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Terapia cognitivo-comportamental para Transtornos da Personalidade Profa. Ms. Paula Oliveira 1980 – APA - DSM-III cinco eixos Eixo I - Transtornos clínicos propriamente ditos, por exemplo: Transtorno Depressivo Recorrente, Transtorno Delirante, Dependência do Álcool, etc. Eixo II - Retardo Mental e os transtornos de personalidade. Eixo III - Condições médicas gerais, por exemplo: Otite média recorrente. Eixo IV - Problemas psicossociais e ambientais, associados com o transtorno mental em questão, por exemplo: ameaça de perda de emprego. Eixo V - Escala de avaliação global de funcionamento, que recebe uma numeração, por exemplo: AGF = 82 2013 – APA – DSM-V • Em seu aspecto estrutural rompeu com o modelo multiaxial. • Os TP´s, o Retardo mental e os Outros diagnósticos médicos deixaram de ser condições subjacentes e se uniram aos demais no Eixo I. • O objetivo da distinção era o de estimular uma avaliação completa e detalhada do paciente. • Os Fatores psicossociais e ambientais (Eixo IV) continuam sendo foco de atenção e a codificação com base na CID- 10- CM, Fatores que Influenciam o Estado de Saúde e o Contato com os Serviços de Saúde (códigos Z00-Z99). • A AGF não transmite informações suficientes e adequadas para a compreensão global do paciente. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE É um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo. Trata-se de distúrbios graves da constituição caracterológica e das tendências comportamentais do indivíduo, não diretamente imputáveis a uma doença, lesão ou outra afecção cerebral ou a um outro transtorno psiquiátrico. Estes distúrbios compreendem habitualmente vários elementos da personalidade, acompanham-se em geral de angústia pessoal e desorganização social; aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência e persistem de modo duradouro na idade adulta. DSM- V CID-X CLASSIFICAÇÃO Agrupamento/Cluster A (bizarros, excêntricos) Paranóide Esquizóide Esquizotípico Agrupamento/Cluster B (dramáticos, emotivos, erráticos) Anti-social Limítrofe - Borderline Histriônico Narcisista Agrupamento/Cluster C (ansiosos, medrosos) Evitante Dependente Obsessivo-compulsivo F60.0 Paranóide F60.1 Esquizóide F60.2 Anti-social F60.3 Emocionalmente instável Tipo impulsivo Tipo borderline (limítrofe) F60.4 Histriônica F60.5 Obsessiva/Anancástica F60.6 Ansiosa (de evitação) F60.7 Dependente F60.8 Outros F60.9 Não especificado DSM-IV =DSMV CID-X Características e Temperamento Cluster A Características comuns: estranheza, excentricidade e distanciamento afetivo e/ou social. Temperamento predominante: baixa dependência de gratificação. Cluster B Características comuns: teatralidade, impulsividade e desajustamento social. Temperamento predominante: alta busca por novidade. Cluster C Características comuns: ansiedade e apreensão. Temperamento predominante: alta esquiva ao dano. A categoria ESQUIZOTÍPICA que no CID-10 está situada no grupo dos transtornos associados na esquizofrenia, enquanto no DSM-V fica no cluster dos transtornos de Personalidade. SITUAÇÕES TÍPICAS QUE DENUNCIAM A OCORRÊNCIA DE TP 1. A cronicidade do problema pelo que o paciente mostra ou por relatos de outros; 2. A Terapia parece não estar evoluindo depois de um início positivo; 3. Sinais de resistência ao processo terapêutico; 4. O paciente não tem consciência do efeitos de seu comportamento nos outros; 5. Falta de motivação para o tratamento; 6. O paciente vê seus problemas como centrais; 7. A Terapia é uma série de “incêndios” que precisam ser apagados a toda hora; 8. Grande quantidade de outras tentativas de terapia. Conceito-chave na TCC para os transtornos de personalidade é o ESQUEMA A premissa é de que os esquemas típicos operam numa base mais contínua Esquemas são únicos e idiossincráticos Beck e Freeman identificam o conteúdo típico de certos esquemas característicos bem como seus autoconceitos, visões de outros e estratégias típicas superdesenvolvidas. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS (EID’s) • Young (1990) ressalta estes esquemas como os mais básicos. • Nível mais profundo da cognição. • São desenvolvidos ao longo da vida e consistem de temas estáveis e duradouros desenvolvidos na infância e que apresentam-se significativamente disfuncionais. • Servirão de modelo para o processamento de experiências futuras. • Não são resultado, necessariamente de acontecimentos traumáticos na vida da pessoa. • Seu desenvolvimento se dá através de padrões continuados em experiências cotidianas, geralmente com membros da família (pais e irmãos) e outras crianças(amigos) que de certa forma reforçam esse esquema. São frutos do temperamento inato da criança interagindo com experiências disfuncionais do ambiente. ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS • Verdades Incondicionais • Autoperpetuáveis • Disfuncionais • Ligados a altos níveis de afeto • Ativados por acontecimentos relevantes Necessidades Emocionais Básicas Experiências de Vida Precoces Temperamento Emocional EID`S ORIGENS DOS ESQUEMAS: Situação Emoção Pensamentos Automáticos Resposta Racional O paciente chega atrasado; persiste em narração dramática; rompe em soluços quando o terapeuta quer restabelecer o foco/agenda. Frustrado Desapontado Inseguro Embaraçado Este paciente não vai conseguir! Não estamos fazendo progresso. Eu não sei o que fazer a seguir. Eu não sou efetivo como terapeuta. Reconhecer meus sentimentos: O desprezo de minha parte não vai ajudar, de modo que devo evitar esses julgamentos e ser empático. Só porque estou inseguro, isso não significa que sou inefetivo ou cometi uma ação vergonhosa. O meu desconforto vem de acreditar que todos os pacientes precisam mudar rapidamente e, se não mudam, que a culpa é minha. Faz sentido um terapeuta efetivo “jamais” se sentir inseguro? Reconhecer ganhos: Ele está mais hábil em rotular seus afetos e identificar seus pensamentos. Priorizar a necessidade do paciente: Igualmente, estou concentrado na importância de fazer uma lista, quando sua prioridade óbvia é o apoio interpessoal. Eu preciso respeitar seus valores, ajuda-lo a aprender a definir problemas e não desistir. Registro de Pensamento disfuncionais do terapeuta Adaptado do Beck, Freeman, Davis e cols. (2005, p. 106) Crenças e estratégias básicas TP Crença/atitude básica Estratégia (comporta/o manifesto) Dependente “Eu sou incapaz”. Apego/Vinculação Esquiva “Eu posso me machucar”. Evitação Paranóide “As pessoas são perigosas”. Cautela Narcisista “Eu sou especial”. Auto-engradecimento Histriônica “Eu preciso impressionar”. Dramaticidade Obsessivo – Compulsiva “Eu não posso errar”. Perfeccionismo Anti-social “Os outros estão aí para serem explorados”. Ataque Esquizóide “Eu preciso de muito espaço”. Isolamento Estratégias Típicas TP Superdesenvolvida Subdesenvolvida Obsessivo- Compulsiva Controle Responsabilidade Sistematização Espontaneidade Divertimento Dependente Busca de ajuda Apego extremo Autosuficiência Mobilidade Paranóide Vigilância/Desconfiança Suspeita Serenidade/Confiança Aceitação Narcisista Auto-engradecimento Competitividade Compartilhamento Identificação grupal Estratégias Típicas ... Anti-social Combatividade Exploração/Predação Empatia/Reciprocidade Sensibilidade social Esquizóide Autonomia/Isolamento Intimidade Reciprocidade Esquiva Evitação/Inibição Auto-assertividade Agregacionismo Histriônica Exibicionismo/Expressidade Impressionismo Reflexão/Controle Sistematização O TRATAMENTO PARA TP`s EM GERAL • Diferentemente do tratamento de outros transtornos, nos TP´s eles são dirigidos desde o início para os ESQUEMAS disfuncionais. • Importanteboa qualidade da RELAÇÃO TERAPÊUTICA • O terapeuta deve tentar se tornar familiarizado com a vida do paciente como um todo. Apresentando-se: • PRÓXIMO e CALOROSO, • e assumindo um papel de CONSELHEIRO, sugerindo ao paciente comportamentos interpessoais preferíveis e debatendo sobre outros assuntos da vida. • Os tratamentos são de LONGO PRAZO e DIFICEIS, • Os problemas destes pacientes decorrem: • do seu jeito de ser, • de suas estratégias básicas de ação na vida, • que eles tomam como adequadas, já que SÃO ELES MESMOS. • A busca de LEMBRANÇAS INFANTIS é importante, já que é o período que começaram a se estruturar seus ESQUEMAS. • Tendem a despertar SENTIMENTOS VARIADOS NO TERAPEUTA (frustração, raiva, desafio, competição, proteção, atração, etc.) que podem interferir na terapia. • Os terapeutas precisam monitorar seus próprios sentimentos e usá-los terapeuticamente. TP PARANÓIDE Tendência persistente e irrealista de interpretar as intenções e ações dos outros como HUMILHANTES E AMEAÇADORAS; Livres de sintomas psicóticos: Delírio e alucinação. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=sH2K_JY1fFXR4M&tbnid=NB9wPWCvnEy5wM:&ved=0CAUQjRw&url=http://geleiageneral.blogspot.com/2013_05_01_archive.html&ei=BG0NUqq_JInQ8wSBg4HYBg&psig=AFQjCNGvgDGGfSNgU9GCIPH-HZCd-NAsrQ&ust=1376697975923333 Funcionamento básico: Visão de si mesmo Visão dos outros Cheio de razão Inocente, nobre Vulnerável Interferentes/Maliciosos Discriminadores Motivos abusivos Principais Crenças Principais Estratégias “Os motivos dos outros são suspeitos”. “Preciso estar sempre em guarda”. “Eu não posso confiar nas pessoas” Ser cauteloso Procurar motivos ocultos Acusar Contra-atacar Objetivo • Cabe ao terapeuta: • Provar que é digno de confiança; • Cuidado de só oferecer o que é possível; • Esforçar-se para ser claro e consistente; e • Corrigir os entendimentos errôneos assim que ocorrerem e reconhecer qualquer lapso. FOCO PRINCIPAL: Aumento do senso de auto-eficácia Estabelecer um relacionamento colaborativo Tratamento Resolução de problemas, evidenciando a forma pela qual a paranóia contribui para os problemas. Manejar o estresse presente no processo pela dificuldade de estabelecer uma relação de confiança – abordagem indireta, intervenções comportamentais: Respiração Diafragmática e Relaxamentos. Aumento do bem-estar, dar-lhe o controle maior do que o habitual sobre o conteúdo das sessões, e a frequência das sessões – Pode ser menor que o habitual. Desenvolver habilidades de interação interpessoal. TP Esquizóide “Divisão separação ou cisão da personalidade que é característica da esquizofrenia” Esse padrão de comportamento foi observado por muitos autores como parte do processo esquizofrênico e, de fato como precursor da esquizofrenia. ESQUIZO “Divisão” ÓIDE “Representativ o ou semelhante a” TP Esquizóide • Retraídos, solitários, podem parecer lentos; • Acentuada restrição na manifestação do afeto; • Raramente mudam de humor, apesar de eventos externos; • Raramente relatam emoções fortes; • Os outros tendem a se afastar ou ignorá-lo. Principal característica: Ausência ou indiferença nos relacionamentos interpessoais; http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=4Oauk4OGj9RDJM&tbnid=5fvnI8UBZ2-htM:&ved=0CAUQjRw&url=http://tpesquizoide.blogspot.com/2011/09/video.html&ei=bL4OUpfbBsLCigKOi4CoCA&psig=AFQjCNEs8aNP8bL6n_akdaT5UvN0KJih8Q&ust=1376783398246609 TP Esquizóide Visão de si mesmo Visão dos outros Auto-suficiente Solitário Intrusivo Principais Crenças Principais Estratégias “Os outros são frustrantes”. “Os relacionamentos são complicados, indesejáveis”. “O mundo é hostil”. Manter distância TP Esquizotípica Semelhante ao TP esquizóide, caracterizados pela evitação de relacionamentos interpessoais; Experienciam sintomas psicóticos; Distorções cognitivas e perceptuais e excentricidades; Comportamentos considerados esquisitos. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=y_W_ztH9e8LfBM&tbnid=RXN8HRk6TeJstM:&ved=0CAUQjRw&url=http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizot%C3%ADpica&ei=HNcOUqzGJIyayQGCtIFQ&psig=AFQjCNFH3YHhu1Lz7WnjQmjFYLMtw8I6bw&ust=1376790325355870 TP Esquizotípica Visão de si mesmo Visão dos outros Irreal, isolado, solitário Vulnerável socialmente Conspícuo/ Sobrenaturalmente sensível e talentoso Inconfiáveis Malevolentes Principais Crenças Principais Estratégias “É melhor ficar isolado dos outros”. (Pensamento peculiar, superticioso, mágico; p. ex.: clarividência, telepatia...) Ficar atento e neutralizar a atenção malevolente dos outros Ficar consigo mesmo Estar vigilante quanto a forças ou eventos sobrenaturais Tratamento • Engajamento • Exames das Vantagens e Desvantagens • Negociar: • Lista de Problemas e Lista de Objetivos • Reações do Terapeuta ao Cliente: • Contraste nas crenças, terapeuta focado nas relações • Compreender e trabalhar este contraste para que a terapia possa se manter de maneira colaborativa • Reestruturação Cognitiva Vantagens de fazer terapia Desvantagens de fazer terapia “Curioso para ver se será benéfica.” “Me interessa”. “Pode me ajudar nos meus problemas”. “Me ajuda a acreditar que a sociedade se importa comigo.” “É legal conversar com uma pessoal agradável”. “Torna a semana mais interessante”. “Ela pode me tornar ainda mais introspectivo, o que pode aumentar as minhas dificuldades”. “A auto-revelação pode ser perturbadora”. “A auto-revelação pode me trazer problemas”. “Posso perder qualquer ilusão remanescente sobre meu valor”. “Se eu pressionar a mim mesmo, as coisas podem piorar”. Vantagens de não fazer terapia Desvantagens de não fazer terapia “Eu não tenho vigor mental (neurológico) para enfrentar uma terapia”. “A terapia pode ser perturbadora”. “Eu poderia perder uma oportunidade de me desenvolver”. “A vida é terrível”. “As coisas não melhorão sem ajuda”. TP Antissocial TPAS Histórico de transtorno de conduta na adolescência, padrão irresponsáveis e socialmente ameaçador; A busca de terapia normalmente ocorrer por fonte externa; A busca também pode estar associada com algum ganho, por ex. prescrição de alguma substância; Padrão global de desrespeito e violação aos direitos alheios; Criam problemas amplos para a sociedade porque esse transtorno incorpora atos criminais que ameaçam e feres pessoas e propriedades. Os TPAS são tratáveis com psicoterapia? Idéia psicanalítica de que o envolvimento na psicoterapia requer um superego, portanto, é intratável, porque não tem empatia e não aceita regras e normas da comunidade (superego). Ausência de motivação para o tratamento, são trazidos contra vontade, sem nenhuma idéia clara da direção da mudança e dos motivos. Opinião prevalente de que é um diagnóstico amorfo, geneticamente determinado, e não uma série de comportamentos relacionados. “A TCC focaliza o composto de crenças e comportamentos relacionados, exibidos com frequência pelas pessoas com TPAS” TP Anti-Social Visão de si mesmo Visão dos outros Solitário/Autônomo Forte Vulneráveis/Exploradores Principais Crenças Principais Estratégias “Eu tenho direito de quebrar regras”. “Os outros são otários e covardes”. “Eu sou melhor do que os outros” Atacar Roubar Enganar Manipular Desafio • O terapeuta terá habilidade suficiente para trabalhar com essa população e estará motivado a estabelecer e manter o relacionamento necessário para uma terapia efetiva? A efetividade se limita a um melhor manejo de seus comportamentos disruptivos dentro de um ambiente institucional ou a leves alterações de comportamento, que evitem a necessidade de ambientes institucionais. 6 crenças comuns 1. Justificação: “Querer alguma coisa ou querer evitar alguma coisa justifica as minhas ações”.2. Pensar é acreditar: “Os meus pensamentos e sentimentos são totalmente exatos, simplesmente porque me ocorrem”. 3. Infalibilidade pessoal: “Eu sempre faço boas escolhas”. 4. Os sentimentos se constituem em fatos: “Eu sei que estou certo, porque sinto que o que eu faço está certo”. 5. A impotência dos outros. “O que os outros pensam é irrelevante para as minhas decisões, a menos que eles controlem diretamente as minhas consequências imediatas”. 6. Consequência de baixo impacto. “Consequências indesejáveis não vão me aconteceu ou não terão importância para mim”. Tratamento Mão firme e estável, requer um treinamento e uma supervisão altamente especializados; Essencial: Definir os limites e o comportamento que se espera do terapeuta e do paciente. Devido ao seu senso de fronteiras prejudicado; Fazer um contrato claro é fundamental. Não reforçar a crença de que ele pode viver “sem seguir regras”. Comparação dos critérios com a história de Vida. Reestruturação Cognitiva. Tratamento Desenvolvendo habilidades de Enfrentamento Controle dos impulsos Comunicação efetiva/Assertividade Tolerância à frustração/Pensamento consequencial Abordagem sistemática da raiva e impulsividade 1. Prestar atenção a deixas internas emocionais e cognitivas 2. Avaliar sua percepção 3. Decidir se vale a pena responder 4. Identificar possíveis respostas 5. Escolher uma resposta 6. Responder Tratamento Ampliar a base de atribuições e avaliações 1. Paciente só pensa em termos de interesse pessoal 2. Paciente reconhece as implicações de seu comportamento e tem certo entendimento de como ele afeta os outros 3. Demonstra senso de responsabilidade ou preocupação com os outros, incluí respeito pelas necessidade e desejos alheios. Fazendo escolhas construtivas “relação risco-benefício”, seleciona de uma série de opções. TP Histriônica Caracterizado por excessiva emotividade e busca de atenção; Preocupação com a atratividade física; Muitas vezes são exageradamente sedutores; Emotividade exagerada, lábil e superficial; Comportamento excessivamente reativo e intenso; Relacionamentos interpessoais prejudicados. Para os outros: Superficiais, exigentes, excessivamente dependentes e de difícil convívio. TP Histriônica Visão de si mesmo Visão dos outros Glamouroso Impressionante Seduzíveis/Receptivos Admiradores Principais Crenças Principais Estratégias “As pessoas estão aqui para me servir ou admirar”. “As pessoas não têm direto de me negar o que eu mereço”. “Devo seguir meus sentimentos”. Usar dramaticidade, charme Ter ataques de raiva, Chorar Gestos suicidas Tratamento Podem ser utilizadas diversas técnicas da TCC: Identificar e contestar PAN’s Montar experimentos comportamentais Organizar horários para as atividades Relaxamento Resolução de problemas Assertividade Relação terapêutica: Dificuldade de manter o tratamento tempo suficiente para mudanças significativas. “Não aceitar o papel de salvador”. TP Narcisista Amplo padrão de consideraçãodistorcida, por si mesmos e pelos outros. Visão inflada de si mesmas, como especiais e superiores; Ativo e competitivo ao buscar status, e sinais externos de status são utilizados como a medida do valor pessoal. Quando os outros deixam de validar o status = mau tratamento, intolerável, fica zangada, defensiva e deprimida. TP Narcisista Visão de si mesmo Visão dos outros Especial, Único Merecedor de regras Especiais Acima das regras Inferiores Admiradores Principais Crenças Principais Estratégias “Já que sou especial, eu mereço regras especiais”. “Eu estou acima das regras”. “Eu sou melhor do que os outros”. Usar os outros Transcender a regras Manipular Competir Tratamento Ausência de insight e foco de mudança podem prejudicar a formação de uma aliança colaborativa. Talvez precise ser orientado repetidamente por meio da contemplação de seus problemas até ser capaz de aceitar a influência do terapeuta. Reforço positivo é necessário para atender às expectativas de relacionamento deste indivíduo e mantê-lo envolvido no tratamento, isso de modo estratégico e focado nos comportamentos desejados. Tratamento Alvos importantes: 1. Melhora das habilidades de domínio e conquista de objetivos e exame do significado de sucesso; 2. Crescente consciência dos limites e perspectivas dos outros 3. Exame de crenças sobre valor pessoal e emoções. Gráfico de torta – estabelecer prioridades Role-play – favorecer a empatia, inversão de papéis. Testar crenças desadaptativas. Seta Descendente – explorar crenças TP Dependente • Característica essencial: “necessidade global e excessiva de ser cuidado, que leva a um comportamento submisso e aderente e a temores de separação”. TP Dependente Visão do Self Visão dos outros Carente Frágil Incapaz Incompetente (Idealizada) Nutridores Apoiadores Competentes Principais Crenças Principais Estratégias “Eu preciso das pessoas para sobreviver, ser feliz”. “Eu preciso ter uma fonte constante de apoio, de encorajamento” Cultivar relacionamentos dependentes Tratamento No início permitir certa dependência, a fim de engajá-lo na terapia. O que deve mudar no decorrer da terapia. Comum frustração com a lentidão da mudança. Foco: Impulsioná-lo para autonomia. Técnicas TCC: Descoberta Orientada Questionado Socrático Explorar pensamentos sobre o terapeuta e outras pessoas. TP Esquiva Caracterizada por uma evitação global comportamental, emocional e cognitiva, mesmo quando essa evitação impede objetivos ou desejos pessoais. Experiências sociais empobrecidas. Temas cognitivas que provocam a evitação: Autodesvalorização Crença de que pensamentos ou emoções desagradáveis são intoleráveis Suposição de que mostrar aos outros o “verdadeiro eu” ou se expressar de formar assertiva despertará rejeição. TP Esquiva Visão do Self Visão dos outros Vulnerável à rejeição Socialmente Inepto Incompetente Críticos Exigentes Superiores Principais Crenças Principais Estratégias “É terrível ser rejeitado, desprezado.” “Se as pessoas conhecessem o meu ‘verdadeiro’ eu elas me rejeitariam”. Evitar situações de avaliação Evitar sentimentos ou pensamentos desagradáveis Tratamento • Aliança terapêutica de confiança. • Laboratório: Contato terapêutico. • Treino de Habilidades Sociais – atenção as crenças negativas. • Nos ensaios é importante eliciar PAN’s , em especial aqueles que desqualifica o seus progresso ou o próprio treinamento. • Reestruturação Cognitiva TP Obsessivo- Compulsivo • Comum na cultura ocidental, especialmente entre homens. • Pode ser atribuída a exigências sociais- qualidades: • Atenção aos detalhes; • Autodisciplina; • Controle emocional; • Perseverança; • Confiabilidade; e • Polidez. TP Obsessivo-Compulsivo • Torna-se rígida, perfeccionista, dogmática, ruminativa, moralista, inflexível, indecisa e bloqueada em termos emocionais e cognitivos. • O que leva a tratamento é alguma forma de ansiedade. • Ruminam: “Se estão tendo um desempenho suficientemente bom ou fazendo a coisa errada” • O que frequentemente os leva à indecisão e procrastinação, que constituem queixa constante. TP Obsessivo-compulsiva Visão do Self Visão dos outros Responsável/Confiável Meticuloso/Competente Irresponsáveis/Casuais Incompetentes Auto-indulgentes Principais Crenças Principais Estratégias “Eu sei o que é melhor”. “Os detalhes são cruciais”. “As pessoas deveriam fazer melhor, se esforçar mais”. Aplicar regras Perfeccionismo Avaliar, controlar Controlar o que “deveria” fazer, criticar, punir Tratamento Estabelecer objetivos que podem incluir: “Concluir atividades ou tarefas no prazo” “Reduzir as dores de cabeça tensionais” “Começar a ter orgasmos” Apresentar o Modelo Cognitivo Será perfeccionista com as tarefas da Terapia. Experimentos comportamentais Lista de vantagens e desvantagens do relaxamento quepode se considerado perda de tempo. Parada de pensamento para as ruminações Monitoramento da dor e descobrir fontes de tensão. REFERÊNCIAS APA (2013) Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association Beck, A. T. (2005) Terapia Cognitiva dos Transtornos da personalidade. 2ª. Ed. Porto Alegre: Artmed. Ventura, P. R. (1995) Transtornos da personalidade In. Psicoterapia Comportamental Cognitiva de Transtornos Psiquiátricos (Org. B. Rangé). São Paulo: Ed. Psy Falcone, E. Psicologia Cognitiva. IN. Psicoterapias Cognitivo- Comportamentais – um diálogo com a psiquiatria (Orgs. B. Rangé). Porto Alegre: Artmed. 2001. Rangé, B. Psicologia Cognitiva. IN. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais – transtornos psiquiátricos (Orgs. B. Rangé). Campinas: Pleno, 2001.
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