJ – HC 50863/PE – Relator: Ministro Hélio Quaglia Barbosa – 6ª Turma – Data do julgamento: 04/04/2006. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI No entanto, apesar de o descaminho estar inserto dentre os crimes contra a administração pública, não se pode esquecer sua peculiaridade, ou seja, que ofende de sobremodo a administração fazendária. Assim, pode ser considerado como um crime contra a ordem tributária e, com isso, admite a aplicação do princípio da insignificância. Vejamos algumas decisões do STJ: A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC nº 92.438/PR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, firmou entendimento no sentido de ser aplicável, na prática de descaminho, o princípio da insignificância quando o valor do tributo suprimido é inferior a R$ 10.000,00 (STJ – AgRg no REsp 1021805/SC – 6ª turma – Relator: Ministro Hamilton Carvalhido – julgamento 28/10/2008). A melhor das compreensões penais recomenda não seja mesmo o ordenamento jurídico penal destinado a questões pequenas – coisas quase sem préstimo ou valor. Antes, falou-se, a propósito, do princípio da adequação social; hoje, fala- se, a propósito, do princípio da insignificância. Já foi escrito: "Onde bastem os meios do direito civil ou do direito público, o direito penal deve retirar-se." É insignificante, em conformidade com a Lei nº 11.033/04, suposta lesão ao fisco que não ultrapassa o valor de 10 mil reais. 4. Habeas corpus deferido. (STJ – RESP 966077/GO – 6ª turma – Relator: Ministro Nilson Naves – Data do julgamento 14/10/2008). 9- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os seguintes itens. 113 Uma vez aplicado o princípio da insignificância, que deve ser analisado conjuntamente com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado, a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material, é afastada ou excluída. Item 113 – correto. Resolução: Já conhecemos, ao menos em síntese, o princípio da insignificância. Para resolvermos a questão se faz necessário um breve esboço sobre os princípios da intervenção mínima e da fragmentariedade. Vejamos. Do princípio da intervenção mínima, segundo o qual o Direito penal deve tratar de ofensas a bens juridicamente relevantes, ocupando-se, então, daquilo que realmente é grave, decorre a fragmentariedade do direito penal. Para alguns autores, a fragmentariedade não se mostra como um princípio, mas sim como uma característica, uma face do Direito Penal. Segundo a fragmentariedade, o legislador, diante de um oceano de ilícitos, elegerá as condutas nocivas à sociedade que impõem a intervenção por meio do Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI exercício do direito de punir do Estado. Portanto, o Direito Penal ocupar-se-á de fragmentos e não de todos os ilícitos. Aqui, o caráter fragmentário do direito penal. Cuidará ele de fragmentos, ou seja, de condutas que ofendam a bens relevantes. Diante de um oceano de ilícitos, o direito penal se ocupará não do todo, mas do arquipélago, ou seja, de fragmentos do todo. E síntese, caráter fragmentário significa, nos dizeres de Bitencourt10 “que o Direito Penal não deve sancionar todas as condutas lesivas dos bens jurídicos, mas tão-somente aquelas condutas mais graves e mais perigosas praticadas contra bens mais relevantes”. É evidente, portanto, desse breve esboço que o princípio da insignificância deve ser analisado sobre a perpectiva de ambos. A conseqüência da aplicação da insignificância é tornar a conduta atípica, apesar de se ajustar ao tipo penal. Assim, a conduta que é dotada de tipicidade formal (ajuste ao tipo penal) não pode ser considerada fato típico, pois não possui tipicidade material (não ofende ou expõe a ofensa o bem jurídico protegido). O interessante é que a questão trata a ementa de recente decisão do STF. Vejamos: O princípio da insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material11. Da Lei penal no tempo 10- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 57 - Ainda de acordo com o que dispõe o CP, julgue o item. 1- Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória. Item 1 – incorreto. Resolução: A lei penal não retroagirá, exceto para beneficiar o agente. Assim, quando a nova lei penal (novatio legis) beneficia o agente de qualquer modo deverá retroagir, atingindo, inclusive, os fatos que já tenham sido objeto de decisão transitada em julgado. Há certos casos em que a nova lei beneficia grandiosamente o agente. Isso ocorre na ocasião em que a nova lei descriminaliza a conduta que sob a égide da lei anterior era considerado crime. Trata-se, aqui, da abolitio criminis (artigo 2º do CP). 10 Bitencourt – Cezar Roberto – Tratado de Direito Penal – Parte Geral – volume I – Editora Saraiva. 11 STF – HC 92463/RS – Relator Ministro Celso de Mello – Segunda Turma – Data do julgamento: 16/10/2007. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI É o que ocorre quandoo agente é condenado por fato ocorrido sob o império da lei “A”, a qual vem a ser revogada pela lei “B”, que descriminaliza a conduta que lhe fora imputada. Neste caso, a lei “B” deverá retroagir, mesmo que a sentença tenha transitado em julgado. A conseqüência da aplicação retroativa da lei “B” é fazer cessar a execução da pena (assim, se preso deverá ser solto) e os efeitos penais de eventual sentença condenatória. Com isso, a sentença não mais poderá ser considerada para efeito de reincidência ou maus antecedentes. No entanto, a nova lei que descriminaliza a conduta não atingirá os efeitos civis de eventual sentença condenatória. Isso que dizer que o dever indenizatório, por exemplo, se mantém apesar da nova lei benéfica ao agente. É de ressaltar que o CP ao tratar da abolitio criminis (artigo 2º do CP) reconhece seu reflexo sobre os efeitos penais da sentença condenatória, não se referindo a outros efeitos que dela poderão advir. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Assim, o item 1 está errado por afirmar que a nova lei atingirá os efeitos penais e CIVIS da sentença penal condenatória. 11- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 57 - Ainda de acordo com o que dispõe o CP, julgue o item. 2- A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência. Item 2 – correto. Resolução: As leis são criadas para terem vigência por prazo indeterminado. No entanto, há, no âmbito penal, leis que possuem vigência por período efêmero. Estas são conhecidas como leis intermitentes. A esta categoria pertencem as leis temporária e excepcional (Artigo 3º do CP). Tanto a temporária, como a excepcional, possuem prazo exíguo de vigência. A temporária, diferentemente da excepcional, prevê o seu prazo de vigência de forma determinada. Já a excepcional tem a vigência vinculada à manutenção ou cessação de determinada circunstância anormal. Portanto, considera-se temporária a lei que prevê sua vigência do dia 10/10/2000 a 10/11/2000. Será, de outra banda, excepcional a lei que prevê sua vigência até que a inflação chegue a 10% ao ano. O certo é que, tanto a excepcional como a temporária, regerão os fatos ocorridos sob seu império. Mas, decorrido o prazo de sua vigência ou encerrada a circunstância anormal que motivou sua existência, ainda assim serão aplicadas a tais fatos. Assim, terão ultratividade. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI As leis intermitentes (EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA), mesmo que prejudiciais, têm ultra-atividade. Aplicar-se-ão aos fatos ocorridos sob sua vigência mesmo depois de revogadas. Em suma: As Leis EXCEPCIONAL e TEMPORÁRIA sempre se aplicarão aos fatos ocorridos sob seu império. Assim, de regra, são ULTRA- ATIVAS, isto é, mesmo que revogadas serão aplicadas. Lei excepcional ou temporária12 (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Assim, correto o item 2. 12- (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008) Julgue o item que segue: 57 Segundo o princípio da ultra-atividade, quando o crime é praticado na vigência de lei penal mais benéfica, o agente do delito responde pelos fatos cometidos em seus termos, ainda que, posteriormente, essa lei seja revogada, introduzindo-se no seu lugar outra mais gravosa. Item 57 – correto. Resolução: A questão trata da novatio legis in pejus, ou seja, da nova lei que agrava a situação do agente. Enquanto a nova lei benéfica retroage para beneficiar o agente, aquela que inova para prejudicá-lo não terá retroatividade. Assim, a lei sob o império da qual foi praticado o fato, caso mais benéfica que a sua sucessora, terá ultra-atividade, pois será aplicada ao fato mesmo depois de sua revogação. Aqui, mais uma vez presente o princípio da anterioridade (a lei mais gravosa não poderá retroagir, ocasião em que a lei anterior, mais benéfica, terá ultratividade). É de se notar, então, que a retroatividade ocorrerá em benefício (só em benefício) e a ultra-atividade, exceto nos casos das excepcional e temporária – quando o fenômeno se dará em prejuízo, também só para beneficiar o agente. Com isso, devemos concluir que a extratividade (retroatividade e ultra-atividade) só terá a lei benéfica. Correto, então, o item 57. 13- (CESPE/DELEGADO/TO/2008) Acerca dos princípios constitucionais que norteiam o direito penal, da aplicação da lei penal e do concurso de pessoas, julgue os itens de 108 a 112. 12 (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) A respeito da aplicação da lei penal brasileira e da punibilidade, julgue os itens que se seguem. 73 A lei temporária, após decorrido o período de sua duração, não se aplica mais nem aos fatos praticados durante sua vigência nem aos posteriores. Item 73 – incorreto. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI 110 Considere que um indivíduo seja preso pela prática de determinado crime e, já na fase da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa situação, o indivíduo cumprirá a pena imposta na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei penal. Item 110 – incorreto. Resolução: A fase de execução penal pressupõe que a sentença condenatória já tenha transitado em julgado, pois, segundo atual entendimento do STF13, não se admite a execução provisória de pena. Portanto, conclusão que nos apresenta inarredável é a que a nova lei foi editada após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. O princípio da irretroatividade da lei penal não se aplicará ao caso em pauta, apesar de já decidido por sentença judicial transitada em julgado, pois a nova lei beneficia o agente e, com isso, deverá retroagir, atingindo inclusive os fatos já decididos por sentença definitiva. Sobre o tema o artigo 2º, parágrafo único, do CP, não deixa dúvida, pois impõe a retroatividade da lei penal benéfica. Esta, então, se sobreporá à imutabilidade da coisa julgada. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modofavorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 14- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito penal, julgue os itens abaixo. 121 Com relação ao tempo do crime, o CP adotou a teoria da atividade, pela qual se considera praticado o crime no momento da ação ou da omissão, exceto se outro for o momento do resultado. Item 121 – incorreto. Resolução: Para se conhecer o tempo do crime, lança-se mão de três teorias. Teorias da ATIVIDADE, do RESULTADO e DA UBIQUIDADE (ou mista). 13 Adotando a orientação fixada no julgamento do HC 84078/MG (j. em 5.2.2009, v. Informativo 534), no sentido de que a execução provisória da pena, ausente a justificativa da segregação cautelar, fere o princípio da não-culpabilidade, o Tribunal, por maioria, concedeu uma série de habeas corpus (STF – RHC 93172/SP – Relatora: Ministra Carmen Lúcia – julgamento: 12/2/2009). Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI De acordo com a teoria da ATIVIDADE, considera-se praticado o crime no momento em que foi praticada a CONDUTA (ação ou omissão), independentemente de quanto ocorrera o resultado. Já para a teoria do RESULTADO, considera-se praticado o crime quando ocorre ou deveria ocorrer o resultado, independentemente de quanto ocorrera a conduta. Pela teoria da ubiqüidade (ou mista), por sua vez, o crime ocorre tanto no momento da conduta, como no momento em que ocorre ou deveria ocorrer o resultado. De acordo com o artigo 4º do CP, o legislador sufragou a teoria da ATIVIDADE. Assim, considera-se cometido o crime no momento da ação ou omissão, mesmo que outro venha a ser o momento do resultado. Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. O crime de homicídio, por exemplo, é cometido no dia em que o agente desfere na vítima os golpes fatais, mesmo que o evento morte ocorra depois de certo tempo. Pelo que nos apresenta a questão, se outro for o momento do resultado, desprezar-se-á o momento da atividade para se ter como momento do crime o instante em que o resultado ocorreu. A expressão “exceto se outro for o momento do resultado” contida ao final da questão, tornou o item incorreto, já que o momento do crime será o da atividade (ação ou omissão), ainda que outro seja o momento do resultado. 15- (CESPE/PERITO/TO/2008) Quanto ao direito penal e às leis penais extravagantes, julgue os itens que se seguem. 82 Considere a seguinte situação hipotética. Ricardo, um dia antes de completar dezoito anos de idade, atirou em seu desafeto Cláudio, vindo a atingi-lo no tórax. Socorrido por populares e levado ao hospital, Cláudio veio a falecer 10 dias depois, quando Ricardo já havia atingido a maioridade. Nessa situação, Ricardo responderá pelo crime de homicídio consumado, pois a morte da vítima ocorreu quando já contava com 18 anos de idade. Item 82 – incorreto. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI Resolução: Adotada a teoria da atividade (ação ou omissão) para a definição do momento do crime, ainda que outro seja o momento do resultado (artigo 4º do CP), é naquele instante (da ação ou da omissão) e não do resultado que deve ser aferida a culpabilidade do agente. Portanto, as causas excludentes da culpabilidade (menoridade, embriaguez, doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado) devem ser aferidas no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. No caso em tela, o agente (Ricardo) ao praticar a conduta delituosa (ação = disparo) era inimputável (menor de 18 anos) e, com isso, carente de culpabilidade. Portanto, não sofrerá as conseqüências penais de seu ato. 16- (CESPE/OABSP/135/2008/adaptada)14 52- julgue o item. 1- Caso um advogado militante, na discussão da causa, acuse o promotor de justiça de prevaricação durante uma audiência, o crime de calúnia estará amparado pela imunidade judiciária. Item 1 – incorreto. Resolução: A imunidade do advogado frente a lei penal brasileira está estampada no artigo 133 da CF. Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Já do próprio dispositivo notamos que a imunidade contemplada na CF ao advogado não é absoluta, mas sim relativa. Ela se limita a suas manifestações profissionais e por isso é conhecida como imunidade profissional. De acordo com o preceito constitucional, a imunidade, além de limitada à atividade profissional, também sofrerá outras limitações legais. O STF e o STJ são uniformes em afirmar que a imunidade contemplada no artigo 133 da CF não alcança os crimes de calúnia praticados pelo advogado. De acordo com o artigo 7o, parágrafo 2o, do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94), que regulamenta o dispositivo constitucional, “O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 14 (CESPE/OAB/2006) 57- De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, assinale a opção correta. D Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituição Federal é absoluta, não sofrendo restrições legais. Gabarito: D = errado. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer”. É de se observar que o preceito legal não contempla a inviolabilidade no caso de crime de calúnia, assegura-a somente nos casos de injuria, difamação e desacato. Daí, a orientação jurisprudencial do STF e STJ no sentido de limitar a proteção profissional. Portanto, segundo a jurisprudência do STF e do STJ a imunidade do advogado não é absoluta. Sofreráas limitações legais, mesmo quando a conduta for praticada no exercício profissional. A respeito do tema, observe abaixo algumas ementas do STF e do STJ sobre o tema. STF RE 387945/AC Relator: Ministro Sepúlveda Pertence Órgão julgador: 1a turma – julgamento 14/02/2006. Ementa EMENTA: Advogado: imunidade judiciária (CF, art. 133): não compreensão de atos relacionados a questões pessoais. A imunidade do advogado - além de condicionada aos "limites da lei", o que, obviamente, não dispensa o respeito ao núcleo essencial da garantia da libertas conviciandi - não alcança as relações do profissional com o seu próprio cliente. STF RHC 80536/DF Relator: Ministro Sepúlveda Pertence. Órgão julgador: 1a Turma – julgamento 04/09/2001. Ementa EMENTA: I. Crime militar: para a sua caracterização o militar reformado se considera civil; mas, tal como o civil, o militar reformado pode ser agente de crime militar (CPM, art.9º, III), quando praticado "contra as instituições militares", como tal considerado, entre outros, o cometido "em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade" (CPM, art. 9º, III). II. Imunidade do advogado por ofensas ao Juiz ou autoridade dirigente de processo administrativo: superação, pelo art. 7º EAOAB (L. 8.904/94) da jurisprudência formada sob o art.142, I, C.Pen., que os subtraía, de modo absoluto, do alcance da libertas conviciandi, que, entretanto, continua a reclamar que as expressões utilizadas pelo profissional - ainda que, em tese, injuriosas ou difamatórias -, guardem pertinência com a discussão da causa e não degenerem em abuso da prerrogativa, mediante contumélias e epítetos pessoais, absolutamente dispensáveis ao exercício do nobre múnus da advocacia. STF RHC 69619/SP Relator: Ministro Carlos Velloso Órgão julgador: 2a Turma – Data do julgamento: 08/06/1993. Ementa EMENTA: PENAL. ADVOGADO. INVIOLABILIDADE. CRIME CONTRA A HONRA: DIFAMAÇÃO. Cod. Penal, art. 139. Constituição, art. 133; Cod. Penal, art. 142, I. I. - A inviolabilidade do advogado, referida no art. 133 da Constituição, que o protege, no exercício da profissão, por seus atos e manifestações, encontra limites na lei. Recepção, pela Constituição vigente, da disposição inscrita no art. 142, I, do Cod. Penal. II. - A imunidade prevista no inciso I, do art. 142 do Cod. Penal, não abrange ofensa dirigida ao juiz da causa. Precedentes do S.T.F. III. - No caso, a denuncia descreve crime em tese - difamação, art. 139 do Cod. Penal. IV. - Recurso improvido. Indexação STJ HC 26523/RJ Relator: Ministro Hamilton Carvalhido Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI Órgão Julgado 6a Turma – Data do julgamento: 31/05/2005. HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. CALÚNIA. DECADÊNCIA. INÉPCIA DA DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA. IMUNIDADE JUDICIÁRIA DO ADVOGADO. PRAZO. REPRESENTAÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INEXISTÊNCIA. 1. Não se opera a decadência do direito de ação, tendo o ofendido, na qualidade de membro do Ministério Público Estadual, tomado ciência das declarações caluniosas em data anterior a 6 meses da representação ajuizada. 2. Ajustada ao artigo 41 do Código de Processo Penal, enquanto descreve, de forma circunstanciada, as condutas típicas atribuídas ao paciente, de forma a permitir-lhe o exercício da ampla defesa, não há falar em inépcia da denúncia. 3. Esta Corte Federal Superior firmou já entendimento no sentido de que a imunidade processual conferida aos advogados (artigos 133 da Constituição Federal e 142, inciso I, do Código Penal), não abrange, em regra, o delito de calúnia. Precedentes. 4. Ordem denegada. STJ HC 33773/DF Relator: Ministro Paulo Medina. Órgão julgador: 6a Turma – Data do julgamento: 16/12/2004. HABEAS CORPUS. PENAL. CRIMES DA CALÚNIA E INJÚRIA CONTRA MAGISTRADO, COMETIDOS POR ADVOGADOS NO EXERCÍCIO FUNCIONAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DOS ANIMI ALUNIANDI ET INJURIANDI. ARTIGO 7º, §2º, DA LEI 8.906/94. IMUNIDADE QUE NÃO ALCANÇA O CRIME DE CALÚNIA. 1. O recebimento da denúncia e a instauração de ação penal em desfavor dos pacientes têm por escopo, exatamente, apurar, na conduta narrada na exordial acusatória, a existência ou não da intenção de caluniar e injuriar o Magistrado; decidir, neste momento, na via estreita do writ - que não comporta dilação probatória -, que inexistiram tais animi, seria como antecipar, sem a segurança de uma ação penal bem instruída, conclusões e decidir, talvez, com a convicção fundada em frágeis elementos; 2. A imunidade prevista no artigo 7º, §2º, da Lei 8.906/94 é limitada aos crimes de injúria e difamação, não abrangendo o crime de calúnia, descrito no artigo 138 do Código Penal (precedentes do STF e do STJ); 3. Ordem parcialmente concedida para determinar o trancamento da ação penal em relação ao crime de injúria (artigo 140 do Código Penal); determino, outrossim, o prosseguimento da persecutio criminis in judicio, para apuração do suposto cometimento do crime de calúnia (artigo 138 do Código Penal). 17- (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) No que tange ao princípio da legalidade, às imunidades, às espécies de dolo e aos crimes contra as finanças públicas, julgue os itens seguintes. 106 No campo do direito penal, a imunidade parlamentar implica subtração da responsabilidade penal por suas opiniões, palavras e votos, sendo indispensável, consoante orientação do STF, que exista conexão entre a conduta praticada pelo parlamentar e a atividade parlamentar. Item 106 – correto. Resolução: Os detentores do Poder Legislativo possuem imunidade quando exprimem suas opiniões, suas palavras e seus votos. Portanto, quando da prática de tais atos, não se sujeitarão à lei penal. Assim, quando no exercício de sua nobre função, o Deputado Federal macula a honra de determinada pessoa (afirma, por exemplo, que o Governador de seu Estado aplica irregularmente a verba destinada à saúde), não responderá por crime contra a honra, pois imune à lei penal. Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 Hi ra n de S ou za Q ue ir oz , CP F: 20 27 59 19 23 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Hiran de Souza Queiroz, CPF:20275919234, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE PROFESSOR JULIO MARQUETI A imunidade dos Membros do Congresso Nacional (Deputados Federais e Senadores) produz efeito desde que o fato, tido como criminoso, seja praticado no exercício de suas funções. Caso contrário, não há imunidade. É o que tem decidido reiteradamente o Supremo Tribunal Federal15. Atenção: A imunidade parlamentar não se estende a co-réu. Assim, se o fato é praticado pelo Deputado Federal (crime de opinião) no exercício de sua nobre função em companhia (concurso de pessoas: co-autoria ou participação – artigo 29 do CP) de, por exemplo, seu assessor, a este não se estenderá a imunidade daquele16. Vejamos abaixo algumas outras decisões
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