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Definição Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais da Microeconomia, da Macroeconomia e do desenvolvimento econômico. Propósito Apresentar o funcionamento das �rmas, a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos, além dos re�exos dessas variáveis no cotidiano das organizações. Objetivos Módulo 1 Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia Módulo 2 Identi�car os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados distintos Módulo 3 Reconhecer os principais agregados macroeconômicos Introdução Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos a seguir: Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda o funcionamento das atividades econômicas da sociedade global. Para compreender essa área de conhecimento, é necessário conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os ferramentais básicos da Microeconomia e os principais agregados macroeconômicos. É o que veremos neste tema. Módulo 1 Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia Conceitos fundamentais O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas econômicos, demonstrar as principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações. Mas você sabe quando a economia moderna surgiu? De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos XVIII e XIX. Nessa época, foram fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de três tipos de concepções: Passe o mouse sobre as imagens para ver as informações. http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências — Matemática, Estatística, Política, História, Geogra�a e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante interagir com vários outros domínios do conhecimento cientí�co, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de forma sistemática o comportamento humano em sociedade. Diante de tantas concepções, como podemos definir a Economia? Segundo Samuelson e Nordhaus (2004): A Economia pode ser de�nida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. Observe que, nessa de�nição, estão presentes três conceitos fundamentais: Escassez Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, a�nal, temos meios de produção e recursos insu�cientes para atender aos desejos e necessidades de todos os seres humanos. Eficiência Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter a máxima produção e ao uso racional dos meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente determinado. Equidade É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de renda é consequência de uma baixa equidade. Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desa�o de ser colocado em prática de forma ampla. Alguns economistas, para explicar a situação da desigualdade de renda, a�rmam ser preciso esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não foi produzido. Mas o que isso significa? Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos economistas, a relação entre e�ciência e equidade no sistema econômico representa um trade-off, situação em que há um con�ito de escolha. Nesse caso, http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html para se ter uma distribuição mais justa da renda entre os agentes econômicos, é necessário abrir mão de uma parcela da e�ciência produtiva. Sobre esse con�ito de escolha, leia o poema Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles: Ou isto ou aquilo Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não �ca no chão, Quem �ca no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares! Ou guardo dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e não guardo o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou �co tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. Para ouvir a versão em áudio, clique no botão a seguir. 0:00 0:50 Esse poema ilustra bem o con�ito de escolha existente na relação entre e�ciência e equidade. Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, é preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas. Como, então, satisfazer necessidades ilimitadas com recursos limitados? As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais: Clique nos botões para ver as informações. O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade in�nita de bens pudesse ser produzida e caso as necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não estaríamos preocupados com a utilização racional dos recursos produtivos, nem em desenvolver novas tecnologias para aumentar a e�ciência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em questões relacionadas ao meio ambiente. A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na economia: o custo de oportunidade. Ele representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos proporcionar. Vejamos um exemplo: http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0034/index.html javascript:void(0); Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações. O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da poupança para arriscar o capital em busca de uma rentabilidade maior. Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o professor Paulo Roberto Vieira fala sobre a relação entre a escassez e o surgimento dos mercados. A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?) depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo), Sistema de Economia Mista e Economia Centralizada (plani�cada ou de direção central). Vamos conhecê-los a seguir. Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente Competitivo) Neste modelo não existe a interferência do governo na atividade econômica. Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) na determinação dos preços de bens e serviços. Por meio dessa interação, os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir) são resolvidos mediante o chamado mecanismo de preços, promovendo o equilíbrio nos vários mercados. A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual, agindo livremente, não consegue garantir que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade econômica. Sistema de Economia Mista Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da oferta (produtores), mas com a intervenção governamental em áreas estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações. De acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do governo justi�ca-se com o objetivo de eliminar as distorçõesalocativas (na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do padrão de vida da população a partir das seguintes formas: Atuação sobre a formação de preços, corrigindo externalidades (via impostos e subsídios), tabelamentos, �xação de salário mínimo, preços mínimos, taxa de câmbio, taxa de juros. Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimentos em infraestrutura básica (energia, estradas etc.), pois o setor privado não consegue assumir esses gastos, devido ao custo elevado e à demora no retorno do capital investido. Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água, saneamento básico e outros. Fornecimento de bens públicos, gerais, fornecidos pelo Estado, que não são vendidos no mercado; fundamentalmente, justiça e segurança. Compra de bens e serviços do setor privado: o governo é, isoladamente, o maior agente do sistema e, portanto, o maior comprador de bens e serviços. Economia Centralizada (planificada ou de direção central) O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento e não pelas forças de mercado. O Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção e de�ne o que é necessário ser produzido para a sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens pertencem ao governo. De acordo com Vasconcellos (2010), uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes características: Clique nos botões a seguir. Para saber mais sobre os Sistemas de Organização Econômica, assista à entrevista com o professor Paulo Roberto Vieira. Resumindo As diferenças entre os sistemas de economia de mercado (Concorrência Pura e Economia Mista) e Economia Centralizada podem ser resumidas em dois aspectos: Meios de produção Propriedade pública Propriedade privada Problemas econômicos fundamentais são resolvidos ou por um órgão central de planejamento, ou pelo mercado. O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? Verificando o aprendizado Atenção! Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões. Responder Responder 1. (Economista - Embratur - 2011) Sobre os problemas econômicos, de escassez e escolha e de livre mercado, assinale a alternativa correta: 2. De acordo com a teoria econômica: I. O trade-off é o termo que de�ne uma situação de escolha con�itante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de determinado problema, acarreta, inevitavelmente, outros problemas. II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para abrir mão de algum consumo. III. A visão organicista da economia explica as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da Física. IV. A e�ciência está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) com vista à máxima produção. Está correto o que se a�rma em: O conteúdo ainda não acabou. Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. a) A e�ciência representa o objeto de estudo da economia. b) As necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos existentes na natureza são escassos, ou seja, não são encontrados em grande abundância. c) Serviços é a denominação usual de coisas tangíveis, resultantes das atividades primárias e terciárias de produção. d) As necessidades humanas são limitadas, e os recursos produtivos existentes na natureza são encontrados em grande abundância, não havendo, portanto, o problema de se tornarem escassos. a) I e II, apenas. b) II e III, apenas. c) I e IV, apenas. d) III e IV, apenas.
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