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Direito Aplicado aos Negócios Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Tercius Zychan Revisão Textual: Prof. Ms. Claudio Brites Contratos • Teoria Geral dos Contratos • Função Social dos Contratos • Elementos do Contrato • Princípios • Classificação dos Contratos • Ineficácia do Contrato • Extinção dos Contratos · Entender a Teoria Geral dos Contratos; · Identificando as estruturas e as espécies de contratos; · Entender os conceitos e as possibilidades dos contratos serem ineficazes; · Compreender quais são as possibilidades de extinção dos contratos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Contratos Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Contratos Teoria Geral dos Contratos Você consegue perceber qual a importância dos contratos na sociedade em que vivemos? Desde de que o homem passou a viver em uma sociedade, surgiram os primeiros contratos. Os contratos acompanham o desenvolvimento da sociedade, assim, sociedade e a Teoria dos Contratos seguem lado a lado com o objetivo de reger as relações oriundas de uma sociedade organizada. Ex pl or Por intermédio de um contrato, as denominadas partes, que são os contratantes, declaram suas vontades integrando-as, permitindo que se institua aos contratantes a aquisição, a conservação, a transferência, a modificação ou a extinção de direitos e obrigações, por exemplo. Importante! Resumidamente, podemos entender por contrato, em um sentido geral: Qualquer ato jurídico, em sentido amplo, que promove a coordenação de vontades dos contraentes que seja apta a produzir efeitos jurídicos. Em Síntese Ou seja, um contrato trata-se de um ato jurídico, que redunda em um negócio jurídico, sendo formado por um acordo de vontades, que permite criar, modificar ou extinguir um direito. Mas o que é preciso para surgir um contrato? Contrato: É o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre objeto lícito e possível, com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. Os contratos são um ato humano, lícito, capaz de adquirir, transferir, modificar, ou extinguir uma relação jurídica, esse seria um conceito mais estrito do que vem a ser um contrato. Ex pl or Modernamente, é correto entender que o contrato é um ato jurídico bilateral (acordo das partes e sua manifestação externa formal desse acordo), cuja finalidade é de produzir certas consequências jurídicas, dando origem às obrigações. 8 9 Função Social dos Contratos A vontade entre as partes, para alcançar determinado objetivo ou para suprir determinada necessidade, sempre foi o foco principal de qualquer contrato. Esse entendimento, quanto aos objetivos dos contratos, é encontrado desde o período em que, no Ocidente, o Direito Romano era o grande precursor, e era caracterizado pelo formalismo entre as relações jurídicas. Entretanto, desde esse período, prevalecia a liberdade entre as partes de contratar; hoje essa vontade está estampada no que se denomina Princípio da Autonomia da Vontade, no qual os contratantes de modo formal expressam sua intenção de contratar. Era dessa forma que o antigo Código Civil Brasileiro de 1916 tratava o assunto. Na vigência desse código, havia uma grande liberdade de serem firmados contratos, desde que os aspectos formais fossem observados. Nos tempos atuais, há uma nova ótica a ser inserida aos contratos, pois esses instrumentos propiciam que exista a circulação de riquezas, a distribuição da renda, a criação de empregos, a educação e o respeito do povo para a vida em sociedade. Assim, além de existir liberdade de contratar, os contratos estão voltados a garantir e respeitar determinados interesses sociais. Na atual sociedade, o individuo é posto dentro de uma estrutura coletiva, onde deve buscar um permanente equilíbrio. Desse modo, as vontades dos contratantes está limitada, com o objetivo de gerar o equilíbrio entre suas relações para com os interesses da sociedade. É sob essa ótica que o atual Código Civil Brasileiro, de 2002, trata a questão da função social dos contratos em seu artigo 421: A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. A evolução social e da teoria dos contratos possibilitou a multiplicação dos obje- tos que dão origem aos contratos, ou relações contratuais, fazendo emergir as mais diversas modalidades de contratos. Importante! Diante do que vimos até agora, qual a importância de conhecermos os contratos? Os contratos, objeto de estudo do denominado direito contratual, tem o condão atual de permitir ao homem o seu desenvolvimento sob o prisma da distribuição de oportuni- dades e riquezas, com o objetivo de ser atingido o “bem comum”. Importante! 9 UNIDADE Contratos Elementos do Contrato Não resta dúvida de que o contrato é a mais comum fonte de obrigação, a gerar um vínculo entre o sujeito passivo (devedor) e o sujeito ativo (credor), que são os contratantes que formam a chamada “relação contratual”. Para se caracterizar um contrato, devem estar presentes três elementos fundamentais e imprescindíveis: pessoas, prestação e vínculo jurídico. Assim, o contrato deve conter cláusulas que abranjam, no mínimo, esses elementos constitutivos da obrigação. O artigo 104 do atual Código Civil manifesta que para que um negócio jurídico seja válido devem estar presentes três elementos: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. O agente capaz é toda pessoa que possa exercer seus direitos e responder por suas obrigações. Mas a lei considera algumas como incapazes, sendo essas pessoas que não podem por si exercerem todos ou alguns atos jurídicos. Podemos dizer que existem duas espécies de incapacidade: a absoluta e a relativa. Para celebrar contratos chamados absolutamente incapazes, as partes deverão ser representadas; já os relativamente incapazes deverão ser assistidos por quem de direito, para que o instrumentopossa ser válido, pois, pela lei, eles não podem manifestar sua vontade livremente. As pessoas denominadas contratantes podem ser pessoas jurídicas, mas, para tan- to, devem estar representadas por seus respectivos sócios, gerentes etc. O contrato também deve apresentar um objeto lícito, possível determinado ou determinável. Na conformidade da interpretação de Cezar Fiúza (2015), o qual diz que objeto lícito é “aquele realizável, tanto materialmente como substancialmente”, ou seja, que não se vincula a coisas impossíveis – como a venda de um terreno na Lua, por exemplo – ou a coisas ilegais – como a venda de drogas ilícitas e afins –, que não traga desabono às partes contratantes e, também, à sociedade. Os contratos possuem forma livre, aperfeiçoando-se, ou geram obrigações com troca dos consentimentos entre as partes. Já os contratos solenes dependem de forma imposta em lei, devendo cumprir essas exigências para serem válidos. Pode- se dar exemplo de contratos solenes: casamento, adoção, aqueles que dependam escritura pública etc. 10 11 Princípios A teoria geral dos contratos é formada por uma série de princípios que lhe dão força para a interpretativa. Princípio da Obrigatoriedade da Convenção Você já ouviu falar que os contratos “torna-se lei entre as partes”? Depois de elaborado o contrato e assinado, passa o contrato a ser obrigatório entre as partes, as quais dele não podem mais se desvencilhar, ou seja, como defi ne alguns doutrinadores, “torna-se lei” entre as partes, as quais devem dar fi el cumprimento à denominada pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos). Ex pl or A alteração dessa relação pode ser modificada diante da ocorrência da denomi- nada cláusula rebus sic stantibus (retornando as coisas como estavam antes). Essa permite a revisão das cláusulas contratuais quando da ocorrência da alteração das condições atuais vigentes à época da celebração. Acompanha tal pensamento a denominada Teoria da Imprevisão. Nessas condições, o devedor se libera do liame contratual, diante de acontecidos fatos extraordinários e imprevisíveis, tornando a prestação excessivamente onerosa para uma das partes, permitindo a parte onera- da a evocar, inclusive judicialmente, a rescisão do negócio. Princípio da Relatividade dos Efeitos Segundo tal princípio, os efeitos contratuais devem atingir tão somente as partes, não podendo atingir outras pessoas (terceiros) fora da relação contratual. Somente os que manifestaram a sua vontade estão vinculados à relação contratual, não podendo afetar terceiros nem seu patrimônio. Em outras palavras, o contrato vincula apenas as partes contratantes; só as partes fi cam obrigadas a cumprir o objeto do contrato. Princípio da Probidade e da Boa-fé Tal princípio significa que as partes de um contrato devem proceder com lealdade e boa fé uma em relação à outra, cada qual cumprindo suas respectivas obrigações contratuais. 11 UNIDADE Contratos O Professor Carlos Roberto Gonçalves (2009) assim trata tal princípio: [...] cabe ao juiz estabelecer a conduta que deveria ter sido adotada pelo contratante, naquelas circunstâncias, levando em conta os usos e costumes. Estabelecido esse modelo criado pelo juiz para a situação, cabe confrontá-lo com o comportamento efetivamente realizado. Se houver contrariedade, a conduta é ilícita porque violou a boa-fé, assim como veio a ser integrada pela atividade judicial naquela hipótese. Princípio da Permanência do Contrato O contrato é um instrumento de harmonização dos interesses sociais, de tal sorte, somente poderá ser dissolvido quando da presença de alguma impossibilidade de mantê-lo. Classificação dos Contratos Existem diversas possibilidades para classificarmos os contratos, podemos fazê- lo buscando seus aspectos quanto à forma, à natureza, ao tempo e às pessoas. Vamos verificar essa classificação, é o que veremos: 1. Quanto à forma, os contratos podem ser: a) Contratos principais: São aqueles que, para existir, não dependem de qualquer outro, são independentes da existência de outro ajuste, ou seja, de outro contrato. Ex.: contrato de depósito, que é entre outros; deixar a bagagem nos maleiros do aeroporto enquanto aguarda o voo; b) Contratos acessórios: São o tipo de contrato que não existe por si só, depende da existência de um contrato principal. Ex.: Arras (significa o sinal dado), quando você vai comprar um determinado bem e, para garantir o futuro contrato de compra e venda, você deixa um sinal, asse- gurando seu interesse no contrato principal; c) Contratos preliminares: São o tipo de ajuste que cria diversos tipos de obrigações definitivas para os contratantes. Para Caio Mário (1996), o contrato preliminar é: [...] aquele por via do qual ambas as partes, ou uma delas, comprometem- se a celebrar mais tarde outro contrato, que será o principal. Importante! Você consegue dar um exemplo de um contrato preliminar? Um bom exemplo é um compromisso de compra e venda, com a promessa futura de alienação, como ocorre muito no mercado imobiliário. Trocando ideias... 12 13 d) Contratos defi nitivos: São contratos que criam vários tipos de obriga- ções definitivas para os contraentes. Ex.: contrato de locação. e) Contratos consensuais: São aqueles que se aperfeiçoam pelo simples e mero consentimento e não reclamam solenidade ou tradição. Um bom exemplo é o contrato de transporte; f) Contratos reais: Todo o contrato que se finda com a entrega da coisa. Ex.: comodato, onde alguém entrega a outrem uma determinada coisa para uso temporário; findo o uso e a restituição da coisa, dissolve-se a relação contratual; g) Contratos solenes: como já mencionado, são os que dependem de forma prescrita em lei. Ex.: compra e venda de imóveis (requer escri- tura pública); h) Contratos não solenes: todo ajuste que não possui previsão em lei e constitui-se a regra; 2. Quanto à sua natureza, os contratos são classificados em: a) Unilaterais: Aperfeiçoam-se por uma só obrigação. Ex.: o testamento, a doação; b) Bilaterais: Aperfeiçoam-se por reciprocidade de obrigações. Ex.: Escrituras de compra e venda. No contrato bilateral, as obrigações dos contratantes são recíprocas; c) Onerosos: São os ajustes em que há um sacrifício a título oneroso, ou seja, demandam um sacrifício patrimonial para ambas as partes. Ex.: compra e venda; d) Gratuitos: Há um sacrifício patrimonial, apenas, para uma das partes. Ex.: doação; e) Comutativos: São aqueles contratos que as prestações se cumprem simultaneamente. Ex.: Compra e venda; f) Aleatórios: Nesses contratos, as prestações são deferidas para o futuro. Ex.: contrato de seguro; g) Contratos paritários: Nele as partes estipulam cláusulas em pé de igualdade, há um equilíbrio entre as partes. Ex.: compra e venda; h) Contratos por adesão: Uma das partes apenas adere à proposta da outra, não podendo discutir as cláusulas contratuais. Não há equilíbrio, a relação é desproporcional. Ex.: fornecimento de água; i) Contrato Inominado: É aquele contrato que, embora não vedado em lei, não possui regulamentação inserida no presente Direito Positivo, de onde vem a sua designação de inominado. Assim, por não terem regulamentação especial, tais contratos são disciplinados pela analogia com os contratos nominados e pelos princípios gerais de direito; j) Contrato Principal: Para sua existência não se vincula a qualquer outro. 13 UNIDADE Contratos 3. Quanto ao tempo, os contratos se classificam em: a) Contratos instantâneos: São aqueles cujas prestações se executam no momento da celebração do contrato. Ex.: compra e venda à vista; b) Contratos de trato sucessivo: Não é possível sua satisfação em um só momento. Ex.: seguro; 4. Quanto às pessoas, os contratos se classificam em: a) Contratos pessoais: Em razãoda pessoa, somente podem ser executa- dos pelo próprio devedor. Ex.: mandato; b) Contratos impessoais: Quando a pessoa do outro contraente não é elemento determinante para a conclusão do contrato. Ineficácia do Contrato Quando tratamos dos requisitos, que devem estar presentes em um contrato, anunciamos que esses são primordiais para sua existência do ato e fato jurídico, e estando ausentes quaisquer dos elementos, podem conduzir os contratos a serem considerados como: nulos e anuláveis. Importante! Você sabe à diferença de nulo x anulável? O ato nulo é aquele que ordenamento jurídico nunca fora considerado válido. O ato anulável, por outro lado, pode ser confirmado pelas partes, desde que não exista prejuízo a direito de terceiros. Note que tal possibilidade não existe para os atos nulos, ou seja, pode ser validado. Você Sabia? No tocante à nulidade, essa pode ser arguida por qualquer interessado; já no tocante à anulabilidade, essa será arguida apenas pelos titulares dos interesses em acordo no contrato. Para que se declare a nulidade do contrato, não será necessária qualquer provo- cação, pois, como ele deixou de observar requisitos da lei, chegando ao conheci- mento de qualquer juiz, esse pronuncia a nulidade do contrato. Vejamos um exemplo: Um contrato assinado por um menor de 18 anos, ele é absolutamente incapaz de celebrar um negócio jurídico, por previsão expressa da lei, assim o contrato é nulo de pleno direito. 14 15 Para que se declare, no entanto, a anulabilidade do contrato, essa deverá ser suscitada pela parte que a lei protege – um exemplo seria a celebração de um contrato, na qual uma das partes foi coagida mediante a alguma ameaça a celebrá- lo; nesse caso, a formalidade está na forma da legislação vigente há um vício de vontade que contamina o contrato, podendo ser suscitada a anulabilidade. O contrato nulo perde seus efeitos desde a sua formação, ou seja, a partir da ori- gem do contrato – no Direito, a esse efeito dos contratos se utiliza do termo ex tunc. Já para os contratos anuláveis, esses têm seus efeitos válidos enquanto não se declarar sua invalidade e só sofrem alteração a partir daí, para o qual a denominação jurídica é ex nunc. Extinção dos Contratos Podem os contratos serem extintos pelos motivos que veremos a seguir: Execução do Contrato É a forma mais comum de extinção dos contratos. Ocorre quando todas as partes cumprem com as obrigações convencionadas. Condição Resolutiva Essa condição pode estar presente por previsão expressa, bem como por pre- visão tácita. • Previsão tácita: De tal sorte que, em havendo o descumprimento da obrigação contratual de uma das partes em relação à outra, é facultado pedir a rescisão do contrato por inexecução, podendo, se houver interesse, exigir o cumprimento da avença com indenização por perdas e danos, mediante processo judicial. • Previsão expressa: Trata-se de cláusula contratual em que o não cumprimento da obrigação contratual implica na rescisão do contrato, não carecendo de manifestação do Poder Judiciário. Direito de Arrependimento Para que exista tal possibilidade, deve haver cláusula de previsão expressa no contrato, assim pode o contrato ser rompido, desde que o arrependimento seja manifesto dentro do prazo fixado em contrato. Resolução A resolução pode se dar nas seguintes conformidades: • Por onerosidade excessiva (art. 478, CC): É o caso quando o contrato, por exemplo, diante de um evento extraordinário e imprevisível, quando da data 15 UNIDADE Contratos da contratação, tornou as obrigações contratuais excessivamente onerosas à prestação de uma das partes. Nesse caso, pode o devedor da obrigação pedir a resolução do contrato; • Por inexecução voluntária: A inadimplência da obrigação se deu por culpa de uma das partes. Nesse caso, haverá perdas e danos. • Por inexecução involuntária (força maior e caso fortuito): fatos alheios à vontade da parte a impedem de cumprir com sua prestação. Não há culpa, afastando a possibilidade de indenização por perdas e danos. Pode existir a intervenção judicial para trazer o equilíbrio da relação contratual, ou para se apurar eventuais perdas e danos. Resilição A resilição (dissolução do contrato por simples declaração de vontade de uma ou das duas partes contratantes) poderá ser: • Bilateral (também conhecida por distrato): Ocorre um rompimento do vín- culo contratual firmado entre as partes. Deve respeitar às mesmas normas e forma do contrato que se extingue. Você já ouviu falar em distrato? O distrato tem por finalidade extinguir as obrigações estabelecidas em um contrato celebrado anteriormente.Ex pl or • Unilateral: Admitida em situações excepcionai, quando da ocorrência em certo contrato em que uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução. A denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. • Morte (para as obrigações personalíssimas): Só implica a extinção do con- trato firmado intuitu personae (em razão da pessoa), assim com o falecimento do contratante extinguiu-se a força determinante para a conclusão do contrato. 16 17 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Conheça os Direitos dos Clientes em Contratos com Academias e Escolas https://goo.gl/ZViitZ Cancelamento de Contrato Imobiliário é Tema de Debate https://goo.gl/ZDhe8z Leitura A Atual Teoria Geral dos Contratos https://goo.gl/2PJB7K Função Social do Contrato https://goo.gl/IlCpLB 17 UNIDADE Contratos Referências BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 1. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. V. 3, Contratos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. 17. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. FIUZA, César. Direito Civil: curso completo. 18. ed. São Paulo: RT, 2015. GOMES, Orlando. Contratos. 26. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. GONÇALVES, Roberto Carlos. Direito Civil Brasileiro. Volumes I e III. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. 42. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. NEGREIROS, Teresa. Teoria do contrato – novos paradigmas. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. 34. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. SILVA PEREIRA, Caio Mário da. Instituições de Direito Civil. v. 3. 10. ed. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 1996. p. 81. 18
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