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AD2 2019 1 Lingua Portuguesa II - Graziella Emilio Paiva - 18112080187

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Pedagogia para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental
Avaliação a Distância 2 – ABRIL/ 2019
Disciplina: Língua Portuguesa 2
Graziella Emilio Paiva – 18112080187
O Ensino de Língua Portuguesa nas séries iniciais
Resende – RJ
2019
O Ensino de Língua Portuguesa nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental
A concepção dialógica no ensino de Língua Portuguesa segue princípios filosóficos que, por sua vez, orientam metodologicamente as atividades a serem desenvolvidas na sala de aula. Um conjunto importante de princípios filosóficos origina-se das discussões de Bakhtin sobre a natureza da linguagem, divergindo do olhar estruturalista que norteou as orientações pedagógicas até a década de 1990. O conceito de gêneros discursivos destaca-se nas atuais discussões sobre o ensino, surgindo na organização das BNCC. O planejamento das atividades precisa levar em conta as características do gênero a ser estudado e elas devem ser organizadas de forma a atender às funções sociais do texto.
Durante muito tempo perdurou um modelo empirista e tradicional no qual os educandos eram submetidos a currículos rígidos, considerados um bloco único e homogêneo, não havendo qualquer preocupação com as diferenças individuais. O Ensino da língua portuguesa, principalmente na rede pública, não considerava que a aprendizagem acontece num momento específico, sob circunstancias específicas, num contexto social e cultural específico, como parte da vida do indivíduo e do grupo. (Dourado)
Os primeiros anos deveriam garantir a aprendizagem da escrita, considerada um código de transcrição da fala. Dois tipos de métodos de alfabetização reinaram por anos: os sintéticos e os analíticos. Os primeiros começavam da parte e iam para o todo, mostrando pequenas partes das palavras, com as letras e as sílabas, para, então formar sentenças. Compõem o grupo os métodos alfabético, fônico e silábico.(VILARINHO)
Na década de 1970, uma nova transformação conceitual mudou as práticas escolares. A linguagem deixou de ser entendida apenas como a expressão do pensamento para ser vista também como um instrumento de comunicação, envolvendo um interlocutor e uma mensagem que precisa ser compreendida. Todos os gêneros passaram a ser vistos como importantes instrumentos de transmissão de mensagens: o aluno precisaria aprender as características de cada um deles para reproduzi-los na escrita e também para identificá-los nos textos lidos.(SANTOMAURO, 2009). De acordo com VAL, “Os gêneros textuais costumam se organizar segundo um modelo formal que define quantas partes terão os textos, quais serão essas partes e em que ordem elas aparecerão. É como um esqueleto, uma fôrma, que caracteriza, de maneira geral, a composição dos textos de um mesmo gênero”.(VAL et al, 2007,p.25).
Em pouco tempo, no entanto, as correntes acadêmicas avançaram mais. Mikhail Bakhtin(1895-1975), apresentou uma nova concepção de linguagem, a enunciativo-discursiva, que considera o discurso uma prática social e uma forma de interação - tese que vigora até hoje. A relação interpessoal, o contexto de produção dos textos, as diferentes situações de comunicação, os gêneros, a interpretação e a intenção de quem o produz passaram a ser peças-chave.(SANTOMAURO, 2009).
A expressão não era mais vista como uma representação da realidade, mas o resultado das intenções de quem a produziu e o impacto que terá no receptor. O aluno passou a ser visto como sujeito ativo, e não um reprodutor de modelos e atuante – em ver de ser passivo no momento de ler e escutar.(WANDERLEY).
Diante disso, crê-se que para o aluno ler, produzir textos e ter a oralidade desenvolvida, assim com possui as capacidades sugeridas pelos PCN, é imprescindível que o trabalho com a Língua Portuguesa no ensino fundamental oportunize aos professores e, consequentemente, aos alunos o desenvolvimento de um trabalho que envolta o processo de ensino e aprendizagem mais sistematizado, consciente e aprofundado a partir de atividades reflexivas, dinâmicas, interativas e motivadoras. (WANDERLEY).
Nessa perspectiva o trabalho realizado pautou-se na concepção de gênero textual como os textos concretizados nas situações comunicativas cotidianas dos alunos, como por exemplo:
“(...) a carta formal tem como padrão de organização uma estrutura que abrange data, endereçamento, vocativo, abertura, tratamento do assunto (onde podem aparecer sequências expositivas, argumentativas, narrativas etc.), fechamento, assinatura. Gêneros que compartilham o mesmo tipo textual podem ter formas composicionais diferentes. O conto de fadas, a notícia, o relato pessoal, as memórias, por exemplo, são gêneros em que predomina a atitude narrativa e que têm modos de organização próprios e diferenciados uns dos outros”.( VAL et al, 2007p.25) 
Como é que surge um gênero textual? Um gênero vai-se constituindo no uso coletivo da linguagem – oral e escrita. Os membros de uma comunidade linguística vão estabelecendo, no correr de sua história, modos específicos de se dirigirem a determinado público para alcançarem determinados objetivos ou funções. Por exemplo: onde é que você já ouviu ou leu uma passagem como “a família de Fulano de Tal cumpre o doloroso dever de comunicar aos parentes e amigos o seu falecimento...”? Como é que se chama essa espécie de texto? Para que serve? Quem é que o manda divulgar? Como é que ele continua? Nessa espécie de texto caberia a expressão “bateu as botas” ou “abotoou o paletó de madeira”? E a palavra “féretro”? Com certeza você sabe responder a essas perguntas, ainda que nunca tenha tido aula de redação sobre esse gênero textual – você o aprendeu na sua experiência social.
Isso mostra o que afirmamos acima: as práticas sociais de linguagem, orais e escritas, vão estabelecendo modelos textuais para serem usados em determinadas situações.( VAL et al, 2007,p.13)
O ensino da escrita e da leitura deve partir de toda a sociedade, especificamente do sistema educacional, a escola destina essa função ao professor que está no posto de mediação do conhecimento, para isso o professor deve chamar a atenção dos alunos, para esses conteúdos, que são básicos, porém essenciais para a vida. 
Toda a aprendizagem está diretamente envolvida com a leitura e a escrita, tanto que já está entre os conteúdos a serem ensinados desde as séries iniciais, ou seja, as crianças entram na escola e o primeiro contado que terão com este mundo de estudos é a escrita e a leitura. Por intermédio do professor é que esta relação aluno/leitura irá se estabelecer. Se o professor em sua formação teve um bom contato com a leitura, não somente por exigências, mas por prazer e gosto por novas aprendizagens, ao orientar os seus alunos certamente conseguirá obter melhores resultados. Os alunos, se incentivados na caminhada escolar, estarão dispostos a novos conhecimentos, pois se encontram em um período de descobertas, de experimentar algo novo. E é neste momento que os professores têm que aproveitar e oferecer a eles o que procuram, o novo, a leitura, o saber.
Referência Bibliográficas
DOURADO, Ednólia Carvalho. O Ensino de Língua Portuguesa nas séries iniciais. 15 de abril de 2008. Disponível em: < http://creedbrasil.blogspot.com/2008/04/o-ensino-de-lngua-portuguesa-nas-sries.html>. Acesso em: 17 abr. 2019.
SANTOMAURO, Beatriz. O que ensinar em Língua Portuguesa. Nova Escola. Edição 221, 01 de abril de 2009. Disponível em: <http://novaescola.org.br/conteudo/303/o-que-ensinar-em-lingua-portuguesa>. Acesso em: 17 abr. 2019.
VAL, Maria da Graça Costa, et al. Trabalhando com gêneros textuais. Caderno do Professor. Belo Horizonte: Ceale/FAE/UFMG, 2007.
VILARINHO, Sabrina. A Língua Portuguesa e os Anos Iniciais. Brasil Escola. Disponível em: <http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-lingua-portuguesa-os-anos-iniciais.htm>. Acesso em: 17 abr. 2019.
WANDERLEY, Marta MariaSilva de Faria. O Ensino da Língua Portuguesa nas Séries iniciais do Ensino Fundamental: Processos de Aprendizagem em Situações Lúdicas. Disponível em: <http://novaescola.org.br/conteudo/303/o-que-ensinar-em-lingua-portuguesa>. Acesso em: 17 abr. 2019.

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