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Direito Penal: Princípios e Aplicação da Lei Penal

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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dos princípios aplicáveis ao direito penal 
 
 
 
AULA 1 – DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL. 
 
1. Da legalidade. 
 
2. Da insignificância 
 
3. Da Lei penal no tempo 
 
4. Da Lei penal no espaço 
 
5. Da interpretação da norma penal. 
 
 
1. Da legalidade. 
 
1- (CESPE/MP/ASSISTENTE/ADM/RORAIMA/2008/Adaptada) Acerca da legislação 
penal brasileira, julgue os itens a seguir. 
1. Uma conduta é considerada crime quando a lei expressamente assim a define, não 
sendo obrigatório estabelecer uma penalidade, pois essa atribuição é do juiz. 
 
2- (CESPE/OAB/SP/136/2008/adaptada) 54 – julgue os itens com base nos princípios de 
direito penal na CF. 
 
1. O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da 
pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. 
 
3- (CESPE/PROCURADOR/ES/2008/adaptada) Ainda acerca do direito penal e do direito 
processual penal, julgue os itens a seguir. 
1. Quando do envio do Código de Defesa do Consumidor à sanção presidencial, um de 
seus dispositivos foi vetado em sua integralidade, sendo esta a sua redação original: 
“Colocar no mercado, fornecer ou expor para fornecimento produtos ou serviços 
impróprios. Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos e multa.” Com base nos princípios que 
norteiam o direito penal, é correto afirmar que a razão invocada no veto foi a inobservância 
do princípio da legalidade. 
 
4- (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008) No que concerne à parte geral do Código 
Penal, aos princípios processuais penais e à efetiva aplicação da legislação especial, 
julgue os itens a seguir. 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
1. O enunciado segundo o qual “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal” traz insculpidos os princípios da reserva legal ou legalidade e da 
anterioridade. 
 
5- (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008/ADAPTADA) Com relação às penas, julgue o 
item. 
1. Segundo recente entendimento do STF, aplica-se a analogia in bonam partem para 
aplicar às penas restritivas de direito o mesmo lapso prescricional previsto no CP para a 
pena de multa, isto é, dois anos, desde que a pena restritiva de direito seja de natureza 
pecuniária e seja a única cominada. 
 
 
2. Da insignificância 
 
6- (CESPE/PREF/NATAL/PROCURADOR/2008/adaptada) 32 - Márcio e Fabiano, 
empresários estabelecidos no município de Barcelona – RN, associaram-se eventualmente 
para fraudar o fisco estadual, mediante alteração de notas fiscais representativas de 
transações comerciais, conduta tipificada no art. 1.º, III, da Lei n.º 8.137/1990, causando, 
assim, prejuízos ao erário estadual. Acerca dessa situação hipotética e com base nas 
disposições da lei que define os crimes contra a ordem tributária e na jurisprudência 
dominante, julgue o item. 
1. Ainda que o prejuízo provocado ao fisco estadual seja de valor ínfimo, por exemplo, em 
torno de R$ 20,00, segundo a jurisprudência do STJ, não se aplica, no caso, o princípio da 
insignificância. 
 
7- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da 
insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os 
seguintes itens. 
 
111 Em caso de habeas corpus impetrado perante o STF com a finalidade de ver trancada 
a ação penal pela prática de crime de furto, se o julgador verificar que o crime está 
prescrito, deverá analisar o pedido de aplicação do princípio da insignificância, o qual, por 
gerar atipicidade da conduta, é mais benéfico ao réu. Nesse caso, não cabe, então, falar-
se em prejudicialidade do pedido principal pela ocorrência de extinção da punibilidade. 
 
8- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da 
insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os 
seguintes itens. 
 
112 É cabível a aplicação do princípio da insignificância para fins de trancamento de ação 
penal em que se imputa ao acusado a prática de crime de descaminho. 
 
9- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao princípio da 
insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais recente do STF, julgue os 
seguintes itens. 
 
113 Uma vez aplicado o princípio da insignificância, que deve ser analisado conjuntamente 
com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado, a própria 
tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material, é afastada ou excluída. 
 
 
Da Lei penal no tempo 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
 
10- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada)57 - Ainda de acordo com o que dispõe o CP, 
julgue o item. 
1- Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando 
em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória. 
 
11- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 57 - Ainda de acordo com o que dispõe o CP, 
julgue o item. 
2- A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua duração ou 
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua 
vigência. 
 
12- (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008) Julgue o item que segue: 
 
57 Segundo o princípio da ultra-atividade, quando o crime é praticado na vigência de lei 
penal mais benéfica, o agente do delito responde pelos fatos cometidos em seus termos, 
ainda que, posteriormente, essa lei seja revogada, introduzindo-se no seu lugar outra mais 
gravosa. 
 
13- (CESPE/DELEGADO/TO/2008) Acerca dos princípios constitucionais que norteiam o 
direito penal, da aplicação da lei penal e do concurso de pessoas, julgue os itens de 108 a 
112. 
 
110 Considere que um indivíduo seja preso pela prática de determinado crime e, já na fase 
da execução penal, uma nova lei torne mais branda a pena para aquele delito. Nessa 
situação, o indivíduo cumprirá a pena imposta na legislação anterior, em face do princípio 
da irretroatividade da lei penal. 
 
14- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do direito penal, julgue 
os itens abaixo. 
 
121 Com relação ao tempo do crime, o CP adotou a teoria da atividade, pela qual se 
considera praticado o crime no momento da ação ou da omissão, exceto se outro for o 
momento do resultado. 
 
15- (CESPE/PERITO/TO/2008) Quanto ao direito penal e às leis penais extravagantes, 
julgue os itens que se seguem. 
 
82 Considere a seguinte situação hipotética. Ricardo, um dia antes de completar dezoito 
anos de idade, atirou em seu desafeto Cláudio, vindo a atingi-lo no tórax. Socorrido por 
populares e levado ao hospital, Cláudio veio a falecer 10 dias depois, quando Ricardo já 
havia atingido a maioridade. Nessa situação, Ricardo responderá pelo crime de homicídio 
consumado, pois a morte da vítima ocorreu quando já contava com 18 anos de idade. 
 
16- (CESPE/OABSP/135/2008/adaptada)1 52- julgue o item. 
 
1 (CESPE/OAB/2006) 57- De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, assinale a opção correta. 
D Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituição Federal é absoluta, 
não sofrendo restrições legais. 
 
Gabarito: D = errado. 
 
 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
1- Caso um advogado militante, na discussão da causa, acuse o promotor de justiça de 
prevaricação durante uma audiência, o crime de calúnia estará amparado pela imunidade 
judiciária. 
 
17- (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) No que tange ao princípio da legalidade, às 
imunidades, às espécies de dolo e aos crimes contra as finanças públicas, julgue os itens 
seguintes. 
 
106 No campo do direito penal, a imunidade parlamentar implica subtração da 
responsabilidade penal por suas opiniões, palavras e votos, sendo indispensável, 
consoante orientação do STF, que exista conexão entre a conduta praticada pelo 
parlamentar e a atividade parlamentar. 
 
18- (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007/ADAPTADA) 41- A respeito das imunidades 
diplomática, parlamentar e judiciária, julgue os seguintes itens. 
1- Segundo entendimento do STF, no caso de ofensa à honra de terceiro de autoria de 
parlamentar, só haverá imunidade parlamentar se essa conduta tiver nexo funcional com o 
cargo que o parlamentar desempenha, ainda quando se trate de ofensa irrogada dentro do 
parlamento. 
 
19- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) Considerando a aplicação da lei 
penal no tempo e no espaço, à luz do Código Penal, julgue os itens a seguir. 
 
91 Considere a seguinte situação hipotética. Entrou em vigor, no dia 1.º/1/2008, lei 
temporária que vigoraria até o dia 1.º/2/2008, na qual se preceituou que o aborto, em 
qualquer de suas modalidades, nesse período, não seria crime. Nessa situação, se Kátia 
praticou aborto voluntário no dia 20/1/2008, mas somente veio a ser denunciada no dia 
3/2/2008, não se aplica a lei temporária, mas sim a lei em vigor ao tempo da denúncia. 
 
20- (CESPE/TC/GOIAS/MP/2007/ADAPTADA) 41 Acerca da aplicação da lei penal no 
tempo e no espaço, julgue o item. 
1- Quando lei nova que muda a natureza da pena, cominando pena pecuniária para o 
mesmo fato que, na vigência da lei anterior, era punido por meio de pena de detenção, não 
se aplica o princípio da retroatividade da lei mais benigna. 
 
 
Da Lei penal no espaço 
 
21- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) A respeito da aplicação da lei penal brasileira e 
da punibilidade, julgue os itens que se seguem. 
 
72 Para fins de aplicação da lei penal, consideram-se extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou privada, onde quer que se 
encontrem. 
 
22- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) Acerca da legislação penal e processual penal, 
julgue os itens a seguir. 
66 A lei penal brasileira aplica-se, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, a crime cometido no território nacional. 
 
23- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) Considerando a aplicação da lei 
penal no tempo e no espaço, à luz do Código Penal, julgue os itens a seguir. 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
92- Aplica-se a lei penal brasileira ao crime praticado a bordo de aeronave estrangeira de 
propriedade privada, em vôo no espaço aéreo brasileiro. 
 
24- (CESPE/PROCURADOR/ASSITENCIA/DF/2007)2 - Acerca da ação penal nos crimes 
contra os costumes, julgue os itens a seguir. 
1- Na aplicação da lei brasileira aos crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro fora 
do Brasil, exige-se a requisição do ministro da Justiça, como condição de procedibilidade. 
 
25- (CESPE/JUIZ/SERGIPE/2004) 40 - Quanto à aplicação da lei penal no espaço, julgue 
os itens subseqüentes. 
1- O princípio básico que norteia a aplicação da lei penal brasileira é o da territorialidade 
temperada. 
 
 
Da interpretação da norma penal. 
 
26- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Julgue os itens a seguir, relativos à 
interpretação da lei penal. 
114 Segundo a máxima in claris cessat interpretatio, pacificamente aceita pela doutrina 
penalista, quando o texto for suficientemente claro, não cabe ao aplicador da lei interpretá-
lo. 
 
27- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Julgue os itens a seguir, relativos à 
interpretação da lei penal. 
115 A exposição de motivos do CP é típico exemplo de interpretação autêntica contextual. 
 
28- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Julgue os itens a seguir,relativos à 
interpretação da lei penal. 
116 Se o presidente do STF, em palestra proferida em seminário para magistrados de todo 
o Brasil, interpreta uma lei penal recém-publicada, essa interpretação é considerada 
interpretação judicial. 
 
29- (CESPE/TC-PE/MP/2004) No concernente à interpretação e aplicação da lei penal, 
julgue o item abaixo. 
87 É vedada a aplicação analógica em normas penais incriminadoras. Nas normas penais 
não-incriminadoras gerais, admite-se o emprego da analogia in bonam partem. 
 
 
GABARITO. 
 
 
1- (CESPE/MP/ASSISTENTE/ADM/RORAIMA/2008/Adaptada) 
Item 1 – incorreto. 
 
2- (CESPE/OAB/SP/136/2008/adaptada) 
Item 1 – incorreto. 
 
2 (CESPE/MP/TO/2006) Sobre o inquérito policial, assinale a opção incorreta. 
1- A No caso de crime sujeito à ação penal pública condicionada, a requisição do ministro da Justiça ou a 
representação do ofendido para instauração do inquérito é condição de procedibilidade: sem ela, a autoridade policial 
não pode dar início ao inquérito. 
Item – Certo (Observar a resolução mais adiante – questão 8 de processo penal). 
 
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responsabilização civil e criminal.
DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
 
3- (CESPE/PROCURADOR/ES/2008/adaptada) 
Item 1 – correto. 
 
4- (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008) 
Item 1 – correto. 
 
5- (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008/ADAPTADA) 
Item 1 – incorreto. 
 
2. Da insignificância 
 
6- (CESPE/PREF/NATAL/PROCURADOR/2008/adaptada) 
Item 1- incorreto. 
 
7- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 111 – incorreto. 
 
8- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 112 – correto. 
 
9- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 113 – correto. 
 
Da Lei penal no tempo 
 
10- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 
Item 1 – incorreto. 
 
11- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 
Item 2 – correto. 
 
12- (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008) 
Item 57 – correto. 
 
13- (CESPE/DELEGADO/TO/2008) 
Item 110 – incorreto. 
 
14- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 121 – incorreto. 
 
15- (CESPE/PERITO/TO/2008) 
Item 82 – incorreto. 
 
16- (CESPE/OABSP/135/2008/adaptada)3 
Item 1 – incorreto. 
 
 
3 (CESPE/OAB/2006) 57- De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, assinale a opção correta. 
D Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituição Federal é absoluta, 
não sofrendo restrições legais. 
Gabarito: D = errado. 
 
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PROFESSOR JULIO MARQUETI 
17- (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) 
Item 106 – correto. 
 
18- (CESPE/TJ/PI/JUIZ/OUT/2007/ADAPTADA) 
Item 1 – incorreto. 
 
19- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) 
Item 91 – incorreto. 
 
20- (CESPE/TC/GOIAS/MP/2007/ADAPTADA) 
Item 1 – incorreto. 
 
Da Lei penal no espaço 
 
21- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) 
Item 72 – incorreto. 
 
22- (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) 
Item 66 – correto. 
 
23- (CESPE/TJDF/ANALISTA/EXECUTANTE/2008) 
Item 92 – correto. 
 
24- (CESPE/PROCURADOR/ASSITENCIA/DF/2007)4 
Item 1 – correto. 
 
25- (CESPE/JUIZ/SERGIPE/2004) 
Item 1 – correto. 
 
Da interpretação da norma penal. 
 
26- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 114 – incorreto. 
 
27- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 115 – incorreto. 
 
28- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) 
Item 116 – incorreto. 
 
29- (CESPE/TC-PE/MP/2004) 
Item 87 – correto. 
 
 
 
 
 
4 (CESPE/MP/TO/2006) Sobre o inquérito policial, assinale a opção incorreta. 
1- A No caso de crime sujeito à ação penal pública condicionada, a requisição do ministro da Justiça ou a 
representação do ofendido para instauração do inquérito é condição de procedibilidade: sem ela, a autoridade policial 
não pode dar início ao inquérito. 
Item – Certo (Observar a resolução mais adiante – questão 8 de processo penal). 
 
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RESOLUÇÃO 
 
1. Da legalidade. 
 
1- (CESPE/MP/ASSISTENTE/ADM/RORAIMA/2008/Adaptada) Acerca da 
legislação penal brasileira, julgue os itens a seguir. 
1. Uma conduta é considerada crime quando a lei expressamente assim a 
define, não sendo obrigatório estabelecer uma penalidade, pois essa 
atribuição é do juiz. 
 
Item 1 – incorreto. 
 
Resolução: 
 
De acordo com o princípio da legalidade inserto nos artigos 1º do CP e 5º, inciso XXXIX, 
da CF, não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal. 
 
O certo é que, a norma penal incriminadora, isto é, aquela que define como criminosa 
determinada conduta deverá, além de em seu preceito primário, conter o preceito 
secundário, ou seja, a cominação da respectiva sanção (penalidade). Esta poderá assumir 
várias formas, mas, de regra, há a cominação de pena privativa de liberdade (reclusão, 
detenção ou prisão simples) ou multa (pecuniária). 
 
Veja, por exemplo, o crime de homicídio (artigo 121 do CP), onde o legislador define a 
conduta criminosa (matar alguém) e comina a respectiva sanção: Pena - reclusão, de seis 
a vinte anos. 
 
A definição, em concreto, da pena pelo magistrado deverá levar em conta os patamares 
estabelecidos previamente pelo legislador. Assim, a atividade jurisdicional litimar-se-á à 
cominação legal. 
 
Portanto, o legislador deverá estabelecer a conduta criminosa como também a penalidade 
aplicável, cabendo ao magistrado, diante do caso concreto, efetivamente aplicá-la levando 
em conta o que dispõe a lei. 
 
Caso interessante ocorreu com a edição do artigo 28 da Lei 11.343/06, oportunidade em 
que à conduta incriminada não se cominou pena privativa de liberdade ou multa, mas sim 
as seguintes penalidades: 1- advertência sobre os efeitos das drogas; 2- prestação de 
serviços à comunidade; e 3- medida educativa de comparecimento a programa ou 
curso educativo. 
 
Não se pode, assim, afirmar corretamente que não é atribuição do legislador a cominação 
da penalidade. Incorreta, portanto, a afirmação contida na questão. 
 
 
2- (CESPE/OAB/SP/136/2008/adaptada) 54 – julgue os itens com base nos 
princípios de direito penal na CF. 
 
1. O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o daintranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, 
sine lege. 
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Item 1 – incorreto. 
 
Resolução: 
 
O princípio básico que orienta a construção do direito penal e que sintetiza a fórmula 
“nullum crimen, nulla poena, sine lege” não é o princípio da intranscendência, mas sim o 
princípio da legalidade. 
 
Segundo o princípio da legalidade, inserto no artigo 1º do CP como também no artigo 5º, 
XXXIX da CF, não há definição de crime sem que seja por meio de lei anterior e nem 
mesmo pena sem prévia cominação legal. 
 
O princípio da intranscendência está prevista no artigo 5º, inciso XLV, da CF, e sintetiza 
a idéia de que a pena não passará da pessoa do condenado, exceto no que tange à 
obrigação de reparar o dano e o perdimento de bens que, nos termos da lei, poderão se 
estender aos seus sucessores e contra este poderá ser executada. 
 
3- (CESPE/PROCURADOR/ES/2008/adaptada) Ainda acerca do direito 
penal e do direito processual penal, julgue os itens a seguir. 
1. Quando do envio do Código de Defesa do Consumidor à sanção 
presidencial, um de seus dispositivos foi vetado em sua integralidade, sendo 
esta a sua redação original: “Colocar no mercado, fornecer ou expor para 
fornecimento produtos ou serviços impróprios. Pena – detenção, de 6 meses 
a 2 anos e multa.” Com base nos princípios que norteiam o direito penal, é 
correto afirmar que a razão invocada no veto foi a inobservância do princípio 
da legalidade. 
 
Item 1 – correto. 
Resolução: 
 
A obediência ao princípio da legalidade e ao seu consectário – princípio da taxatividade 
– impõe ao legislador o dever de, ao definir a norma penal incriminadora, precisar a 
conduta delituosa. Portanto, censurável a definição de conduta criminosa por meio de 
expressões demasiadamente imprecisas. 
 
Expressões imprecisas levam à insegurança, pois não permitirão aos destinatários 
conhecer a conduta proibida. No caso em tela, a afronta ao princípio da legalidade ocorreu 
pelo fato de o legislador não determinar o que seriam “produtos ou serviços 
impróprios”. 
 
A ausência de precisão do adjetivo (“impróprios”) não permitiria aos destinatários saber 
qual de fato seria a conduta incriminada. Com isso, em respeito ao princípio da legalidade 
(lege certa5), o dispositivo mencionado na questão foi objeto do veto presidencial. 
 
 
4- (CESPE/ESCRIVÃO/TOCANTINS/2008) No que concerne à parte geral 
do Código Penal, aos princípios processuais penais e à efetiva aplicação da 
legislação especial, julgue os itens a seguir. 
 
5 Nullum crimen, nulla poena sine lege certa = proibição de leis penais indeterminadas. 
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1. O enunciado segundo o qual “não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal” traz insculpidos os princípios da 
reserva legal ou legalidade e da anterioridade. 
 
Item 1 – correto. 
Resolução: 
 
Para Toledo6 “O princípio da legalidade, segundo o qual nenhum fato pode ser 
considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada, sem que antes desse 
mesmo fato tenham sido instituídos por lei o tipo delitivo e a pena respectiva, constitui uma 
limitação ao poder estatal de interferir na esfera das liberdades individuais. Daí sua 
inclusão na Constituição, entre os direitos e garantias fundamentas, no artigo 5º, XXXIX e 
XL, in verbis: não haverá crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal; a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.” 
 
O princípio da legalidade costuma ser enunciado por meio da expressão latina “nullum 
crimen, nulla poena sine lege”. 
 
Não são poucas as oportunidades em que o princípio da legalidade é tratado como 
expressão sinônima de reserva legal. Esta sintetiza a idéia de que matéria de Direito 
Penal é reservada à lei, não se podendo cogitar de outro instrumento normativo para tal 
desiderato. 
 
O certo, ademais, é que além de se exigir Lei para o trato de direito penal, faz-se 
necessário que a norma penal incriminadora anteceda ao fato. Aí o princípio da 
anterioridade. Portanto, ao definir a conduta delituosa o Estado deverá se valer de lei, a 
qual deverá ser aplicada a fatos que lhe são supervenientes. A retroatividade será possível 
como uma exceção a beneficiar o agente. 
 
O princípio da legalidade se desdobra em quatro outros princípios. São eles: 
1- Nullum crimen, nulla poena sine lege praevia = necessidade de lei anterior ao fato. 
2- Nullum crimen, nulla poena sine lege scripta = proibição dos costumes. 
3- Nullum crimen, nulla poena sine lege stricta = proibição da analogia in malam 
partem. 
4- Nullum crimen, nulla poena sine lege certa = proibição de leis penais 
indeterminadas. 
 
 
5- (CESPE/PROMOTOR/RO/JULHO/2008/ADAPTADA) Com relação às 
penas, julgue o item. 
1. Segundo recente entendimento do STF, aplica-se a analogia in bonam 
partem para aplicar às penas restritivas de direito o mesmo lapso 
prescricional previsto no CP para a pena de multa, isto é, dois anos, desde 
que a pena restritiva de direito seja de natureza pecuniária e seja a única 
cominada. 
 
Item 1 – incorreto. 
Resolução: 
 
De acordo com o disposto no artigo 114, I, do CP, a prescrição da pena de 
multa ocorrerá em 02 anos, quando for a única cominada ou aplicada. Assim, o 
 
6 Toledo – Francisco de Assis – Princípios Básicos de Direito Penal – Editora Saraiva – 5ª Edição. 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
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prazo prescricional da pena de multa não será regido, quando for a única 
cominada ou aplicada, pelo disposto no artigo 107 do CP, mas sim pelo que 
reza o artigo 114, I, do CP. 
 
 
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 9.268, 
de 1º.4.1996) 
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; (Incluído pela 
Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade,quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente 
aplicada. (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
 
A pena restritiva de direitos, no CP, tem caráter substitutivo, isto é, será 
aplicada em substituição à pena privativa de liberdade quando presentes os 
requisitos legais (Artigo 43 do CP). Dentre várias, há a prestação pecuniária 
como pena restritiva de direitos (Artigo 43, I, do CP). 
 
 
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - (VETADO) 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade, quando: 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena 
aplicada, se o crime for culposo; 
II - o réu não for reincidente em crime doloso; 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa 
substituição seja suficiente. 
§ 1o (VETADO) 
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por 
multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa 
de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por 
duas restritivas de direitos. 
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição, desde que, 
em face de condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a 
reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. 
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando 
ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena 
privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva 
de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da 
execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for 
possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. 
 
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No entanto, a prestação pecuniária (artigo 43, I, do CP), não pode ser 
confundida com a pena de multa. No que se refere à prescrição, a multa 
prescreverá na forma estabelecida no artigo 114 do CP. Já a pena restritiva de 
direitos, de acordo com o disposto no artigo 109, parágrafo único, do CP, 
prescreverá no mesmo prazo estabelecido para a pena privativa de liberdade 
que substituir. 
 
 
Art. 109 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o 
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena 
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a 
doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a 
oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
VI - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. 
Prescrição das penas restritivas de direito 
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos 
previstos para as privativas de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Portanto, se ao sujeito foi aplicada a pena de 01 ano de reclusão, substituída 
por pena restritiva de direitos (prestação pecuniária), a esta será aplicado o 
prazo prescricional da pena privativa de liberdade substituída, ou seja, 04 anos 
(artigo 109, V, do CP). 
 
Não se pode aplicar a analogia em benefício do agente para, à pena restritiva 
de direitos (prestação pecuniária), estabelecer-se o prazo prescricional da pena 
de multa (artigo 114, I, do CP). 
 
A analogia deverá ser emprega em benefício do agente quando a norma silencia 
sobre a solução a ser empregada a uma dada situação. Como a lei é expressa 
em afirmar que à pena restritiva de direitos aplicar-se-á o prazo prescricional 
da pena privativa de liberdade (artigo 109, parágrafo único, do CP) não há 
motivo para aplicar a analogia. 
 
Sobre o tema, manifestou-se o STF, ocasião em que decidiu pela 
inaplicabilidade do prazo prescricional da pena de multa à pena restritiva de 
direitos (prestação pecuniária). Abaixo segue a ementa do julgado. 
 
 
 “A paciente foi condenada à pena de um ano de reclusão e 10 dias-multa (art. 171 do 
Código Penal), sendo que a pena privativa de liberdade foi substituída pela restritiva de 
direitos (pagamento de prestação pecuniária). Fato que não impede a aplicação dos 
prazos prescricionais fixados pelo art. 109 do CP. Dispositivo que, em seu 
parágrafo único, estende, expressamente, "às penas restritivas de direito os 
mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade." A pena restritiva de 
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direitos é de natureza jurídica distinta da pena de multa. Inaplicabilidade, 
portanto, do inciso I do art. 114 do CP. Disposição legal que estabelece, de modo 
particularizado, o prazo prescricional de 2 (dois) anos para a pena de multa, quando essa 
multa "for a única cominada ou aplicada". O que, à evidência, não é o caso dos autos. 
Precedentes: RHC 81.923, Relator o Ministro Maurício Corrêa (Segunda Turma); HC 86.619, 
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence (Primeira Turma); e o HC 90.114, Relator o Ministro 
Eros Grau (Segunda Turma). 3. Habeas corpus indeferido”. (STF – HC 92224/SP – 1ª 
turma – Relator: Ministro Carlos Britto – Data do julgamento: 20/11/2007). 
 
 
2. Da insignificância 
 
6- (CESPE/PREF/NATAL/PROCURADOR/2008/adaptada) 32 - Márcio e 
Fabiano, empresários estabelecidos no município de Barcelona – RN, 
associaram-se eventualmente para fraudar o fisco estadual, mediante 
alteração de notas fiscais representativas de transações comerciais, 
conduta tipificada no art. 1.º, III, da Lei n.º 8.137/1990, causando, assim, 
prejuízos ao erário estadual. Acerca dessa situação hipotética e com base 
nas disposições da lei que define os crimes contra a ordem tributária e na 
jurisprudência dominante, julgue o item. 
1. Ainda que o prejuízo provocado ao fisco estadual seja de valor ínfimo, por 
exemplo, em torno de R$ 20,00, segundo a jurisprudência do STJ, não se 
aplica,no caso, o princípio da insignificância. 
 
Item 1- incorreto. 
 
O princípio da insignificância ou da bagatela, segundo o qual é imperativa uma efetiva 
proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a drasticidade da 
intervenção estatal7, levará à atipicidade material de conduta que não apresenta relevância 
material. 
 
No entanto, é certo que o princípio da insignificância não poderá ser aplicado a toda e 
qualquer infração penal. Aos crimes contra o patrimônio praticados mediante violência ou 
grave ameaça à pessoa (Ex: Roubo e extorsão) não se admite a sua aplicação. 
 
A questão trata de sua aplicação aos crimes contra a ordem tributária, especialmente 
àquele previsto no artigo 1º, III, da Lei 8.137/90. 
 
De acordo com a jurisprudência das Cortes Superiores (STF e STJ), é perfeitamente 
aplicável o princípio da insignificância aos crimes previstos na lei 8.137/90, especialmente 
àqueles elencados em seu artigo 1º. 
 
Para tanto, basta que a quantia do débito fiscal se mostre ínfimo. Atualmente, de acordo 
com a nova redação do artigo 20 da Lei 10.522/2002, a jurisprudência tem considerado 
desprezíveis os valores que não ultrapassem a dez mil reais. 
 
Art. 20. Serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante requerimento do Procurador 
da Fazenda Nacional, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida 
Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor 
consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). (Redação dada pela Lei nº 
11.033, de 2004) 
 
7 Bitencourt – Cezar Roberto – Tratado de Direito Penal – 10ª Edição – Editora Saraiva. 
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Abaixo segue ementa a demonstrar que o STJ tem admitido a aplicação do princípio da 
insignificância aos crimes contra a ordem tributária. Vejamos. 
 
 
“Ementa: RECURSO ESPECIAL. PENAL. DESCAMINHO. VALOR 
INFERIOR AO PREVISTO NO ART. 20 DA LEI N.º 10.522⁄02. 
DESINTERESSE PENAL. PRECEDENTES. 
1. Se a própria União, na esfera cível, a teor do art. 20 da Lei n.º 
10.533⁄2002, entendeu por perdoar as dívidas inferiores a R$ 2.500,00 
(dois mil e quinhentos reais), não faz sentido apenar os recorridos pelo 
crime de descaminho, pelo fato de terem introduzido no país 
mercadoria estrangeira sem o recolhimento de tributo inferior ao 
mencionado valor. 2. Caracterizado o desinteresse penal, em virtude da 
irrelevância jurídica do bem para a tutela penal. Precedentes do STJ. 3. 
Recurso não conhecido.” (Recurso Especial nº 650.730 – RS. Relatora: 
Ministra Laurita Vaz. Órgão Julgador: 5ª Turma do Superior Tribunal de 
Justiça. Data do Julgamento: 03.02.05. Publicação 04.04.05) 
 
Portanto, a jurisprudência do STJ tem admitido a aplicação do princípio da insignificância 
aos crimes contra a ordem tributária, o que nos leva à conclusão de que o item está 
incorreto. 
 
7- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao 
princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais 
recente do STF, julgue os seguintes itens. 
 
111 Em caso de habeas corpus impetrado perante o STF com a finalidade 
de ver trancada a ação penal pela prática de crime de furto, se o julgador 
verificar que o crime está prescrito, deverá analisar o pedido de aplicação do 
princípio da insignificância, o qual, por gerar atipicidade da conduta, é mais 
benéfico ao réu. Nesse caso, não cabe, então, falar-se em prejudicialidade 
do pedido principal pela ocorrência de extinção da punibilidade. 
 
Item 111 – incorreto. 
 
A questão trata de tema interessantíssimo: habeas corpus pretendendo o reconhecimento 
da insignificância e, com isso, a atipicidade da conduta e reconhecimento, de ofício, da 
prescrição. 
 
De fato, o reconhecimento da insignificância levaria à atipicidade da conduta e, com isso, 
não poderia falar em crime. O que nos interessa saber é se, diante da prescrição, deve o 
órgão julgador enfrentar o mérito – insignificância – ou poderá declarar de ofício da 
prescrição e, assim, julgar extinta a punibilidade do agente. 
 
De acordo com o STF, a tese da insignificância deve ser julgada prejudicada e, com isso, 
não necessita ser enfrentada quando reconhecida a prescrição da pretensão punitiva (HC 
93337/RS – 1ª Turma – Relatora: Ministra Carmen Lúcia – Data do julgamento: 19/02/2008.). 
 
Portanto, para o STF a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva deverá ser 
apreciada e, caso reconhecida, prejudicará o julgamento da tese de insignificância. Assim, 
incorreto o item 111. 
 
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8- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao 
princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais 
recente do STF, julgue os seguintes itens. 
 
112 É cabível a aplicação do princípio da insignificância para fins de 
trancamento de ação penal em que se imputa ao acusado a prática de crime 
de descaminho. 
 
Item 112 – correto. 
 
O descaminho está elencado no CP dentre os crimes contra a administração pública. De 
fato, trata-se de crime contra a administração geral. No entanto, levando-se em 
consideração o sujeito ativo, não é um crime próprio, mas sim comum. O certo, todavia, é 
que também é considerado um crime contra a administração fazendária. 
 
Contrabando ou descaminho 
Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o 
pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de 
mercadoria: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 
A doutrina, apesar de minoritária, tem considerado inadmissível a aplicação do princípio da 
insignificância aos crimes contra a administração. Conforme reiteradamente decidido 
pelo STJ8 não se admite a aplicação da insignificância aos crimes contra a 
administração pública. Vejamos: 
 
“É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes contra a 
Administração Pública, ainda que o valor da lesão possa ser 
considerado ínfimo, porque a norma busca resguardar não somente o 
aspecto patrimonial, mas a moral administrativa, o que torna inviável a 
afirmação do desinteresse estatal à sua repressão”. 
 
Em outra oportunidade, o STJ9 decidiu que 
 
“A missão do Direito Penal moderno consiste em tutelar os 
bens jurídicos mais relevantes. Em decorrência disso, a intervenção 
penal deve ter o caráter fragmentário, protegendo apenas os bens 
jurídicos mais importantes e em casos de lesões de maior gravidade. O 
princípio da insignificância, como derivação necessária do princípio 
da intervenção mínima do Direito Penal, busca afastar de sua seara 
as condutas que, embora típicas, não produzam efetivalesão ao 
bem jurídico protegido pela norma penal incriminadora. Trata-
se, na hipótese, de crime em que o bem jurídico tutelado é a 
Administração Pública, tornando irrelevante considerar a 
apreensão de 70 bilhetes de metrô, com vista a desqualificar a 
conduta, pois o valor do resultado não se mostra desprezível, 
porquanto a norma busca resguardar não somente o aspecto 
patrimonial, mas moral da Administração”. 
 
8 STJ – RESP 655946/DF – Relatora: Ministra Laurita Vaz 5ª Turma – Data do julgamento: 27/02/2007. 
9 STJ – HC 50863/PE – Relator: Ministro Hélio Quaglia Barbosa – 6ª Turma – Data do julgamento: 04/04/2006. 
 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
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No entanto, apesar de o descaminho estar inserto dentre os crimes contra a administração 
pública, não se pode esquecer sua peculiaridade, ou seja, que ofende de sobremodo a 
administração fazendária. Assim, pode ser considerado como um crime contra a ordem 
tributária e, com isso, admite a aplicação do princípio da insignificância. 
 
Vejamos algumas decisões do STJ: 
 
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC nº 
92.438/PR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, firmou entendimento no 
sentido de ser aplicável, na prática de descaminho, o princípio da insignificância 
quando o valor do tributo suprimido é inferior a R$ 10.000,00 (STJ – AgRg no 
REsp 1021805/SC – 6ª turma – Relator: Ministro Hamilton Carvalhido – julgamento 
28/10/2008). 
 
A melhor das compreensões penais recomenda não seja mesmo o ordenamento 
jurídico penal destinado a questões pequenas – coisas quase sem préstimo ou 
valor. Antes, falou-se, a propósito, do princípio da adequação social; hoje, fala-
se, a propósito, do princípio da insignificância. Já foi escrito: "Onde bastem os 
meios do direito civil ou do direito público, o direito penal deve retirar-se." É 
insignificante, em conformidade com a Lei nº 11.033/04, suposta lesão ao fisco 
que não ultrapassa o valor de 10 mil reais. 4. Habeas corpus deferido. (STJ – 
RESP 966077/GO – 6ª turma – Relator: Ministro Nilson Naves – Data do julgamento 
14/10/2008). 
 
 
9- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Acerca do tratamento dado ao 
princípio da insignificância e seus consectários pela jurisprudência mais 
recente do STF, julgue os seguintes itens. 
 
113 Uma vez aplicado o princípio da insignificância, que deve ser analisado 
conjuntamente com os postulados da fragmentariedade e da intervenção 
mínima do Estado, a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de 
seu caráter material, é afastada ou excluída. 
 
 
Item 113 – correto. 
Resolução: 
 
Já conhecemos, ao menos em síntese, o princípio da insignificância. Para 
resolvermos a questão se faz necessário um breve esboço sobre os princípios 
da intervenção mínima e da fragmentariedade. Vejamos. 
 
Do princípio da intervenção mínima, segundo o qual o Direito penal deve 
tratar de ofensas a bens juridicamente relevantes, ocupando-se, então, daquilo 
que realmente é grave, decorre a fragmentariedade do direito penal. Para 
alguns autores, a fragmentariedade não se mostra como um princípio, mas sim 
como uma característica, uma face do Direito Penal. 
 
Segundo a fragmentariedade, o legislador, diante de um oceano de ilícitos, 
elegerá as condutas nocivas à sociedade que impõem a intervenção por meio do 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
exercício do direito de punir do Estado. Portanto, o Direito Penal ocupar-se-á de 
fragmentos e não de todos os ilícitos. 
 
Aqui, o caráter fragmentário do direito penal. Cuidará ele de fragmentos, ou 
seja, de condutas que ofendam a bens relevantes. Diante de um oceano de 
ilícitos, o direito penal se ocupará não do todo, mas do arquipélago, ou seja, de 
fragmentos do todo. 
 
E síntese, caráter fragmentário significa, nos dizeres de Bitencourt10 
 
“que o Direito Penal não deve sancionar todas as condutas 
lesivas dos bens jurídicos, mas tão-somente aquelas condutas mais 
graves e mais perigosas praticadas contra bens mais relevantes”. 
 
É evidente, portanto, desse breve esboço que o princípio da insignificância deve 
ser analisado sobre a perpectiva de ambos. A conseqüência da aplicação da 
insignificância é tornar a conduta atípica, apesar de se ajustar ao tipo penal. 
 
Assim, a conduta que é dotada de tipicidade formal (ajuste ao tipo penal) não 
pode ser considerada fato típico, pois não possui tipicidade material (não ofende 
ou expõe a ofensa o bem jurídico protegido). O interessante é que a questão 
trata a ementa de recente decisão do STF. Vejamos: 
 
O princípio da insignificância - que deve ser analisado em conexão com os 
postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria 
penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, 
examinada na perspectiva de seu caráter material11. 
 
Da Lei penal no tempo 
 
10- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 57 - Ainda de acordo com o que 
dispõe o CP, julgue o item. 
1- Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da 
sentença condenatória. 
 
Item 1 – incorreto. 
Resolução: 
 
A lei penal não retroagirá, exceto para beneficiar o agente. Assim, quando a nova lei penal 
(novatio legis) beneficia o agente de qualquer modo deverá retroagir, atingindo, inclusive, 
os fatos que já tenham sido objeto de decisão transitada em julgado. 
 
Há certos casos em que a nova lei beneficia grandiosamente o agente. Isso ocorre na 
ocasião em que a nova lei descriminaliza a conduta que sob a égide da lei anterior era 
considerado crime. Trata-se, aqui, da abolitio criminis (artigo 2º do CP). 
 
 
10 Bitencourt – Cezar Roberto – Tratado de Direito Penal – Parte Geral – volume I – Editora Saraiva. 
11 STF – HC 92463/RS – Relator Ministro Celso de Mello – Segunda Turma – Data do julgamento: 16/10/2007. 
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É o que ocorre quandoo agente é condenado por fato ocorrido sob o império da lei “A”, a 
qual vem a ser revogada pela lei “B”, que descriminaliza a conduta que lhe fora imputada. 
Neste caso, a lei “B” deverá retroagir, mesmo que a sentença tenha transitado em julgado. 
 
A conseqüência da aplicação retroativa da lei “B” é fazer cessar a execução da pena 
(assim, se preso deverá ser solto) e os efeitos penais de eventual sentença condenatória. 
Com isso, a sentença não mais poderá ser considerada para efeito de reincidência ou 
maus antecedentes. 
 
No entanto, a nova lei que descriminaliza a conduta não atingirá os efeitos civis de 
eventual sentença condenatória. Isso que dizer que o dever indenizatório, por exemplo, se 
mantém apesar da nova lei benéfica ao agente. 
 
É de ressaltar que o CP ao tratar da abolitio criminis (artigo 2º do CP) reconhece seu 
reflexo sobre os efeitos penais da sentença condenatória, não se referindo a outros efeitos 
que dela poderão advir. 
 
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
Assim, o item 1 está errado por afirmar que a nova lei atingirá os efeitos penais e CIVIS da 
sentença penal condenatória. 
 
11- (CESPE/OAB/SP/136/2008/Adaptada) 57 - Ainda de acordo com o que 
dispõe o CP, julgue o item. 
2- A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao 
fato praticado durante a sua vigência. 
 
Item 2 – correto. 
Resolução: 
 
As leis são criadas para terem vigência por prazo indeterminado. No entanto, há, no âmbito 
penal, leis que possuem vigência por período efêmero. Estas são conhecidas como leis 
intermitentes. 
 
A esta categoria pertencem as leis temporária e excepcional (Artigo 3º do CP). Tanto a 
temporária, como a excepcional, possuem prazo exíguo de vigência. A temporária, 
diferentemente da excepcional, prevê o seu prazo de vigência de forma determinada. Já a 
excepcional tem a vigência vinculada à manutenção ou cessação de determinada 
circunstância anormal. 
 
Portanto, considera-se temporária a lei que prevê sua vigência do dia 10/10/2000 a 
10/11/2000. Será, de outra banda, excepcional a lei que prevê sua vigência até que a 
inflação chegue a 10% ao ano. 
 
O certo é que, tanto a excepcional como a temporária, regerão os fatos ocorridos sob seu 
império. Mas, decorrido o prazo de sua vigência ou encerrada a circunstância anormal que 
motivou sua existência, ainda assim serão aplicadas a tais fatos. Assim, terão ultratividade. 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
As leis intermitentes (EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA), mesmo que prejudiciais, 
têm ultra-atividade. Aplicar-se-ão aos fatos ocorridos sob sua vigência mesmo 
depois de revogadas. 
Em suma: As Leis EXCEPCIONAL e TEMPORÁRIA sempre se aplicarão 
aos fatos ocorridos sob seu império. Assim, de regra, são ULTRA-
ATIVAS, isto é, mesmo que revogadas serão aplicadas. 
Lei excepcional ou temporária12 (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante 
sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) 
 
Assim, correto o item 2. 
 
12- (CESPE/TJDF/NOTÁRIOS/2008) Julgue o item que segue: 
 
57 Segundo o princípio da ultra-atividade, quando o crime é praticado na 
vigência de lei penal mais benéfica, o agente do delito responde pelos 
fatos cometidos em seus termos, ainda que, posteriormente, essa lei seja 
revogada, introduzindo-se no seu lugar outra mais gravosa. 
 
Item 57 – correto. 
 
Resolução: 
 
A questão trata da novatio legis in pejus, ou seja, da nova lei que agrava a situação do 
agente. Enquanto a nova lei benéfica retroage para beneficiar o agente, aquela que inova 
para prejudicá-lo não terá retroatividade. 
 
Assim, a lei sob o império da qual foi praticado o fato, caso mais benéfica que a sua 
sucessora, terá ultra-atividade, pois será aplicada ao fato mesmo depois de sua 
revogação. Aqui, mais uma vez presente o princípio da anterioridade (a lei mais gravosa 
não poderá retroagir, ocasião em que a lei anterior, mais benéfica, terá ultratividade). 
 
É de se notar, então, que a retroatividade ocorrerá em benefício (só em benefício) e a 
ultra-atividade, exceto nos casos das excepcional e temporária – quando o fenômeno se 
dará em prejuízo, também só para beneficiar o agente. Com isso, devemos concluir que a 
extratividade (retroatividade e ultra-atividade) só terá a lei benéfica. 
 
Correto, então, o item 57. 
 
13- (CESPE/DELEGADO/TO/2008) Acerca dos princípios constitucionais 
que norteiam o direito penal, da aplicação da lei penal e do concurso de 
pessoas, julgue os itens de 108 a 112. 
 
12 (CESPE/OFICIAL/MP/RORAIMA/2008) A respeito da aplicação da lei penal brasileira e da punibilidade, 
julgue os itens que se seguem. 
73 A lei temporária, após decorrido o período de sua duração, não se aplica mais nem aos fatos praticados 
durante sua vigência nem aos posteriores. 
Item 73 – incorreto. 
 
 
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PROFESSOR JULIO MARQUETI 
 
110 Considere que um indivíduo seja preso pela prática de determinado 
crime e, já na fase da execução penal, uma nova lei torne mais branda a 
pena para aquele delito. Nessa situação, o indivíduo cumprirá a pena 
imposta na legislação anterior, em face do princípio da irretroatividade da lei 
penal. 
 
 
Item 110 – incorreto. 
 
Resolução: 
 
A fase de execução penal pressupõe que a sentença condenatória já tenha transitado em 
julgado, pois, segundo atual entendimento do STF13, não se admite a execução provisória 
de pena. 
 
Portanto, conclusão que nos apresenta inarredável é a que a nova lei foi editada após o 
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
 
O princípio da irretroatividade da lei penal não se aplicará ao caso em pauta, apesar de já 
decidido por sentença judicial transitada em julgado, pois a nova lei beneficia o agente e, 
com isso, deverá retroagir, atingindo inclusive os fatos já decididos por sentença definitiva. 
Sobre o tema o artigo 2º, parágrafo único, do CP, não deixa dúvida, pois impõe a 
retroatividade da lei penal benéfica. Esta, então, se sobreporá à imutabilidade da coisa 
julgada. 
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modofavorecer o agente, aplica-se 
aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em 
julgado. 
 
 
14- (CESPE/ANALISTA/EXEC/STF/2008) Com base na parte geral do 
direito penal, julgue os itens abaixo. 
121 Com relação ao tempo do crime, o CP adotou a teoria da atividade, pela 
qual se considera praticado o crime no momento da ação ou da omissão, 
exceto se outro for o momento do resultado. 
 
Item 121 – incorreto. 
Resolução: 
 
Para se conhecer o tempo do crime, lança-se mão de três teorias. Teorias da 
ATIVIDADE, do RESULTADO e DA UBIQUIDADE (ou mista). 
 
 
13 Adotando a orientação fixada no julgamento do HC 84078/MG (j. em 5.2.2009, v. Informativo 534), no sentido de que a 
execução provisória da pena, ausente a justificativa da segregação cautelar, fere o princípio da não-culpabilidade, o Tribunal, por 
maioria, concedeu uma série de habeas corpus (STF – RHC 93172/SP – Relatora: Ministra Carmen Lúcia – julgamento: 
12/2/2009). 
 
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De acordo com a teoria da ATIVIDADE, considera-se 
praticado o crime no momento em que foi praticada a 
CONDUTA (ação ou omissão), independentemente de quanto 
ocorrera o resultado. 
 
Já para a teoria do RESULTADO, considera-se praticado o 
crime quando ocorre ou deveria ocorrer o resultado, 
independentemente de quanto ocorrera a conduta. 
 
Pela teoria da ubiqüidade (ou mista), por sua vez, o crime 
ocorre tanto no momento da conduta, como no momento em 
que ocorre ou deveria ocorrer o resultado. 
 
De acordo com o artigo 4º do CP, o legislador sufragou a teoria da 
ATIVIDADE. Assim, considera-se cometido o crime no momento da ação ou 
omissão, mesmo que outro venha a ser o momento do resultado. 
 
 
Tempo do crime 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. 
 
 
O crime de homicídio, por exemplo, é cometido no dia em que o agente desfere 
na vítima os golpes fatais, mesmo que o evento morte ocorra depois de certo 
tempo. 
 
Pelo que nos apresenta a questão, se outro for o momento do resultado, 
desprezar-se-á o momento da atividade para se ter como momento do crime o 
instante em que o resultado ocorreu. 
 
A expressão “exceto se outro for o momento do resultado” contida ao final da 
questão, tornou o item incorreto, já que o momento do crime será o da 
atividade (ação ou omissão), ainda que outro seja o momento do resultado. 
 
 
15- (CESPE/PERITO/TO/2008) Quanto ao direito penal e às leis penais 
extravagantes, julgue os itens que se seguem. 
 
82 Considere a seguinte situação hipotética. Ricardo, um dia antes de 
completar dezoito anos de idade, atirou em seu desafeto Cláudio, vindo a 
atingi-lo no tórax. Socorrido por populares e levado ao hospital, Cláudio veio 
a falecer 10 dias depois, quando Ricardo já havia atingido a maioridade. 
Nessa situação, Ricardo responderá pelo crime de homicídio consumado, 
pois a morte da vítima ocorreu quando já contava com 18 anos de idade. 
 
Item 82 – incorreto. 
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Resolução: 
 
Adotada a teoria da atividade (ação ou omissão) para a definição do momento do crime, 
ainda que outro seja o momento do resultado (artigo 4º do CP), é naquele instante (da 
ação ou da omissão) e não do resultado que deve ser aferida a culpabilidade do agente. 
 
Portanto, as causas excludentes da culpabilidade (menoridade, embriaguez, doença 
mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado) devem ser aferidas no momento 
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
 
No caso em tela, o agente (Ricardo) ao praticar a conduta delituosa (ação = disparo) era 
inimputável (menor de 18 anos) e, com isso, carente de culpabilidade. Portanto, não 
sofrerá as conseqüências penais de seu ato. 
 
16- (CESPE/OABSP/135/2008/adaptada)14 52- julgue o item. 
1- Caso um advogado militante, na discussão da causa, acuse o promotor 
de justiça de prevaricação durante uma audiência, o crime de calúnia estará 
amparado pela imunidade judiciária. 
 
Item 1 – incorreto. 
Resolução: 
 
 
A imunidade do advogado frente a lei penal brasileira está estampada no artigo 
133 da CF. 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, 
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da 
profissão, nos limites da lei. 
Já do próprio dispositivo notamos que a imunidade contemplada na CF ao 
advogado não é absoluta, mas sim relativa. Ela se limita a suas manifestações 
profissionais e por isso é conhecida como imunidade profissional. De acordo 
com o preceito constitucional, a imunidade, além de limitada à atividade 
profissional, também sofrerá outras limitações legais. 
 
O STF e o STJ são uniformes em afirmar que a imunidade contemplada no 
artigo 133 da CF não alcança os crimes de calúnia praticados pelo 
advogado. 
 
De acordo com o artigo 7o, parágrafo 2o, do Estatuto da Advocacia (Lei 
8.906/94), que regulamenta o dispositivo constitucional, 
 
“O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
 
14 (CESPE/OAB/2006) 57- De acordo com jurisprudência do STJ e do STF, assinale a opção correta. 
D Relativamente ao advogado, a imunidade profissional contemplada na Constituição Federal é absoluta, 
não sofrendo restrições legais. 
 
Gabarito: D = errado. 
 
 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
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no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer”. 
 
É de se observar que o preceito legal não contempla a inviolabilidade no caso 
de crime de calúnia, assegura-a somente nos casos de injuria, difamação e 
desacato. Daí, a orientação jurisprudencial do STF e STJ no sentido de limitar a 
proteção profissional. 
 
Portanto, segundo a jurisprudência do STF e do STJ a imunidade do 
advogado não é absoluta. Sofreráas limitações legais, mesmo quando a 
conduta for praticada no exercício profissional. 
 
A respeito do tema, observe abaixo algumas ementas do STF e do STJ sobre o 
tema. 
 
STF 
RE 387945/AC 
Relator: Ministro Sepúlveda Pertence 
Órgão julgador: 1a turma – julgamento 14/02/2006. 
Ementa EMENTA: Advogado: imunidade judiciária (CF, art. 133): não compreensão de atos 
relacionados a questões pessoais. A imunidade do advogado - além de condicionada aos 
"limites da lei", o que, obviamente, não dispensa o respeito ao núcleo essencial da garantia da 
libertas conviciandi - não alcança as relações do profissional com o seu próprio cliente. 
 
 
STF 
RHC 80536/DF 
Relator: Ministro Sepúlveda Pertence. 
Órgão julgador: 1a Turma – julgamento 04/09/2001. 
Ementa EMENTA: I. Crime militar: para a sua caracterização o militar reformado se considera 
civil; mas, tal como o civil, o militar reformado pode ser agente de crime militar (CPM, art.9º, III), 
quando praticado "contra as instituições militares", como tal considerado, entre outros, o 
cometido "em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade" (CPM, 
art. 9º, III). II. Imunidade do advogado por ofensas ao Juiz ou autoridade dirigente de processo 
administrativo: superação, pelo art. 7º EAOAB (L. 8.904/94) da jurisprudência formada sob o 
art.142, I, C.Pen., que os subtraía, de modo absoluto, do alcance da libertas conviciandi, que, 
entretanto, continua a reclamar que as expressões utilizadas pelo profissional - ainda que, em 
tese, injuriosas ou difamatórias -, guardem pertinência com a discussão da causa e não 
degenerem em abuso da prerrogativa, mediante contumélias e epítetos pessoais, absolutamente 
dispensáveis ao exercício do nobre múnus da advocacia. 
 
STF 
RHC 69619/SP 
Relator: Ministro Carlos Velloso 
Órgão julgador: 2a Turma – Data do julgamento: 08/06/1993. 
Ementa EMENTA: PENAL. ADVOGADO. INVIOLABILIDADE. CRIME CONTRA A HONRA: 
DIFAMAÇÃO. Cod. Penal, art. 139. Constituição, art. 133; Cod. Penal, art. 142, I. I. - A 
inviolabilidade do advogado, referida no art. 133 da Constituição, que o protege, no 
exercício da profissão, por seus atos e manifestações, encontra limites na lei. Recepção, 
pela Constituição vigente, da disposição inscrita no art. 142, I, do Cod. Penal. II. - A imunidade 
prevista no inciso I, do art. 142 do Cod. Penal, não abrange ofensa dirigida ao juiz da causa. 
Precedentes do S.T.F. III. - No caso, a denuncia descreve crime em tese - difamação, art. 139 do 
Cod. Penal. IV. - Recurso improvido. 
Indexação 
 
STJ 
HC 26523/RJ 
Relator: Ministro Hamilton Carvalhido 
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DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
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Órgão Julgado 6a Turma – Data do julgamento: 31/05/2005. 
HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. CALÚNIA. DECADÊNCIA. INÉPCIA DA 
DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA. IMUNIDADE JUDICIÁRIA DO ADVOGADO. PRAZO. 
REPRESENTAÇÃO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INEXISTÊNCIA. 
1. Não se opera a decadência do direito de ação, tendo o ofendido, na qualidade de membro do 
Ministério Público Estadual, tomado ciência das declarações caluniosas em data anterior a 6 
meses da representação ajuizada. 
2. Ajustada ao artigo 41 do Código de Processo Penal, enquanto descreve, de forma 
circunstanciada, as condutas típicas atribuídas ao paciente, de forma a permitir-lhe o exercício da 
ampla defesa, não há falar em inépcia da denúncia. 
3. Esta Corte Federal Superior firmou já entendimento no sentido de que a imunidade 
processual conferida aos advogados (artigos 133 da Constituição Federal e 142, inciso I, 
do Código Penal), não abrange, em regra, o delito de calúnia. Precedentes. 
4. Ordem denegada. 
 
STJ 
HC 33773/DF 
Relator: Ministro Paulo Medina. 
Órgão julgador: 6a Turma – Data do julgamento: 16/12/2004. 
HABEAS CORPUS. PENAL. CRIMES DA CALÚNIA E INJÚRIA CONTRA MAGISTRADO, 
COMETIDOS POR ADVOGADOS NO EXERCÍCIO FUNCIONAL. TRANCAMENTO DA AÇÃO 
PENAL. AUSÊNCIA DOS ANIMI ALUNIANDI ET INJURIANDI. ARTIGO 7º, §2º, DA LEI 
8.906/94. IMUNIDADE QUE NÃO ALCANÇA O CRIME DE CALÚNIA. 
1. O recebimento da denúncia e a instauração de ação penal em desfavor dos pacientes têm por 
escopo, exatamente, apurar, na conduta narrada na exordial acusatória, a existência ou não da 
intenção de caluniar e injuriar o Magistrado; decidir, neste momento, na via estreita do writ - que 
não comporta dilação probatória -, que inexistiram tais animi, seria como antecipar, sem a 
segurança de uma ação penal bem instruída, conclusões e decidir, talvez, com a convicção 
fundada em frágeis elementos; 
2. A imunidade prevista no artigo 7º, §2º, da Lei 8.906/94 é limitada aos crimes de injúria e 
difamação, não abrangendo o crime de calúnia, descrito no artigo 138 do Código Penal 
(precedentes do STF e do STJ); 
3. Ordem parcialmente concedida para determinar o trancamento da ação penal em relação ao 
crime de injúria (artigo 140 do Código Penal); determino, outrossim, o prosseguimento da 
persecutio criminis in judicio, para apuração do suposto cometimento do crime de calúnia (artigo 
138 do Código Penal). 
 
17- (CESPE/TCU/AUDITOR/2007) No que tange ao princípio da legalidade, 
às imunidades, às espécies de dolo e aos crimes contra as finanças públicas, 
julgue os itens seguintes. 
 
106 No campo do direito penal, a imunidade parlamentar implica subtração da 
responsabilidade penal por suas opiniões, palavras e votos, sendo 
indispensável, consoante orientação do STF, que exista conexão entre a 
conduta praticada pelo parlamentar e a atividade parlamentar. 
 
Item 106 – correto. 
Resolução: 
 
Os detentores do Poder Legislativo possuem imunidade quando exprimem suas 
opiniões, suas palavras e seus votos. Portanto, quando da prática de tais atos, 
não se sujeitarão à lei penal. 
 
Assim, quando no exercício de sua nobre função, o Deputado Federal macula a 
honra de determinada pessoa (afirma, por exemplo, que o Governador de seu 
Estado aplica irregularmente a verba destinada à saúde), não responderá por 
crime contra a honra, pois imune à lei penal. 
 
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H i r a n d e S o u z a Q u e i r o z , C P F : 2 0 2 7 5 9 1 9 2 3 4
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responsabilização civil e criminal.
DIREITO PENAL EM EXERCÍCIOS – CESPE 
PROFESSOR JULIO MARQUETI 
A imunidade dos Membros do Congresso Nacional (Deputados Federais e 
Senadores) produz efeito desde que o fato, tido como criminoso, seja praticado 
no exercício de suas funções. Caso contrário, não há imunidade. É o que tem 
decidido reiteradamente o Supremo Tribunal Federal15. 
 
Atenção: A imunidade parlamentar não se estende a co-réu. Assim, 
se o fato é praticado pelo Deputado Federal (crime de opinião) no 
exercício de sua nobre função em companhia (concurso de pessoas: 
co-autoria ou participação – artigo 29 do CP) de, por exemplo, seu 
assessor, a este não se estenderá a imunidade daquele16. 
 
Vejamos abaixo algumas outras decisões

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