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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS Pelo aspecto econômico: SETOR PRIMÁRIO: cultivo e a exploração do solo – obter alimentos , matérias-primas e combustíveis; SETOR SECUNDÁRIO: atividades de transformação. Empresas industriais. Ex.: utilização dos fatores de produção processos produto comercialização. SETOR TERCIÁRIO: atividades de comércio e de serviços. Empresa comercial atua como intermediária entre o produtor e o consumidor. A empresa de serviços presta serviços por meio de pessoas e equipamentos. Pelo aspecto administrativo: ESTATAL: controlada totalmente pelo poder público. Ex.: EBCT e CEF MISTA: o poder público (que detém o controle do capital votante) associa-se ao privado para a consecução de grandes empreendimentos relevantes ou essenciais à economia. É criada mediante autorização legal e somente como sociedade anônima. Ex.: Petrobrás e BB PRIVADA: capital e administração de total responsabilidade da iniciativa particular. Objetivos, gestão e política de funcionamento definidos pelo empresário privado. Aspecto jurídico: EMPRESA INDIVIDUAL: pertence a uma só pessoa, sem sócios. EMPRESA SOCIETÁRIA: principais... - Sociedade por Cotas de Responsabilidade Limitada - Sociedade Anônima LIMITADA: características O capital é representado por cotas; O capital é distribuído aos sócios de acordo com o aporte financeiro de cada um; É instituída por um Contrato Social; A responsabilidade de cada sócio irá até o valor do capital social. SOCIEDADE ANÔNIMA: características O capital social é dividido em parcelas, chamadas ações (ordinárias ou preferenciais); É regida por um Estatuto Social; O participante da integralização do Capital Social é chamado de acionista; O acionista que possuir a maior quantidade de ações (>50%) tem o seu controle; Classificam-se em companhias de capital aberto – com ações negociadas em Bolsa de Valores - ou fechado – o capital não são captados publicamente no mercado. Os valores são provenientes da poupança dos próprios acionistas. Dividendos, bonificações, valorização e subscrição de ações. Órgãos representativos: assembleia geral ordinária e extraordinária, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal. Governança Corporativa: é um sistema de valores que rege as empresas , tanto em suas relações internas como externas. Transparência em como uma empresa é dirigida e controlada, bem como sua responsabilidade em questões que envolvem a Sociedade como um todo. GC é um conjunto de mecanismos e práticas administrativas que visam garantir os direitos dos acionistas (shareholders) e fazer respeitar também os direitos dos demais agentes, denominados stakeholders (partes interessadas): empregados, fornecedores, clientes, credores, sindicatos, governo e demais agentes que interagem com a empresa. PROPRIEDADE E GESTÃO O notável crescimento das empresas nos últimos anos veio acompanhada de importantes mudanças, destacando a dispersão de seu controle acionário, realizada através da subscrição pública de novas ações. Com isso, a propriedade das grandes companhias passa a ser, em boa parte disputada no mercado, alterando o controle acionário de forma mais ágil e dinâmica. Esse processo de maior diluição do controle do capital das grandes empresas e a participação de um número crescente e elevado de investidores em ações determinaram um separação entre a propriedade e a gestão. A tendência observada foi a saída dos fundadores da gestão das empresas. Conflitos de agentes e diversos aspectos positivos no desempenho das empresas foram observados nessa dispersão da propriedade. Três importantes funções exercidas pelos executivos profissionais contratados pelas grandes corporações: Representar os interesses dos acionistas controladores; Exercer a gestão dos negócios; Decidir sobre os rumos da empresa. Assim o poder é exercido pelos executivos (gestão) e não pelos proprietário (acionistas controladores), surgindo dessa separação o conhecido conflito de agentes, pois nem sempre os executivos e os acionistas controladores tem os mesmos objetivos e interesses. Fica sempre presente a ideia de que os executivos priorizam decisões que atendam melhor seus objetivos próprios, procurando maximizar a satisfação de suas preferências. A GC se preocupa: qualidade das informações contábeis, estrutura e interpretação das DF. DECISÕES FINANCEIRAS, Resumem-se na captação de recursos – decisões de financiamento -, e na aplicação dos valores levantados – decisões de investimento. Essas decisões definem a sua estabilidade financeira e atratividade econômica. Para uma posição de equilíbrio financeiro, torna-se essencial uma adequação entre a maturidade dos passivos e a capacidade de geração de caixa dos ativos. As decisões financeiras devem estabelecer a atratividade econômica da empresa promovendo sua continuidade e valorização. O retorno dos investimentos realizados deve, no mínimo, satisfazer as expectativas de remuneração dos proprietários de capital de maneira a viabilizar economicamente a empresa. Todo financiamento apresenta um custo, que é a remuneração atribuída aos proprietários de capital pela utilização de tais recursos. É a viabilidade financeira da empresa que coteja a capacidade de os ativos se transformarem em caixa em prazo condizente com as saídas (desembolsos) programados. RETORNO GERADO PELOS ATIVOS E CUSTO DOS PASSIVOS Um dos aspectos mais importantes de medição do desempenho de uma empresa centra-se na comparação entre o retorno que os ativos (investimentos) são capazes de produzir em determinado período e o custo dos recursos alocados para seu financiamento. Toda decisão de investimento que promove um retorno maior que seu custo de capital cria valor (riqueza) aos seus proprietários. Naturalmente, tanto melhor terá sido o desempenho econômico da empresa quanto mais alto de situar o diferencial das taxas (retorno do investimento menos custo do capital. Quando o custo do passivo superar o retorno produzido pelos ativos, denota-se algum sacrifício econômico em uma ou mais fontes de financiamento. Perdurando a destruição do valor, a empresa se verá afetada pela redução de sua capacidade de pagamento (liquidez) , incremento de seu endividamento (maior risco financeiro) e desestímulo de investir em ativos produtivos. CUSTO DOS RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS É correto admitir-se que, em situação de certa estabilidade e equilíbrio econômico, o capital próprio é mais caro que o capital de terceiros. (ex. do IRPJ). CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS A CURTO E LONGO PRAZOS Custo do LP>CP. Maiores riscos: de previsão e de flutuações das taxas. SEGMENTAÇÃO DO RISCO EMPRESARIAL O risco empresarial de dividem em: operacional (econômico) e financeiro. Risco Operacional deriva do ativo da empresa,da natureza de sua atividade. Reflete a estabilidade dos negócios da empresa diante do comportamento da conjuntura econômica (construção civil x setor de fumo). Sazonalidade. Estrutura de custos. Dependência tecnológica. Concorrência. Substitutos. Clientela. Fornecedores. Novos entrantes. Risco Financeiro é determinado pelo endividamento da empresa. Níveis elevados de endividamento podem comprometer a capacidade de pagamento em períodos de retração de atividade ou restrição de crédito, abalando a saúde financeira da empresa. OBJETIVO DAS EMPRESAS Maximização da riqueza de seus proprietários. A meta final de toda empresa , dentro de qualquer sistema econômico, é a produção de bens e serviços, os quais promovem naturalmente a satisfação das necessidades da sociedade. Necessidades básicas: subsistência (vestuário, saúde, alimentação, moradia) 5 Necessidades de Consumo: surgem de acordo com a elevação do poder aquisitivo das pessoas. OBJETIVOS PRÓPRIOS DE UMA EMPRESA Crescimento: receitas, lucros, rentabilidade; Maximização da Riqueza: incrementos em seus resultados a longo prazo transferem maior nível de riqueza a seus proprietários. Independência: sobrevivência e manutenção das empresasnacionais. Competitividade e internacionalização: mais eficientes para concorrer num mercado mais exigente e disputado por grandes corporações. CONCLUINDO: o objetivo da empresa é obter o maior retorno possível, considerando o menor risco. Com isso promove-se a maximização da riqueza de seus acionistas. Estratégias: maior retorno para o mesmo risco ou menor risco para o mesmo retorno. Risco: Todos os empreendimentos estão sujeitos a algum tipo de risco. Segundo Gitman, RISCO é a probabilidade de perda financeira ou, mais formalmente, a variabilidade dos retornos associados a um dado ativo. Quanto mais próximo da certeza estiver o retorno de um ativo, menor a sua variabilidade e, em consequência menor seu risco. RETORNO: Retorno pode ser definido como ganho ou perda em um investimento em certo período; é calculado dividindo-se as distribuições em dinheiro durante o período, mais a variação de preço, pelo valor do investimento no início do período. 6 O grande objetivo na análise de demonstrações financeiras é avaliar, através de instru- mentos e ferramentas adequadas, a qualidade e os resultados das decisões financeiras tomadas. São analisadas as condições de equilíbrio financeiro e liquidez, eficiência operacional, retorno dos investimentos, risco e geração de valor. ÁREAS DE RELACIONAMENTO PARA A CRIAÇÃO DE VALOR: Identificar alternativas que oferecem retornos que superam o custo de capital (estratégias de investimentos). Capital de giro e liquidez, ativos fixos produtivos tangíveis e investimentos fixos intangíveis. Selecionar alternativas de financiamento que apresentam custos baixos, de modo a viabilizar as decisões de investimentos (estratégia de financiamentos). Próprias e de Terceiros. Deve-se avaliar a melhor proporção entre dívidas e capital próprio, de modo a ajustar o risco da empresa a um nível adequado. Operar com eficiência operacional (estratégias operacionais). Fixação de preços de venda, distribuição, logística, escala de produção, margem de lucro, volume de venda, etc. 7 OBJETIVOS E CRITÉRIOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS Através das demonstrações contábeis podemos extrair informações a respeito de sua posição econômica e financeira atual, as causas que determinaram a evolução e as tendências futuras. Ex.: atratividade do investimento, limites de crédito, capacidade de pagamento (liquidez) em equilíbrio ou insolvência, atividade rentável . A análise de balanços é uma arte, pois, apesar das técnicas desenvolvidas, não há nenhum critério ou metodologia formal de análise válidos nas diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas. Fórmula de sucesso: conhecimento técnico, experiência e intuição. Para uma “correta” análise de balanços é fundamental a qualidade das informações (exatidão, rigor nos lançamentos e princípios contábeis) além do volume das informações disponíveis. Fonte de Informações: relatórios obrigatórios e não obrigatórios (relatório da diretoria, notas explicativas, relatório dos auditores externos). ESQUEMA BÁSICO DE AVALIAÇÃO A empresa e o mercado Relatórios Financeiros Análises Horizontal (evolução ao longo do tempo) e Vertical (participação de cada valor no total) Análise de liquidez (capacidade de pagamento) 8 e) Análise do endividamento (próprios e de terceiros, curto e longo prazos,) f) Análise de rentabilidade (retorno sobre os investimentos) e lucratividade (calculado sobre as vendas). g) Análise de valor (criação de valor); h) Conclusões USUÁRIOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS Fornecedores, clientes, bancos, acionistas, concorrentes, governo e os próprios administradores. TÉCNICAS DE ANÁLISE Análise horizontal Análise Vertical Indicadores Econômico-financeiros: liquidez, operacional, rentabilidade, endividamento e estrutura, análise de ações (valor patrimonial, lucro por ação,preço/lucro, rendimento das ações) e geração de valor. COMPARAÇÕES É importante acrescentar que a análise de balanços é fundamentalmente comparativa . Avaliações isoladas não produzem informações para uma correta conclusão. Análises temporais e interempresarial. 9 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL As duas principais características de análise de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em período anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. O critério básico que norteia a análise de balanços é a comparação. A comparação dos valores entre si e com outros de diferentes períodos oferecerá um aspecto mais dinâmico e elucidativo à posição estática das demonstrações contábeis. Esse processo de comparação é representado pela análise horizontal e pala análise vertical. ANÁLISE HORIZONTAL: é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É um processo de análise temporal., desenvolvido por meio de números-índices: Número-índice = Vd x 100 Vb Vd = valor em determinada data (que se pretende comparar) Vb = valor na data base. (base de comparação) X5 X6 X7 X8 Vendas 104.899 100.434 103.044 113.925 L. Líq. 31.777 23.896 49.150 53.658 (calcular os números-índices base X5) 10 Calcular os mesmos índices porém com período base imediatamente anterior. A análise horizontal baseada unicamente no exercício X5 não refletiu, de forma destacada, a evolução apresentada pelas vendas e pelo lucro líquido, dando uma visão menos analítica. ANÁLISE HORIZONTAL COM BASE NEGATIVA É importante tomar certas precauções nas situações em que a base de comparação incluir um valor negativo. A magnitude do resultado calculado não reflete corretamente a evolução dos valores considerados. Exemplos: x3 x4 x5 x6 x7 Lucro 2600 -1300 -2080 -500 3380 -50,0 +160,0 +24,0 -676,0 Essas inversões nos sinais dos números-índices, que refletem um comportamento contrário ao que efetivamente se verificou, sendo uma restrição do método. A importância da Análise Horizontal é bem clara: permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. Três segmentos de estudo da análise horizontal: 11 Evolução dos ativos (investimentos) e passivos( financiamentos) de curto prazo; Evolução do ativo permanente produtivo. Evolução da estrutura de capital Ativos: 1200 1500 1500 1750 Passivos: 700 1400 1450 2800 Ativo permanente: 5800 6000 6100 7500 Estrutura de Capital: Próprio 85000 90000 95000 98000 Terceiros 85000 95000 100000 95000 No DRE a AH procura identificar a evolução de custos e despesas em relação ao volume de vendas e seus reflexos sobre os resultados do exercício. (crescimento proporcional menor do custo em relação às receitas) Receita 100 120 140 160 Custo 80 90 99 109 EXERCÍCIOS 12 ATIVO/PASSIVO 31/12/x1 AH 31/12/x2 AH 31/12/x3 AH $ $ $ Ativo Circulante 100.000 100,0 110.000 95.000 Não Circulante: Realizável a Longo Prazo 160.000 100,0 184.000 192.000 Ativo Permanente 300.000 100,0 390.000 445.000 TOTAL 560.000 100,0 684.000 732.000 Passivo Circulante 70.000 100,0 90.300 106.400 Exigível a Longo Prazo 150.000 100,0 200.000 235.000 Patrimônio Líquido 340.000 100,0 393.700 390.600 13 DRE 31/12/x1 AH 31/12/x2 AH 31/12/x3 AH $ $ $ Receita de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 2.050.000 CMV -524.167 100,0 -840.500 -1.594.600 Lucro Bruto 305.833 100,0 419.500 455.400 Desp. Operacionais -139.500 100,0 -190.000 -277.500 Despesas Financeiras -88.000 100,0 -140.000 -186.000 Resultado Operacional 78.333 100,0 89.500 -8.100 Provisão para IR -31.333 100,0 -35.800 0 Resultado Líquido 47.000 53.700 -8.100 14 ANÁLISE VERTICAL A ANÁLISE VERTICAL É TAMBÉM UM PROCESSO COMPARATIVO, EXPRESSO EM PORCENTAGEM, QUE SE APLICA AO SE RELACIONAR UMA CONTA OU GRUPO DE CONTAS COM UM VALOR AFIM OU RELACIONÁVEL, IDENTIFICADO NO MESMO DEMONSTRATIVO. DESSA FORMA, DISPONDO DOS VALORES ABSOLUTOSEM FORMA VERTICAL, PODE-SE APURAR FACILMENTE A PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE CADA ITEM CONTÁBIL NO ATIVO, NO PASSIVO OU NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS, E SUA EVOLUÇÃO NO TEMPO. ANÁLISES HORIZONTAL E VERTICAL EM INFLAÇÃO QUANDO SE ANALISAM DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE UMA EMPRESA, PRINCIPALMENTE QUANDO SE RELACIONAM DOIS OU MAIS EXERCÍCIOS, UM PROBLEMA SURGE NATURALMENTE À VISTA DO ANALISTA: OS DIFERENTES NÍVEIS DE PODER AQUISITIVO DA MOEDA. A COMPARAÇÃO DE VALORES EM ÉPOCAS DISTINTAS NÃO OFERECE BASE CONFIÁVEL PARA A VERIFICAÇÃO DO DESEMPENHOM REAL OCORRIDO, DADO QUE A INSTABILIDADE MONETÁRIA DEPRECIOU O PODER DE COMPRA DA MOEDA, OCASIONANDO, CONSEQUENTEMENTE, UM INCREMENTO ARTIFICIAL (APARENTE) DESSES VALORES. É INDISPENSÁVEL A DETERMINAÇÃO DESSES VALORES SOB UMA UNIDADE MONETÁRIA CONSTANTE, OU SEJA, É FUNDAMENTAL QUE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APRESENTEM UMA UNIFORMIDADE EM SEUS VALORES, MANTENDO-OS CONSTANTES EM TERMOS DE CAPACIDADE DE COMPRA. O AUMENTO DE VENDAS NEM SEMPRE REFLETE UMA ELEVAÇÃO DO VOLUME FÍSICO, PODENDO SER CONSEQUÊNCIA DO AUMENTO DE PREÇOS, VIA INFLAÇÃO, NO PERÍODO. 15 EXEMPLOS: ATIVO IMOBILIZADO EM 19X1 $ 100.000,00 ATIVO IMOBILIZADO EM 19X2 $ 125.000,00 INFLAÇÃO NO PERÍODO: 9%. RESULTADOS: TAXA NOMINAL DE CRESCIMENTO: 25,00% TAXA REAL DE CRESCIMENTO: 14,68% DEMONSTRAR... EXERCÍCIOS DE ANÁLISE VERTICAL 16 ATIVO/PASSIVO 31/12/x1 AV 31/12/x2 AV 31/12/x3 AV $ $ $ Ativo Circulante 100.000 110.000 95.000 Não Circulante: Realizável a Longo Prazo 160.000 184.000 192.000 Ativo Permanente 300.000 390.000 445.000 TOTAL 560.000 684.000 732.000 Passivo Circulante 70.000 90.300 106.400 Exigível a Longo Prazo 150.000 200.000 235.000 Patrimônio Líquido 340.000 393.700 390.600 17 DRE 31/12/x1 AV 31/12/x2 AH 31/12/x3 AV $ $ $ Receita de Vendas 830.000 1.260.000 2.050.000 CMV -524.167 -840.500 -1.594.600 Lucro Bruto 305.833 419.500 455.400 Desp. Operacionais -139.500 -190.000 -277.500 Despesas Financeiras -88.000 -140.000 -186.000 Resultado Operacional 78.333 89.500 -8.100 Provisão para IR -31.333 -35.800 0 Resultado Líquido 47.000 53.700 -8.100 18 CICLOS OPERACIONAIS: As atividades operacionais de uma empresa envolvem, de forma sequencial e repetitiva, a produção de bens e serviços, estocagem, vendas e respectivos recebimentos. Nessas operações básicas, procura a empresa obter determinado volume de lucros, de forma a remunerar as expectativas de retorno de suas diversas fontes de financiamento (credores e proprietários). É diante desse processo natural e permanente que sobressai o ciclo operacional da empresa, composto por todas as fases de suas atividades operacionais. O ciclo operacional pode ser explicado como o intervalo existente entre a compra da mercadoria e o recebimento das vendas. O ciclo econômico corresponde à somatória dos prazos médios de estocagem de matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados; O ciclo financeiro ou CCC (ciclo de conversão de caixa) pode ser entendido como o ciclo operacional deduzido do prazo médio de pagamento a Fornecedores, ou seja, o momento que pagamos a fatura do fornecedor até o recebimento pelo cliente. O CCC é que irá determinar a Necessidade de Capital de Giro (NGC). CICLO OPERACIONAL COMPLETO DE UMA EMPRESA INDUSTRIAL Pedido Recebimento Fabricação - início Armazenagem pp Venda Recebimento espera PME mp PME p PME pa PM dr Ciclo Operacional Total - Ciclo Econômico - PM f + dp Ciclo de Conversão de Caixa (CCC) - (COM BASE: Fundamentos de Administração Financeira, pag. 289 - ASSAF) As necessidades de caixa da empresa aumentam à medida que os prazos de estocagem e de cobrança das vendas crescerem acima dos prazos de pagamento aos fornecedores. Ao contrá- rio, reduzindo os prazos operacionais dos ativos e alongando os dos passivos operacionais, verifica-se uma diminuição do ciclo de caixa (financeiro). EXERCÍCIOS FÓRMULAS: CICLOS OPERACIONAIS Históricos PME mp - Prazo Médio Estoque de MP (resultado em dias) = (Estoque de Matéria Prima/Matérias Primas Consumidas)*365 PME p - Prazo Médio Estoque em Processo (resultado em dias) = (Estoque de Produtos em Processo/CPV)*365 PME pa - Prazo Médio de Estoque Produtos Acabados (resultado em dias) = (Estoque de Produtos Acabados/CPV)*365 PM dr - Prazo Médio de Dup. A Receber (resultado em dias) = (Duplicatas a Receber/Receita Bruta)*365 PM f - Prazo Médio de Fornec. A Pagar (resultado em dias) = (Fornecedores/Compras)*365 (1) (2) PM dp - Prazo Médio de Despesas a Pagar (resultado em dias) = (Despesas a Pagar/Total das Despesas Gerais)*365 (1) C=CMV (-) Ei + Ef (2) Estimar a redução dos impostos na conta Fornecedores, pois as compras estão sem impostos. INDICADORES TRADICIONAIS DE LIQUIDEZ EVIDENCIAM A SITUAÇÃO FINANCEIRA DE UMA EMPRESA, SUA CAPACIDADE DE SALDAR AS DÍVIDAS. 1. LIQUIDEZ IMEDIATA: DISPONÍVEL / PASSIVO CIRCULANTE 2. LIQUIDEZ SECA: ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUE – DESP ANTECIPADAS / PC 3. LIQUIDEZ CORRENTE: ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE 4. LIQUIDEZ GERAL: ATIVO CIRCULANTE + REALÍZÁVEL A LONGO PRAZO / PASSIVO CIR- CULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO OUTROS SIGNIFICATIVOS: 5. Rentabilidade sobre o PL 6. Lucratividade 7. EBITDA 8. Capital de giro próprio 9. Endividamento Líquido 22 OUTROS INDICADORES Índices de Rentabilidade Custo x Faturamento Líq. Despesa Operacional x Fat. Líq. Despesas Financeiras x Fat. Líq. Índices de Estrutura de Capital Endividamento Total Endividamento Oneroso Fórmulas: EBITDA = Lucro Líquido + Depreciação + Juros + Impostos Endividamento Total = Endividamento / PL Endividamento Oneroso = Empréstimos e Financiamentos / PL PASSIVO DE FUNCIONAMENTO (NÃO ONEROSOS) CAPITAL INVESTIDO (TERCEIROS E PRÓPRIOS) fev/2020 23