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Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 1/24 Dinâmica dos Sistemas Dentre todas as informações que são necessárias para este desenvolvimento, foram escolhidas as mais relevantes e aqui apresentadas. Ressalte-se que na disciplina on-line mais especificamente a de Dinâmica dos Sistemas, disponível no site da UNIP, o módulo 01 apresenta a Cinemática dos Sólidos, o módulo 2 apresenta a Dinâmica dos Sólidos. A cinemática Um sólido é uma abstração de um corpo real onde a distância entre dois de seus pontos é invariante. Considere-se dois pontos A e P de um sólido qualquer, que apresenta vetor velocidade angular ω⃗ . Note-se que esse vetor possui a direção do eixo instantâneo de rotação, com sentido dado pela regra da mão direita e intensidade igual à taxa de variação (derivada temporal) da posição angular. A derivada temporal do vetor velocidade angular é o vetor aceleração angular: ˙⃗ω=α⃗ . Os pontos A e P apresentam velocidades e acelerações diferentes. Identificando as grandezas cinemáticas de cada um desses pontos, tem-se: v⃗ A ... o vetor velocidade do ponto A; a⃗ A= ˙⃗v A ... o vetor aceleração do ponto A; v⃗P ... o vetor velocidade do ponto P; a⃗P= ˙⃗v P ... o vetor aceleração do ponto P; Num instante (t) qualquer, o sólido encontra-se numa posição por exemplo a posição ilustrada, e as grandezas cinemáticas citadas anteriormente são válidas para esse determinado instante e posição do sólido. Da Cinemática dos Sólidos podem-se resgatar as relações entre as grandezas vetoriais do sólido. As velocidades dos pontos P e A relacionam-se por: v⃗P=v⃗ A+ω⃗∧(P−A) Note-se que o vetor (P – A) possui módulo invariante pois é definido por dois pontos de um sólido, e por ser arrastado pelo sólido em movimento com rotação muda de direção. A derivada temporal do vetor (P – A) é expressa pelo Teorema de Poison: d dt (P−A)=ω⃗∧(P−A) . As acelerações dos pontos P e A relacionam-se por: a⃗P=a⃗A+α⃗∧(P−A)+ω⃗∧(ω⃗∧(P−A )) A dinâmica A forma da segunda Lei de Newton (∑ F⃗=m⋅⃗a) só pode ser preservada caso a A P ω α Eixo instantâneo de rotação Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 2/24 aceleração indicada na mesma, seja de um ponto muito especial do sólido: o Centro de Massa. Centro de Massa – Definição Considere-se o elemento de massa “dm” do sólido, localizado no ponto P(x,y,z), que apresenta vetor velocidade v⃗P . Ressalte-se que o ponto P é definido pelas coordenadas x, y e z. O Centro de Massa é definido por suas coordenadas xCM , yCM e zCM , que por definição são: xCM= ∫ x⋅dm ∫ dm = ∫ x⋅dm m sendo “m” a massa do sólido. De forma análoga … yCM= ∫ y⋅dm m e zCM= ∫ z⋅dm m O ajuste da Segunda Lei de Newton para sólidos é feito pelo TCM – Teorema do centro de Massa. TCM – Teorema do Centro de Massa Sendo a⃗CM , a aceleração do Centro de Massa de um sólido de massa “m”, sob ação de um sistema de forças de origem externa ao mesmo, com resultante ∑ F⃗ext . , o TCM garante que: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM Momento Linear ou quantidade de movimento – Definição A Quantidade de Movimento de um ponto material de massa “m” e velocidade v⃗ , é definido por: q⃗=m⋅⃗v . A Quantidade de Movimento do elemento de massa “dm” que ocupa o ponto P(x,y,z) do sólido, e que se desloca com vetor velocidade v⃗P , de forma análoga é: d q⃗=dm⋅⃗vP . Note-se que esse vetor possui a mesma direção e sentido do vetor velocidade do ponto P, ou de outra forma, velocidade do elemento de massa “dm”. Momento Polar de grandeza vetorial – Definição Seja Δ⃗ , uma grandeza vetorial qualquer, aplicada no ponto P(x,y,z). O momento Polar dessa grandeza em relação ao polo O(xO,yO,zO), um ponto qualquer do espaço, é dado por: M⃗O=(P−O)∧Δ⃗ . Note-se que: M⃗O... é o momento polar da grandeza vetorial Δ⃗ , aplicada no ponto P, em relação ao polo O(xO,yO,zO); (P−O)... é o vetor que possui “ponta” em P e “rabo” em O; Δ⃗ ... é uma grandeza vetorial qualquer que se possa imaginar. ω α Eixo instantâneo de rotação x y z dm P(x,y,z) v P Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 3/24 Exemplo 01: O momento polar da grandeza vetorial força F⃗ , aplicada no ponto P, em relação ao polo O, é amplamente conhecido como “Momento de Força”, sendo expresso em sua forma vetorial por: M⃗O F =(P−O)∧F⃗ . O momento da força F⃗ , expressa sua capacidade de produzir rotação num corpo no qual está aplicada, em torno de um eixo que passa pelo polo O, que possui direção paralela ao vetor momento (M⃗O F ) , e cujo sentido da rotação criada é expresso pela regra da mão direita. O significado físico do momento polar de uma grandeza vetorial, nem sempre é tão simples ou intuitivo, e em muitos ocasiões será uma nova grandeza vetorial não intuitiva, mas se for útil será de grande valia. Exemplo 02: O momento polar da grandeza vetorial “quantidade de movimento”, do elemento de massa “dm” que ocupa o ponto P(x,y,z), expresso por (d q⃗=dm⋅⃗vP) , em relação ao polo O(xO,yO,zO) qualquer, é: d M⃗O q =d H⃗O=(P−O)∧(dm⋅⃗v P) Denomina-se esse momento polar de: “Momento Angular” do elemento de massa “dm”. O significado físico não é intuitivo, mas é uma grandeza que sob certas condições se conserva (não muda). O teorema TMA – Teorema do Momento Angular expressa as condições sob as quais, o Momento Angular se conserva. Momento Angular do Sólido Agora ficou “fácil” … O Momento Angular do sólido, pode ser obtido pela soma vetorial dos momentos angulares de suas partes constituintes. Sendo o elemento de massa “dm” uma parte do sólido, e conhecendo o momento angular da mesma d H⃗ O=(P−O)∧(dm⋅⃗v P) , tem-se: H⃗O=∫ d H⃗O=∫(P−O)∧(dm⋅⃗vP) TMA – Teorema do Momento Angular A soma dos momentos das forças de origem externa aplicadas num sólido, em relação ao polo O(xO,yO,zO), é igual à derivada temporal do Momento Angular do mesmo, calculado em relação ao mesmo polo O(xO,yO,zO), desde que a escolha do polo respeite algumas restrições. As restrições mais usuais e simplificadoras são: a) o polo O(xO,yO,zO), é coincidente com o Centro de Massa do sólido; b) o polo é um ponto do sólido que possui velocidade nula. Nessas condições tem-se: ∑ M⃗CM= ˙⃗HCM ou ∑ M⃗O= ˙⃗H O... v⃗O=0 e O∈sólido Ressalte-se que o Momento Angular (H⃗O) do sólido é definido por uma expressão complicada (H⃗O=∫(P−O)∧(dm⋅⃗v P)) , o que torna a tarefa de derivá-la em relação ao tempo algo desafiador. Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 4/24 TMA - Teorema do Momento Angular no Movimento de Translação Impondo as condições simplificadoras da translação, pode-se afirmar que: “o Momento Resultante, dos esforços externos aplicados ao sólido em translação, e calculado em relação ao polo CM – Centro de Massa do sólido é NULO”: ∑ M⃗CM=zero . TMA - Teorema do Momento Angular no Movimento Plano Impondo as condições simplificadoras do movimento plano, pode-se afirmar que: “o Momento Resultante, dos esforços externos aplicados ao sólido em movimento plano, e calculado em relação ao polo CM – Centro de Massa ou a um polo que pertença ao sólido e seja fixo, é expresso por: ∑ M⃗O=IO⋅α⃗ . Onde: α⃗ ... é o vetor aceleração angular do sólido; IO ... é o momento de inércia ou a inercia de rotação do sólido, quando o mesmo gira entorno do eixo que passa pelo polo O. Momento de Inércia Seja um elemento de massa “dm” do sólido, que ocupa o ponto P(x,y,z) do mesmo. O momento de Inércia do sólido em relação ao polo O é: IO=∫dm⋅(P−O) 2 Ressalte-se que os momentos de inércia de sólidos de geometria regulares usualmente estão tabelados em relação ao polo CM e considerando-se vários eixos. O Teorema dos Eixos Paralelos (Steiner), permite de forma bastante simples a troca do polo Centro de Massa por outro polo. O módulo 3 da disciplina on-line, demonstra o Teorema dos Eixos Paralelos. TMA - Teorema do Momento Angular no Movimento Geral Neste caso não há simplificações e o TMA deve ser utilizado em sua formagenérica apresentada anteriormente: ∑ M⃗CM= ˙⃗HCM ou ∑ M⃗O= ˙⃗H O... v⃗O=0 e O∈sólido . O primeiro membro da equação é calculado sem grande trabalho, pois basta calcular o momento polar de cada força aplicada ao sólido, e somar esses resultados. A dificuldade é calcular a derivada do momento angular do sólido, que é expressa por: H⃗O=∫(P−O)∧(dm⋅v⃗ ) . Essa dificuldade pode ser contornada grandemente com a utilização da Forma Matricial plano do movimento x y z eixo instantâneo de rotação αω O P dm Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 5/24 do Momento Angular. O desenvolvimento detalhado da forma matricial encontra-se na disciplina on-line, Módulo 3. No presente desenvolvimento, serão apresentados as condições de utilização e os resultados. TMA - Teorema do Momento Angular na Forma Matricial O “truque” é utilizar dois sistemas de referência: Um “ligado” ao sólido com origem no ponto O que pertence ao sólido e será identificado daqui por diante por: O(x,y,z). Note-se que o ponto O do sólido, é arrastado pelo mesmo, assim possui vetor velocidade ( v⃗O) e vetor aceleração (a⃗O) . A aceleração imposta ao referencial pelo sólido, o torna um “referencial não inercial”, ou seja, não respeita a segunda Lei de Newton. Outro com origem no ponto I, e que será identificado daqui por diante como I(X,Y,Z), não possui aceleração, o que o torna um “referencial inercial”, ou seja que respeita a segunda Lei de Newton. No que esse “truque” ajuda?. Como as grandezas vetoriais que aparecem na definição do momento angular do sólido podem ser expressas em função de suas projeções nos eixos do sistema “ligado” O(x,y,z), alguns tornam-se constantes e desta forma, a derivada dos mesmos torna-se nula, o que, com certeza, torna o trabalho de derivar bem mais simples. Da cinemática tem-se: v⃗P=v⃗O+ω⃗∧(P−O) ; ou reconhecendo que a velocidade do ponto P, é também a velocidade do elemento de massa “dm”: v⃗= v⃗O+ω⃗∧(P−O) . Substituindo a velocidade expressa na equação anterior na definição de Momento Angular do sólido, em relação ao polo O: H⃗O=∫(P−O)∧(dm⋅v⃗ ) => H⃗O=∫(P−O)∧( v⃗O+ω⃗∧(P−O))⋅dm Aplicando a propriedade distributiva do produto vetorial: H⃗O=∫(P−O)∧ v⃗O⋅dm+∫(P−O)∧(ω⃗∧(P−O))⋅dm Aplicando a definição de Centro de Massa: H⃗O=(CM−O)∧v⃗O⋅m+∫(P−O)∧(ω⃗∧(P−O))⋅dm Impondo as condições de escolha do polo O, ou seja, ( v⃗O=zero) ou (O≡CM ) , tem- se: H⃗O=∫(P−O)∧(ω⃗∧(P−O))⋅dm Note-se que o vetor velocidade angular (ω⃗) é medido em relação ao referencial inercial ω α Eixo instantâneo de rotação x y z dm P(x,y,z) v P O I X I Y Z Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 6/24 I(X,Y,Z), mas pode ser expresso em função de suas projeções no sistema de eixos O(x,y,z), ou seja: ω⃗=ωx⋅î+ωy⋅ ĵ+ωz⋅k̂ . Note-se que os versores î ; ĵ ; k̂ , embora tenham normas (módulos) constantes e iguais a 1 (um), mudam de direção por serem arrastados pelo sólido. Considere-se que o sólido arraste o sistema ligado O(x,y,z), e imponha ao mesmo rotação com a velocidade angular (Ω⃗) . As derivadas dos versores podem ser obtidas através do Teorema de Poison, ou seja: ˙̂i=Ω⃗∧ î ; ˙̂j=Ω⃗∧ ĵ ; ˙̂k=Ω⃗∧k̂ . Com algum esforço pode-se obter a Forma Matricial do Momento Angular do Sólido: H⃗O=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ωxωyωz ] ou H⃗O=[ I ]⋅[ωxω yωz] ou H⃗O=[ I ]⋅ω⃗ Há dois tipos de elementos na matriz, ou tensor de Inércia, que está representado pela matriz 3x3: Momentos de Inércia (ou inércia de rotação) em relação a cada uma dos eixos x, y, e z: I xx=∫(distância doelementodemassadmaoeixo x) 2 ⋅dm ; I yy=∫(distânciado elemento demassadmaoeixo y) 2 ⋅dm ; I zz=∫(distância doelemento demassadmaoeixo z) 2 ⋅dm . Produtos de Inércia que expressam o grau de simetria de distribuição de massa em torno dos eixos: I xy=∫ x⋅y⋅dm ; I xz=∫ x⋅z⋅dm ; I yz=∫ y⋅z⋅dm . Onde x, y e z são as coordenadas do elemento de massa “dm”, em relação ao sistema de eixos “ligado” ao sólido, ou seja, O(x,y,z). Como o elemento de massa “dm” não se move em relação a tal sistema de eixos, essas coordenadas são constantes, e os 6 (seis) elementos da Matriz de Inércia (ou Tensor de Inércia) também são constantes, ou seja, possuem derivadas nulas. Desta forma, a derivada em relação ao tempo do Momento Angular do sólido, resume-se à derivada apenas do vetor velocidade angular (ω⃗) . Formalizando esse resultado na forma matricial: H⃗O=[ I ]⋅ω⃗ derivando em relação ao tempo … ˙⃗HO=[ I ]⋅˙⃗ω Derivando o vetor velocidade do sólido expresso em função de suas projeções no sistema de eixos O(x,y,z), ou seja: ˙⃗ω=ω̇x⋅î+ωx⋅ ˙̂i+ω̇ y⋅ ĵ+ωy⋅ ˙̂j+ω̇z⋅k̂+ωz⋅ ˙̂k . Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 7/24 Aplicando o Teorema de Poison, tem-se: ˙⃗ω=ω̇x⋅î+ωx⋅Ω⃗∧ î+ω̇y⋅ĵ+ω y⋅Ω⃗∧ ĵ+ω̇z⋅k̂+ωz⋅Ω⃗∧k̂ O resultado acima pode ser expresso agrupando os termos como: ˙⃗ω=ω̇x⋅î+Ω⃗∧ωx⋅î+ω̇y⋅ĵ+Ω⃗∧ωy⋅ ĵ+ω̇z⋅k̂+Ω⃗∧ωz⋅k̂ ˙⃗ω=ω̇x⋅î+ω̇y⋅ ĵ+ω̇z⋅k̂+Ω⃗∧ωx⋅î+Ω⃗∧ωy⋅ĵ+Ω⃗∧ωz⋅k̂ Colocando o vetor (Ω⃗) em evidência, tem-se: ˙⃗ω=ω̇x⋅î+ω̇y⋅ ĵ+ω̇z⋅k̂+Ω⃗∧(ωx⋅̂i+ωy⋅ĵ+ωz⋅k̂ ) Identificando o termo entre parentes como o vetor velocidade angular do sólido, permite escrever: ˙⃗ω=ω̇x⋅î+ω̇y⋅ ĵ+ω̇z⋅k̂+Ω⃗∧ω⃗ ou ˙⃗ω=[ ω̇x ω̇y ω̇z ]+Ω⃗∧ω⃗ . Recuperando a forma matricial: ˙⃗HO=[ I ]⋅˙⃗ω . Substituindo a derivada da velocidade angular: ˙⃗HO=[ I ]⋅[ ω̇x ω̇ y ω̇z ]+ [ I ]⋅Ω⃗∧ω⃗ . ************************************************************************************************** Finalmente o TMA – Teorema do Momento Angular expresso na forma matricial: ∑ M⃗O= [ I ]⋅[ ω̇x ω̇ y ω̇z ]+[ I ]⋅Ω⃗∧ω⃗ A escolha do polo O deverá respeitar uma das seguintes restrições: a) o polo O coincide com o CM – Centro de Massa; b) o polo O pertence ao sólido e é um ponto fixo ( v⃗O=zero) . ************************************************************************************************** Embora o TMA – Teorema do Momento Angular, esteja apresentado acima numa forma elegante, pode-se afirmar que na engenharia é comum encontrar sólidos com eixos fixos de rotação. Nesses casos, a escolha do sistema de eixos O(x,y,z), é feita de forma que um de seus eixos (Ox por exemplo) coincida com o eixo fixo, o que acarretará numa simplificação significativa. Mesmo quando o movimento do sólido não se encaixa perfeitamente nessa situação, é possível adaptá-la de forma que o sistema de eixos móvel O(x,y,z) apresente um de seus eixos fixo (Ox por exemplo). Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 8/24 EXEMPLO 01 A figura ilustra um dispositivo simplificado de um misturador rotativo. O eixo principal é mantido em posição através de dois mancais fixos A e B. Duas massas m = 0,2 kg são mantidas afastadas do eixo principal por duas hastes verticais. As massas do eixo e das hastes, para os propósitos deste estudo, são desprezadas. O conjunto descrito, gira em torno de seu eixo, com frequência de rotação constante f = 3000 rpm. Pedem-se: a) os momentos de inércia em relação ao sistema de eixos CM(x,y,z) “ligado” ao eixo principal; b) os produtos de inércia em relação ao sistema de eixos CM(x,y,z); c) os esforços de origem dinâmica nos mancais A e B; SOLUÇÂO: I xx=∫(dist .aoeixo x ) 2 ⋅dm=0,502⋅0,2+0,502⋅0,2=0,100 I yy=∫(dist .ao eixo y ) 2 ⋅dm=0,252⋅0,2+0,252⋅0,2=0,025 I zz=∫(dist .aoeixo z ) 2 ⋅dm=(0,252+0,502)⋅0,2+(0,252+0,502)⋅0,2=0,125 Resp. (a): I xx=0,100⋅kg⋅m 2; I yy=0,025⋅kg⋅m 2; I zz=0,125⋅kg⋅m 2 I xy=∫ x⋅y⋅dm=(−0,25)⋅0,50⋅0,2+0,25⋅(−0,50)⋅0,2=−0,050 I xz=∫ x⋅z⋅dm=(−0,25)⋅zero⋅0,2+0,25⋅zero⋅0,2=zero I yz=∫ y⋅z⋅dm=0,50⋅zero⋅0,2+(−0,50)⋅zero⋅0,2=zero Resp. (b): I xy=−0,050⋅kg⋅m 2 ; I yz=zero⋅kg⋅m 2 ; I yz=zero⋅kg⋅m 2 O momento angular, adotando o polo no CM - Centro de Massa: H⃗CM=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ωxωyωz ]=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ ωxzerozero] Antes de derivar o momento angular em função do tempo, é aconselhável exprimi-lona forma vetorial: H⃗CM=I xx⋅ωx⋅î−I xy⋅ωx⋅ ĵ−I xz⋅ωx⋅k̂ Note-se que a forma vetorial foi obtida efetuando o produto das matrizes, ou seja: 1ª linha x coluna na direção î + 2ª linha x coluna na direção ĵ + 3ª linha x coluna, na direção k̂ m m 0, 50 m 0,50 m CM 0,25 m 0,25 m0,50 m 0,50 m A Bx y z ω Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 9/24 Derivando a forma vetorial do momento angular: ˙⃗HCM=I xx⋅ω̇x⋅î+ I xx⋅ωx⋅ ˙̂i−I xy⋅ω̇x⋅ĵ−I xy⋅ωx⋅ ˙̂j−I xz⋅ω̇x⋅k̂−I xz⋅ωx⋅ ˙̂k A velocidade angular: ωx=2⋅π⋅f =2⋅π⋅ 3000 60 =314,16⋅ rad s ; A derivada da velocidade angular: zero!, pois a velocidade angular é constante, e substituindo na derivada do momento angular … ˙⃗HCM=I xx⋅ωx⋅ ˙̂i−I xy⋅ωx⋅ ˙̂j−I xz⋅ωx⋅ ˙̂k A derivada dos versores: Como consequência da escolha do sistema de eixos CM(x,y,z), o versor î não muda de direção, ou seja, é constante e possui derivada em relação ao tempo nula ( ˙̂i=zero) , entretanto, os outros dois versores ĵ e k̂ solidários ao sólido giram com velocidade angular do mesmo. Desta forma: ˙̂j=ω⃗∧ ĵ=ωx⋅î∧ ĵ=ωx⋅k̂ e ˙̂k=ω⃗∧ k̂=ωx⋅̂i∧k̂=ωx⋅(− ĵ) . Substituindo na derivada do momento angular: ˙⃗HCM=I xx⋅ωx⋅ ˙̂i−I xy⋅ωx⋅ ˙̂j−I xz⋅ωx⋅ ˙̂k=−I xy⋅ωx⋅ωx⋅k̂−I xz⋅ωx⋅ωx⋅(− ĵ) ˙⃗HCM=−I xy⋅ωx 2 ⋅k̂+ I xz⋅ωx 2 ⋅ĵ Recuperando valores de: I xy=−0,050 ; I xz=zero ; ωx=314,16 Obtém-se: ˙⃗HCM=−I xy⋅ωx 2 ⋅k̂+ I xz⋅ωx 2 ⋅ĵ=0,050⋅314,162⋅k̂=4934,825⋅k̂ ˙⃗HCM=4934,825⋅k̂ As reações dinâmicas nos mancais: Note-se que a força peso não é força dinâmica, por estar presente mesmo quando o sistema encontra-se em repouso, a saber: P⃗=0,4⋅9,81⋅(− ĵ)=3,924⋅(− ĵ)⋅N Os mancais sugeridos na figura são do tipo axial, portanto só reagem a esforços radiais, isto posto: R⃗A=RA y⋅ ĵ+RA z⋅k̂ R⃗B=RB y⋅ĵ+RB z⋅k̂ Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM m m 0,5 0 m 0,50 m CM 0,25 m 0,25 m0,50 m 0,50 m A Bx y z ω R A z R A y R B y R B z Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 10/24 tem-se: R⃗A+ R⃗B=m⋅⃗aCM ; o peso não foi considerado, pois as reações dinâmicas não dependem do mesmo. Substituindo … RA y⋅ ĵ+RA z⋅k̂+RB y⋅ĵ+RB z⋅k̂=m⋅⃗aCM ; mas a aceleração do centro de massa é nula, ou seja: RA y⋅ ĵ+RA z⋅k̂+RB y⋅ĵ+RB z⋅k̂=zero Impondo a igualdade, tem-se: RA y +RB y =0 => RA y =−RB y eq. 01 RA z +RB z =0 => RA z =−RB z eq. 02 Impondo o TMA – Teorema do Momento Angular: ∑ M⃗CM= ˙⃗HCM => ∑ M⃗CM= ˙⃗HCM=4934,825 k̂ Agora se faz necessário o cálculo dos momentos das forças para que se obtenha o primeiro membro do TMA. Da definição de momento de força, tem-se: M⃗O F =(P−O)∧F⃗ . Como o polo escolhido é o Centro de Massa CM(0;0;0), é necessário um ajuste: M⃗CM F =(P−CM )∧F⃗ Momento da reação em A(-0,75;0;0): M⃗R A=(A−CM )∧R⃗ A=−0,75⋅̂i∧(RA y ⋅ĵ+RA z ⋅k̂ )=−0,75⋅RA y ⋅k̂+0,75⋅RA z ⋅ĵ Momento da reação em B(0,75;0;0): M⃗R B=(B−CM )∧R⃗B=0,75⋅î∧(RB y ⋅ ĵ+RB z ⋅k̂ )=0,75⋅RB y ⋅k̂−0,75⋅RB z ⋅ ĵ Substituindo os resultados das equações eq. 01 e eq. 02: M⃗R B=−0,75⋅RA y ⋅k̂+0,75⋅R A z ⋅ ĵ O momento resultante: ∑ M⃗CM=−2⋅0,75⋅RAy⋅k̂+2⋅0,75⋅RAz⋅ ĵ Substituindo no TMA: ∑ M⃗CM= ˙⃗HCM=4934,825⋅k̂ ∑ M⃗CM=−2⋅0,75⋅RA y ⋅k̂+2⋅0,75⋅RA z ⋅ ĵ= ˙⃗HCM=4934,825⋅k̂ ou … −2⋅0,75⋅RA y⋅k̂+2⋅0,75⋅RA z⋅ĵ=4934,825⋅k̂ Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 11/24 Igualando os vetores RA z =0 e −2⋅0,75⋅RA y =4934,825 => RA y =−3289,883⋅N Resp. (c): RA z =0 ; RA y =−3289,883⋅N ; RB z =0 ; RB y =3289,883⋅N EXEMPLO 02 A figura ilustra um sólido que apresenta massa m = 30,0 kg, gira em torno de eixo fixo mantido por dois mancais A e B. Quando o sistema gira com velocidade angular constante ω=50⋅ rad s , os esforços dinâmicos nos mancais (desconsiderar o peso próprio) são medidos, e os resultados expressos em newton (N), são: R⃗A=−3600⋅̂j+200⋅k̂ e R⃗B=210⋅ ĵ−200⋅k̂ . Pedem-se: a) os produtos de inércia que envolvem a direção do eixo de rotação, em relação ao polo A; b) a ordenada (yCM) do CM – Centro de Massa do sólido. SOLUÇÃO: Adota-se como sistema de referência ligado ao sólido, o sistema de eixos A(x,y,z). Neste caso o centro de massa do sólido descreve trajetória circular com raio R = y CM, portanto apresenta aceleração centrípeta: a⃗CM=−ω 2 ⋅R⋅ ĵ=−2500⋅yCM⋅ĵ . A resultante das forças aplicadas (desconsiderando o peso próprio) é: ∑ F⃗=R⃗A+ R⃗B=−3390⋅ĵ Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM => −3390⋅ĵ=30⋅(−2500⋅yCM⋅ĵ) => yCM=0,045 Resp. (b) yCM=0,045⋅m A velocidade angular: ω⃗=50⋅̂i O momento angular na forma matricial: H⃗ A=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[5000 ] O momento angular na forma vetorial: H⃗ A=I xx⋅50⋅î−I xy⋅50⋅ĵ−I xz⋅50⋅k̂ 0,85 m CM y CM A B x y z ω R A z R A y R B y R B z 0,25 m Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 12/24 Derivando o momento angular em função do tempo: ˙⃗H A=−I xy⋅50⋅ ˙̂j−I xz⋅50⋅ ˙̂k=−I xy⋅50 2 ⋅î∧ ĵ−I xz⋅50 2 ⋅̂i∧k̂=−I xy⋅50 2 ⋅k̂+ I xz⋅50 2 ⋅ ĵ Calculando os momentos das forças em relação ao polo A: M⃗R A=(A−A)∧R⃗ A=zero ; M⃗R B=(B−A)∧R⃗B=0,85⋅î∧(210⋅ĵ−200⋅k̂ )=178,5⋅k̂+170⋅ ĵ Impondo o TMA – Teorema do Momento Angular: ∑ M⃗ A= ˙⃗H A => 178,5⋅k̂+170⋅ĵ=−I xy⋅502⋅k̂+ I xz⋅502⋅ ĵ Impondo a igualdade entre os vetores: 178,5=−I xy⋅50 2 => I xy=−0,071 170=I xz⋅50 2 => I xz=0,068 Resp. (a) −I xy=0,071⋅kg⋅m 2 ; I xz=0,068⋅kg⋅m 2 EXEMPLO 03 Um estagiário recebe um pré-projeto de um misturador constituído por eixo e duas placas triangulares de massa m = 0,24 kg cada. O projeto prevê velocidade angular constante igual a ω=60 rad s . A recomendação é de que as possíveis deformações sejam negligenciadas, que se adote como polo o centro de massa do conjunto, e o sistema de eixos CM(x,y,z). O estagiário procura na internet e encontra numa tabela os produtos de inércia de placas triangulares conforme anexo. Pedem-se: a) os produtos de inércia de interesse; b) os esforços dinâmicos no mancal A. ANEXO: I xy=− m 36 ⋅h⋅(2⋅c−b) ; I xz=I yz=0 SOLUÇÃO: Adaptando o anexo às condições do problema, tem-se: c=0 ;b=0,3 ;h=0,2 Calculando os produtos de inércia em relação ao polo, no centro de massa da placa: x y CM conj. 0,3 m 0,2 m0,3 m 0,3 m 0,2 m 0,2 m m m ω A CM x y c b h h/3 b/3 Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 13/24 I xy CM =− 0,24 36 ⋅0,2⋅(2⋅0−0,3)=0,0004 Do Teorema dos eixos paralelos: I xy=I xy CM +m⋅xCM⋅yCM ; sendo as coordenadas do centro de massa em relação ao novo referencial. Para uma placa: I xy CM conj.=0,0004+0,24⋅ 0,3 3 ⋅ 0,2 3 =0,0020 Para as duas placas: I xy CM conj.=0,0040 ; I xz CM conj.=I yz CMconj .=0 Resp. (a) I xy CM conj.=0,0040⋅kg⋅m2 ; I xz CM conj.=I yz CMconj .=0 A ilustração do mancal sugere um mancal extenso e que portanto poderá reagir não só com força mas também momento (binário), desta forma, os esforços no mancal A serão representados por: R⃗A=RA x⋅î+RA y⋅ĵ+RA z⋅k̂ e M⃗ A=M A x⋅̂i+M A y⋅ ĵ+M A z⋅k̂ . NOTAS: 1. Um binário ou momento concentrado, apresenta o mesmo valor independente do polo utilizado. 2. Como a velocidade angular é constante o momento concentrado (binário) M⃗ A não deve apresentar componente axial (M A x )=zero , pois essa componente cria aceleração angular, o que seria incompatível com a condição de velocidade constante. Mesmo assim, será mantida na solução que se segue. A velocidade angular: ω⃗=ω⋅̂i=60⋅î O momento angular em relação ao polo CM: H⃗CM=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ωxωyωz ]=[ I xx 0,0040 0 0,0040 I yy 0 0 0 I zz ]⋅[6000 ] O momento angular na forma vetorial: H⃗CM=I xx⋅60⋅î+0,0040⋅60⋅ĵ=I xx⋅60⋅î+0,24⋅ ĵ A derivada temporal do momento angular: ˙⃗HCM=0,24⋅ ˙̂j=0,24⋅60⋅î∧ ĵ=14,4⋅k̂ Calculando o momento Resultante em relação ao polo CM: ∑ M⃗CM=(A−CM )∧(RAx⋅î+RAy⋅ ĵ+RAz⋅k̂ )+M⃗ A ∑ M⃗CM=0,5⋅î∧(R Ax⋅î+RAy⋅ ĵ+RAz⋅k̂)+M Ax⋅̂i+M Ay⋅ ĵ+M Az⋅k̂ ∑ M⃗CM=0,5⋅RAy⋅k̂−0,5⋅RAz⋅ĵ+M Ax⋅î+MAy⋅ ĵ+M Az⋅k̂ Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 14/24 Impondo o TMA – Teorema do Momento Angular: ∑ M⃗ A= ˙⃗H A => 0,5⋅RAy⋅k̂−0,5⋅RAz⋅ĵ+M Ax⋅̂i+M Ay⋅ĵ+M Az⋅k̂=14,4⋅k̂ igualando î : M A x =zero eq. 01 igualando ĵ : −0,5⋅RA z ⋅ ĵ+M A y ⋅ ĵ=zero eq. 02 igualando k̂ : 0,5⋅RA y +MA z =15,84 eq. 03 Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM => RAx⋅î+RAy⋅ ĵ+RAz⋅k̂=zero ; note-se que a⃗CM=zero pois o CM pertence ao eixo de rotação. Impondo a igualdade entre vetores: RA x =RA y =R A z =zero . Substituindo na equação eq. 02: M A y =zero . Substituindo na equação eq. 03: M A z =14,4 . Resp. (b) R⃗A=zero e M⃗ A=14,4⋅k̂⋅N⋅m Entendendo o que é um binário: A figura sugere que o mancal A pode ser entendido como dois rolamentos espaçados pela distância “d”. Cada um deles pode aplicar no eixo, forças ortogonais ao mesmo (forças radiais). Para entender o momento calculado acima, considere-se um sistema de forças composto por duas forças (ou binário), ambas de intensidade F, paralelas entre si, de sentidos opostos, uma aplicada no ponto A1 e outra aplicada no ponto A2, ou seja, separadas pela distância “d”. O momento resultante dessas forças, não depende do polo adotado, por exemplo, adote-se como polo o ponto A1. (confirme calculando em relação a qualquer outro polo, por exemplo os polos A2 e CM) Calculando o momento resultante do binário: B⃗=(A1−A1)∧(−F⋅ĵ)+(A2−A1)∧F⋅ĵ B⃗=( zero)∧(−F⋅ ĵ)+(d⋅̂i )∧F⋅ĵ=F⋅d⋅k̂ Portanto: F⋅d⋅k̂=14,4⋅k̂⋅N⋅m Desta forma, conhecendo o espaçamento (d) dos rolamentos, pode-se obter os esforços radiais em cada um deles: F= 14,4 d . d x y F F A 1 A 2 Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 15/24 EXEMPLO 04 Um cilindro de massa m = 5,0 kg, gira em torno do eixo apoiado nos mancais A e B, separados pela distância d = 0,90 m, com velocidade angular ω = 20 rad/s. O sistema de eixos A(x,y,z) ilustrado, é ligado ao cilindro. As reações (forças) nos mancais de origem dinâmica (desconsiderar o peso), são conhecidas: R⃗A=50⋅k̂ (N ) e R⃗B=−46⋅k̂ (N ) . Pedem-se: a) a distância do Centro de Massa ao eixo de rotação; b) os produtos de inércia do cilindro (não balanceado); SOLUÇÃO: Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM => R⃗A+ R⃗B=m⋅⃗aCM 50⋅k̂−46⋅k̂=5⋅⃗aCM => 4⋅k̂=5⋅⃗aCM => a⃗CM=0,8⋅k̂ O CM – Centro de Massa está descrevendo uma trajetória circular de raio R em movimento circular e uniforme, e no instante ilustrado na figura, encontra-se atrás do eixo (Ax). Nessa condição apresenta aceleração centrípeta: a⃗cent .=ω 2 ⋅R⋅k̂=0,8⋅k̂ . Substituindo o valor numérico da velocidade angular, tem-se: 202⋅R⋅k̂=0,8⋅k̂ => R=2,00⋅10−3m Resp. (a) No instante considerado o centro de massa encontra-se imediatamente atrás do eixo, deslocado de 2 mm. O momento angular em relação ao polo A, na forma matricial: H⃗ A=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ωxωyωz ]=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[2000 ] O momento angular em relação ao polo A, na forma vetorial: H⃗ A=I xx⋅20⋅î−I xy⋅20⋅ĵ−I xz⋅20⋅k̂ Derivando em relação ao tempo: ˙⃗H A=−I xy⋅20⋅ ˙̂j−I xz⋅20⋅ ˙̂k=−I xy⋅20⋅20 î∧ ĵ−I xz⋅20⋅20 î∧k̂ ˙⃗H A=−I xy⋅400⋅k̂+ I xz⋅400⋅ ĵ Calculando o Momento Polar dos esforços em relação ao polo A: M⃗ A=(A−A)∧R⃗A+(B−A)∧R⃗B => M⃗ A=0,90⋅̂i∧(−46⋅k̂ )=41,40⋅ ĵ Impondo o TMA – Teorema do Momento Angular: ∑ M⃗ A= ˙⃗H A => ˙⃗H A=−I xy⋅400⋅k̂+ I xz⋅400⋅ ĵ=41,40⋅ĵ 0,90 0,10 0,10 0,10 x y z A Bw Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 16/24 Impondo a igualdade vetorial: I xy=0 ; I xz= 41,40 400 =0,10 Resp.(b) I xy=0 e I xz=0,10⋅kg⋅m 2 EXEMPLO 05 Um avião, desloca-se ao longo da pista com velocidade v = 241,2 km/h (ou 67 m/s), com as rodas do trem de pouso girando sem escorregar em relação ao solo. Assim que o avião alça voo e perde contato com o solo, o recolhimento do trem de pouso se inicia, ainda com as rodas girando. O sistema composto por ambas as rodas, possui massa total m = 86,0 kg, diâmetro D = 1,1 m e momento de inércia total, em relação ao eixo de rotação, Ixx = 13,9 kg.m2. As rodas são montadas em seu eixo de rotação, separadas pela distância a = 0,36 m. O eixo de rotação das rodas é soldado a uma barra, que gira em torno da articulação A propiciando o recolhimento do conjunto. A distância entre o eixo das rodas e a articulação A, é b = 1,2 m. O trem de pouso é recolhido de forma que sua posição angular θ, aumenta à taxa de 45º (ou 0,79 rad) por segundo. Sugere-se que se adote o sistema de eixos CM(x, y, z), como o sistema de eixos ligado ao eixo de rotação das rodas. Pedem-se: a) o vetor velocidade angular das rodas; b) o vetor momento angular do conjunto de rodas, em relação ao polo centro de massa das mesmas (CM); c) as reações de origem dinâmicas (desconsiderar o peso) no eixo nas rodas. SOLUÇÃO: No desenvolvimento da forma matricial do momento angular, a velocidade angular do sólido em estudo é medida em relação a um referencial INERCIAL, ou seja, no caso atual seria um referencial, de onde se percebe que as rodas giram em torno de seu eixo, enquanto o este (o eixo) gira em torno da articulação A. Considere-se que as rodas não estivessem girando em torno de seu eixo próprio, elas ainda girariam, pois o seu eixo giraria em torno da articulação A. A barra que liga o eixo das rodas com a articulação A, tem sua posição determinada pela sua posição angular θ , que varia com o tempo à taxa Ω=0,79 rad s , ou seja, com velocidade angular Ω⃗=0,79⋅k̂ . Se as rodas estivessem paradas em relação ao eixo próprio das mesmas, ainda teriam essa velocidade angular. Enquanto as rodas sustentam o avião que corre pela pista, não escorregam em relação à pista, ou seja, o ponto de contato das mesmas com o piso é o CIR – Centro Instantâneo de Rotação. Nessa condição o centro das rodas deslocam-se com a velocidade do avião v=67 m s , e da cinemática tem-se: v=ω⋅R=ω⋅ D 2 . x y z q a/2 a/2 CM b A W w CM v R w CIR Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 17/24 Com os valores numéricos: 67=ω⋅ 1,1 2 => ω=121,82 rad s , e na forma vetorial: ω⃗=121,82⋅̂i Finalmente pode-se afiançar que o vetor velocidade angular das rodas é a soma vetorial dessas duas velocidades angulares citadas acima: ω⃗RODAS=ω⃗+Ω⃗=121,82⋅̂i+0,79⋅k̂ Resp. (a) ω⃗RODAS=121,82⋅̂i+0,79⋅k̂ rad s A forma matricial do momento angular do conjunto de rodas: H⃗CM=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ωxωyωz ]=[ 13,9 0 0 0 I yy 0 0 0 I zz]⋅[ 121,82 0 0,79 ] Note-se que as rodas são dispositivos balanceados, que garantem que o eixo das mesmas seja um eixo de simetria de massa, o que anula os produtos de inércia. A forma vetorial do momento angular do conjunto de rodas: H⃗CM=13,9⋅121,82⋅̂i+ I zz⋅0,79⋅k̂ H⃗CM=1693,30⋅̂i+ I zz⋅0,79⋅k̂ Resp. (b) H⃗CM=1693,30⋅̂i+ I zz⋅0,79⋅k̂ Derivando em relação ao tempo o momento angular do conjunto de rodas: ˙⃗HCM=1693,30⋅Ω⃗∧ î=1693,30⋅0,79⋅k̂∧ î=1337,71⋅ĵ Note-se que o versor k̂ não muda de direção: é constante. Considere-se o eixo das rodas ao qual as rodas estão presas. Os esforços entre as rodas e o eixo são radiais, ou seja, nas direções y e z. A figura ilustra dois pares de forças que são aplicados pelo eixo nas rodas, nos pontos B e D que são os pontos de fixação das mesmas. As componentes das forças na direção z, estão de topo na figura e são representadas por círculos. As forças aplicadas no conjunto das rodas, que tem sido o objeto de estudo até aqui, são: R⃗D=RD y ⋅ ĵ+RD z ⋅k̂ e R⃗B=RB y ⋅ĵ+RB z ⋅k̂ O momento resultante sobre o conjunto de rodas, em relação ao polo CM – Centro de Massa das rodas é: x y z q a/2 a/2 CM b A B D R D y R D z R B z R B y Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 18/24 M⃗CM=(B−CM )∧R⃗B+(D−CM )∧R⃗D Sendo a 2 =0,18⋅m , tem-se: M⃗CM=−0,18⋅î∧R⃗B+0,18⋅î∧R⃗D M⃗CM=−0,18⋅î∧(RB y ⋅ĵ+RBz ⋅k̂ )+0,18⋅î∧(RD y ⋅ĵ+RD z ⋅k̂) M⃗CM=−0,18⋅RB y ⋅k̂+0,18⋅RB z ⋅ ĵ+0,18⋅RD y ⋅k̂−0,18⋅RD z ⋅ ĵ Impondo o TMA – Teorema do Momento Angular: ∑ M⃗CM= ˙⃗HCM => −0,18⋅RBy⋅k̂+0,18⋅RBz⋅ ĵ+0,18⋅RDy⋅k̂−0,18⋅RDz⋅ ĵ=1337,71⋅ĵ Impondo a igualdade vetorial: 0,18⋅RB z −0,18⋅RD z =1337,71 eq. 01 RB y =RD y eq. 02 O CM – Centro de Massa do conjunto de rodas descreve trajetória circular de raio R=b=1,2⋅m , em movimento uniforme e velocidade angular Ω⃗=0,79⋅k̂ , assim a aceleração do mesmo é centrípeta: a⃗CM=0,79 2 ⋅1,2⋅ĵ=0,75⋅ĵ⋅ m s . Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM => RBy⋅ĵ+RBz⋅k̂+RDy⋅ ĵ+RDz⋅k̂=86⋅0,75⋅ĵ Impondo a igualdade vetorial: RB y +RD y =64,50 eq. 03 RB z =−RD z eq. 04 Substituindo a equação eq. 02 na equação eq. 03, tem-se: 2⋅RD y =64,50 => RD y =RB y =32,25⋅N Substituindo a equação eq. 04 na equação eq. 01, tem-se: 2⋅0,18⋅RB z =1337,71 => RB z =−RD z =7431,72⋅N Resp. (c) RD y =RB y =32,25⋅N e RB z =−RD z =7431,72⋅N Note-se que sobre o eixo das rodas estarão aplicadas as reações dessas forças, no esquema anexo, estão indicadas as forças sobre o eixo das rodas. x y z B D R B z R D z R D z R D y R D y R B y Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 19/24 Em especial as componentes (z), produziriam torção na haste vertical com momento torsor: M⃗ torsor=7431,72⋅a⋅(− ĵ)=−2675,42⋅ ĵ N⋅m . Este momento torsor, não é intuitivo e deveria criar muita dor de cabeça a um projetista desavisado. EXEMPLO 06 A figura anexa ilustra um disco apoiado em plano horizontal, que apresenta massa m = 0,3 kg, raio R = 0,12 m e centro B, por onde se conecta à articulação A, através da barra AB de comprimento d = 0,16 m. Esse disco é arrastado pelo eixo vertical que passa pela articulação A, e impõe ao eixo AB a velocidade angular constante ω = 20 rad/s. Não há escorregamento entre o disco e o piso horizontal. O sistema de eixos A(x,y,z) ilustrado, é ligado ao eixo AB e com ele muda de direção constantemente. Desconsiderando a massa da barra AB, pedem-se: a) a aceleração do centro B; b) os momentos de inércia do disco, relevantes ao movimento, em relação ao polo A; c) a reação na articulação A; d) a reação normal do piso horizontal no disco. SOLUÇÃO: O sistema em estudo é composto pelo disco de centro B e pelo eixo AB. Como a massa do eixo AB é neglicenciada, a massa desse sistema será apenas a massa do disco. O centro B do disco, desloca-se ao longo de trajetória circular de raio r=d=0,16 m , com velocidade angular constante ω=20 rad s , apresentando aceleração centrípeta dada por: acent .=ω 2 ⋅r=202⋅0,16=64,0 m s2 , que aponta para o centro da trajetória, ou seja, o ponto A. Resp. (a): a⃗B=64,0⋅(− î)⋅ m s2 . Note-se que o ponto B, apresenta velocidade linear, sempre tangente à trajetória: v B=ω⋅r=20⋅0,16=3,2⋅ m s . Considerando que o ponto de contato do disco com o piso, seja o CIR – Centro Instantâneo de rotação, pode-se afirmar que: 1. O centro B do disco é arrastado pelo eixo AB com velocidade angular ω=20 rad s ; 2. O disco também gira em torno do eixo AB, com velocidade angular Ω⃗=−Ω⋅î ; x y z A B dw W B R v B CIR W Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 20/24 3. Da relação entre v B e Ω tem-se: v B=Ω⋅R ou Ω= vB R = 3,2 0,12 =26,67⋅ rad s . Isto posto, pode-se afirmar que o vetor velocidade angular do conjunto, em especial do disco, é: ω⃗=−26,67⋅̂i+20,00⋅k̂ rad s . Portanto fica estabelecido que o disco gira em torno de dois eixos (x e z), desta forma, se faz necessário o cálculo dos momentos de inércia do mesmo em relação a esses dois eixos. O momento de inércia do disco, em relação ao eixo x, e em relação ao polo B (seu centro) é: I B xx = m⋅R2 2 = 0,3⋅0,122 2 =2,16⋅10−3kg⋅m2 . Como o eixo x, passa por ambos os pontos A e B, pode-se garantir que: IA xx =2,16⋅10−3 kg⋅m2 . Os momentos de inércia do disco, em relação aos eixos y e z, e em relação ao polo B (seu centro) é: I B zz =IB zz = m⋅R2 4 = 0,3⋅0,122 4 =1,08⋅10−3kg⋅m2 Aplicando-se o Teorema dos eixos paralelos: IA yy =IB yy +m⋅d2 e IA zz =IB zz +m⋅d2 => IA yy =I A zz =0,00108+0,3⋅0,162=0,0088⋅kg⋅m2 Resp.(b): IA xx =0,00216⋅kg⋅m2 ; IA yy =I A zz =0,0088⋅kg⋅m2 As forças agentes no sistema em estudo (disco + barra AB) são: 1. Peso do disco: P⃗=m⋅g⋅(−k̂ )=−0,3⋅9,81⋅k̂=−2,94⋅k̂ ; 2. Normal do piso horizontal sobre o disco: N⃗=N⋅k̂ ; 3. Reação na articulação A: R⃗A=R A x ⋅î+R A Y ⋅ ĵ+R A z k̂ ; Impondo o TCM – Teorema do Centro de Massa, tem-se: ∑ F⃗ext .=m⋅a⃗CM RA x⋅î+RA Y⋅ ĵ+RA z k̂−2,94⋅k̂+N⋅k̂=0,3⋅64,0⋅(−î ) RA x⋅î+RA Y⋅ ĵ+RA z k̂−2,94⋅̂k+N⋅k̂=−19,2⋅î Impondo a igualdade vetorial: em î : RA x =−19,2 em ĵ : RA Y =0 em k̂ : RA z −2,94+N=0 eq. 01 Impondo o TMA – Teorema do momento Angular: Calculando o momento resultante (das forças) em relação ao polo adotado (A); M⃗ A=(A−A)∧R⃗ A+(B−A)∧(−2,94⋅k̂)+(CIR−A)∧N⋅k̂ Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 21/24 Considerou-se que o ponto de contato do disco com o piso horizontal o CIR – Centro Instantâneo de Rotação, é o ponto de aplicação da reação normal do piso sobre o disco. Substituindo os vetores posição. M⃗ A=( ⃗zero)∧R⃗ A+(0,16⋅î)∧(−2,94⋅k̂ )+(0,16⋅̂i−0,12⋅k̂ )∧N⋅k̂ M⃗ A=0,47⋅ĵ−0,16⋅N⋅ĵ=(0,47−0,16⋅N )⋅ ĵ Calculando o momento angular do conjunto em relação ao polo A: H⃗ A=[ I xx −I xy −I xz −I xy I yy −I yz −I xz −I yz I zz ]⋅[ωxωyωz ]=[ 0,00216 0 0 0 0,0088 0 0 0 0,0088]⋅[ −26,67 0 20 ] H⃗ A=−0,00216⋅26,67⋅î+0,0088⋅20⋅k̂ => H⃗ A=−0,0576⋅̂i+0,176⋅k̂ Derivando o momento angular em relação ao tempo: 1. o sistema de eixos A(x,y,z) está ligado ao eixo AB, ou seja, a velocidade angular “deste” eixo é que afeta (muda) a direção dos versores, em especial do versor î ; 2. o vetor velocidade angular do eixo AB é ω⃗AB=20⋅k̂ . ˙⃗H A=−0,0576⋅ ˙̂i+0,176⋅˙̂k => ˙⃗H A=20⋅k̂∧H⃗ A=20⋅(−0,0576)⋅ ĵ=−1,15⋅ĵ Impondo que: M⃗ A= ˙⃗H A => (0,47−0,16⋅N )⋅ ĵ=−1,15⋅ĵ => −0,16⋅N=−1,62 Finalmente a normal entre o disco e o piso é: N=10,125 . Substituindo na equação eq. 01, tem-se: RA z −2,94+N=0 => RA z =−7,18 Resp. (c): RA x =−19,2 ; RA Y =0 ; RA z =−7,18 expressos em N (newton). Resp. (d): N=10,125 expressa em N (newton). Note-se que o peso (P=2,94) é bem diferente da reação normal, ou seja, pelo simples fato do disco ter seu eixo de rotação girando, aumenta consideravelmente o esforço do disco sobre o piso. EXEMPLO 07 Um carro percorre curva de raio R = 80 m em plano horizontal, mantendo velocidade v = 100 km/h. As rodas traseiras possuam massa mR = 16 kg, raio RR = 0,40 m, momento de inércia ICM=1,44 kg⋅m 2 , e estão separadas por 1,30 m. Considere-se que não há escorregamento das rodas em relação ao piso horizontal. Considere-se que o sistema a ser estudado seja composto apenas pelas rodas que são arrastadas pelo eixo traseiro. Pedem-se: a) A diferença das forças normais aplicadas pelo piso nas rodas traseiras; b) A diferença das forças normais aplicadas pelo piso nas rodas traseiras, devido exclusivamente ao efeito giroscópico; A B CIR x z d = 0,16 R = 0,12 80 m 1,3 m Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 22/24 SOLUÇÃO: O Centro de Massa: O centro de massa do conjunto formado pelas duas rodas, encontra-se no ponto médio da linha que une seus centros. Desta forma o CM Centro de Massa do conjunto desloca-se em trajetória circular de raio R = 80 m com velocidade LINEAR (v=100 km h ) , igual ao do carro. Adota-se como sistema de referência, o sistema CM(x,y,z). No SI – Sistema Internacional de Unidades: v=100 km h = 100 3,6 ⋅ m s => v=27,778⋅ m s . O Centro de Massa, apresenta aceleração: a⃗CM= −v2 R ⋅î= −27,7782 80 ⋅î => a⃗CM=−9,645⋅î m s Resumindo: a) o centro da roda interna à curva, descreve trajetória circular com raio 79,35 m; b) o CM Centro de massa do conjunto (centro do eixo traseiro) descreve trajetória circular com raio 80,00 m; c) ocentro da roda externa à curva, descreve trajetória circular de raio 80,65 m. O eixo traseiro gira em torno do eixo vertical que passa pelo centro de curvatura da trajetória circular com velocidade angular (ω1) , que pode ser obtida através da relação: v=ω1⋅R => ω1= v R = 27,778 80 => ω1=0,347⋅ rad s . Como as rodas estão ligadas ao eixo traseiro, elas são arrastadas pelo mesmo, ou seja, giram com a velocidade angular ω1=0,347⋅ rad s em torno do eixo vertical que passa pelo centro de curvatura da trajetória. A roda interna: Possui duas componentes de velocidade angular: a) uma em torno do eixo que as liga ao carro (ω2) ; b) outra em torno de eixo vertical que passa pelo centro da trajetória ω1=0,347⋅ rad s . O centro da roda interna desloca-se com velocidade linear: vCM rodain =ω1⋅79,35=27,534 m s . Considerando o CIR, pode-se afirmar que: ω2= vCM rodain RR = 27,534 0,40 =68,836⋅ rad s . O vetor velocidade angular da roda interna: ω⃗rodain=68,836⋅̂i−0,347⋅ ĵ A roda externa: Possui duas componentes de velocidade angular: a) uma em torno do eixo que as liga ao carro (ω3) ; y 79,35 m Centro de curvatura da trajetória ω 2 ω 1 80,00 m 80,65 m ω 3 x z A B CM Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 23/24 b) outra em torno de eixo vertical que passa pelo centro da trajetória ω1=0,347⋅ rad s . O centro da roda externa desloca-se com velocidade linear: vCM rodaex =ω1⋅80,65=27,986 m s . Considerando o CIR, pode-se afirmar que: ω3= vCM rodaex RR = 27,986 0,40 =69,964⋅ rad s . O vetor velocidade angular da roda externa: ω⃗rodaex=69,964⋅î−0,347⋅ĵ . As forças agentes: P⃗=−32⋅9,81⋅ ĵ=−313,920⋅ ĵ , R⃗A=−fat rodain ⋅̂i+N rodain⋅ ĵ R⃗B=−fat rodaex ⋅î+N rodaex⋅ ĵ Nota: O eixo traseiro com massa desconsiderada, faz parte do sistema em estudo e é responsável pelo posicionamento relativo das rodas. As forças que o eixo traseiro aplica às rodas são consideradas forças de origem interna ao sistema e portanto desconsideradas nos teoremas. O TCM – Teorema do Centro de Massa: −313,920⋅ ĵ− fatrodain⋅̂i+N rodain⋅ĵ−fat rodaex⋅î+N rodaex⋅ ĵ=m⋅⃗aCM −313,920⋅ĵ−fat rodain⋅̂i+N rodain⋅ĵ−fat rodaex⋅̂i+N rodaex⋅ĵ=32⋅(−9,645)⋅î Igualando os vetores … fatrodain+ fatrodaex=308,640 eq.01 N rodain+N rodaex=313,920 eq.02 O TMA – Teorema do Momento Angular: Momento Resultante: ∑ ⃗M rodain=(A−CM conj .)∧(− fat rodain ⋅î+N rodain⋅ĵ)+(B−CMconj .)∧(−fat rodaex ⋅î+N rodaex⋅ĵ) ∑ M⃗CMconj .=(−0,65⋅î−0,40⋅ĵ)∧(−fat rodain⋅î+N rodain⋅̂j)+(0,65⋅î−0,40⋅ ĵ)∧(−fat rodaex⋅î+N rodaex⋅ ĵ) ∑ M⃗CMconj .=−0,40⋅fat rodain ⋅k̂−0,65⋅N rodain⋅k̂−0,40⋅fatrodaex⋅k̂+0,65⋅N rodaex⋅k̂ ∑ M⃗CMconj .=−0,40⋅( fat rodain + fatrodaex)⋅k̂+0,65⋅(N rodaex−N rodain)⋅k̂ Substituindo o resultado da equação eq.01 e indicando a diferença das normais por ΔN , tem-se: ∑ M⃗CMconj .=−0,40⋅308,640⋅k̂+0,65⋅(Δ N )⋅k̂ => ∑ M⃗CMconj .=−123,456⋅k̂+0,65⋅(Δ N)⋅k̂ Momento Angular: H⃗CMconj .=[ 1,44 0 0 0 I yy 0 0 0 I zz ]⋅[ 68,836−0,3470 ]+[ 1,44 0 0 0 I yy 0 0 0 I zz ]⋅[ 69,964−0,3470 ] y Centro de curvatura da trajetória ω 2 ω 1 ω 3 x z A B CM Nrodain P Nrodaex 79,35 m fatrodain fatrodaex Prof. Brasílio//Dinâmica dos Sistemas – 2015 - 24/24 Nota: a) os produtos de inércia de roda balanceada são nulos; b) o momento angular do conjunto é a soma dos momentos angulares de cada roda. H⃗CMconj .=1,44⋅68,836⋅̂i−I yy⋅0,347⋅ ĵ+1,44⋅69,964⋅î−I yy⋅0,347⋅ĵ H⃗CMconj .=1,44⋅(68,836+69,964)⋅î−2⋅I yy⋅0,347⋅ ĵ H⃗CMconj .=199,872⋅̂i−0,694⋅I yy⋅ ĵ Derivando o momento angular em relação ao tempo: ˙⃗HCMconj .=−0,347⋅ĵ∧(199,872⋅î−0,694⋅I yy⋅ĵ) ˙⃗HCMconj .=69,356⋅k̂ Impondo o TMA: −123,456⋅k̂+0,65⋅(Δ N)⋅k̂=69,356⋅k̂ O primeiro termo expressa a influência das forças de atrito que impedem o escorregamento, o segundo termo expressa a diferença entre as normais, o segundo membro expressa a derivada do momento angular que depende das condições cinemáticas. A diferença entre as normais considerados todas as influências que ocorrem no sistema estudado: ΔN=296,64⋅N=30,24kgf Resp.(a) Δ N=296,64⋅N Desconsiderando o efeito dos atritos, que estariam presentes mesmo sem o efeito giroscópico, pode-se afirmar que apenas sob o efeito giroscópico: Δ N=106,70⋅N Resp.(b) Δ N=106,70⋅N Nota: utilizar sempre o mesmo polo, para cada membro do TMA, é o que garante a usabilidade do mesmo. Dinâmica dos Sistemas A cinemática A dinâmica Centro de Massa – Definição TCM – Teorema do Centro de Massa Momento Linear ou quantidade de movimento – Definição Momento Polar de grandeza vetorial – Definição Momento Angular do Sólido TMA – Teorema do Momento Angular TMA - Teorema do Momento Angular no Movimento de Translação TMA - Teorema do Momento Angular no Movimento Plano Momento de Inércia TMA - Teorema do Momento Angular no Movimento Geral TMA - Teorema do Momento Angular na Forma Matricial EXEMPLO 01 EXEMPLO 02 EXEMPLO 03 Entendendo o que é um binário: EXEMPLO 04 EXEMPLO 05 EXEMPLO 06 EXEMPLO 07 O Centro de Massa: A roda interna: A roda externa: As forças agentes: O TCM – Teorema do Centro de Massa: O TMA – Teorema do Momento Angular:
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