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Saúde da Criança - N1


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IZABELLY ALVARES – 5º SEMESTRE 
Saúde da Criança 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. CÁSSIA 
Prof. Cássia Izabelly Alvares 
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Semiologia Pediátrica 
- Semiologia: estudo dos sinais e sintomas. 
- Consulta pediátrica: 
 Para chegar no diagnóstico preciso, é necessário uma anamnese, um exame 
físico e exames complementares. 90% dos diagnósticos são feitos com uma 
boa anamnese e um bom exame físico. 
 É muito importante valorizar a criança durante a consulta. Perguntar para a 
criança onde dói, pedir para apontar o local. 
ANAMNESE: 
- Identificação; 
- Condições Socioeconômicas; 
- Antecedentes familiares (Doenças infectocontagiosas, verificar se há alguém com 
exantema, má formação); 
 Pesquisar sobre diabetes é importante, mas para o futuro da criança. Enquanto 
é pequenininho, o mais importante é pesquisar doenças infectocontagiosas, 
má formação etc. 
- Antecedentes pessoais (informações sobre o período pré e peri natal, ou seja, 
saber se houve alguma intercorrência durante o parto, como foi a gravidez dessa 
mãe); 
 Obstétricos (gestação, pré-natal, neonatais – primeiros 28 dias de vida); 
 Pessoais (se a criança ficou internada, as doenças que já teve); 
 Alimentares; 
⤷ Perguntar da hora que a criança acorda até a hora que vai dormir, a 
quantidade de refeições, a qualidade das refeições, como são 
preparadas. 
⤷ Leite de saquinho é extremamente ruim para criança. Tem muita gordura e 
pouca proteína. 
 DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor): observar os marcos do 
desenvolvimento. O desenvolvimento é craniocaudal. 
 Vacinação: nada melhor para doenças infectocontagiosas do que a 
vacinação. O documento de vacinação é extremamente importante. É 
necessário pedir para ver esse documento durante a consulta, se o paciente 
não trouxer, pedir para trazer na próxima consulta, se mesmo assim o paciente 
não o fizer, pedir para o ACS fazer um VD. 
- ISDA; 
- HPMA; 
- Queixa e duração; 
 
 
 
 
 
 
 
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- Boletim de Apgar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O que visualizar quando a criança nasce: choro, irritabilidade reflexa e 
frequência cardíaca. 
 Quando a criança nasce, o que se espera é que ela chore. Ela chorando, já 
apresenta esforço respiratório e tônus muscular 2, de acordo com o boletim de 
Apgar. 
- Classificação idade: 
 RN: 0 – 28 dias. 
 Lactente: 1 mês – 2 anos incompletos. 
 Pré-escolar: 2 anos – 6 anos incompletos. 
 Escolar: 6 anos – 10 anos incompletos. 
 Adolescente: 10 anos a 18 anos incompletos. 
- Classificação do RN: 
 Idade Gestacional: 
⤷ Pré-termo: IG > 37 semanas. 
⤷ RN a termo: IG entre 37-41 semanas 6 dias. 
⤷ RN pós termo: IG > = 42 semanas. 
 Peso e IG: 
⤷ RN GIG (Grande para a IG): > percentil 90. 
⤷ RN AIG (Adequado para a IG): percentil de 10-90. 
⤷ RN PIG (Pequeno para a IG): < percentil 10. 
 Peso ao Nascer: 
⤷ RN baixo peso (peso < 2500g). 
⤷ RN de muito baixo peso (peso <1500g). 
⤷ RN de muito muito baixo peso (peso < 1000g). 
EXAME FÍSICO: 
- Regras Gerais do Exame físico: 
 Ter paciência, focar na criança, não utilizar celular. 
 Observar todos os sinais da criança, as ações, a fala etc. 
 A criança deve estar despida e ambiente com boa iluminação. 
 Seguir sequência de exame físico. 
 Conquistar a simpatia e a confiança da criança e dos pais. 
 Delicadeza na abordagem da criança. 
 Conversar com a criança antes e durante o exame. 
 Criança no colo ou nos braços da mãe. 
 Evitar imediato deitar a criança. 
 Evitar colocar subitamente na mesa. 
 Evitar voz elevada, gestos bruscos. 
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 Jamais perder a paciência. 
 Ouvido e garganta no final. 
 Sucesso do exame físico – Cooperação: conquista x abordagem. 
 Para o exame objetivo: boa iluminação do ambiente – luz natural. 
 
EXAME FÍSICO GERAL: 
- Observa-se o aspecto geral da criança ao chegar: 
 Fáscies. 
- Dados vitais: 
 Temperatura: oral (35,8ºC – 37,2ºC); Retal (36,2ºC – 28ºC); Axilar (35,9ºC – 
36,7ºC). 
 Frequência Cardíaca: 
⤷ Bebês acordados: 100 – 220. 
⤷ Bebês dormindo: 80 – 200. 
⤷ Crianças de 3 meses a 2 anos acordados: 80 – 150. 
⤷ Crianças de 3 meses a 2 anos dormindo: 70 – 120. 
⤷ Crianças de 2 a 10 anos acordados: 70 – 120. 
⤷ Crianças de 2 a 10 anos dormindo: 60 – 90. 
⤷ Crianças de 10 anos à vida adulta acordados: 55 – 90. 
⤷ Crianças de 10 anos à vida adulta dormindo: 50 – 90. 
 Frequência Respiratória: 
⤷ Bebês: 35 – 50. 
⤷ Crianças de até 1 ano: 30. 
⤷ Crianças de 1 a 2 anos: 25 – 30. 
⤷ Crianças de 2 a 8 anos: 20 – 25. 
⤷ Crianças de 8 a 12 anos: 18 – 20. 
⤷ Crianças de 12 anos à vida adulta: 14 – 18. 
 Pressão Arterial: 
 
M Quanto menor a criança, maior a FC e FR e menor a PA. 
 
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- Medidas antropométricas: 
 Estatura: 
 
 
 
 
- Nível de consciência. 
- Condições de higiene. 
- Ativo ou hipoativo ou irritadiço. 
- Atitude (se está hipotônica). 
- Fala. 
- Psiquismo. 
EXAME FÍSICO DO RN: 
- Padrão respiratório: no lactente, a respiração é abdominal. 
- Postura (Flexora). 
 Atividade. 
- Exame físico do crânio: é comum ter edema de crânio por conta de algum trauma 
durante o parto. 
- Neurológico: 
 Reflexos primitivos: 
⤷ Moro; 
⤷ Sucção; 
⤷ Procura; 
⤷ Marcha; 
⤷ Preensão palmar; 
⤷ Preensão plantar; 
⤷ Babinsk. 
 
EXAME FÍSICO ESPECIAL: 
- Avaliação de órgãos e sistema: 
 Cabeça e Pescoço: 
⤷ Fontanelas: 
W Anterior – bregmática (se fecha por volta dos 18meses). 
W Posterior – lambdoide (1m). 
W Ver se fontanela é plana, normotensa. 
⤷ Orelhas, olhos, nariz, boca. 
W Ver se o conduto auditivo tem brilho, observar Anisocoria, estrabismo. 
W Verificar se a formação do meato auditivo foi correta. 
⤷ Tireoide. 
M Observar: desvios fenotípicos (ex.: orelha mais para cima do que o esperado, 
aumento do crânio, anencefalia, fissura palatina, síndromes genéticas). 
⤷ Linfonodos – exame das cadeias ganglionares: 
W Localização, tamanho, consistência, mobilidade, coalescência, 
sensibilidade dolorosa. 
 Tórax – aparelho respiratório: 
⤷ Inspeção: 
W Padrão respiratório: frequência, ritmo e amplitude. 
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⤷ Palpação: 
W Aquecer as mãos e pesquisar pontos dolorosos, tumorações, nódulos, 
frêmito tóraco vocal (choro/gemido), expansibilidade (simetria). 
⤷ Ausculta: 
W Toda a região torácica, pesquisa de murmúrio vesicular, presença de 
ruídos adventícios, pode ser um dos primeiros passos do exame físico, 
dependendo do psiquismo da criança. 
 Tórax – aparelho cardiovascular: 
⤷ Palpação: 
W Com dedo indicador – pesquisa-se o Ictus cordis (Extensão, intensidade, 
ritmo dos batimentos cardíacos). 
W Mão espalmada – verificar presença de frêmitos. 
⤷ Ausculta: 
W Deve-se determinar a FC, ritmo das bulhas cardíacas, intensidade das 
bulhas cardíacas e presença de outros ruídos (atrito ou sopros – sistólico, 
diastólico e contínuos). 
⤷ Palpação dos pulsos: para descartar cardiopatias congênitas. 
W 2 e 3 dedos. 
W Forma comparativa. 
W Avalia-se: 
W Intensidade, ritmo e simetria. 
W Mais verificados: radiais, femorais e pediosos. 
 Abdome: 
⤷ Inspeção: 
W Forma, simetria, cicatriz umbilical (hérnias/secreções), presença de 
movimentos peristálticos, abaulamentos, circulação colateral. 
W Não deve ter movimentos peristálticos e nem circulação colateral. 
Movimentos intrabdominais são normais, mas não visíveis. 
W Bebês que tomam leite materno apresentam ruídos hidroaéreos 
aumentados. 
⤷ Ausculta: 
W Deve preceder a palpação e a percussão. Inicia-se pela fossa ilíaca 
esquerda. 
W Pesquisar ruídos hidroaéreos. 
W Deve-se auscultar por 15 segundos cada quadrante. 
⤷ Palpação: 
W Aproveitar a inspiração – maior relaxamento muscular. 
W Inicia-se com a palpação superficial – deslizando a mão sobre o 
abdome, observando se há dor. 
W Pesquisa-se presença de massas ou visceromegalias. 
W No lactente: fígadoé palpado a 2/3 cm abaixo do RCD. Em 14% dos 
lactentes palpa-se ponta de baço e em 7% das crianças entre 2 e 7 
anos. 
W Palpação de loja renal: com a mão esquerda apoiada sob o ângulo 
costovertebral e palpa-se com a mão direita. Normalmente os rins não 
são palpáveis. 
 
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 Gênito-urinário: 
⤷ Meninos: 
W Aspecto e tamanho de pênis e bolsa escrotal; 
W Exposição da glande: localização do orifício uretral (normal, epispádia, 
hipospádia), presença de aderências; 
W Palpa-se testículos: tópicos, retráteis, presença de tumorações ou 
líquidos. 
M É muito comum o paciente menino ter fimose até os 2 anos. 
M Precisa muita atenção ao especificar se é um aparelho genital masculino ou 
feminino, pois é comum presença de edema em grandes lábios ou genitália 
ambígua. 
⤷ Meninas: 
W Simetria de grandes lábios. 
W Presença de pilificação ou tumoração. 
W Coloração de mucosa da vulva e introito vaginal. 
W Características de clitóris, pequenos lábios e hímen. 
W Presença de secreções. 
 Locomotor: 
⤷ Observar se tem escoliose, cifoescoliose, lordose, pé torto congênito, 
ausência/presença de todos os dedos. 
⤷ Verificar a coluna da criança, se há má formação. 
 Pele e anexos: 
⤷ Observar se há presença de eritema (famosa assadura), púrpura, 
hemangioma, lesão hipocrômica, lesão acrômica, lesão hipercrômica, 
vesícula, tumoração, urticária, pápulas, bolhas e pústulas. 
⤷ A presença de eritema costuma ser dermatite de fraldas, por conta da 
criança ficar com urina e fezes na fralda por tempo prolongado. 
⤷ Lesão acrômica: sinal sugestivo de vitiligo. 
⤷ Lesão hipercrômica: pode estar associada a alguma doença genética. 
⤷ Vesícula: o vírus da varicela zoster pode causar varicela, que apresenta 
vesícula, sífilis congênita. 
⤷ Eritema tóxico (relação da criança com o meio ambiente), mancha 
mongólica (acumulo de melanócito na pele da criança), vérnix caseoso, 
coloração de arlequim (alteração vasomotora) – pele da criança com 
regiões avermelhadas e outras regiões, coloração branca, máscara 
equimótica(comum após trabalho de parto prolongado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aleitamento e Alimentação da Infância 
ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA: 
A alimentação saudável deve possibilitar crescimento e desenvolvimento adequados, 
otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos e atuar na prevenção de 
doenças em curto e longo prazo. 
1º SEMESTRE DE VIDA: 
- Uso exclusivo do leite humano. 
- Impossibilidade de amamentação – uso de fórmulas lácteas infantis. 
- “Dra., posso dar chá ou água para o bebê?” 
 A cafeína do chá compete com o ferro, podendo causar anemia ferropriva. 
 A água dá sensação de saciedade. 
- “Mas os dias têm sido tão quentes. Ele tem sede.” 
 Em dias mais quentes, a mãe deve se hidratar ainda mais, pois a criança 
mamará mais. 
2º SEMESTRE DE VIDA: 
- Alimentação complementar. 
- Oferta de novos alimentos. 
- Progressão da consistência da dieta. 
10º E 12ºMÊS DE VIDA: 
- Alimentação modificada com formas de preparo e qualidade semelhantes a 
alimentação consumida pela família. 
CONTRAINDICAÇÃO PARA ALEITAMENTO MATERNO: 
- Mãe HIV positivo. 
- Infecção pelo vírus HTLV (vírus linfotrópico da célula humana) 1 e 2. 
- Doença de chagas na fase aguda, principalmente se a mãe está com fissura 
mamária. 
- Hepatite A e a mãe tem sangramento mamário. 
M Hepatite B não contraindica amamentação. 
M Se a mãe beber até 0,05g de álcool por dia (corresponde a uma taça de vinho), 
pode amamentar. 
M Mãe com tuberculose pode amamentar, mas precisa fazer uso de máscara. 
- Vou prescrever fórmula quando houver contraindicação para aleitamento 
materno. 
- O banco de leite prioriza a criança que precisa mais, ou seja, o pré-termo, o 
paciente na UTI. 
- Sempre incentivar o aleitamento materno exclusivo em livre demanda. 
- Não dar leite na mamadeira, mas no copinho. 
- O paladar da criança é acostumado com o alimento depois de o experimentar de 
9 a 15 vezes. Depois disso, aí sim podemos dizer que a criança não gosta de tal 
alimento. 
- Não se fala mais os termos “papa salgada” e “papa doce”, pois as mães 
achavam que deveriam colocar sal e açúcar na comida. O sal/açúcar que vai na 
papa é do próprio alimento. Devemos falar “papa principal”. 
- Não posso dar mel por conta da toxina botulínica presente no mel. 
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- O primeiro dentinho aparece por volta dos 5 meses. 
- Cozinhar os legumes e verduras e amassar com o garfo. Não bater no liquidificador 
e nem passar na peneira. Devemos deixar os alimentos amassadinhos e separados 
no prato, para que a criança consiga sentir o gosto de cada alimento separado. 
- Fazer papa de frutas. Usar qualquer fruta da estação. Normalmente damos a 
mesma papa de fruta por 2 ou 3 dias, para que a criança se acostume com o 
sabor e para observar se a criança não tem alergia aquele alimento. 
- Engrossantes (maisena, mucilon, farinha láctea, aveia), não devem ser dados para 
a criança, pois são ricos em carboidratos, o que acarretará no aumento de peso 
do nosso pacientinho. 
- Em algumas (raras) exceções, além da farinha, podemos colocar um pouco (mas 
bem pouco) de açúcar. 
- Aos 9-10 meses, começamos com a “papa de panela”, que é a comida da casa 
mesmo, que foi feita para toda a família. 
LEITE MATERNO EXCLUSIVO ATÉ O 6º MÊS DE VIDA: 
ALEITAMENTO MATERNO: 
- Aleitamento materno exclusivo (até 6 meses de 
vida): quando a criança recebe somente leite 
materno, diretamente da mama, ou leite humano 
ordenhado, e nenhum outro líquido ou sólido, com 
possível exceção de medicamentos, ou seja, toda a 
energia e todos os nutrientes são fornecidos pelo leite 
humano. 
- O incentivo e o apoio ao aleitamento materno 
devem ocorrer no pré-natal, na sala de parto, no 
alojamento conjunto e após a alta hospitalar, bem 
como nas unidades de alto risco que atendem o recém-nascido. 
- O leite humano atende perfeitamente às necessidades dos lactentes, sendo, muito 
mais do que um conjunto de nutrientes, um alimento vivo e dinâmico por conter 
substâncias com atividades protetoras e imunomoduladoras. Ele não apenas 
proporciona proteção contra infecções e alergias como também estimula o 
desenvolvimento do sistema imunológico e a maturação do sistema digestório e 
neurológico. 
- Dez passos para o sucesso do aleitamento materno: 
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deveria ser rotineiramente 
transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde. 
2. Treinar toda a equipe de saúde, 
capacitando-a para implementar essa 
norma. 
3. Informar todas as gestantes sobre as 
vantagens e o manejo do aleitamento. 
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na 
primeira meia hora após o nascimento. 
5. Mostrar às mães como amamentar e 
manter a lactação mesmo se vierem a ser 
separadas de seus filhos. 
6. Não dar a RN nenhum outro alimento ou 
bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo 
médico. 
7. Praticar o aleitamento conjunto – ou seja, permitir que mães e bebês permaneçam 
juntos – 24 horas por dia. 
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8. Encorajar o aleitamento sob libre demanda. 
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas as crianças amamentadas ao seio. 
10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, aos quais as 
mães deverão ser encaminhados por ocasião da alta do hospital ou ambulatório. 
REFLEXOS PRIMITIVOS DO RECÉM-NASCIDO: 
- Ao nascer, a criança é movida por reflexos 
que asseguram sua sobrevivência. 
- O reflexo de busca (procura). 
- Reflexo de sucção. 
COMO A CRIANÇA MAMA? 
- Técnica correta: a boca da criança 
pegando a auréola mamária, para que o 
mamilo da mãe vá para o palato mole da 
criança. Caso o mamilo vá para o palato 
duro da criança, ela vai cansar e vai parar 
de mamar. 
- “boca de peixinho”: o lábio inferior e 
superior para fora. Não deve estarfazendo 
covinha. A bochecha deve estar cheia. 
- As nádegas da criança devem estar 
apoiadas pelas mãos da mãe. Deve 
acontecer o contato pele a pele. 
- A mãe não deve pegar seu seio na parte 
de cima, pois pode diminuir a passagem 
de leite (comprimir os ductos mamários). O 
certo é pegar embaixo da mama. 
- O aleitamento se inicia na sala de parto. Quando a criança nasce, já deve ser 
colocado para mamar. 
- Não devemos esperar a criança pedir para mamar, pode desenvolver quadro de 
anorexia na criança. 
 
APÓS O 6º MÊS DE VIDA: 
- A partir do sexto mês de vida, deve-se introduzir a alimentação complementar, 
mantendo-se o aleitamento materno até os 2 anos de idade ou mais. 
- Com o crescimento acelerado do primeiro ano de vida, os requerimentos de ferro 
e zinco aumentam muito além do que leite materno costuma oferecer. 
- Cerca de 50 a 70% do zinco e 70 a 80% do ferro, deverá vir de fontes 
complementares por meio da alimentação. 
- A introdução da alimentação complementar deve ser gradual (Com todos os 
nutrientes), sob a forma de papas (alimentação de transição), oferecida com a 
colher. 
- A oferta excessiva de carboidratos (especialmente os simples) e de lipídeos 
predispõe a doenças crônicas como obesidade e diabetes tipo 2. 
- A introdução de certos alimentos potencialmente alergênico, como ovo e peixe, 
pode ser realizada a partir do sexto mês de vida mesmo em crianças com história 
familiar de atopia. 
- Os alimentos utilizados pela família (modificados ou simplesmente alimentos da 
família), devem ser oferecidos inicialmente (> 6 meses) em forma de papa, 
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passando-se a apresentá-los em pequenos pedaços dos 9 aos 11 meses e, aos 12 
meses, na mesma consistência com que são consumidos pela família. 
- As frutas in natura, preferencialmente sob a forma de papa, devem ser oferecidas 
nesta idade, amassadas, sempre em colheradas ou sucos. O tipo de fruta a ser 
oferecido terá de respeitar características regionais, custo, estação do ano e 
presença de fibras, lembrando que nenhuma fruta é contraindicada. 
- Após os 6 meses de vida, podemos oferecer água para a criança. 
- A primeira papa principal deve ser oferecida a partir do sexto mês, no horário de 
almoço ou jantar, conforme o horária que a família estiver reunida, completando-
se a refeição com o leite materno até que a criança se mostre saciada apenas 
com a papa. 
- A segunda papa principal será, oferecida a partir do sétimo mês de vida. Os 
grupos de alimentos e o número de porções/dia para crianças de 6 a 11 meses, 
segundo a pirâmide de alimentos. 
 Cereais ou tubérculos. 
 Leguminosas. 
 Carne ou ovo. 
 Hortaliças (verduras e legumes). 
 Óleo vegetal. 
- Em média, são necessárias de 8 a 15 exposições ao alimento para que ele seja 
plenamente aceito pela criança. 
- É importante oferecer água potável a partir da introdução da alimentação 
complementar porque os alimentos dados ao lactente apresentam maior 
quantidade de proteínas por grama e maior quantidade de sais, o que causa 
sobrecarga de solutos para os rins, que deve ser compensada pela maior oferta de 
água. 
- A excessiva ingestão de sódio por lactentes está associada com o 
desenvolvimento de hipertensão arterial. O sal não deve ser adicionado às papas, 
sendo suficiente o conteúdo de sódio intrínseco aos alimentos utilizados no 
preparo. 
ESQUEMA DE INTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS COMPLEMENTARES: 
FAIXA ETÁRIA TIPO DE ALIMENTO 
Até o 6º mês Leite materno exclusivo 
Do 6º ao 24º mês Leite materno complementado 
No 6º mês Frutas (amassadas ou raspadas). 
Primeira papa da refeição principal (com ovo inteiro cozido e peixe) 
Do 7º ao 8º mês Segunda papa principal 
Do 9º ao 11º mês Gradativamente, passar para a refeição da família com ajuste da 
consistência 
No 12º mês Comida da família (observar adequação) 
 
 
 
 
 
 
 
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Atualização do Calendário de Vacinação da Criança 
Programa Nacional de Imunização 
- No primeiro ano de vida, a criança toma muitas vacinas, porém, não apresenta 
memória imunológica. 
- O calendário vacinal é dividido em vacinas primárias e de reforço. 
ALGUNS CONCEITOS: 
Vacinas inativadas (“mortas”): hepatite B, tetravalente (DTP/Hib), pentavalente, 
pneumocócica, meningocócica, VIP, hepatite A, DTP, dT, influenza, HPV. 
Vacinas atenuadas (“vivas”): BCG, rotavírus, poliomielite oral, febre amarela, tríplice 
viral, varicela. 
Vacinas combinadas: são aquelas que contêm no mesmo frasco antígenos de 
agentes infecciosos diferentes (por exemplo, a vacina tríplice viral – contra o sarampo, 
caxumba e rubéola – e a vacina tríplice bacteriana – contra difteria, tétano e 
coqueluche). 
Vacinas conjugadas: são aquelas em que um produto imunologicamente menos 
potente, por exemplo, um polissacarídeo, é juntado a um outro produto 
imunologicamente mais potente, por exemplo, uma proteína com o objetivo de 
aumentar sua capacidade imunogênica (vacinas conjugadas contra o hemófilos, 
contra o pneumococo e contra o meningococo C). 
BCG: 
Doença evitada: formas graves de tuberculose (tuberculose meníngea (Meningo Tb) e 
miliar). 
Composição: bacilos vivos de cepa de Mycobacterium bovis com virulência atenuada 
(bacilo Calmette – Guérin). 
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Contraindicações: 
- Imunodeficiência congênita ou adquirida. 
- Neoplasias malignas. 
- Tratamento com corticosteroides em dose elevada (equivalente a prednisona na 
dose de 2mg/kg/dia ou mais, para crianças, ou de 20mg/dia ou mais, para 
adultos, por mais de duas semanas) ou submetidas a outras terapêuticas 
imunodepressoras (quimioterapia, radioterapia etc.). 
- Grávidas. 
- Crianças com peso abaixo de 2kg (podem não responder bem à vacina). 
M Essa é a vacina que deixa a marca no braço. É aplicada no M. Deltoide direito. 
Entretanto, há pessoas que não apresentam a marca e por conta disso, é 
importante ter o documento que comprove que a criança tomou a vacina. 
Precauções: 
- A vacina deverá ser adiada até três meses após o tratamento com 
imunodepressores ou com corticosteroides em dose elevada. 
- Adiar a vacinação quando o peso ao nascer for inferior a 2.000g. 
Vias de administração: intradérmica. 
Esquema vacinal: dose única, ao nascimento ou na 1ª visita à unidade de saúde. Não 
revacinar. 
Eventos adversos: 
- Lesões locais e regionais mais frequentes: 
 Úlcera com diâmetro maior que 1cm (não cicatrização até 12 semanas – 
isoniazida). 
 Abscesso subcutâneo frio (isoniazida). 
 Abscesso subcutâneo quente (antibiótico para processo infeccioso agudo). 
 Linfadenopatia regional supurada (isoniazida) ou não supurada (acompanhar). 
 Cicatriz queloide (Expectar). 
 Reação lupóide (esquema tríplice). 
- Lesões resultantes de disseminação: 
Podem ser localizadas ou generalizadas e sua incidência é bastante rara. 
a. Lesões localizadas: em pele; osteoarticulares; em linfonodos; em um único 
órgão. 
b. lesões generalizadas, acometendo mais de um órgão. 
HEPATITE B: 
Doença evitada: hepatite B. 
Composição: vacina produzida por tecnologia DNA recombinante. A vacina é 
produzida pela inserção (recombinação genética) do plasmídeo contendo o gene 
para o HbsAg (antígeno de superfície do vírus da h hepatite B) no interior de leveduras. 
As células do levedo produzem, então, o antígeno recombinante de superfície 
(rHBsAg) que é purificado por vários métodos físico-químicos. 
Contraindicações: 
- Anafilaxia prévia a qualquer componente da vacina. 
- Púrpura trombocitopênica pós-vacinal. 
M Essa vacina é dada nas primeiras 12h de vida. 
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Precauções: na ocorrência de doenças agudas febris moderadas ou graves, 
recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se 
atribuir à vacina as manifestações da doença. 
Via de administração: intramuscular. 
Esquema vacinal: 4 doses (0, 2, 4 e 6 meses). 
M RN prematuro comidade gestacional menor de 33 semanas ou peso menor que 
2000g: 4 doses com esquema 0, 2, 4 e 6 meses. 
PENTAVALENTE (DTP/Hib e HEPATITE B) 
Doenças evitadas: difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções por 
Haemophilus influenzae tipo b, hepatite B. 
Composição: toxóide diftérico purificado, toxóide tetânico purificado, suspensão de 
células inteiras de Bordetella pertussis inativada + polissacarídeo capsular de 
Haemophilus influenzae conjugado com toxóide tetânico (carreador protéico) e 
hepatite B. 
Contraindicações: 
- Reação anafilática ou encefalopatia aguda grave subsequente à aplicação da 
vacina. 
- Convulsão febril e afebril nas primeiras 72h após vacinação (Fazer DTPa). 
- Síndrome hipotônica hiporresponsiva, nas primeiras 48h após vacinação (Fazer 
DTPa – pentavalente acelular). 
 Criança toma vacina e fica letárgica, não responde aos comandos, não quer 
brincas. É um evento adverso grave. Devo comunicar as autoridades. 
- Após completar 7 anos de idade (fazer dT). 
M É a vacina, do calendário vacinal, que dá mais evento adverso. Dá prostração 
grande. 
Precauções: 
- Doenças agudas febris moderadas ou graves: adiar a vacinação até a resolução 
do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. 
- Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de descompensação 
devido à febre, tais como cardiopatias e pneumopatias graves (fazer DTPa). 
- RN prematuros <31 semanas ou <1.000g (fazer DTPa), na 1ª dose de tetravalente ou 
enquanto permanecer internado na unidade neonatal. 
Via de administração: intramuscular. 
Esquema vacinal: 
- 3 doses: aos 2, 4 e 6 meses. 
- Reforços: 
 1º aos 15 meses (6 meses a 1 ano após a 3ª dose) – DTP. 
 2º aos 5 anos (entre 4 e 6 anos de vida) – DTP. 
Eventos Adversos: 
- Manifestações locais: vermelhidão, calor, endurecimento e edema, 
acompanhados ou não de dor, pouco intensos e restritos ao local da aplicação, 
nódulo indolor no local na injeção, abscessos. 
 
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15 
 
- Manifestações sistêmicas: 
 Febre (investigar outras causas). 
 Sonolência. 
 Vômitos. 
 Choro persistente. 
 Anorexia. 
 Episódio Hipotônico-Hiporresponsivo (EHH) – completar esquema com DTPa. 
 Convulsão – completar esquema com DTPa. 
 Encefalopatia – completar esquema com dupla infantil (DT). 
 Reações de hipersensibilidade (anafilaxia, alterações cutâneas). 
 Apneia. 
ROTAVÍRUS (VORH): 
Doença evitada: diarreia por rotavírus. 
Composição: vírus isolados de humanos e atenuados (vacina monovalente, sorotipo 
G1 [P8] da cepa RIX4414). 
Contraindicações: 
- Imunodeficiência. 
- Uso de medicamentos imunossupressores. 
- Alergia grave (urticária disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo e choque 
anafilático) a algum dos componentes da vacina, ou a dose prévia desta vacina. 
- Doença do aparelho gastrointestinal (doença gastrointestinal crônica, 
malformação congênita do trato digestivo ou história prévia de invaginação 
intestinal). 
M Essa vacina é dada numa bisnaguinha para a criança sugar. Caso a criança 
vomite, não podemos dar a vacina novamente, só a 2ª dose depois de um tempo. 
Precauções: 
- Doença aguda febril moderada a grave. 
- Crianças filhas de mãe soropositiva para HIV podem ser vacinadas desde que não 
haja sinais clínicos ou laboratoriais de imunodepressão. 
- Vômitos e diarreia: a criança com quadro de diarreia leve sem desidratação pode 
ser vacinada. Crianças com quadro de gastroenterite e vômitos devem ter a 
vacinação adiada. 
- Em casos de regurgitação, não revacinar. 
Via de administração: oral. 
Esquema vacinal: 2 doses (aos 2 e 4 meses). 
Observação: 
A vacina está licenciada para ser administrada nas seguintes faixas etárias: 
- 1ª dose: entre 1 mês e 15 dias e 3 meses e 15 dias. 
- 2ª dose: entre 3 meses e 15 dias e 7 meses e 29 dias. 
M Fora desses prazos, está contraindicada a aplicação da vacina. 
Eventos adversos: 
- Manifestações sistêmicas: febre, tosse, coriza, diarreia, vômitos, irritabilidade, perda 
de apetite. 
- Invaginação intestinal. 
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POLIOMIELITE: 
Doença evitada: poliomielite ou paralisia infantil. 
Composição: 
- Vírus atenuado contendo os dois tipos de poliovírus 1 e 3: VOP ou Sabin. 
- Vírus morto, contendo os três tipos de poliovírus 1, 2 e 3: VIP ou Salk. 
Contraindicações: 
- Imunodeficiência. 
- Alergia tipo anafilática a antibióticos contidos na vacina (neomicina, Polimixina e 
estreptomicina). 
- Pólio vacinal associada à dose anterior. 
M Diarreia e vômitos não constituem contraindicações. Idealmente deve-se adiar a 
vacinação ou repetir a dose após quatro semanas. 
M A poliomielite é contraída via fecal-oral. 
Precauções: 
- Infecção por HIV (a vacina recomendada é a pólio inativada – VIP). 
- Devido à possibilidade de disseminação do vírus vacinal, a VOP não deve ser 
administrada a crianças que têm um imunocomprometido na família. 
- Gestantes (quando necessário administrar VIP). 
- Doenças agudas febris moderadas ou graves. 
Vias de administração: injetável (VIP) e oral (VOP), dependendo da faixa etária. 
Esquema vacinal: 
- 3 doses de VIP, VOP aos 15 meses e com 4 anos. 
- Campanhas de vacinação anuais a partir de 1 ano de vida (VOP). 
FEBRE AMARELA (FA): 
Doença evitada: febre amarela. 
Composição: vírus vivos atenuados, cultivados em ovos embrionados de galinha. 
Contraindicações: 
- Crianças com menos de 6 meses de idade. 
- Imunodeficiência. 
- Gestantes. 
- Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou a outras 
substâncias presentes na vacina (ver composição). 
- Indivíduos com doenças autoimunes, doenças neurológicas ou outros problemas 
de saúde crônicos - avaliar caso a caso. 
Precauções: 
- Mulheres que estão amamentando devem ter a vacinação adiada até a criança 
completar seis meses de idade. 
- Indivíduos soropositivos para HIV, em regiões de médio e alto risco para a febre 
amarela - avaliar vacinação, levando-se em conta sua contagem de CD4 e carga 
viral. 
- Doenças agudas febris moderadas ou graves. 
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Vias de administração: subcutânea. 
Esquema vacinal: 
- Dose inicial aos 9 meses. 
- Reforço com 4 anos de vida. 
Eventos adversos: 
- Manifestações locais: dor no local de aplicação, edema e/ou vermelhidão. 
- Manifestações sistêmicas: 
 Manifestações gerais: febre, cefaléia e mialgia. 
 Reações de hipersensibilidade: raros casos de erupção cutânea, urticária, 
broncoespasmo e reações anafiláticas. 
 Manifestações neurológicas: encefalite (7 a 21 dias após), meningite asséptica. 
 Doença viscerotrópica aguda. 
TRÍPLICE VIRAL (SCR): 
Doenças evitadas: sarampo, caxumba e rubéola. 
Composição: vacina combinada, contendo vírus vivos atenuados em cultivo celular 
(células de embrião de galinha). 
Contraindicações: 
- Anafilaxia à dose anterior da vacina. 
- Grávidas não devem ser vacinadas, pelo risco teórico de causar danos ao feto. 
Recomenda-se que a gravidez seja evitada por 30 dias após a administração da 
vacina. 
- Imunodeficiência congênita ou adquirida. 
- Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras: vacinação com intervalo de 
pelo menos 01 mês após a suspensão da droga. 
- Quimioterapia imunossupressora: vacinação 03 meses após a suspensão do 
tratamento. 
- Transplantados de medula óssea: vacinar com intervalo de 02 anos após o 
transplante. 
Precauções: 
- Doenças agudas febris moderadas ou graves. 
- Após o uso de imunoglobulina, sangue e derivados, a vacinação deverá ser 
adiada por pelo menos 03 meses devido ao possível prejuízo na resposta 
imunológica. 
Via de administração: subcutânea. 
Esquema Vacinal: 
- 1ª dose: aos 12 meses. 
- 2ª dose: aos 15 meses (combinada a vacina contra varicela/catapora). 
Eventos adversos: 
- Manifestações locais: edema e/ou vermelhidão, ardência de curta duração, 
eritema, dor, enduraçãoe linfadenopatia regional, nódulo ou pápula com rubor, 
abscesso. 
 
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- Manifestações sistêmicas: 
 Manifestações gerais: 
⤷ Febre (entre o 5º e o 12º dia). 
⤷ Cefaléia , irritabilidade, discreta elevação da temperatura, conjuntivite 
e/ou manifestações catarrais (entre o 5º e o 12º dia). 
⤷ Exantema de extensão variável (ocorre do 7º ao 14º dia após vacinação). 
⤷ Linfadenopatia (do 7º ao 21º dia). 
 Manifestações do sistema nervoso: meningite (caxumba), encefalite (sarampo 
e caxumba). 
 Púrpura trombocitopênica (sarampo/rubéola). 
 Artralgia e/ou artrite. 
 Parotidite, pancreatite, orquite e ooforite (raras). 
 Reações de hipersensibilidade: urticária no local da aplicação, reações 
anafiláticas (raras). 
PNEUMOCÓCICA 10 VALENTE: 
Doenças evitadas: pneumonia, otite, meningite e outras infecções causadas pelos 10 
sorotipos de pneumococo contidos na vacina. 
Composição: constituída por 10 (dez) sorotipos de pneumococos (1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 
14, 18C, 19F e 23F) e conjugada com a proteína D de Haemophilus influenzae para 
oito de seus sorotipos (1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14 e 23F) e carreadores de toxóide diftérico 
(DT) para o sorotipo 19F e de toxóide tetânico (TT ou T) para o sorotipo 18C. 
Contraindicações: hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da 
vacina (ver composição). 
Precauções: 
- Na ocorrência de doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se 
adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à 
vacina as manifestações da doença. 
- Recomenda-se priorizar a vacinação contra a FA em áreas de potencial risco e 
adiar a vacinação da pneumocócica 10v, respeitando-se o intervalo de 30 dias 
após a administração da FA. 
Via de administração: intramuscular. 
Esquema vacinal: 
- 02 doses (aos 2 e 4 meses). 
- Uma dose de reforço aos 12 meses. 
M A administração profilática de antipiréticos antes ou imediatamente após a 
administração da vacina pode reduzir a resposta imune às vacinas 
pneumocócicas, porém a relevância clínica dessa observação continua 
desconhecida. 
MENINGOCÓCICA C: 
Doenças evitadas: infecções graves (meningite, septicemia) provocadas pela 
bactéria Neisseria meningitidis do sorogrupo C. 
Composição: oligossacarídeo do meningocócico C conjugado com proteína CRM197 
de Corynebacterium diphteriae. 
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Contraindicações: hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da 
vacina (ver composição). 
Precauções: 
- Doenças agudas febris moderadas ou graves: adiar a vacinação até a resolução 
do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. 
- Recomenda-se priorizar a vacinação contra a FA em áreas de potencial risco e 
adiar a vacinação da meningocócica C, respeitando-se o intervalo de 30 dias 
após a administração da FA. 
Vias de administração: intramuscular. 
Esquema vacinal: 
- 02 doses (aos 3 e 5 meses). 
- Uma dose de reforço com 12 meses e aos 11 anos (meninos e meninas). 
Eventos adversos: 
- Manifestações locais: rubor, edema, endurecimento e hipersensibilidade/dor. 
- Manifestações sistêmicas: 
 Em crianças menores: febre, choro, irritabilidade, sonolência ou 
comprometimento do sono, anorexia, diarreia e vômitos. 
 Em adultos os eventos adversos mais relatados foram: vertigem, febre, cefaleia, 
náuseas, vômitos, desmaios, mialgia e artralgia. 
VACINA CONTRA O HPV: 
- Causador 80% casos de câncer de colo de útero (cervical e genital). 
- Papiloma vírus humano (Doença Sexualmente Transmissível) 
- Quadrivalente (6/11/16/18), 6 e 11 = verrugas genitais. 
- Meninas a partir dos 9 anos até os 14 anos e meninos dos 11 anos aos 14 anos. 
- Calendário Nacional de Vacinação: 0/6 meses. 
VACINA CONTRA HEPATITE A: 
- Transmissão fecal - oral. 
- Baixas condições de saneamento básico. 
- Sintomas inespecíficos, semelhantes a quadros de IVAS, alguns casos desenvolvem 
acolia fecal e colúria. 
- Vacina inativada. 
 1 dose, a primeira com 1 ano de vida até 1 ano e 11 meses e 29 dias. 
 São Paulo: a partir de setembro de 2014. 
 Após contato: vacina ou imunoglobulina (até 2 semanas). 
VACINA CONTRA A VARICELA: 
- Vírus vivo atenuado. 
- Aplicar nos 3 ou 5 primeiros dias após contato com a doença. 
- Combinada à tríplice viral (15 meses). 
 
 
 
 
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INFLUENZA: 
- Vacina inativada. 
- Campanha anual. 
Esquema: 
- Para as crianças não indígenas de 6 (seis) meses a menores de 6 (seis) anos de 
idade (cinco anos, 11 meses e 29 dias). 
- Para as crianças indígenas de 6 (seis) meses a 8 (oito) anos, que receberão a 
vacina pela primeira vez: administrar 2 (duas) doses, com intervalo de 30 dias entre 
as doses. 
- Para pessoas a partir de 9 (nove) anos: administrar 1 (uma) dose. 
 
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Crescimento e Desenvolvimento na Infância 
- Crescimento e desenvolvimento são termos difíceis de serem definidos 
isoladamente, embora não sejam sinônimos, correspondem a fenômenos 
intimamente ligados. 
- Se eu fizer uma análise e observar que o crescimento da criança não é adequado, 
eu preciso intervir de maneira precoce, o que ajuda no prognóstico da criança. 
- Desenvolvimento se refere a aquisições cognitivas, habilidades. 
- Crescimento se refere a ganho corpóreo, peso, altura, perímetros etc. 
- O crescimento biológico do ser humano se dá durante toda sua existência – da 
fecundação à senilidade. 
- A pediatria acompanha, pelo menos durante certo período de tempo – do 
nascimento à adolescência. 
CRESCIMENTO: 
- “Crescer – aumentar em volume, grandeza ou extensão; aumentar em estatura ou 
altura; aumentar em intensidade, força; aumentar em número ou em quantidade; 
nascer e desenvolver-se; desenvolver-se (em certo estado ou condição); 
aumentar, desenvolver(-se).” (Aurélio) 
- Aumento físico do corpo, como um todo ou em partes, podendo ser medido em 
centímetros ou em gramas; traduz o aumento do tamanho da célula (hipertrofia) e 
o aumento de seu número (hiperplasia). 
- Representa o desenvolvimento físico. 
- É expressão da hiperplasia e hipertrofia celulares. 
- É quantitativo: avaliação do peso e altura da criança. 
- Um dos indicadores de saúde mais importantes da criança. 
- Nos primeiros 5 anos de vida, o que mais interfere no crescimento de uma criança 
são fatores ambientais (alimentação – uma boa alimentação é a base de um bom 
crescimento; prevenção de doenças – vacina, saneamento básico, cuidados de 
higiene; tempo de sono; tempo de tela – celular, televisão, computador). 
- Até os 2 anos, a criança não precisa de tela. De 2 a 5 anos, até 2h de tela. 
- Os componentes genéticos e etnia só começam a interferir a partir dos 5 anos, 
como por exemplo “Ah, o bebê é magrinho porque o pai é magro”. 
- O que faz uma criança não crescer bem é a privação ambiental, isto é, cuidar, 
olhar, prevenir acidentes. 
- Período Pré-Natal: 
 Embrionário: 1º trimestre gestacional. 
 Fetal Precoce: 2º trimestre gestacional. 
 Fetal Tardio: 3º trimestre gestacional. 
- Período Pós-Natal: 
 Neonatal: os primeiros 28 dias. 
 Infância: 
⤷ Lactente: 29 dias a 2 anos (excluvise). 
⤷ Pré-escolar: 2 a 6 anos (exclusive). 
⤷ Escolar: 6 a 10 anos (exclusive). 
 
 
 
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TIPO DE CRESCIMENTO: 
- Crescimento geral: altura e peso. 
- Crescimento neural: SNC e sua mielinização. 
- Crescimento linfóide: imunidade (timo, gânglios 
linfáticos, amígdalas, adenoides e folículos 
linfóides intestinais). 
- Crescimento genital. 
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO: 
 
 
 
 
 
PESO: 
- Nos primeiros dias de vida, o RN perde pouco de seu peso de nascimento, 
podendo esta perda chegar até 10%, entretanto, por volta dos 10 dias de vida 
esse peso está restabelecido. 
- É aceito como pontos de referência o 5º e o 12 mês de vida. Quando a criança 
dobra ou triplica respectivamente seu peso de nascimento,a partir do segundo 
ano de vida o ganho médio é de 2kg por ano até alcançar o 8º ano de vida. 
- Perda de 10% do peso após o nascimento, com recuperação do peso por volta do 
10º dia de vida. (VAI COBRAR NA PROVA) 
- 1º mês: 30g/dia. 
- 1º trimestre: 700g/mês. 
- 2º trimestre: 600g/mês. 
- 3º trimestre: 500g/mês. 
- 4º trimestre: 400g/mês. 
- 5º mês: o dobro do peso ao nascer. 
- 1 ano: o triplo do peso ao nascer. 
- Após os 2 anos de idade: 2kg/ano até os 8 anos. 
- 3 - n anos: Peso(kg) = 2x idade + 8. 
ESTATURA: 
- Com relação à estatura, durante o primeiro ano de vida a criança crescer cerca 
de 50% do tamanho ao nascer, sendo cerca de 15 cm no primeiro semestre e 10 
cm no segundo; aos 4 anos de idade sua altura deverá ser de 1 metro. O pré-
escolar cresce, em média, cerca de 6 cm por ano. 
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- 1º ano: 25 cm (0-6m = 15 cm; 6-12 m = 10cm). 
- 2-6 anos: 6-7cm/ano (4 anos = 1 metro). 
- 6-12 anos: 4-6cm/ano. 
- Puberdade: 8-12cm/ano. 
- Estatura (cm) = (idade – 3) x6 + 95 (3-11 anos). 
PERÍMETRO CEFÁLICO: 
- A referência para sua tomada é a 
protuberância occipital e a glabela 
(ponto imediatamente acima dos 
sulcos supraorbitários). 
- 6cm nos primeiros 3 meses 
(2cm/mês). 
- 3cm dos 3-6 meses (1cm/mês). 
- 3cm dos 6-12 meses (0,5cm/mês). 
- 1 ano: 12 cm. 
- 2 anos: 47,5cm. 
- 3 anos: 49cm. 
CRESCIMENTO NA PUBERDADE: 
- Transição entre infância e idade adulta. 
- Características: 
 Caracteres sexuais secundário. 
 Fertilidade. 
 Estirão do crescimento. 
- Influenciada por fatores: 
 Genéticos. 
 Ambientais e socioeconômicos. 
 Nutricionais e de saúde. 
- Eventos: 
 Adrenarca. 
 Diminuição da sensibilidade do gonadostato. 
 Gonadarca. 
- Meninas: 
 Aceleração da velocidade de crescimento. 
 Telarca: estrógenos ovarianos. 
 Pubarca: andrógenos de ovário e suprarrenal. 
 Menarca. 
 Idade de início: 8 aos 12 anos. 
- Meninos: 
 Aumento do volume testicular. 
 Pubarca e aumento de tamanho peniano. 
 Idade de início: 9 aos 14 anos. 
 
 
 
 
 
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ESTADIAMENTO – CRITÉRIOS DE TANNER: 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO CRESCIMENTO: 
- Medidas de segmento inferior - SI (sínfise púbica até o chão), segmento superior - 
SS (estatura- segmento inferior), relação SS/SI, envergadura, perímetros cefálico e 
torácico. 
- SS/SI = 1,7 ao nascimento; 1,3 aos 3anos; 1,0 após 7anos de idade. 
DESENVOLVIMENTO: 
- “Desenvolver - fazer crescer, fazer que progrida, aumente, melhore, se adiante; 
tornar-se maior ou mais forte, crescer; progredir intelectualmente”. (Aurélio) 
- Aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais 
complexas, algumas vezes o desenvolvimento só pode ser dimensionado através 
de testes específicos (controle neuromuscular, destreza e traços do caráter). 
Algumas vezes os termos maturação e diferenciação são usados como sinônimos 
de desenvolvimento. 
- Uma cidade pode crescer e não se desenvolver; o mesmo pode-se dizer de uma 
criança, que cresce e não desenvolve (Síndrome de Down) ou se desenvolve sem 
crescer (acondroplásico). 
- Capacidade de uma criança de realizar tarefas cada vez mais complexas (novas 
habilidades). 
- Corresponde a aquisição de novas habilidades. 
- É qualitativo: difícil de medir de forma objetivo. 
POSTURA FETAL – RN: 
- 1 mês: levanta o queixo. 
- 2 meses: firma bem o pescoço e começa a levantar/firmar o tórax. 
- 6 meses: senta apoiado e alcança objetos. 
- 7 meses: senta sozinha. 
- 9 meses: mantém-se em pé apoiado. 
- 10 meses: engatinha. 
- 11 meses: anda com ajuda. 
- 13 meses: sobe degraus. 
- 14 meses: fica em pé sozinho. 
- 15 meses: anda sozinho. 
- 2 anos: brinca sozinho. 
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DESENVOLVIMENTO PUBERAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Desenvolvimento Neuropsicomotor na Infância 
ROTEIRO: 
1. Introdução e conceitos. 
2. Padrões normais de desenvolvimento nas idades-chave. 
3. Sinais de desenvolvimento patológico. 
4. Principais tipos e causas de atraso no DNPM. 
CÉREBRO HUMANO: 
- 100 bilhões de neurônios. 
- Um número ainda maior de células gliais. 
- Organizados em uma vasta rede de conexões sinápticas, estimadas em 100 
trilhões. 
- Regulados por genes específicos, mas que podem ser afetados por fatores 
ambientais. 
- Crescimento e o desenvolvimento do cérebro: complexo. 
CAUSAS NO ATRASO DE DESENVOLVIMENTO: 
- Pré-natal: alguma anóxia, infecção congênita. 
- Período perinatal: Apgar, se saiu ou não com a mãe da maternidade, peso que 
nasceu. 
 
M A placa neuronal vai sendo desenvolvida com 3 semanas de gestação e daí, vai 
desenvolvendo o tubo neural. 
 
 
 
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M Ao nascimento, a criança tem poucas ligações neuronais. 
M As ligações neuronais tornam-se máximas entre os 5-7 anos de idade. 
M Aos 15 anos, já temos tudo bem mais maduro. 
AVALIAÇÃO DO DNPM: 
- Criança: ser em desenvolvimento. 
- Passa de uma etapa para a outra. 
- Cada uma – diferentes dados semióticos. 
- Exame neurológico: deve ser adequado para cada momento evolutivo. 
- Avaliação do DNPM: conhecimento de cada etapa. 
- Cada etapa tem uma característica e preciso saber quais são as etapas e 
características. 
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR? 
- Aumento de crianças com atraso do desenvolvimento (sobrevida de prematuros 
extremos, diminuição da mortalidade infantil). 
- Há evidências de quanto mais precoce o diagnóstico, e a intervenção, menor será 
o impacto na vida da criança. 
- Assistência preventiva: avaliação do desenvolvimento é essencial. 
CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO: 
- Crescimento: conseguimos quantificar. Significa aumento físico do corpo, medido 
em centímetros ou gramas; ele traduz o aumento em tamanho e número de 
células. 
- Desenvolvimento: não quantificamos. É algo mais qualitativo. É a capacidade do 
ser de realizar funções cada vez mais complexas; ele corresponde a termos como 
maturação e diferenciação celular. 
- Processo complexo estrutural e funcional associado ao crescimento, maturação e 
aprendizagem. 
- Processo qualitativo. 
DESENVOLVIMENTO - COMO MEDIR? 
- Perímetro cefálico: 
 Exame do crânio. 
 Crescimento de 12cm em 12 meses. 
 Verificar o tamanho das fontanelas: anterior e posterior. 
 Realizar inspeção, palpação. 
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 Monitorizar crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M Escore bom é de 2 a -2. 
MANEIRAS DE AVALIAR O DESENVOLVIMENTO: 
- Escalas. 
- História. 
- Exame neurológico. 
- ENE 
M Não tem como ser medido diretamente. 
 
 
 
 
 
M Verificamos como ela faz o raciocínio lógico, a parte de raciocínio matemático. 
ESCALA DE DENVER II: 
- Do nascimento aos 6 anos. 
- Triagem (não é teste de QI ou preditor para habilidades futuras). 
- Interessante usar em: crianças aparentemente normais, quando há alguma 
suspeita de alterações e crianças em risco. 
- Compara a criança com outras da mesma idade. 
M Essa tabela verifica se a criança está adquirindo as habilidades de acordo com 
sua idade. 
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HISTÓRIA: 
- Sempre questionar: 
 História familiar. 
 História da gestação, do parto e do período neonatal. 
 História médica pós natal. 
 Contexto social e familiar. 
 Marcos do desenvolvimento: 
⤷ “Idades Chave”: 
W RN. 
W Lactente 3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses. 
W Dos 3 aos 7 anos – ENE. 
W Após – avaliação das funções corticais superiores + desempenho 
escolar. 
 2 meses: 
⤷ Observa um rosto. 
⤷ Segue objetos ultrapassando a linha média. 
⤷ Reage ao som. 
⤷ Vocaliza (emite sons que não o choro). 
⤷ Eleva a cabeça e a mantém a 45º. 
⤷ Sorri. 
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30 
 
 4 meses: 
⤷ Observa sua própria mão. 
⤷ Segue com o olhar até 180º. 
⤷ Emite sons em resposta. 
⤷ É capaz de manter um diálogo vocal com a mãeou cuidadora. 
⤷ Grita. 
⤷ Sentada com apoio, sustenta a cabeça. 
⤷ Agarra um brinquedo quando colocado na sua mão. 
 6 meses: 
⤷ Tenta alcançar um brinquedo. 
⤷ Procura objetos fora do alcance (segure um objeto que chame a atenção 
da criança, deixe-o cair. Observe se a criança procura pelo objeto na 
direção de sua queda). 
⤷ Volta-se para o som. 
⤷ Rola no leito. 
⤷ Inicia uma interação (Tenta chamar a atenção da mãe através do sorriso, 
vocalização, gestos, pedido de colo). 
 9 meses: 
⤷ Transfere objetos de uma mão para outra. 
⤷ Pinça polegar-dedo. 
⤷ Balbucia. 
⤷ Senta sem apoio. 
⤷ Estranhamento (tem preferência por pessoas de seu convívio). 
⤷ Brinca de esconde-achou. 
 12 meses: 
⤷ Bate palmas, dá adeus. 
⤷ Combina sílabas. 
⤷ Fica em pé. 
⤷ Pinça completa (polpa-polpa). 
⤷ Segura o copo ou a mamadeira. 
 15 meses: 
⤷ Primeiras palavras. 
⤷ Primeiros passos. 
⤷ É ativo e curioso. 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: 
- Atitude. 
- Tônus. 
- Reflexos primitivos. 
- Equilíbrio estático e dinâmico. 
- Coordenação apendicular (dos membros). 
- Funções cerebrais superiores. 
DESENVOLVIMENTO NO 1ºANO DE VIDA: 
- Estreita relação entre as funções que aparecem e desaparecem com a evolução 
estrutural do SNC (crânio-caudal). 
- Funções mais elementares vão paulatinamente sendo substituídas por funções 
hierarquicamente superiores. 
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M Crianças não pulam etapa no desenvolvimento. 
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS: 
- Permanentes: são constantes e praticamente não modificam, ex.: reflexos 
incondicionados e sensibilidades primitivas. 
- Reflexas transitórias: desaparecem com a evolução e somente reaparecem em 
situações patológicas, ex.: Moro, Magnus De Kleijn. 
- Evolutivas: manifestações reflexas automáticas que desaparecem com a evolução 
para dar lugar à mesma atividade, porém de caráter voluntário, ex.: sucção, 
preensão, apoio plantar, marcha reflexa. 
RN: 
- Tono/reflexo profundo: hipertonia flexora dos 4 membros, 
hipotonia axial e hiperreflexia profunda. 
- Reflexos primitivos: todos estão presentes no RN a termo. 
 Marca do funcionamento cerebral subcortical. 
 Fisiológicos nos primeiros meses e após patológico. 
- Funções cerebrais superiores: pode seguir 
objeto com os olhos, modulação sensitivo-
sensorial, iniciando a corticalização. 
- Sistema inferior (extrapiramidal): maturação 
precoce e ascendente, inicia na 24ª 
semana, responsável pelo tônus postural e 
reflexos arcaicos. 
- Sistema superior (piramidal): maturação 
mais tardia e descendente, responsável pela 
motricidade. 
M Os últimos reflexos que somem são os 
plantares. 
- Reflexo da voracidade: qualquer coisa que 
toca na bochecha ou perto da boca da 
criança faz ele virar a cabeça na direção 
do estímulo. 
- Reflexo de preensão: o bebê pega forte em 
qualquer coisa que toca na palma dele, 
especialmente na região ulnar dela. 
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- Reflexo plantar: a excitação leve da planta do 
recém-nascido causa uma flexão plantar dos dedos. 
- Reflexo cutâneo plantar: no RN é extensor. 
 
 
 
 
 
 
IDADE CORRIGIDA: 
- Lembrar que em bebês que nasceram prematuros, devemos utilizar a idade 
corrigida até os 2 anos. 
- 40 semanas – IG. 
- 3 meses: 
 Tono/reflexos profundos: iniciando hipotonia fisiológica. 
 Reflexos primitivos: 
⤷ Presentes: sucção, Moro, mão-boca, preensão palmar, preensão plantar, 
cutâneo-plantar extensor. 
⤷ Desaparecem: marcha reflexa, apoio plantar, reptação, tônico-cervical 
assimétrico. 
 Equilíbrio estático: firma o pescoço. 
 Equilíbrio dinâmico: movimenta a cabeça. 
 Coordenação apendicular: junta as duas mãos na linha média. 
 Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): fixa o olhar, sorri 
socialmente, atende ao som com procura da fonte emissora e usa vogais 
(gorjeio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 6 meses: 
 Tono/reflexos profundos: hipotonia fisiológica importante e reflexos profundos 
semelhantes ao adulto. 
 Reflexos primitivos: 
⤷ Presentes: preensão plantar, cutâneo plantar extensor. 
⤷ Desapareceram: sucção, preensão palmar, moro, mão-boca. 
 Equilíbrio estático: senta com apoio, iniciando sem apoio. 
 Equilíbrio dinâmico: muda de decúbito. 
 Coordenação apendicular: retira pano do rosto, preensão voluntária. 
 Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): atende pelo 
nome, demonstra estranheza, diante de desconhecidos, localiza o som 
lateralmente, usa vogais associadas a consoantes (lalação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 9 meses: 
 Tono/reflexos profundos: hipotonia fisiológica em declínio. 
 Reflexos primitivos: 
⤷ Presentes: preensão plantar e cutâneo plantar extensor em 
desaparecimento. 
 Equilíbrio estático: senta sem apoio e fica na posição de engatinhar. 
 Equilíbrio dinâmico: engatinha e pode andar com apoio. 
 Coordenação apendicular: pega objetos em cada mão e troca, preensão 
manual de pinça superior em escada. 
 Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): localiza o som de 
forma indireta para cima e para baixo – palavras de sílabas repetidas com 
significado (primeiras palavras) palavras-frase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 12 meses: 
 Tono/reflexos profundos: semelhantes ao do adulto. 
 Reflexos primitivos: 
⤷ Presentes: preensão plantar e cutâneo-plantar extensor em 
desaparecimento. 
 Equilíbrio estático: em pé com apoio. 
 Equilíbrio dinâmico: iniciando a marcha sem apoio. 
 Coordenação apendicular: pinça superior individualizada. 
 Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias): localiza a fonte 
sonora direto para baixo e indireto para cima, usa palavras corretamente e 
produz jargão. 
- 1º aniversário: 
 Caminhar. 
 Falar. 
- Após 7 anos: 
 Aperfeiçoamento funções já existentes → constituindo o aprendizado formal. 
 Pode-se utilizar a avaliação das funções corticais (memória, orientação, 
gnosias, praxias e linguagem) e a performance escolar. 
CONTROLE DE ESFÍNCTERES: 
- 18 meses: controle vesical diurno iniciando. 
- 2 anos: controle vesical diurno em consolidação e iniciando o vesical noturno e 
anal. 
- 3-4 anos: controle vesical diurno e anal consolidados, vesical noturno em 
consolidação. 
- 5 anos: controle completo vesical e anal. 
OS SINAIS DO DESENVOLVIMENTO PATOLÓGICO: 
- Quais: 
 Manutenção dos reflexos arcaicos além do tempo. 
 Alterações do perímetro cefálico. 
 Não aquisição ou regressão dos marcos de desenvolvimento. 
ATRASO DO DNPM: 
- Etiologia: 
 Genética: cromossômicas, EIM, malformações. 
 Pré-natal: desnutrição, infecção, trauma. 
 Perinatal: asfixia, tocotrauma. 
 Pós-natal: infecção, desnutrição, TCE. 
- Tipo: 
 Predomínio motor: PC, hipotonia central, doenças neuromusculares e 
ortopédicas. 
 Predomínio linguagem: hipoacusia, autismo. 
 Global: malformações, encefalopatias, cromossomopatias. 
 
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TRINÔMIO: 
 
 
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Triagem Neonatal 
CASO CLÍNICO: 
...”Era uma menina de 4 anos de idade, que nasceu de parto normal a termo, chorou 
logo ao nascer, não teve icterícia neonatal e foi internada, em 1964, com uma história 
peculiar. Seus pais notaram que, aos 4 meses de idade, a criança era muito nervosa, 
se batia muito e não reconhecia os familiares. A paciente sustentou a cabeça com 
um ano de idade, sentou com 2 anos e 6 meses, andou com 3 anos e 8 meses, e até 
os 4 anos de idade não falava. Aos 8 meses de idade apresentou quadro 
dermatológico rotulado com eczema, e seus pais eram primos em segundo grau. Tem 
uma irmã de 2 anos que os pais descrevem como retardada. No exame físico, a 
paciente tem pele clara, olhos claros e cabelos castanhos. Perímetro craniano de 49 
cm. Nítido retardo psíquico. Paciente hiperativa, colocando tudo na boca. Nãofala e 
nem esboça palavras. Preensão em pinça. Marcha com base de sustentação 
alargada, sem desequilíbrios. Hiporreflexia profunda simétrica nos membros inferiores e 
nos membros superiores, os reflexos são difíceis de obter. Vamos exames foram 
realizados (fundos oculares normais, reações sorológicas para sífilis negativas, exame 
de LCR em punção suboccipital normal, eletroforese de proteínas do LCR normal, 
eletroforese de proteínas séricas normais, pneumoencelafograma normal, 
eletroencefalograma normal, biópsia cerebral do lobo frontal direito normal. 
Finalmente, procede-se à pesquisa de ácido fenilpirúvico na urina positiva, dosagens 
da fenilalanina, em cromatografia de alta voltagem de soro: 28,7 mg%, no LCR 29 
mg% e na urina=73 mg%. Feito o diagnóstico de fenilcetonúria, também chamada 
Oligofrenia Fenilpirúvica”... 
HISTÓRICO: 
- 1950 (EUA) Robert Guthrie: primeira metodologia em papel filtro. 
- 1968 (OMS): princípios de Wilson-Jungner - dez princípios para orientar a triagem 
para doenças crônicas. 
- 1973 (Brasil): plano nacional de estudos para detecção de EIM que podem levar à 
deficiência mental. 
- 1976 (APAE DE SÃO PAULO): início pioneiro de TN no Brasil para fenilcetonúria (PKU). 
- Década de 1970 (Quebec): TN para hipotireoidismo congênito. 
- Final de da década de 1970 (APAE DE SÃO PAULO): ampliou a TN com a detecção 
de hipotireoidismo congênito (HC). 
- 06/06/2001 (Brasil): Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) pela Portaria 
GM/MS nº 822 – meta 100% RN brasileiros triados pelo SUS. Pelo menos 1 SRTN por 
estado. Divididos por fases (PKU, HC, Hemoglobinopatias e Fibrose cística). 
- 2013: Seminário de resultados do diagnóstico situacional do PNTN no MS (inclusão 
da hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e as triagens auditiva 
e ocular – triagem neonatal integrada). 
TRIAGEM NEONATAL INTEGRADA: 
- TN Auditiva. 
- TN Oftalmológica. 
- TN para Doenças Cardíacas. 
- TN Biológica (papel filtro): 
 Necessidade de exames confirmatórios. 
 Exame negativo NÃO exclui a doença. Na suspeita clínica, investigar. 
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CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE DOENÇAS PARA TRIAGEM NEONATAL: 
- Importante problema de saúde. 
- Tratamento eficaz e a doença deve ser bem conhecida. 
- Disponíveis instalações para diagnóstico e tratamento. 
- Fase precoce identificável. 
- Deve existir um exame adequado. 
- Exame aceitável pela população. 
- História natural da doença bem conhecida. 
- Deve haver política pública estabelecida para tratamento. 
- Custo detecção do caso (diagnóstico e tratamento) equilibrado aos gastos no 
cuidado integral. 
- Pesquisa de casos novos deve ser um processo contínuo. 
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS: 
- Obstetras (pré-natal). 
- Enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes de saúde. 
- Motoristas e carteiros. 
- Bioquímicos (LABORATÓRIO). 
- Serviço Social e administrativo (BUSCA ATIVA). 
- Pediatras. 
- Equipe multidisciplinar dos SRTNs (AMBULATÓRIO): pediatras, endócrino, hemato, 
pneumo, nutricionista, psicólogo, serviço social. 
TESTE DO PEZINHO: 
- Coleta da primeira amostra entre 3º e 5º dias de vida. 
- Colher o sangue na lateral do pé. 
- Coletada com técnica e materiais adequados. 
- Dados cadastrais no cartão preenchido adequadamente. 
- Secagem da amostra deve obedecer as recomendações técnicas. 
- Material armazenado adequadamente e transportado em recipientes fechados. 
- Atenção aos tempos: 
 Idade no momento da coleta (“screening 
window”) – a seleção das doenças 
rastreadas determina a idade ideal conforme 
analito analisado. 
 Coleta até chegada do material ao 
laboratório. 
 Tempo de realização do exame e liberação 
dos resultados pelo laboratório. 
 Contato com a família pela Busca ativa. 
 Realização do exame confirmatório. 
 Idade no momento da consulta. 
COBERTURA DE RN TRIADOS: 
- Antes do PNTN: 50% dos RNs triados. 
- 2002: 64,6% 
- 2013: 84% 
- 2017: 85,8% 
 
 
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FENILCETONÚRIA: 
- Doença autossômica recessiva. 
- Deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase. 
- Elevação de fenilalanina e diminuição de 
tirosina. 
- Atraso de desenvolvimento, quadro 
convulsivo, quadro de espectro autista, 
eczema, pele e cabelos claros, 
hiperatividade, agitação psicomotora. 
- Diagnóstico: 
 Fenilalanina (papel filtro): ≥ 10 m/dL (2 amostras distintas) (VR 1-4 mg/dL). 
⤷ Fenilalanina entre 4 – 10 mg/dL: acompanhamento clínico. 
⤷ Falso negativo: coleta de PF com menos de 48 horas de vida. 
- Tratamento: dieta restrita em fenilalanina e fórmula isenta para este aa. 
- Com a TN, prevenção da deficiência intelectual. 
- Síndrome da Fenilcetonúria Materna (defeitos cardíacos congênitos, 
microcefalia, RCIU, atraso de desenvolvimento). 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
 
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HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO: 
- 85% disgenesias; 15% defeito de síntese (autossômica recessiva). 
- Deficiência do hormônio tireoidiano (principal causa: hipotireoidismo primário). 
- Atraso de desenvolvimento (DNPM), mixedema, macroglossia, rouquidão, letargia, 
livedo. 
- Diagnóstico: 
 TSH em papel filtro. 
 TSH e T4 livre em soro. 
 Falso negativo: elevação tardia de TSH. 
 Maior número de reconvocados: coleta precoce (coleta de PF com menos de 
48 horas de vida). 
- Tratamento: Levotiroxina sódica 10 -15 mcg/Kg/dia. 
- Com a TN, prevenção da deficiência intelectual. 
 
HEMOGLOBINOPATIAS: 
- Doença falciforme (autossômica recessiva): alteração da cadeia aberta da 
hemoglobina (que é uma proteína). 
- Produção da molécula anormal da hemoglobina (anemia, obstrução vasos 
sanguíneos, dor e isquemia). 
- Crises de dor, hemólises, internações frequentes. 
- Diagnóstico: focalização isoelétrica e HPLC. 
 Traço falciforme. 
- Com a TN, melhora da qualidade de vida. 
- Referências: 
 Normal: 
⤷ < 28 dias: FA. 
⤷ > 30 dias: AF. 
⤷ > 40 dias: AF (A2). 
⤷ > 90 dias: AA. 
 Doente falciforme: 
⤷ < 28 dias: FS. 
⤷ > 30 dias: SF. 
⤷ > 90 dias: SS (significativo de 
doença falciforme). 
- F: hemoglobina fetal. 
- A: hemoglobina normal. 
- A2: um tipo de hemoglobina. 
- S: hemoglobina falciforme (só 1 S é traço). 
- A letra que vem na frente é a que tem em 
maior quantidade. 
- Ex.: 
 AF: tem mais hemoglobina A, mas 
ainda assim, tem um pouco de Hb 
Fetal. 
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FIBROSE CÍSTICA: 
- Doença autossômica recessiva. 
- Ausência ou diminuição de uma proteína de membrana no transporte iônico nas 
células epiteliais de VA, glândulas salivares/sudoríparas/do pâncreas, intestino e 
aparelho locomotor – secreções espessas – obstrução ductos glandulares. 
- Muitas infecções e internações. 
- Diagnóstico: 
 IRT (tripsina imunorreativa): > 70ng/dL (2 amostras). 
 Teste do Suor. 
- Com a TN, melhora da qualidade de vida. 
HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA: 
- Doença autossômica recessiva. 
- Deficiência de uma das enzimas responsáveis pela síntese de cortisol (mais 
comum: deficiência da 21 hidroxilase)/mutações gene CYP21A2. 
- Forma clássica (perdedora de sal (70 - 75%) e virilizante simples). 
- Diagnóstico: 
 17OH progesterona papel filtro) elevada. 
 17OH progesterona, androstenediona, cortisol, testosterona (soro). 
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE: 
- Doença autossômica recessiva. 
- A biotinidase catalisa a clivagem da biotina a partir de proteínas advindas da 
dieta ou reciclagem da biotina endógena (síntese de ácidos graxos, catabolismo 
aa, e glicogenólise). 
- Forma total (< 10%) e parcial (10-30% atividade enzimática). 
- Atraso de desenvolvimento, letargia, hipotonia, convulsões, perda audição. 
- Diagnóstico: 
 Atividade da Biotinidase (papel filtro e plasma): 
⤷ Normal: > 30% atividade. 
⤷ Parcial: entre 10 – 30%. 
⤷ Total: < 10%. 
 BM. 
- Tratamento: Biotina. 
- Com a TN, prevenção da deficiência intelectual. 
ESPECTROMETRIA DE MASSAS (MS/MS): 
- Diagnóstico de dezenas de doenças. 
- EIM (distúrbios catabolismo e transporte de aminoácidos,distúrbios do ciclo da 
ureia, distúrbios beta – oxidação de ácidos graxos, acidúrias orgânicas). 
- Estudo: diagnóstico clínico (42%) x diagnóstico neonatal por espectrometria (2% 
com sequelas graves de desenvolvimento) – mas a maioria dos casos foi 
confirmada pela análise de mutação genética (e não somente pela TN 
expandida.