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PNEUMONIA NA INFÂNCIA 01 O QUE CAI? ETIOLOGIAS HARDTOPICS Etiologia e sinais clínicos da pneumonia adquirida na comunidade (PAC). RN até 3 dias. Estreptococo do grupo B, gram negativos, Listeria monocytogenes. RN de 3 a 28 dias. Gram negativos, Stafilococcus aureus. Staphylococcus epidermidis. 1 a 3 a meses. Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Streptococcus pneumoniae, Stafilococcus aureus, vírus. 4 meses a 5 anos. Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, vírus. maiores de 5 anos. Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae. atenção. Nos quadros bacterianos streptococcus pneumoniae é o agente mais frequente. SINAIS CLÍNICOS frequência respiratória. Deve ser verificada em toda criança com infecção respiratória. Se estiver elevada, e na ausência de sibilância, a criança pode ser classificada como tendo pneumonia. Os pontos de corte para taquipneia variam conforme faixa etária. < 2 meses. Frequência respiratória ≥ 60irpm. 2 a 11 meses. Frequência respiratória ≥ 50irpm. 1 a 4 anos. Frequência respiratória ≥ 40irpm. atenção. A OMS classifica a criança de 2 meses a 5 anos com PAC e tiragem subcostal com pneumonia grave e classifica como pneumonia muito grave quando apresentar, além disso, algum sinal geral de perigo: estridor em repouso, não consegue beber ou mamar no seio materno, vomita tudo que ingere, convulsão ou movimento anormal há menos de 72 horas, alteração do sensório (letárgica ou inconsciente). Nos menores de 2 meses febre alta ou hipotermia, recusa do seio materno por mais de três mamadas, sibilância, sonolência anormal ou irritabilidade excessiva também são sinais de doença muito grave. Cuidado. Se a criança com PAC não apresentar falha terapêutica, sinais de gravidade ou de complicação, nem necessitar de tratamento hospitalar a radiografia de tórax não deve ser considerada para a investigação. TRATAMENTO < 2 meses. O tratamento é hospitalar: ampicilina + gentamicina; 2 meses a 5 anos. Se ambulatorial: amoxicilina e se hospitalar: penicilina cristalina ou ampicilina; maiores de 5 anos. Se ambulatorial: amoxicilina ou azitromicina (para germes atípicos) e se hospitalar: penicilina cristalina. Bronquiolite 02 O QUE CAI? BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA HARDTOPICS Diagnóstico e tratamento. etiologia: viral, principalmente vírus sincicial respiratório (embora possa ser causada por adenovírus, rinovírus, metapneumovírus...). faixa etária. Afeta predominantemente lactentes, principalmente no primeiro ano de vida: alguns autores caracterizam como “primeiro episódio de chiado de vida”. aprisionamento de ar. O acometimento bronquiolar reduz a luz das vias aéreas, justificando a sibilância, e promove o aprisionamento de ar, interferindo na mecânica respiratória e trocas gasosas; o ar aprisionado pode, inclusive, ser reabsorvido, gerando pequenas atelectasias. evolução. Geralmente inicia-se com pródomos gripais (rinorreia, espirros e febre baixa) por 2-3 dias, seguidos por sintomas de vias aéreas inferiores (chiado, dispneia) com repercussão variável; a maioria começa a melhorar em 5-7 dias. Sinais de desconforto podem estar presentes, como batimento de asas de nariz, gemidos, cianose e tiragem subcostal. fatores de risco para gravidade. Prematuridade (principalmente < 32 semanas), baixo peso ao nascer, idade menor que 2 anos, displasia broncopulmonar, alterações anatômicas das vias aéreas, imunodeficiência, cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica e tabagismo passivo. tratamento. Suporte: oxigênio se saturação básica, hidratação, inalação com solução salina... Cuidado. O uso do broncodilatador ou adrenalina inalatória não é indicado. profilaxia. Palivizumabe pode ser considerado em cenários de risco muito elevado de complicações: prematuros (<28 semanas) no primeiro ano de vida; e até 2 anos em portadores de cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica ou nos com displasia broncopulmonar com necessidade de tratamento.