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TRATAMENTO DE EFLUENTES E RESÍDUOS Curso: Engenharia Civil – 9° Semestre Prof. Orientador: Dr. Ariston da Silva Melo Júnior Marcia Yumy Sawamura Roberto Luiz Dos Santos Antunes Depto. de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia Cristóvão Vinuto Mota RA 6318154 João Victor B. da Silva RA 7341491 Marcos Paulo de Agustinho RA 7137860 Murilo Mateus de Abreu RA 7133639 Thiago Zigante Thomazini RA 7163209 1-Problema: Na Sabesp ETE São Miguel também ocorrem inundações nas chuvas mais fortes, como aconteceu no final de fevereiro, quando durante a chuva o Rio Tietê subiu e inundou a planta inteira e principalmente a lagoa ornamental da ETE. Consequentemente a lagoa transborda e invade a ETE levando consigo os peixes. Isso ocorre por erro de projeto, a ETE foi construída no mesmo nível do rio. Os prejuízos são muitos, inclusive ambientais, já que os equipamentos que tratam o esgoto foram atingidos pela inundação levam um tempo para serem consertados, portanto enquanto a unidade estiver parada, não haverá tratamento, além disso, com o transbordamento e a contaminação da lagoa, há mortandade de peixes, e mau cheiro ao local atrai urubus expondo os trabalhadores a um número maior de doenças que o risco habitual. A ETE foi reformada há pouco tempo por causa desse problema, mas não foi atacada a causa, e a inundação vem se repetindo a cada estação chuvosa. 2-Noticia: Esgoto é despejado em área alagada há 8 dias. Estação de tratamento da Sabesp está parada desde enchente da semana passada; fluxo de esgoto é de 450 litros por segundo. Problema agrava situação de bairros que estão debaixo d'água desde então; crianças nadam em água cheia de fezes e urina. Figura 1: Planta real da localização da ETE de São Miguel. 3.1-Como funciona: Os efluentes líquidos, na maioria das vezes, são dirigidos por gravidade e devem passar por um sistema de retenção dos sólidos grosseiros. Logo após, devem fluir para o equalizador ou a elevatória. No tanque equalizador será realizada a correção do pH, se necessário. Em muitos casos devemos adicionar nutrientes (F e N) para, em seguida, o líquido ser bombeado para o reator UASB de manta de lodo. No reator anaeróbio de manta de lodo o efluente entra pela parte inferior em fluxo ascendente. Passando através de um leito de lodo denso e de elevada atividade. O perfil de sólidos no reator possui grande variação. Desde muito denso e com partículas granulares de elevada capacidade de sedimentação, próximas ao fundo (leito de lodo). Até um lodo mais disperso e leve, próximo ao topo do reator (manta de lodo). A estabilização da matéria orgânica ocorre em todas as zonas de reação (leito e manta de lodo). Sendo a mistura do sistema promovida pelo fluxo ascensional de líquido e das bolhas de gás. O efluente industrial e ou sanitário deixará o reator pela parte sobrenadante de um decantador interno, localizado na parte superior do reator. 3-Solução Mitigadora: Para atender o problema de falta de uso de equipamentos por um determinado tempo para conserto e/ou troca dos mesmos, perdidos pela inundação do local, uma solução sanitária seria a implantação de um sistema de tratamento alternativo por REATOR ANAERÓBIO tipo UASB para a ETE de São Miguel, de modo a sanar o problema da depuração de DBO. O sistema alternativo por reator anaeróbico compreende de forma geral um tanque de fibra com medidas e formato específico, totalmente fechado, onde é lançado o esgoto doméstico. É um método econômico e muito eficiente que trabalha com bactérias anaeróbias (que não precisam de oxigênio para sobreviver), o que faz com que não seja necessário nenhum sistema de ventilação. Figura 2: Mulher carrega criança no jardim romano, região tomada por água da chuva misturada a esgoto. Figura 4: Visão detalhada de um reator anaeróbico. Um dispositivo de separação de gases e sólidos, localizado abaixo do decantador, evita que o fluxo ascendente dos gases que se formam nos processos de estabilização carregue as partículas que se desgarram da manta de lodo, permitindo que estas retornem à câmara de digestão, ao invés de serem arrastados para fora do sistema. O princípio fundamental do processo de tratamento é a formação de uma biomassa com alta atividade microbiológica. Isso permite alto rendimento nos processos de estabilização, considerando os limites para as reações anaeróbias, e um tempo de detenção hidráulica relativamente curto. Assim o líquido é dirigido para o tratamento complementar. Aqui ocorre a continuação dos processos e oxidação da matéria orgânica presente nestes líquidos, em muitos casos o processo de lodo ativado com remoção de nutrientes. O reator UASB muitas vezes deve receber o excesso de lodo do sistema de pós tratamento em muitas vezes um sistema de lodo ativado. Esse lodo gerado e armazenado no reator UASB deve ser retirado do fundo do tanque de forma equilibrada para não comprometer a flora bacteriana para um sistema de desidratação. Conclusão: Diante dos estudos realizados sobre o assunto, chega-se a conclusão que para se obter a solução mais viável para as patologias apresentadas na ETE São Miguel, seria o uso de Reatores Anaeróbios do tipo UASB, uma vez que máquinas deste tipo além de serem muito eficientes, apresentam uma forma de uso muito simples em relação a outros métodos de tratamento. Esse sistema de tratamento solucionaria os problemas apresentados na região, uma vez que tem a capacidade de atender ao fluxo de esgoto produzido pela região, mesmo nos períodos de cheia. Figura 3: Visão geral de um reator anaeróbico. https://www.significados.com.br/ph/
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