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APS: ROTEIRO DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM PACIENTE COM FEBRE AMARELA Nome: Cibely Cardoso Torres Matéria: Práticas de Enfermagem II Curso: Enfermagem ANAMNESE Identificação do paciente: nome, sexo, raça, estado civil, religião, data e local de nascimento, procedência, escolaridade, profissão e tipo sanguíneo. Em pacientes com suspeita de febre amarela, se atentar ao local de moradia (áreas rurais/silvestres e próximas a florestas) e histórico de viagens recentes (para locais com epidemia de doenças e/ou áreas rurais). Motivo da procura do serviço e/ou queixa principal: expressão do paciente sobre o motivo que o levou a procurar auxílio e descrição dos sintomas que apresenta (quando surgiram, localização, intensidade, fatores que agravam e aliviam o sintoma). Se atentar para relato de início súbito de febre, dor de cabeça, dor nas costas e no corpo em geral, calafrios, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza; são esses os sintomas iniciais da febre amarela. Presença de doenças e tratamentos anteriores; alergias: descrição resumida de doenças crônicas, motivos de hospitalizações e cirurgias anteriores, alergias a medicamentos, alimentos, esparadrapo, etc. Se há suspeita, se certificar do histórico de vacinas do paciente (se foi imunizado contra febre amarela nos últimos 10 anos). É necessária a atenção redobrada em pacientes idosos ou imunodeficientes decorrentes do HIV/AIDS, os grupos de risco. Antecedentes familiares: estado de saúde dos familiares diretos (presença de diabete, hipertensão arterial, doenças cardíacas, renais, autoimunes, tuberculose, etc) e causa de morte destes familiares, se for o caso. Uso de medicamentos: relação dos medicamentos que tomou ou toma, se prescristos por médico ou não, e outras substâncias utilizadas para alívio dos sintomas. Existência de outros fatores de risco: relato de consumo de álcool, fumo ou drogas (quantidade, frequência, idade de início e, se for o caso, quando parou). Hábitos e costumes: relato das condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e repouso, atividades físicas, atividade sexual, lazer/recreação e eliminações. EXAME FÍSICO Sinais Vitais: verificar temperatura (atentar-se à febre em pacientes com suspeita de febre amarela), frequência cardíaca x pulso, frequência respiratória, pressão arterial e dor (dor de cabeça intensa, nas costas e em todo o corpo é uma característica da doença). Inspeção: visão e olfato; investiga-se as partes m ais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. Inspecionar tamanho, forma, cor, simetria e posição. Iluminação natural ou lanterna. Deve ser realizada durante toda a hospitalização e complementa a palpação. Essencial em casos graves de febre amarela, quando o paciente pode apresentar delírios, convulsões e até mesmo entrar em coma. Palpação: permite a obtenção do tato por meio do tato e da pressão, identifica modificações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume e dureza. Ainda permite a percepção de elasticidade, edema e flutuação. Nesta parte, atentar-se se o paciente relata sentir dor, sintoma comum da febre amarela. Percussão: baseia-se nas vibrações originadas de pequenos golpes realizados em determinada superfície do organismo. As vibrações obtidas tem tonalidade, intensidade e timbre próprios de acordo com a estrutura anatômica percutida. Obtém-se, além das vibrações, impressões acerca da resistência da região golpeada. Ausculta: identificação dos ruídos corporais normais ou patológicos dos pulmões, coração, artérias e intestino. Utiliza-se o estetoscópio. Avaliação geral do paciente: o objetivo é servir o paciente com cuidados adequados e específicos de acordo com suas características pessoais. 1. Estado geral 2. Tipo morfológico 3. Dados antropométricos 4. Postura 5. Locomoção 6. SSVV (sinais vitais) 7. Pele 8. Mucosas e Anexos EXAMES LABORATORIAIS O diagnóstico laboratorial é feito por isolamento do vírus em amostras de sangue ou fígado, a partir da inoculação em camundongos recém-nascidos, mosquitos ou cultivos celulares. As células mais usadas na atualidade são as originárias de artrópodes, tais como C”36, AP61 e TRA284, de Aedes ablopictus, Aedes pseudoscutellaris e Toxortynchitesam boinenensis, respectivamente. A colheita de sangue deve ser feita em condições de assepsia, de preferência nos seis primeiros dias da doença. As amostras devem ser conservadas em gelo, ou a 4º C em geladeira, se a inoculação se fizer no mesmo dia. Caso seja necessário mais tempo para transporte, os espécimes deverão ser identificados e congelados em temperaturas inferiores a 60º C, mantidos em freezer, gelo seco ou nitrogênio líquido, devendo ser encaminhados, juntamente com a ficha de investigação epidemiológica, ao laboratório. A demonstração do antígeno viral no tecido hepático, através de técnicas como a imunofluorescência indireta e a imunoperoxidase, testes sorológicos, complementares ao isolamento do vírus, ou de exames moleculares, que investigam a presença do microrganismo no material biológico por análise de DNA, podem ser utilizados como alternativos ao diagnóstico.
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