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resenha clostridiose

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Em clostridioses em equinos e sua importância ao agronegócio: breve revisão, os autores Geraldo de Nardi Junior e Márcio Garcia Ribeiro chamam a atenção para questão das clostridioses e como essas doenças de alta letalidade afetam o agronegócio. Os autores destacam a alta capacidade de esporulação do gênero Clostridium e sua viabilidade no solo por longos períodos, além disso citam sua produção de toxinas e invasão de tecidos e como ocorre a infecção, por meio de alimentos contaminados, feridas ou inalação.
O artigo destaca que dentre as toxinas produzidas por clostrídios, as neurotoxinas botulínicas, têtanica e a toxina épsilon produzida pelo Clostridium perfringens tipo B e D, como as mais perigosas. Além disso também é mencionado que as clostridioses estão entre as principais doenças que acometem os animais de produção e possuem altas taxas de morbidade e letalidade, o que causa grande prejuízo econômico.
Neste artigo foram estudadas as seguintes clostridioses: tétano, botulismo, edema maligno, gangrena gasosa, carbúnculo sintomático, enterotoxemia, enterite necrótica, colite pseudomembranosa. 
Em suas páginas os autores demonstram que o tétano, doença infecciosa não contagiosa causada pelas toxinas produzidas pelo Clostridium tetani, provoca alterações funcionais no sistema nervoso central. É citado que o C. tetani é encontrado com facilidade no solo e no trato intestinal dos equinos e que a infecção geralmente acontece quando há contaminação por esporos em lesões superficiais ou profundas. 
É relatado que os principais sinais clínicos do tétano são rigidez muscular, posição de cavalete, protusão de terceira pálpebra, cauda em bandeirada e orelha em tesoura. É descrita mortalidade de 76,3% em 76 casos em equídeos atendidos. As altas taxas de mortalidade e letalidade se devem ao fato da espécie ter muita susceptibilidade aos efeitos da tetanospasmina, uma potente neurotoxina que reduz a liberação de neurotransmissores inibitórios como o GABA e a glicina, que causam o quadro de paralisia espástica.
Os autores descrevem que o botulismo, doença causada pelo Clostridium botulinum, produtor de uma poderosa neurotoxina capaz de causar paralisia flácida dos músculos esqueléticos, esta neurotoxina costuma ser encontrada em carcaças de animais em decomposição e isto pode acarretar na contaminação de pastos e silagens além de poços, lagoas e locais com água parada. A letalidade é próxima de 100%. Os sinais clínicos são dificuldade motora, incoordenação de membros e paralisia flácida. A morte ocorre por parada cardiorrespiratória.
Os autores citam de forma superficial edema maligno, gangrena gasosa e carbúnculo sintomático, doenças causadas pelos agentes Clostridium chauvoei, Clostridium septicum, Clostridium novyi tipo A e C, Clostridium perfringens tipo A e Clostridium sordelli. É descrito que estes patógenos multiplicam-se na musculatura e tecido subcutâneo, causando toxemia e mionecrose.
Os autores dão exemplo de como ocorre a contaminação: em castrações, vacinações, ferrageamento e feridas naturais sem assepsia correta. São incluídas fotos das lesões de mionecrose.
Outros temas abordados superficialmente são enterotoxemia, enterite necrótica e colite pseudomembranosa. É citado que a enterotoxemia é o termo utilizado para descrever doenças causadas por toxinas produzidas no trato gastrointestinal, principalmente pelo Clostridium perfringens. A enterite necrótica é causada pelo mesmo agente porém é mais comum em animais jovens e recém nascidos. Entretanto, a colite pseudomembranosa é causada pelo Clostridium difficile, responsável também por diarreia em potros. 
Por fim, os autores concluem a importância das medidas gerais de controle e ressaltam que além da profilaxia baseada em vacinação sistemática, é necessário um extremo cuidado com feridas naturais e cirúrgicas em equinos. Citam minuciosamente procedimentos que requerem uma atenção redobrada, como cura do umbigo, vacinações e ferrageamento. Além disso lembram a importância da mudança gradual da alimentação e a importância das boas condições de higiene e armazenagem. Os autores também atentam a recomendação de drenagem de área alagadiças que podem servir eventualmente de bebedouro para os equinos, remoção de carcaças e desinfecção do local.
O artigo é útil para entender que as clostridioses que acometem os equinos acarretam num enorme prejuízo ao agronegócio, além de ressaltar a extrema importância da vacinação, assim como o manejo correto de feridas e cuidados ambientais.

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