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7 Principais Abordagens da TCC (1)

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TERAPIA
COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
As 7 principais
abordagens da
CARACTERÍSTICAS E DIFERENÇAS
Olá. Tudo bem? 
 
Obrigado por baixar o nosso ebook “As 7 principiais
abordagens da Terapia Cognitivo-Comportamental
(TCC): características e diferenças”. 
 
O objetivo desse material é esclarecer dúvidas que
muitos psicólogos, estudantes de Psicologia e outros
profissionais da área da saúde tem acerca do que é a
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), quais são as
principais abordagens, suas técnicas e, principalmente,
suas diferenças.
 
Visando a esclarecer importantes confusões
conceituais, iremos apresentar as principais
características de sete (7) importantes (e possivelmente
as mais tradicionais) abordagens da Terapia Cognitivo-
Comportamental, pontuando, também suas diferenças.
 
Boa leitura!
APRESENTAÇÃO
2
0. Introdução............................................................................................................. 05
1. Terapia Cognitiva (TC)..................................................................................... 09
 1.1 Pressupostos...................................................................................................... 10
 1.2 Distorções Cognitivas................................................................................. 12
 1.3 Tratamento com base na Terapia Cognitiva............................... 15
2. Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC)..................16
 2.1 Pressupostos..................................................................................................... 17
 2.2 Estrutura de tratamento da TREC.................................................... 19
3. Terapia do Esquema (TE).............................................................................. 21
 3.1 Pressupostos.................................................................................................... 22
 3.2 Necessidades Emocionais Básicas.................................................. 24
 3.3 Esquemas Adaptativos Iniciais (EIDs)............................................ 25
 3.4 Modos de Esquemas................................................................................. 32
 3.5 Estilos de Enfrentamento Desadaptativos................................. 33
 3.6 Objetivos da Terapia do Esquema .................................................. 35
4. Terapia da Aceitação e Compromisso (TAC)................................. 36
 4.1 Pressupostos.................................................................................................... 37
 4.2 Os 6 processos principais da TAC..................................................... 39
5. Terapia Focada na Compaixão................................................................ 44
 5.1 Pressupostos................................................................................................... 45
 5.2 O papel da compaixão na saúde mental.................................... 48
 5.3 Técnicas da Terapia Focada na Compaixão.............................. 49
Sumário
3
6. Terapia Comportamental-Dialética (TCD)...................................... 50
 6.1 Pressupostos..................................................................................................... 51
 6.2 Os 4 Aspectos do Tratamento Psicológico na TCD.............. 52
 6.3 Generalização do Aprendizado.......................................................... 54
 6.4 Aprimoramento Motivacional............................................................ 54
 6.5 Aprimoramento da capacidade e da motivação dos 
 terapeutas......................................................................................................... 55
 6.6 Estruturação global do ambiente.................................................... 55 
 6.7 Estruturas de tratamento da TCD.................................................... 56
7. Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (TCBM)............... 57
 7.1 Pressupostos.................................................................................................... 58
 7.2 Espiral da Depressão................................................................................. 59
 7.3 A prática Clínica da TCBM...................................................................... 61
8. Particularidades e diferenças entre as Terapias Cognitivo-
Comportamentais.................................................................................................. 62
9. Conclusão............................................................................................................... 66
10. Conheça nosso curso.................................................................................... 67
11. Referências Bibliográficas.......................................................................... 68
Sumário
4
INTRODUÇÃO
5
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma
corrente teórica da Psicoterapia que engloba várias
abordagens diferentes. 
 
Hoje em dia, entende-se que Aaron Beck, psiquiatra
norte-americano, foi o grande precursor da TCC, ao
desenvolver a sua Terapia Cognitiva. 
 
Desde então, a Terapia Cognitivo-Comportamental vem
se desenvolvendo rapidamente, de modo que,
atualmente, existe uma diversidade de terapias que se
encaixam dentro do que se entende por Terapias
Cognitivo-Comportamentais.
Assim, desde já, é importante entender que a “Terapia
Cognitivo-Comportamental” é mais bem
compreendida como uma área ampla que abrange não
uma, mas várias terapias diferentes, baseadas em
teorias de aprendizagem comportamentais e/ou teorias
cognitivas.
INTRODUÇÃO
6
As características compartilhadas por muitas das
abordagens da TCC incluem enfatizar o estabelecimento
de metas concretas e compreender a interação entre os
sistemas emocionais, cognitivo e comportamentais.
INTRODUÇÃO
7
Pensamento Emoção
Ação
O que eu penso afeta como eu
me sinto e como eu ajo
O que eu sinto afeta como eu
penso e como eu ajo
Como eu ajo afeta como eu
penso e como eu me sinto
Terapia Cognitiva (TC)
Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC)
Terapia do Esquema (TE)
Terapia da Aceitação e Compromisso (TAC)
Terapia Focada na Compaixão (TFC)
Terapia Comportamental Dialética (TCD)
Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (TCBM)
Entretanto, embora existam semelhanças teóricas e
epistemológicas entre as TCCs, cada abordagem carrega,
também, pressupostos únicos e exclusivos, que as
diferenciam entre si. 
 
Para deixar essas diferenças mais claras para você,
iremos abordar aqui as principais características de 7
diferentes tipos de Terapias Cognitivo-Comportamentais,
a saber:
 · 
INTRODUÇÃO
8
TERAPIA COGNITIVA
9
1
Antes de existir a Terapia Cognitiva, predominava, na
Psicologia, a Terapia Comportamental, que tinha suas
raízes filosóficas baseadas no Behaviorismo de Skinner
(Skinner, Solomon, & Lindsley, 1954). A Terapia
Comportamental visava à modificação do
comportamento, tendo como base os princípios do
condicionamento operante, técnica a qual visava a
mudança do comportamento por meio de punição e
reforço.
Na Terapia Comportamental, a ênfase era dada ao
comportamento visível e manipulável, e não aos
processos cognitivos que estariam relacionados aos
comportamentos observados.
A Terapia Cognitiva, por sua vez, buscou romper com
esse paradigma, argumentando que a compreensão
dos mecanismos cognitivos seria a forma mais eficaz de
se intervir no comportamento (Beck & Dozois, 2011).
A Terapia Cognitiva (TC) foi
desenvolvida pelo psiquiatra Dr.
Aaron T. Beck, por volta de 1965, e
é considerada a primeira Terapia
Cognitivo-Comportamental
(Beck, 1967, 1976).
TERAPIA COGNITIVA
10
A Terapia Cognitiva foi originalmente projetada para
tratar a Depressão (Transtorno Depressivo Maior).
Entretanto, a técnica vem apresentando eficácia no
tratamento de várias outras psicopatologias.
 
No cerne da Terapia Cognitiva, está o que ficou
conhecido como a Tríade Cognitiva. A Tríade Cognitiva
teoriza que pessoas com depressãosofrem de
distorções cognitivas. Tais distorções causariam e
manteriam os sintomas depressivos, atuando em três
áreas distintas: crenças sobre si, crenças sobre o mundo
e crenças sobre o futuro.
TERAPIA COGNITIVA
11
Futuro
"Esse sofrimento
nunca vai passar"
Mundo
"A vida não 
tem sentido"
Self
"Eu não presto"
Pensamento 
Depressivo
Um paciente deprimido, por exemplo, poderia
apresentar crenças negativas sobre si (Ex: “Eu não
presto), sobre o mundo (Ex: “A vida não tem sentido”) e
sobre o futuro (Ex:“Esse sofrimento nunca vai passar”).
As visões negativas do futuro podem ser
particularmente problemáticas, pois se relacionam com
a desesperança, que pode ser um fator de risco para o
suicídio (Beck & Dozois, 2011).
 
Na Terapia Cognitiva, o objetivo do terapeuta é
identificar e eliminar as distorções cognitivas, com
vistas a manter o paciente com uma perspectiva
realista sobre as três bases da tríade (eu, mundo e
futuro).
Diversos tipos de distorções cognitivas foram
apresentadas por Beck. Abordaremos 10 das principais.
. . .
1) Catastrofização (ampliando ou minimizando):
Envolve exagerar ou minimizar o significado e a
importância. Por exemplo, um bom jogador que
comete um erro pode ampliar a importância desse erro
e acreditar que é um péssimo atleta. No polo oposto,
um atleta que ganha um prêmio importante em seu
esporte pode minimizar a relevância do prêmio e
acreditar é apenas um jogador mediano.
TERAPIA COGNITIVA
12
2. Pensamento dicotômico (preto e branco):
A pessoa vê as coisas em termos de extremos, sem
meio termo - algo é fantástico ou terrível; perfeito ou
um fracasso total.
3. Raciocínio Emocional
A distorção do raciocínio emocional pode ser resumida
pela afirmação: “Se eu me sinto assim, deve ser
verdade”. As pessoas passam a acreditar que a forma
como se percebem é a verdade sobre si. Por exemplo,
se uma pessoa se sente incompetente no trabalho é
porque ela seria, de fato, incompetente.
4. Leitura da mente
Aqui, uma pessoa tira conclusões precipitadas sobre o
que outra pessoa está sentindo e pensando, com base
em pouca ou nenhuma informação. Por exemplo, o
marido chega em casa do trabalho e vê a esposa
chateada. Sem qualquer informação, ele conclui que ela
está daquele modo porque ele esqueceu de ligar para
ela para avisar que ia atrasar.
5. Tirar conclusões precipitadas
Sem base em informações verídicas ou suficientes, as
pessoas tiram conclusões precipitadas. Por exemplo,
uma garota acredita que sempre irá ter problemas de
relacionamento por que o seu último namoro foi
traumático.
TERAPIA COGNITIVA
13
6. Supergeneralização
A pessoa chega a conclusões gerais com base em um
único evento. Se algo de ruim acontecer apenas uma
vez, eles esperam que aconteça repetidamente. Por
exemplo, se um aluno tira uma nota ruim em um
trabalho em um semestre, ele conclui que é um aluno
péssimo e deve abandonar a escola.
7. Personalização
Personalização é uma distorção em que uma pessoa
acredita que tudo o que os outros fazem ou dizem é
algum tipo de reação pessoal direta a eles. Levam
praticamente tudo para o lado pessoal.
8. Abstração seletiva
Ocorre quando um indivíduo se foca apenas nos
detalhes negativos de uma situação e ignora o lado
positivo. Por exemplo, Julia* (nome fictício) foi muito
elogiada em sua defesa de mestrado, mas recebeu
pequenas críticas de um dos membros da banca. Julia
se apega apenas às críticas e esquece tudo de positivo
dos elogios que havia recebido.
9. Rotulagem
Na rotulagem, o sujeito utiliza rótulos pejorativos para
se descrever. Por exemplo. Ao errar, pensa “Sou um
inútil!” ao invés de “Cometi um erro, mas nem sempre
faço isso”.
TERAPIA COGNITIVA
14
10. Deveria
A distorção cognitiva “Deveria” refere-se a crenças
rígidas e inflexíveis que um sujeito têm acerca de como
(ele ou outra pessoa) deveria ser e agir. Por exemplo “Eu
deveria me vestir melhor para ir àquela reunião”; “Eu
deveria ir lá conversar com aquela pessoa”, ou em
relação aos outros “Ele deveria ter me oferecido carona”
“Ele deveria ter perguntado se eu queria”. Ponto
importante de perceber é que, em termos cognitivos, a
estrutura “deveria”, acaba por transformar possibilidades
em obrigações.
Tratamento com base na Terapia Cognitiva
 
O foco na Terapia Cognitiva é entender quais são os
diferentes tipos de distorções cognitivas existentes e
compreender em qual base da tríade elas estão atuando
(eu, mundo e/ou futuro). Com base nisso, buscar
modificar tais distorções por meio de diversas técnicas,
tais como técnicas de relaxamento, dessensibilização
sistemática, treino de assertividade, parada do
pensamento, sondagem cognitiva, autoinstrução,
inoculação do estrese, solução de problemas, etc (Leahy,
2018).
Abordar a especificidade de cada uma delas está fora do
escopo desse ebook.
TERAPIA COGNITIVA
15
TERAPIA RACIONAL
EMOTIVA COMPORTAMAENTAL
16
2
A Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC)
é uma forma de psicoterapia de curto prazo que
tem por objetivo identificar pensamentos e
sentimentos autodestrutivos, desafiar a
racionalidade desses sentimentos e substituí-los
por crenças mais saudáveis e produtivas.
TERAPIA RACIONAL EMOTIVA
COMPORTAMENTAL (TREC)
17
A Terapia Racional-Emotiva
Comportamental (TREC) é
uma forma de psicoterapia de
curto prazo que busca
identificar pensamentos e
sentimentos autodestrutivos,
desafiar a racionalidade desses
sentimentos e substituí-los
por crenças mais saudáveis e
produtivas.
Na perspectiva da TREC, a maioria das pessoas não
tem consciência de que muitos de seus
pensamentos sobre si mesmas são irracionais e
afetam negativamente a maneira como se
comportam em relacionamentos e situações
importantes (Ellis, 2002).
Segundo Ellis (2003), são esses pensamentos que
levam as pessoas a sofrer emoções negativas e a se
envolver em comportamentos autodestrutivos. Só
que, o que se sabe hoje em dia é que os humanos
são capazes de desafiar e modificar suas crenças
irracionais, se estiverem engajadas em um processo
de mudança. 
 
Para a TREC, embora eventos de vida específicos
possam contribuir para problemas de saúde mental,
se acredita que é o próprio sistema de crenças
irracional do indivíduo que causa a maioria dos
problemas (Ellis, 2001). Assim, ao abandonar os
pensamentos negativos e substituí-los por crenças
positivas, o sujeito seria mais capaz de aceitar a si
mesmo e aos outros e, por sua vez, viver uma vida
mais plena.
 
Essa corrente de pensamento foi amplamente
influenciada pela filosofia estoica. O próprio Ellis
(2001, 2003) cita diversas vezes passagens do filósofo
Epiteto, que dizia: “O que perturba os homens não
são as coisas, e sim as opiniões que eles têm em
relação às coisas”.
TERAPIA RACIONAL EMOTIVA
COMPORTAMENTAL (TREC)
18
Estrutura de tratamento da TREC – Método ABCDE
 
Com vistas a elaborar uma estrutura de intervenção
psicoterapêutica, Ellis desenvolveu o método ABCDE.
As letras ABC dizem respeito aos acontecimentos (‘A’),
as crenças (‘B’, do inglês beliefs) e as consequências
emocionais e comportamentais (‘C’) (Rangé, 2007). Já as
letras DE dizem respeito ao tratamento. A letra D de
dispute, refere-se a disputar, no sentido de combater, as
crenças irracionais. Já a letra E refere-se ao efeito
obtido, quando a disputa às crenças irracionais é
realizada de modo adequado.
TERAPIA RACIONAL EMOTIVA
COMPORTAMENTAL (TREC)
19
Vamos à um exemplo:
Acontecimento: Maria estava rindo próxima a Joana. E
ao rir, Maria olhou para Joana, apenas porque Joana
estava em seu campo de visão.
Belief (Crença): Joana achou que Maria estaria rindo
dela.
Comportamento: Joana xingou Maria sem razão. 
 
A estruturação do método ABC facilitou o
entendimento da influência dos processos cognitivos
no funcionamento emocional e comportamental dos
indivíduos (Rangé, 2007) e deu início a décadas de
pesquisa, culminando no que hoje se entende por
Teoria do Processamento da Informação.
Ainda de acordo com Ellis, esse sistema de crenças
irracionais pode ser efetivamente combatido (os ‘D’, de
dispute, disputar, combater) pelo uso dos métodoslógico-empíricos da ciência (Rangé, 2007) e
posteriormente, os efeitos (‘E’) são observados em
acompanhamento terapêutico.
TERAPIA RACIONAL EMOTIVA
COMPORTAMENTAL (TREC)
20
TERAPIA DO ESQUEMA
21
3
A Terapia do Esquema (TE) combina elementos da
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), Psicanálise,
Teoria do apego, Terapia Focada na Emoção, entre
outras abordagens (Young, Klosko, & Weishaar, 2003).
Foi desenvolvida por Jeffrey
Young, em meados da
década de 80 e início da
década de 90 (Young, 1990,
1999). Durante muitos anos,
Young trabalhou em estreita
colaboração com o Dr. Aaron
Beck, o fundador da Terapia
Cognitiva. 
TERAPIA DO ESQUEMA
22
Durante muitos anos, Young trabalhou em estreita
colaboração com o Dr. Aaron Beck, o fundador da
Terapia Cognitiva. Enquanto tratava de clientes no
Centro de Terapia Cognitiva da Universidade da
Pensilvânia, o Dr. Young e seus colegas identificaram um
segmento de pessoas que tinham dificuldade em se
beneficiar da abordagem padrão. 
Necessidades emocionais básicas; 
Esquemas desadaptativos iniciais;
Modos de esquema e; 
Estilos de enfrentamento desadaptativos.
Young descobriu que essas pessoas normalmente
tinham padrões de longa data enraizadas no
pensamento, sentimento e comportamento que
exigiam um meio diferente de intervenção. A atenção
do Dr. Young voltou-se para maneiras de ajudar os
pacientes a abordar e modificar esses padrões ou
temas mais profundos, que foram denominados
“Esquemas Iniciais Desadaptativos” (Young, 1999).
 
Na TE, existem quatro (4) elementos principais, que são
a base para o trabalho terapêutico. 
Vamos compreender cada um desses pontos à seguir.
TERAPIA DO ESQUEMA
23
Necessidades emocionais básicas 
Segundo a teoria, toda pessoa apresenta necessidades
emocionais básicas. Essas necessidades são agrupadas
em cinco (5) categorias: 
 
1. Apego e segurança: é importante que tenhamos
uma ligação emocional próxima com os outros, o que
nos permite sentir segurança, estabilidade, atenção,
amor e aceitação dos outros. 
 
2. Independência, competência e identidade:
precisamos ter consciência do que nos torna quem
somos e do que fazemos bem. As crianças devem ter
um ambiente seguro e protegido para explorar e
aprender sobre o mundo. 
 
3. Liberdade para se expressar, expressar suas
necessidades e sentimentos importantes: As crianças
precisam sentir que estão emocionalmente conectadas
com outras pessoas e podem compartilhar suas
experiências, pensamentos e sentimentos.
TERAPIA DO ESQUEMA
24
Necessidades emocionais básicas (cont.)
4. Espontaneidade, diversão e brincadeira: Para a
criança, a possibilidade de expressão espontânea de
pensamentos e sentimentos é importante para seu
desenvolvimento, sem estar sob regras rígidas ou
supressivas.
5. Limites realistas, autodisciplina e autocontrole: é
especialmente importante que as crianças conheçam
seus limites e aceitem limites razoáveis estabelecidos
por seus cuidadores. Para viver em sociedade com
outras pessoas, regras sociais são imprescindíveis.
Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs)
O segundo elemento da TE são os EIDs. Quando as
cinco necessidades emocionais básicas, anteriormente
mencionadas, não são satisfeitas, a criança passa a
desenvolver esquemas iniciais desadaptativos (EIDs)
que são as formas de interpretar e vivenciar o mundo
ao seu redor. 
Os EIDs, invariavelmente, levam a padrões de vida
pouco saudáveis (Young, 2003).
TERAPIA DO ESQUEMA
25
Esquemas são, portanto, formas de pensamentos que
se estruturam ao longo de toda a vida, mas que se
iniciam na infância e são responsáveis pela
interpretação que os sujeitos fazem acerca dos
acontecimentos do dia-a-dia. Alguns exemplos de
esquemas são: "Ninguém me ama ", "Sou um fracasso",
"As pessoas não se importam comigo", "Algo ruim vai
acontecer", " As pessoas sempre vão me abandonar",
"Nunca serei bom o suficiente”, etc. 
TERAPIA DO ESQUEMA
26
Procurar emprego pra 
que? Sou péssimo em 
tudo que faço.
Você nunca
vai conseguir
fazer nada direito!
15 anos depois
Segundo Young (2003), existem 18 EIDs, que se
agrupam em cinco grandes domínios correspondentes
às cinco necessidades emocionais da criança. Assim,
cada necessidade emocional não satisfeita dá origem a
um determinado domínio esquemático (Paim,
Madalena, & Falcke, 2012), conforme demonstrado a
seguir:
Gande Domínio: Desconexão e Rejeição
O primeiro grande domínio é a 'Desconexão e Rejeição,
que engloba cinco (5) EIDs, a saber:
1) Privação Emocional: Nesse EID, o indivíduo acredita
que o outro não satisfará adequadamente seu desejo
de apoio emocional. Assim, tende a sentir falta de afeto,
independente de quanto receba.
2) Abandono: Enxerga as relações como instáveis e não
dignas de confiança. Há uma crença permanente de
que as pessoas importantes lhe abandonarão. Muitas
vezes instiga conflitos a fim de testar a 'força' da
relação.
TERAPIA DO ESQUEMA
27
3) Desconfiança/abuso: Percebe as relações como
perigosas. Sensação de que sempre será enganado,
traído ou machucado pelo outro.
4) Isolamento Social: Considera-se diferente das outras
pessoas. Não consegue ter a sensação de
pertencimento a um grupo ou comunidade.
5) Defectividade/vergonha: Sentimento de que é
defeituoso, indesejado, inferior e, por isso, não
merecedor do amor e da valorização dos outros.
Segundo Grande Domínio: Autonomia e Desempenho
Prejudicados
O segundo grande domínio é a 'Autonomia e
Desempenho Prejudicados', que engloba quatro (4)
EIDs, a saber:
6) Fracasso: Pessoas com esse esquema acreditam que
fracassaram e, inevitavelmente, fracassarão novamente.
Percebem-se inferiores e menos aptas a conquistas do
que as demais.
7) Dependência/incompetência: Crença de que não
consegue lidar com as responsabilidades diárias de
maneira competente, sem a ajuda considerável de
outros.
TERAPIA DO ESQUEMA
28
8) Vulnerabilidade: Esperam que uma catástrofe ocorra
a qualquer momento. O medo exagerado atinge
aspectos da saúde física e emocional (ex: medo de
câncer, medo de enlouquecer), bem como a catástrofes
externas (ex: acidentes de avião).
9) Emaranhamento: Envolvimento emocional
exagerado com uma ou mais pessoas significativas
(inicialmente os pais), às custas da individuação
completa ou do desenvolvimento social normal. Sem
uma identidade individual suficiente, essas pessoas
vivem sentimentos de vazio, fracasso e falta de direção.
Terceiro Grande Domínio: Limites Prejudicados
O terceiro grande domínio envolve dois (2) EIDs, a
saber:
10) Grandiosidade/arrogância: Crença de superioridade
em relação a outras pessoas. Sente que tem direitos e
privilégios especiais ou que não está sujeito às regras
de reciprocidade que orientam a interação social.
11) Autocontrole/autodisciplina insuficientes: Pessoas
com esse esquema apresentam pouco autocontrole e
baixa tolerância à frustração. Evitam possíveis
desconfortos, como dor, conflito, confrontação e
responsabilidade (Young, 2003).
TERAPIA DO ESQUEMA
29
Quarto Grande Domínio: Orientação para o Outro
O quarto grande domínio envolve três (3) EIDs, a saber:
12) Subjugação: A pessoa se deixa de lado, por
acreditar que suas emoções, valores e desejos não são
importantes para o outro. Em geral, se "autoabandona"
pois se sente coagida, e busca, desesperadamente
evitar situações de conflito, retaliação ou abandono.
13) Autossacrifício: Foco excessivo em atender às
necessidades dos outros em detrimento das próprias
necessidades. Os motivos mais comuns são: evitar
causar dor a outras pessoas, evitar a culpa de se sentir
egoísta ou manter a conexão com outras pessoas.
14) Busca de aprovação/reconhecimento: Ênfase
excessiva em obter aprovação, reconhecimento ou
atenção de outras pessoas, ou adaptação, às custas de
desenvolver um senso de identidade verdadeiro e
seguro. O senso de estima de uma pessoa depende
principalmente das reações dos outros, e não das
próprias inclinações naturais.
TERAPIA DO ESQUEMA
30
Quinto Grande Domínio: Supervigilância e Inibição:
 
O quinto (e último) grande domínio envolve quatro(4)
EIDs,a saber:
15) Inibição Emocional: A inibição excessiva de ações e
sentimentos geralmente para evitar a desaprovação
dos outros.
16) Padrões inflexíveis: Necessidade de se esforçar para
atender a padrões internalizados muito elevados de
comportamento e desempenho. Normalmente resulta
em sensação de pressão ou dificuldade em desacelerar;
e na hipercrítica em relação a si mesmo e aos outros.
17) Negativismo/pessimismo: Foco persistente nos
aspectos negativos da vida, tanto em relação ao
presente quanto em relação à expectativa de futuro.
Enquanto maximiza os problemas e dificuldades,
minimiza ou negligencia os aspectos positivos.
18) Postura punitiva: A crença de que as pessoas devem
ser severamente punidas por cometer erros. Envolve a
tendência de ficar zangado, intolerante, punitivo e
impaciente com aquelas pessoas (incluindo você
mesmo) que não atendem às expectativas ou aos
padrões de cada um.
TERAPIA DO ESQUEMA
31
3) Modos de Esquema
O terceiro elemento importante da TE são os Modos de
Esquema. 
Os Modos de Esquema são uma combinação
temporária entre os estados emocionais e as respostas
de enfrentamento que são utilizadas para lidar com as
demandas do dia a dia (Young, 2003). 
 
Frequentemente, nossos modos de esquema são
acionados por situações de vida às quais somos
hipersensíveis (nossos "gatilhos emocionais").
Frequentemente, os modos de esquema levam a
reações exageradas e prejudiciais. Importante destacar
que enquanto os Esquemas iniciais Desadaptativos são
relativamente estáveis, os modos de esquema são
variáveis.
TERAPIA DO ESQUEMA
32
4) Estilos de Enfrentamento Desadaptativos
O quarto elemento importante da TE são os Estilos de
Enfrentamento Desadaptativos
Os Estilos de Enfrentamento Desadaptativos são as
maneiras como a criança se adapta aos esquemas e às
experiências negativas da infância. Se durante a
infância os estilos de enfrentamento podem ser úteis,
por fornecer um meio de sobrevivência, na idade
adulta, eles podem reforçar os Esquemas Iniciais
Desadaptativos (Young, 2003).
Basicamente, os Estilos de Enfrentamento
Desadaptativos se agrupam em três (3) categorias:
1) Rendição: Envolve aceitar um esquema e se entregar
a ele. Geralmente resulta em um atos que reforçam ou
continuam o padrão do esquema. Por exemplo, uma
pessoa que se rende a um esquema relacionado à
negligência emocional quando criança , tenderá a se
envolver em relacionamentos futuros que envolvam,
também, negligência.
TERAPIA DO ESQUEMA
33
2) Evitação: nesse estilo de enfrentamento, o indivíduo
busca evitar situações as quais tendem a acionar seus
esquemas. Em geral, estilos de evitação encontram-se
mais relacionados ao uso de substâncias,
comportamento de risco ou compulsivo.
3) Hipercompensação: Envolve a tentativa de combater
um esquema agindo em completa oposição a ele.
Embora pareça uma resposta adequada, a
hipercompensação tende a ser muito rígida. Não
raramente, leva a ações ou comportamentos
agressivos, exigentes, insensíveis ou excessivos que, de
uma forma ou de outra, prejudicam o relacionamento
com outras pessoas.
TERAPIA DO ESQUEMA
34
Objetivos da Terapia do Esquema (TE)
Os objetivos a serem alcançados ao longo da TE
geralmente são:
 
1) Identificar e começar a curar esquemas;
2) Identificar e abordar estilos de enfrentamento
que atrapalham as necessidades emocionais;
3) Mudar padrões de sentimentos e comportamentos
que resultam de esquemas;
4) Aprender a atender às necessidades emocionais
centrais de maneiras saudáveis e adaptáveis;
5) Aprender estratégias de enfrentamento saudáveis
para lidar com a frustração e angústia quando certas
necessidades não podem ser atendidas.
TERAPIA DO ESQUEMA
35
TERAPIA DA ACEITAÇÃO
E COMPROMISSO
36
4
A Terapia de Aceitação e
Compromisso (TAC) é uma terapia
baseada na atenção plena
(mindfulness) e foi desenvolvida
por Steven Hayes, no início dos
anos 80. 
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
37
O objetivo da TAC é permitir que os sujeitos vivam uma
vida mais significativa, congruente com os seus valores
mais fundamentais. 
O nome “Terapia da Aceitação e Compromisso” reflete
os principais pressupostos da teoria. Na TAC, o indivíduo
é instigado a aceitar a vida como ela é, mas, ao mesmo
tempo, comprometer-se com a ação que levará,
verdadeiramente, à conquista dos objetivos (Hayes,
Stroshal, & Wilson, 2012).
 
Por mais contraintuitivo que possa parecer, na TAC, a
aceitação é a base da mudança. Aceitar, segundo a
teoria, não é se conformar e tampouco aprovar a
realidade. É apenas entender que as coisas são como
elas são.
Esse fundamento é importante porque muitas vezes
diante de eventos negativos, as pessoas gastam um
tempo importante elucubrando sobre “como poderia
ter sido”.
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
38
Por exemplo, imagine uma pessoa que sai para realizar
uma caminhada na mata, em um domingo chuvoso.
Durante o trajeto, escorrega e torce o tornozelo, ficando
impossibilitada de ir ao trabalho no dia seguinte.
Perderia uma reunião importante.
 
Normalmente, as pessoas ficariam chateadas consigo
mesmas e passariam um tempo importante se
questionando, se xingando e também buscando
rejeitar o fato: “O que é que eu tinha na cabeça quando
decidi sair para caminhar na chuva?!” “Sou
irresponsável”; “Eu não acredito que isso está
acontecendo comigo. Não é possível!”.
 
Perceba que todos os sentimentos e pensamentos
negativos que surgem para além do fato em si são
prejudiciais, pois aumentam o problema, trazendo,
além da dor da torção, mais irritação, frustração, etc. E,
mais que isso, não auxiliam na resolução do problema.
Na perspectiva da TAC, portanto, a não-aceitação é a
base tanto do sofrimento quanto da impossibilidade da
mudança. Quando o sujeito aceita a realidade, ele
economiza tempo e energia, que geralmente são
gastos pensando em outras possibilidades que não
aconteceram.
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
39
Assim, a TAC busca ensinar os sujeitos a aceitarem as
coisas como elas são, no sentido de poupar energia,
para que essa energia seja utilizada no que realmente
vai fazer a diferença, que é o compromisso com a
mudança (Hayes et al., 2012).
Os 6 Processos Principais da TAC
 
O objetivo central da TAC é aumentar a flexibilidade
psicológica - a capacidade de entrar em contato com o
momento presente mais plenamente. 
A flexibilidade psicológica é estabelecida por meio de
seis (6) processos centrais do ACT. Cada uma dessas
áreas é conceituada como uma habilidade psicológica
positiva, não apenas um método de evitar a
psicopatologia.
1. Aceitação: Como brevemente descrita
anteriormente, a aceitação é ensinada como uma
alternativa à evitação experiencial. A aceitação envolve
o abraço ativo e consciente daqueles eventos privados
ocasionados pela história de alguém, sem tentativas
desnecessárias de mudar sua frequência ou forma,
especialmente quando isso causaria danos
psicológicos.
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
40
2. Distanciamento Cognitivo: As técnicas do
distanciamento cognitivo tentam alterar as funções
indesejáveis dos pensamentos e outros eventos
privados, em vez de tentar alterar sua forma, frequência
ou sensibilidade situacional. 
Por exemplo, vamos imaginar uma pessoa que pensa
“Eu não mereço o amor de ninguém”. Esta frase, dita ou
pensada, é apenas um pensamento. Porém, ao se
identificar com o conteúdo da frase, a pessoa se fundirá
com o pensamento. Por ser uma frase negativa, os
efeitos serão prejudiciais na vida do indivíduo. 
Assim, a TAC tenta mudar a maneira como a pessoa
interage ou se relaciona com os pensamentos, criando
contextos nos quais suas funções prejudiciais são
diminuídas.
3. Estar presente: A TAC promove o contato contínuo
sem julgamentos com eventos psicológicos e
ambientais à medida que ocorrem. O objetivo é fazer
com que o cliente experimente o mundo de forma mais
direta, para que seu comportamento seja mais flexível
e, assim, suas ações sejam mais coerentes com seus
valores.
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
41
3. Estar presente (cont.): 
Isso é realizadopermitindo que a funcionalidade exerça
mais controle sobre o comportamento e usando a
linguagem mais como uma ferramenta para observar e
descrever eventos, não simplesmente para prever e
julgá-los. Um senso de self chamado de "self como
processo" é ativamente encorajado: a descrição
contínua, desarmada e não julgadora de pensamentos,
sentimentos e outros eventos privados.
4. Self como contexto: 
O self como contexto tem o objetivo de auxiliar o
indivíduo a compreender o seu eu como um processo
em movimento e não algo imutável. 
 
Numa perspectiva existencial, seria semelhante à noção
de vir-a-ser, onde a existência é entendida como um
processo em constante movimento.
O self como contexto é importante porque, desse ponto
de vista, o sujeito passa a estar ciente de seu próprio
fluxo de experiências passadas, mas sem atrelar (e fixar)
a sua identidade a elas. Ou seja, o self de hoje, que é
baseado nas experiências passadas, de fato existe e
precisa ser aceito. 
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
42
 4. Self como contexto (cont.):
Mas o self de hoje não representa o sujeito em sua
totalidade, pois o self está em constante processo de
mudança. Por isso, entender o self como contexto
auxilia o sujeito em seu processo de aceitação, mas
também favorece o processo de mudança.
5. Valores: Valores são qualidades de ação intencional
que nunca podem ser obtidas como um objeto, mas
podem ser vivenciadas a cada momento. A TAC usa
uma variedade de exercícios para ajudar um paciente a
escolher direções de vida em vários domínios (ex:
família, carreira, espiritualidade), ao mesmo tempo que
busca diminuior os processos psicológicos que podem
levar a escolhas baseadas em evasão, conformidade
social ou fusão (por exemplo, "Eu deveria valorizar X
"ou" Uma pessoa boa valorizaria Y "ou" Minha mãe quer
que eu valorize Z"). 
A descoberta dos valores é um passo importante na
TAC, pois ela auxiliará a encontrar o porquê, ou seja, as
razões profundas que motivam o sujeito na busca de
seus objetivos.
TERAPIA DA ACEITAÇÃO E COMPROMISSO
43
6) Ação Comprometida
Por fim, a TAC incentiva o desenvolvimento de padrões
cada vez mais amplos de ação vinculados aos valores
escolhidos.
Nesse sentido, a TAC se assemelha muito com a Terapia
Cognitiva tradicional. Por meio de protocolos, que
quase sempre envolvem ações a serem executadas e
dever de casa vinculados, o paciente busca concretizar
seus objetivos e alcançar as mudanças esperadas no
curto, médio e longo prazo. Os esforços de mudança de
comportamento, por sua vez, levam ao contato com
barreiras psicológicas que são abordadas por meio de
outros processos de TAC (aceitação, distanciamento,
etc).
...
Desde a sua fundação, a TAC vem demonstrando ser
um tratamento eficaz para diferentes tipos de
transtornos, tais como transtornos de ansiedade,
depressão e dependência química (A-Tjak, Davis,
Morina, Powers, Smits, & Emmelkamp, 2015).
TERAPIA FOCADA 
NA COMPAIXÃO
44
5
TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO
45
A Terapia Focada na Compaixão
(TFC) foi desenvolvida por Dr.
Paul Gilbert, um psicólogo inglês,
que acreditava que a compaixão
(focada em si e no outro) poderia
ser a chave para melhorar os
níveis de saúde mental (Gilbert,
2009).
A TFC foi desenvolvida com e para pessoas que têm
problemas crônicos e complexos de saúde mental
ligados à vergonha e autocrítica, que muitas vezes têm
origens em relações socioafetivas de abuso ou
negligência.
 
Seres humanos são seres sociais. Assim, sentir-se
cuidado, aceito e ter sentimento de pertencimento e
afiliação com os outros é fundamental para o nosso
amadurecimento fisiológico e bem-estar (Cozolino,
2007; Siegel, 2012).
 
As raízes teóricas da TFC, bem como seus pressupostos
terapêuticos, são derivadas de uma abordagem
evolucionista, neurocientífica e da psicologia social,
ligada à psicologia e neurofisiologia do cuidar tanto de
si quanto dos outros (Gilbert, 2005, 2009).
TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO
46
Em termos evolutivos, a TFC usa o conceito de 'cérebro
complicado' para descrever o fato de que nossos
cérebros evoluídos vêm com muitos problemas e
falhas, e embora seja o cérebro mais dinâmico de todas
as espécies, não encontra-se totalmente adaptado para
a vida social que o ser humano tem hoje (Gilbert, 2002;
Nesse, 2005). 
 
Há cerca de 2 milhões de anos atrás, os seres humanos
desenvolveram habilidades cognitivas complexas (i.e.,
inteligentes), tais como imaginar, antecipar, ruminar,
além de um senso objetivo de si mesmo. 
Com o desenvolvimento da inteligência, aprendemos a
falar e usar símbolos e abstrações e, pudemos resolver
muitos problemas adaptativos ao ‘pensar em soluções’
e construir tecnologias. Uma desvantagem, porém, é
que ainda temos motivações e emoções cerebrais
antigas, baseado em sistemas de sobrevivência que são
pouco adequadas para o mundo atual (Gilbert, 2009).
Com o desenvolvimento neurológico-cerebral, hoje
podemos estimular esses sistemas com nossas novas
capacidades de processamento cognitivo e distorcê-los
para o bem ou para o mal.
TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO
47
Gilbert (2014) traz um exemplo muito interessante para
entendermos a relação e o potencial impacto negativo
que a nossa “mente moderna” pode ter sobre as nossas
vidas:
 
“Uma zebra fugindo de um leão se acalma muito
rapidamente depois de escapar, ao passo que um
humano pode permanecer traumatizado imaginando o
que poderia ter acontecido se tivesse sido pego
(imaginando ser comido vivo e morrer em agonia), o
que poderia acontecerá amanhã se houver dois leões, o
pensamento 'o que acontecerá se ...' e assim por diante.
Nossa capacidade de "refletir" pode estimular emoções
ameaçadoras e manter esses sistemas fisiológicos em
um estado de ativação no corpo - dando origem a
problemas de saúde mental e física” (Gilbert, 2014).
Por outro lado, é essa mesma capacidade que pode nos
precaver, antecipar riscos futuros e auxiliar no
desenvolvimento de estratégias que previnam ou
minimizem os riscos futuros.
Ou seja, o processamento cognitivo tem o poder de ser
um fator de risco ou de proteção para o ser humano.
TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO
48
O papel da compaixão na saúde mental
 
Como dito anteriormente, os mamíferos, especialmente
os humanos, desenvolveram motivações e emoções
para o comportamento afiliativo, carinhoso e altruísta
(ou seja, comportamentos prossociais). 
 
Entre os processos mais centrais que regulam a
emoção e o senso de self nos humanos, estão aqueles
vinculados às relações sociais, como status, senso de
pertencimento e afiliação e cuidado.
E nesse sentido, a compaixão aparece como um
sentimento puramente humano, ligado às motivações,
emoções, habilidades e competências para apoiar,
compreender, ser gentil e útil para si e para os outros. 
 
Quando treinada e desenvolvida, a compaixão pode
influenciar os sistemas neurofisiológico e imunológico,
ampliando os níveis de saúde física e mental (Davidson,
Kabat-Zinn, & Schumacher, 2003; Lutz, Brefckzynski-
Lewis, & Johnstone, 2008).
TERAPIA FOCADA NA COMPAIXÃO
49
Técnicas da Terapia Focada na Compaixão
 
A principal técnica terapêutica da TFC é o Treinamento
da Mente Compassiva (TMC). 
O TMC é feito por meio de atividades específicas
destinadas a desenvolver atributos e habilidades
compassivas, particularmente aquelas que influenciam
a regulação emocional. Trata-se de uma coleção de
técnicas que facilitam o aumento da consciência do
indivíduo de interações negativas consigo mesmo. 
 
Com o tempo, a postura de culpa e autocrítica em
relação a si mesmo é substituída por uma abordagem
que enfatiza o cuidado com o bem-estar, sensibilidade,
simpatia, tolerância ao sofrimento, empatia e não
julgamento (Gilbert, 2009).
TERAPIA 
COMPORTAMENTAL
DIALÉTICA
50
6
TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA
51
A Terapia Comportamental
Dialética (TCD) foi
desenvolvida pela psicóloga
Marsha Linehan, no início dos
anos 80. O objetivo central da
TCD é fornecer aos clientes
novas habilidades para
gerenciar emoções dolorosas
e diminuir o conflito nos
relacionamentos interpessoais
(Linehan,2015).
A TCD foi projetada inicialmente para tratar pessoas
que tinham transtorno de personalidade borderline, e
que apresentavam pensamentos suicidas crônicos.
Hoje, a TCD é reconhecida como o tratamento
psicológico ‘padrão-ouro’ (i.e., de excelência) para essa
população (Blennerhassett & O'Raghallaigh, 2005).
 
Embora a TCD tenha sido desenvolvida para tratar
pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline,
atualmente essa forma de psicoterapia tem sido
utilizada no tratamento de vários outros tipos de
transtornos mentais, com importantes evidências de
sua eficácia (Dimeff & Koerner, 2007).
TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA
52
Aspectos do Tratamento Psicológico na TCD
 
A TCD se concentra em fornecer habilidades
terapêuticas em quatro (4) áreas principais (Linehan,
2015). 
 
1. Mindfulness (Atenção plena): Inicialmente, a atenção
plena concentra-se em melhorar a capacidade de um
indivíduo de aceitar e estar presente no momento
atual. 
As técnicas de atenção plena têm por objetivo auxiliar a
manter a calma e evitar o envolvimento de padrões
automáticos de pensamento negativo e
comportamento impulsivo.
 
2. Tolerância ao sofrimento: busca aumentar a
tolerância de uma pessoa às emoções negativas, ao
invés de tentar escapar delas. São baseadas nos
mesmos princípios da Terapia de Aceitação e
Compromisso, no sentido de que o sujeito precisa
trabalhar a aceitação dos fatos como eles são, e focar no
compromisso para a mudança. 
Assim, os sujeitos aprendem a não extrapolar o seu
sofrimento para além da sua própria magnitude, o que
auxilia na canalização das energias e atenção para a
resolução dos problemas.
TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA
53
3. Regulação emocional: A regulação emocional
abrange estratégias para gerenciar e mudar emoções
intensas que estão causando problemas na vida de
uma pessoa. Ao reconhecer emoções negativas
intensas (por exemplo, fúria), você pode reduzir sua
vulnerabilidade emocional e ter experiências
emocionais mais positivas.
4. Eficácia interpessoal: A eficácia interpessoal
consiste em técnicas que permitem que uma pessoa se
comunique com outras de maneira assertiva,
mantenha o respeito próprio e fortaleça os
relacionamentos.
O desenvolvimento de habilidades de assertividade
(e.g., expressar opiniões, dizer “não”, lidar com conflitos
inevitáveis) são imprescindíveis para lidar com conflitos.
É importante lembrar que a TCD foi desenvolvida para
tratar pessoas com Transtorno de Personalidade
Borderline. 
Tais pacientes experimentam emoções negativas
extremamente intensas que são difíceis de controlar, o
que, frequentemente, gera conflitos com pessoas
próximas - amigos, parceiros românticos, membros da
família. Por isso, um dos focos importantes da TCD é o
desenvolvimento de habilidades interpessoais.
TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA
54
Generalização do aprendizado
A generalização do aprendizado é um outro aspecto
central da TCD. Nela, os terapeutas TCD usam várias
técnicas para estimular a transferência de habilidades
aprendidas em todos os ambientes. 
Pessoas em terapia podem aprender a aplicar o que
aprenderam em casa, na escola, no trabalho e na
comunidade. Por exemplo, um terapeuta pode pedir ao
paciente em tratamento que converse com um
parceiro sobre um conflito. O paciente pode usar
habilidades de regulação emocional antes e depois da
discussão.
Aprimoramento motivacional 
Como a TCD geralmente lida com pacientes com
transtornos mentais graves, é necessário realizar um
plano de tratamento comportamental individualizado,
visando a redução de comportamentos problemáticos
mais urgentes. Por exemplo, em pacientes com ideação
suicida, a remoção da ideação é um aspecto prioritário.
Para mapear as prioridades, os terapeutas podem usar
folhas de rastreamento de automonitoramento para
que as sessões possam ser adaptadas para abordar os
problemas mais graves primeiro.
TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA
55
Aprimoramento da capacidade e da motivação dos
terapeutas.
Como a TCD é frequentemente fornecida a pessoas que
apresentam problemas de saúde mental crônicos,
graves e intensos, os terapeutas recebem muita
supervisão e apoio para prevenir seu próprio
adoecimento psíquico, como traumatização vicária ou
esgotamento profissional (Burnout). 
 
Psicoterapeutas certificados em TCD realizam,
frequentemente, reuniões de supervisão coletiva, onde
o objetivo é dar aos terapeutas um espaço para
fornecer e receber suporte, treinamento e orientação
clínica (Linehan, 2015).
Estruturação global do ambiente.
 
Outro ponto importante da TCD é a Estruturação Global
do Ambiente. O objetivo da TCD é garantir que
comportamentos positivos e adaptativos sejam
reforçados em todos os ambientes ambientais. Assim,
se um determinado paciente participa de mais de um
programa de tratamento, é importante se certificar de
que cada programa foi estabelecido para reforçar todas
as habilidades e comportamentos positivos aprendidos.
Este cuidado visa maximizar os resultados obtidos na
TCD.
TERAPIA COMPORTAMENTAL DIALÉTICA
56
Estruturas de tratamento da TCD
 
A forma padrão de TCD consiste em terapia individual,
grupo de treinamento de habilidades, coaching por
telefone, além de uma rede de apoio e consulta
também para o psicoterapeuta.
No caso do paciente, aqueles em TCD padrão
frequentam terapia e um grupo de treinamento de
habilidades semanalmente. 
Os grupos são projetados para ajudar as pessoas em
tratamento a desenvolver habilidades
comportamentais por meio de trabalhos em grupo e
tarefas de casa. Essas atribuições permitem que as
pessoas pratiquem as habilidades aprendidas no dia
a dia. 
O acompanhamento por telefone também é uma parte
importante da TCD. Ajuda as pessoas em
tratamento a procurarem seu terapeuta para obter
apoio quando surge uma situação desafiadora entre as
sessões.
TERAPIA COGNITIVA
BASEADA EM MINDFULNESS
57
7
A Terapia Cognitiva Baseada
em Mindfulness (TCBM) foi
desenvolvida por Zindel Segal e
colaboradores (2002) com o
objetivo de tratar pacientes
com depressão e de prevenir
recaídas futuras.
TERAPIA COGNITIVA BASEADA EM
MINDFULNESS
58
Assim como a Terapia da Aceitação e Compromisso
(TAC) e Terapia Comportamental Dialética (TCD), a
Terapia Cognitiva Baseada em Mindulness (TCBM)
também utiliza os preceitos do mindfulness como base.
O objetivo central da TCBM é ajudar os pacientes com
depressão crônica a aprender como evitar recaídas, não
se engajando nos padrões de pensamento automáticos
que perpetuam e pioram a depressão.
Entendendo o Espiral da Depressão
Segal e colaboradores (2002)
descobriram que durante qualquer
episódio de depressão, o humor
negativo ocorre junto com o
pensamento negativo (como "Eu
sou um fracasso", "Eu sou
inadequado", “Eu sou um
preguiçoso”, “Não presto"). 
Quando o episódio depressivo passa e o humor e a
fadiga volta ao normal, o pensamento negativo tende a
desaparecer também.
No entanto, durante o episódio depressivo, foram
formadas associações entre o estado de humor
negativo, a fadiga, e os padrões de pensamentos
negativos. Assim, quando um estado de humor
negativo ocorre novamente (por qualquer motivo), isso
pode desencadear ou reativar o antigo padrão de
pensamento.
TERAPIA COGNITIVA BASEADA EM
MINDFULNESS
59
Os pesquisadores descobriram que, quando pessoas
com histórico de depressão experimentam humor
negativo, elas também podem ter memórias e
pensamentos negativos do passado, o que pode, por
sua vez, levar à preocupação com o futuro e a
sensações físicas como fadiga, reativando o ciclo
depressivo.
Pensamentos autodepreciativos, de que são inúteis,
preguiçosas, tendem a reaparecer, e as pessoas que
acreditaram ter se recuperado podem se sentir "de
volta à estaca zero". Quando isso acontece, os velhos
hábitos de pensamento negativo recomeçam e um
novo episódio depressivo tende a surgir. 
A grande descoberta da TCBM foi o fato de que, em
pacientes depressivos, a ligação entre estados de
espírito negativos e pensamentos negativos continua
pronta para ser reativada. Essa descoberta é de enorme
importânciaporque sugere que a recuperação da
depressão depende de aprender a quebrar o ciclo do
pensamento negativo.
TERAPIA COGNITIVA BASEADA EM
MINDFULNESS
60
renata feitosa
entender o que motiva o ciclo, para enfim lidar com ele
renata feitosa
independente da remissao?
A prática clínica da TCBM
A TCBM é uma intervenção em grupo que dura oito
semanas. Durante essas oito semanas, há encontros
semanais, com duração de duas horas, e uma aula de
um dia após a quinta semana.
Ao longo dos encontros, os pacientes aprendem a se
reconhecer como entidades separadas de seus
pensamentos e humores. Essa desconexão pode
permitir que as pessoas se libertem de padrões de
pensamento nos quais as mesmas mensagens
negativas podem ser repetidas indefinidamente. 
Esse insight pode contribuir para a cura, ajudando os
indivíduos a aprender a inserir pensamentos
positivos em estados de ânimo negativos, a fim de
desarmá-los.
 
Em síntese, a TCBM tenta fornecer aos participantes as
ferramentas necessárias para combater os sintomas
depressivos à medida que surgem. As pessoas que
aprendem essas habilidades podem então ser capazes
de utilizar esses recursos em momentos de angústia.
TERAPIA COGNITIVA BASEADA EM
MINDFULNESS
61
renata feitosa
quando sentem que uma crise esta prestes a começar.
renata feitosa
meditação 
tratamento da depressao
mindfulness eating
renata feitosa
*importante*
renata feitosa
remissao*
AS PARTICULARIDADES E DIFERENÇAS
ENTRE AS TERAPIAS COGNITIVO
COMPORTAMENTAIS
62
CAPÍTULO FINAL
1) Terapia Cognitiva: 
É a teoria primária. Se diferencia apenas das teorias
comportamentais prévias, por enfatizar a necessidade
de compreensão dos processos cognitivos e emocionais
que eliciam os comportamentos.
2) Terapia Racional-Emotiva Comportamental:
Desenvolveu a noção que muitos dos comportamentos
humanos e as suas consequências são derivadas do
que intitulou de “crenças irracionais”. Desenvolveu
métodos para modificar tais crenças.
3) Terapia do Esquema: Sofre influência de diversos
saberes da Psicologia como Psicanálise, Teoria do
Apego, Gestalt Terapia, entre outras. Além desse amplo
espectro teórico, se diferencia por enfatizar as origens
dos problemas psicológicos na infância. 
4) Terapia da Aceitação e Compromisso: É a primeira
corrente da TCC que engloba o mindfulness como
técnica de tratamento. Enfatiza a necessidade de
aceitação dos sentimentos e pensamentos, e não a
busca imediata e desesperada por modificá-los. 
PARTICULARIDADES E DIFERENÇAS ENTRE AS
TERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS
63
5) Terapia Focada na Compaixão: Foca na compaixão
como forma de aliviar o sofrimento. Se baseia na
psicologia evolucionista, neurociências e psicologia
social. Coloca as relações sociais como imprescindíveis
para a saúde mental e utiliza a compaixão como forma
de tratamento dos problemas mentais. 
 
6) Terapia Comportamental Dialética: É uma terapia
que tem como base os princípios da atenção plena
(mindfulness). Porém, como foi desenvolvida e até hoje
é mais utilizada para tratar pacientes com transtornos
graves, toda a sua estrutura é pensada em dar um
verdadeiro suporte para dificuldades severas que
aparecerão no dia a dia desses pacientes. O que muda
da TCD para outras terapias da 3ª onda não é tanto o
seu racional teórico, mas sim a sua estrutura de
execução.
64
PARTICULARIDADES E DIFERENÇAS ENTRE AS
TERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS
7) Terapia Baseada em Mindfulness: Assim como a
Terapia da Aceitação e Compromisso (TAC) e a Terapia
Comportamental Dialética (TCD), a TCBM também é
baseada em mindfulness. Entretanto, diferente destas
outras duas, que focam em aceitar os pensamentos
negativos, para a partir disto criar estratégias de
mudanças, a TCBM foca em barrar os pensamentos
negativos na medida que surgem, conforme propõe a
Terapia Cognitiva de Beck. Por isso que a TCBM é
considerada uma Terapia Cognitiva associada ao
mindfulness.
65
PARTICULARIDADES E DIFERENÇAS ENTRE AS
TERAPIAS COGNITIVO- COMPORTAMENTAIS
renata feitosa
terapia cognitiva - influencia de aaron beck
mindfulness - sineg?
Ao longo desse livro, você foi apresentada aos principais
conceitos de diferentes abordagens da Terapia
Cognitivo-Comportamental. Cada uma destas teorias
apresentam similaridades e diferenças entre si.
Se por um lado todas compreendem a que
pensamento, emoção e comportamento apresentam
uma forte influência mútua, a forma como essa tríade é
trabalhada varia entre as teorias.
Esperamos que esse ebook tenha sido útil para
esclarecer que a Terapia Cognitivo-Comportamental
não é apenas uma única teoria, mas uma grande
família de teorias que não para de se desenvolver.
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Beck, A. T. (1967). Depression: Clinical, Experimental, and Theoretical
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Beck, A. T. (1976). Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. New
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