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CASO CONCRETO 4- DIREITO CIVIL IV

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AULA 4 - CASO CONCRETO 04 
 
DAS DISCURSIVAS 
 
Verônica é proprietária de uma casa em bairro estritamente residencial na cidade de João 
Pessoa (PB). Verificando as possibilidades de negócio a mesma observa que estão 
chegando as festas juninas, como Verônica precisa urgentemente de dinheiro resolve 
montar uma fábrica de fogos de artifício em sua casa, para tanto recebe meia tonelada de 
pólvora e outros itens para a produção dos fogos. Archie,seu vizinho, testemunha a 
entrega destes itens, imediatamente ele a questiona sobre os riscos desta 
atividade.Verônica de forma calma e serena responde que a propriedade da casa é dela e 
assim ela pode fazer o que bem quiser em seu imóvel. Por ser dono a pessoa pode fazer o 
que bem entender no imóvel? Explique. 
 
Resposta:​ ​Apesar do artigo 1228, CC dizer que é facultado ao proprietário USAR, GOZAR e 
DISPOR da coisa, devemos ter cuidado ao abordar o tema, porque há restrições ao direito de 
propriedade logo no § 1º deste artigo tem ressalva; “O direito de propriedade deve ser exercido 
em consonância com as suas FINALIDADE ECONÔMICA e sociais e de modo que sejam 
preservados…” que traduzimos como princípio da função social da propriedade, outro aspecto 
que devemos observar é disposições de lei sobre os limites do exercício da propriedade, uma 
vez que a área residencial não pode ser utilizada para atividade perigosa. 
 
DAS OBJETIVAS 
 
A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de 
atividades jurídicas, dispõe-se de uma jurisprudência. Faça a leitura desta 
jurisprudência. Análise como o conteúdo ministrado é aplicado em nossos tribunais e 
observe a necessidade do conhecimento dos efeitos da função social da propriedade. 
DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.APELAÇÃO AÇÃO DE 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.AGEFIS.DEMOLIÇÃO DE IMÓVEL SITUADO NO 
CONDOMÍNIO MINI CHÁCARAS DO LAGO SUL.QUADRA 8.ÁREA DE 
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. APA DO SÃO BARTOLOMEU.REGIÃO NÃO PASSÍVEL 
DE REGULARIZAÇÃO PARCELAMENTO IRREGULAR DO SOLO AUSÊNCIA DE 
LICENÇA. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA RECURSO IMPROVIDO. 
1- Apelação contra sentença proferida em ação de conhecimento,com pedido de 
obrigação de não fazer,consistente em evitar que a AGEFIS realiza demolição de casa 
construída na quadra 8 do Condomínio Mini Chácaras do Lago Sul.2.É legal o ato da 
Administração, que, no exercício do poder de polícia, e em harmonia com o Código de 
Edificações do DF(art.17, 51 e 178),age para coibir edificação nova, erigida sem o 
indispensável licenciamento e em local não passível de regularização, situado em Área 
de Preservação Ambiental (APA). 3. Jurisprudência: A edificação, situada no 
Condomínio Mini Chácaras do Lago Sul das quadras 04 a 11,foi realizada sem alvará de 
construção e situa-se em parcelamento irregular de solo.A atuação da Administração 
Pública é legítima, porque fundamentada no exercício do poder de polícia, o qual 
permite e impõe condutas impeditivas da ocupação irregular do solo 
urbano.(20150110747210APC,Relatora: Vera Andrighi, 6ª Turma Cível, 
DJE:13/09/2016).4.Doutrina. Hely Lopes Meirelles, in Direito de Construir.9ª edição, da 
Editora Malheiros,p.220, o ato ilegal de particular que constrói sem licença rende ensejo 
 
 
a que a Administração use o poder de polícia que lhe é reconhecido para embargar, 
imediata e sumariamente, o prosseguimento da obra e efetivar a demolição do que 
estiver irregular,com seus próprios meios, sem necessidade de um procedimento formal 
anterior, porque não há licença ou alvará a ser invalidado.5.O princípio da dignidade da 
pessoa humano e o direito de moradia não são absolutos. 5.1. No confronto com outros 
interesses,a necessidade de desenvolvimento sustentável impõe a prevalência dos 
direitos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado (art.225, caput,da Lei Maior) e 
ao adequado ordenamento urbano 
(art.182,caput, da Carta Política),e da função social da propriedade. 6.Recurso 
improvido.(TJ-DF;APC 2015.01.1.092903-7; Ac. 109.9121; Segunda Turma Cível; 
Rel.Des.João Egmont; Julg. 23/05/2018; DJDFTE 29/05/2018)CF, art. 225 CF, art. 182 
 
 
Resposta:​ A questão discutida na referida jurisprudência é da incapacidade de usucapir nos 
terrenos APA( Área de Preservação Ambiental ),que é toda regulamentada​ pela Lei 9.985/00, 
concluímos que em lugares desse tipo, não adianta preencher os requisitos, pois não 
se tornará proprietário o referido possuidor, havendo ainda que desocupar o terreno 
indevidamente utilizado.

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