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Saúde da mulher

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1 
 
 
 
2 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
Introdução ................................................................................................................................................ 4 
Pré-Natal de Alto Risco ........................................................................................................................ 5 
Síndrome Hipertensiva da Gestação ....................................................................................................................... 8 
Síndrome HELLP ........................................................................................................................................................... 22 
Hemorragias na Gestação ......................................................................................................................................... 27 
Abortamento ......................................................................................................................................................... 29 
Ameaça de abortamento .................................................................................................................................... 33 
Abortamento retido ............................................................................................................................................. 35 
Abortamento infectado ...................................................................................................................................... 36 
Gravidez ectópica......................................................................................................................................................... 36 
Mola hidatiforme .......................................................................................................................................................... 38 
Descolamento corioamniótico ................................................................................................................................ 39 
Hemorragias da segunda metade da gravidez ........................................................................... 41 
Descolamento prepaturo da placenta (dpp) ...................................................................................................... 41 
Placenta prévia (pp) ..................................................................................................................................................... 45 
Rotura uterina ............................................................................................................................................................... 48 
Vasa prévia ...................................................................................................................................................................... 49 
Diabetes Mellitus Gestacional ........................................................................................................ 50 
Simulado ................................................................................................................................................. 57 
Gabarito .................................................................................................................................................. 69 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Olá Pessoal, 
Vamos continuar estudando saúde da mulher, nessa aula abordaremos o Pré-Natal 
de Alto Risco, que ocorre em cerca de 10% das gestações. Para nossa aula faremos uso do 
Manual de Pré-natal de alto risco do Ministério da Saúde (MS) com as questões de 
concursos comentadas. 
Vamos entender essa temática? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO 
 
Pessoal vamos conceituar a Gestação de Alto Risco? 
Segundo o Manual do Ministério da Saúde (MS) o pré-natal de alto risco é: “aquela 
na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances 
de serem atingidas que as da média da população considerada”. (CALDEYRO-BARCIA, 
1973). 
Os riscos gestacionais podem estar presentes antes da gravidez, isso pode ser 
percebido durante as consultas pré-concepção, como por exemplo a mulher com diabetes 
que deve ter sua glicemia compensada antes da gravidez. 
Observe que por meio da consulta, com anamnese e exame físico bem feito é 
possível identificar esses riscos. 
Vamos conhecer quais são os fatores de risco gestacional presentes 
anteriormente à gestação? 
Fique ligado, pois esse conteúdo é referenciado no Manual do MS sobre gestação 
de alto risco e é muito cobrado nas provas. 
 
Risco gestacional presentes anteriormente à gestação: 
 
1. Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis: 
 
- Idade maior que 35 anos ou menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos; 
- Altura menor que 1,45m; 
- Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (IMC<19 e IMC>30); 
- Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos; 
- Situação conjugal insegura; 
- Conflitos familiares; 
- Baixa escolaridade; 
- Condições ambientais desfavoráveis; 
- Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; 
- Hábitos de vida – fumo e álcool; 
- Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, 
exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse. 
 
6 
 
Veja como foi cobrado! 
 
 
(FADESP COREN-BA 2013) O acolhimento em especial à gestante objetiva oferecer-
lhe prioridade clínica, uma vez que essa condição pode desencadear uma evolução 
desfavorável em consequência de fatores de risco presentes na gravidez. A avaliação 
do risco gestacional deve ser permanente, durante todas as consultas. É fator de risco 
de origem sociodemográfica e que requer que o pré-natal seja realizado pela equipe de 
atenção básica: 
 
 a) idade menor que 18 e maior que 35 anos. 
 b) situação conjugal segura. 
 c) condição ambiental desfavorável. 
 d) baixa escolaridade, com menos de quatro anos de estudo regular. 
 
Comentário: 
Letra A Menor que 15. 
Letra B situação conjugal insegura. 
Letra D. baixa escolaridade, com menos de cinco anos de estudo regular. 
 
Em todas as consultas deve ser feita a classificação de risco gestacional, não apenas avaliando 
os fatores presentes antes da gestação, mas também avaliando a história reprodutiva anterior, 
condições clínicas preexistentes. 
 
O objetivo da avaliação do risco gestacional é reduzir a morbimortalidade materno-infantil. 
 
Resposta Correta: 
c) condição ambiental desfavorável. 
 
 
Vamos lembrar de avaliar a história reprodutiva anterior, perguntando esses aspectos: 
 
 
 
7 
 
2. História reprodutiva anterior: 
 
- Abortamento habitual; 
- Morte perinatal explicada e inexplicada; 
- História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado; 
- Parto pré-termo anterior; 
- Esterilidade/infertilidade; 
- Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos; 
- Nuliparidade e grande multiparidade; 
- Síndrome hemorrágica ou hipertensiva; 
- Diabetes gestacional; 
- Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores). 
 
3. Condições clínicas preexistentes: 
 
- Hipertensão arterial; 
- Cardiopatias; 
- Pneumopatias; 
- Nefropatias; 
- Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias); 
- Hemopatias; 
- Epilepsia; 
- Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica local); 
- Doenças autoimunes; 
- Ginecopatias; 
- Neoplasias. 
 
Alguns problemas podem ocorrer durante a gestação e tornando-a uma gestação 
de risco, é o que acontece nas seguintes situações: 
 
1. Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos. 
2. Doença obstétrica na gravidez atual: 
- Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico; 
 
8 
 
- Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada; 
- Ganho ponderal inadequado; 
- Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;- Diabetes gestacional; 
- Amniorrexe prematura; 
- Hemorragias da gestação; 
- Insuciência istmo-cervical; 
- Aloimunização; 
- Óbito fetal. 
 
É importante alunos classificar adequadamente as gestações com risco para que 
possa ser direcionado os cuidados de maior relevância. 
 
O MS adverte: 
 
 O uso rotineiro dos recursos e rotinas dedicados ao alto risco para as gestantes de baixo 
risco não melhora a qualidade assistencial, nem seus resultados, e retarda o acesso das 
gestantes que deles precisam. Daí a importância da adequada classificação do risco, para 
o devido encaminhamento. 
 
Ao longo da nossa aula veremos as principais intercorrências das gestações de 
risco. 
 
 
Síndrome Hipertensiva da Gestação 
 
Alunos fiquem ligados nessa temática, pois é de grande relevância nas provas. 
As Síndrome Hipertensiva da Gestação são a 1ª causa de óbito materno. Nos países 
em desenvolvimento, a hipertensão gestacional é a principal causa de mortalidade 
materna. Atualmente, o exame de proteinúria (teste rápido) é ofertado nas Unidades de 
Saúde por meio o Programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde. 
 
 
 
9 
 
 
HAS na Gestação: 
 PA sistólica ≥ 140 mmHg ou PA diastólica ≥ 90 mmH 
 
Quando frequente em medidas repetidas, em condições ideais, em pelo menos três 
ocasiões. 
 
 
Vamos entender as síndromes Hipertensiva da Gestação: 
 
a) HAS Crônica: quando registrada antes da gestação no período que precede a 20ª 
semana de gestação ou após 12 semanas do parto. 
 
b) HAS Gestacional: quando percebida após a 20ª semana de gestação, sem 
proteinúria. 
- é transitória quando: ocorre após o parto; 
- é crônica quando: quando persistir a hipertensão. 
 
c) Pré-eclâmpsia: quando surge o HAS e proteinúria (>300 mg/24hs) após a 20ª 
semana de gestação em mulheres previamente normotensas. 
 
 
 
Atenção alunos, o edema ocorre com muita frequência em gestantes e por isso não 
deve ser usado como discriminador no esquema de classificação da pré-eclâmpsia. 
 
 
d) Pré-eclâmpsia superposta a HAS Crônica: quando há elevação aguda da pressão 
arterial, nesses casos se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades 
da função hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica com idade 
gestacional superior a 20 semanas. A presença de edema ocorre em 80% das 
gestantes, por esse motivo não está sendo considerado no diagnóstico de pré-
eclâmpsia. 
 
10 
 
e) Eclampsia: quando a pré-eclâmpsia complicada por CONVULSÕES que não 
podem ser atribuídas a outras causas. 
 
Alguns exames são fundamentais para análise da gravidade da hipertensão na 
gravidez, dentre eles a proteinúria, enzimas hepáticas e as plaquetas, vamos avaliar os 
resultados desses exames? 
 
Exames importantes nas síndromes hipertensivas: 
 
Proteinúria: A proteinúria é definida como a excreção de 0,3g (300mg) de proteínas 
ou mais em urina de 24 horas, ou 1+ ou mais na fita em duas ocasiões, em uma 
determinação de amostra única sem evidência de infecção. 
Plaquetopenia: Menos de 100.000/mm3, com maior gravidade quando menor que 
50.000/mm3 
 
Elevação de enzimas hepáticas: 
• Aspartato aminotransferase (AST) ou Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO) e 
Alanina aminpotransferase (ALT) ou Transaminase Glutâmico Pirúvica (TGP) > 60U/L; 
e 
• Desidrogenase láctica (DHL) >600U/L. 
Anemia microangiopática: 
• Bilirrubina acima de 1,2mg/dL; e 
• Presença significativa de esquizócitos em sangue periférico (>5% no campo 
microscópico). 
 
Importante! 
Um aumento de 30mmHg na pressão sistólica ou 15mmHg na diastólica quando os 
valores absolutos estejam abaixo de 140/90mmHg não deve ser usado como critério 
diagnóstico. Na presença de um aumento de 30mmHg na sistólica ou 15mmHg na 
diastólica, deve-se fazer medidas de pressão e consultas mais frequentes, com 
observação mais amiúde, especialmente se houver proteinúria e hiperuricemia (ácido 
úrico maior ou igual a 6mg/dL). 
 
 
11 
 
A pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de 
comprometimento. 
 
 
 
 
Considera-se GRAVE quando presente um ou mais dos seguintes critérios: 
 
• Pressão arterial diastólica igual/maior que 110mmHg 
• Proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas ou 2+ em ta urinária 
• Oligúria (menor que 500ml/dia, ou 25ml/hora) 
• Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2mg/dL 
• Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais) 
• Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito 
• Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia 
• Plaquetopenia (<100.000/mm3) 
• Aumento de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de bilirrubinas 
• Presença de esquizócitos em esfregaço de sangue periférico 
 
Outros sinais que podem sugerir o diagnóstico são: 
 
• Acidente vascular cerebral 
• Sinais de insuficiência cardíaca, ou cianose 
• Presença de RCIU (restrição de crescimento intrauterino) e/ou oligohidrâmnio. 
 
 
Pré-eclâmpsia
Leve 
Grave
PAD > 110mmHg
Proteinúria, oligúria...
 
12 
 
(IBADE 2016) Uma gestante de 30 anos, na 24ª semana de gravidez chegou ao 
serviço de saúde se queixando de cefaleia, epigastralgia e escotomas. Apresentou 
também pressão arterial de 170x110 mmHg e o resultado da proteinúria foi de (fita). 
A paciente informou ter urinado pouco durante o dia e nunca teve episódio anterior 
de hipertensão. O quadro descrito acima é sugestivo de: 
 
 a) eclâmpsia. 
 b) pré-eclâmpsia moderada. 
 c) pré-eclâmpsia grave. 
 d) HELLP síndrome. 
 e) pré-eclâmpsia leve. 
 
Comentário: 
Revisando! 
Pré-eclâmpsia grave: PAS >= 160 mmHg e/ou diastólica >=110 mmHg associada a 
proteinúria; hipertensão associada a comprometimento de múltiplos órgãos (edema 
pulmonar e oligúria - < 500 mL/dia); e hipertensão associada a sintomas persistentes 
(visuais, cerebrais e dor epigástrica ou no quadrante superior direito persistentes) ou exames 
laboratoriais alterados (plaquetopenia - < 100.000 por μL e enzimas hepáticas alteradas). 
Complemento: 
Pré-eclampsia leve – hipertensão associada à proteinúria, que não preenche os critérios 
acima de pré-eclampsia grave; 
 Eclampsia – pré-eclampsia associada a convulsões que não podem ser atribuídas a outras 
causas; 
 
Síndrome HELLP – Forma grave de pré-eclâmpsia caracterizada por: Hemólise, Elevac ̧ão da 
enzimas hepáticas e Plaquetopenia. 
 
Resposta Correta: 
c) pré-eclâmpsia grave. 
 
 
13 
 
 
 
Condutas diante da pré-eclâmpsia: 
Monitorar a pressão frequentemente e avaliar a proteinúria. Além disso, dieta 
normossódica e repouso relativo. Na pré-eclâmpsia leve não é necessário instituir 
medicação. 
Avaliação das condições fetais: 
• Contagem de movimentos fetais diariamente; 
• Avaliação do crescimento fetal e do líquido amniótico. Se os resultados estiverem 
normais, repetir o teste a cada três semanas 
 
Diante de uma gestação com pré-eclâmpsia é importante identificar os fatores que 
indicam a necessidade de procurar o hospital, ou seja, as situações de que o risco 
aumentou, veremos no quadro abaixo esses indicadores: 
 
A presença dos seguintes sinais e sintomas demanda retorno imediato ao hospital: 
• PA ≥ 150/100mmHg; 
• Proteinúria na fita ++ ou mais; 
• Aumento exagerado de peso; 
 
14 
 
• Cefaleia grave e persistente. 
• Dor abdominal persistente, principalmente na região epigástrica e hipocôndrio 
direito; 
• Sangramento vaginal; 
• Presença de contrações uterinas regulares; 
• Presença de distúrbios visuais como diplopia, fotofobia, escotomas etc.; 
• Náusea ou vômitos persistentes; 
• Diminuição dos movimentos fetais. 
 
O tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é o parto, mas em que situações que ele 
deve ser indicado? Vamos avaliar esta indicação separando a parte materna e a parte 
fetal? 
 
 
A paciente com pré-eclâmpsia grave deve ser internada, se após 34 semanas o parto 
deve ser indicado. Se entre 24a 33 semanas deve ser feito a monitoração materno fetal 
rigorosa, uso de sulfato de magnésio e agentes anti-hipertensivos. 
 
• Administração de sulfato de 
magnésio 
Administração de anti-
hipertensivos de ação rápida 
(Hidralazina ou Nifedipina);
Uso de corticoide 
(betametasona 12mg, a cada 
24 horas, 2 aplicações IM
• Exames laboratoriais: 
hemograma completo com 
plaquetas, creatinina sérica,
ácido úrico, AST/TGO, 
ALT/TGP, desidrogenase 
lática, proteinúria de 24 
horas;
 
15 
 
 
Na pré-eclâmpsia grave algumas situações sugerem a antecipação do parto e da 
mesma forma que na pré-eclâmpsia leve essas situações devem ser analisadas pelo lado 
materno e pela vertente fetal. 
 
 
 
 
(Instituto AOCP/EBSERH/2014) O único tratamento definitivo para a Pré-
eclâmpsia é: 
 
a) uso de diuréticos poupadores de potássio. 
b) uso de anti-hipertensivos e corticoides. 
c) antecipação do parto. 
d) mudança de hábitos alimentares. 
e) repouso absoluto. 
 
16 
 
Comentário: 
Tratar de forma definitiva significa antecipar o parto. Mas antes deve ser tomado medidas 
para assegurar a redução de riscos para o binômio mãe e filho. 
 
Resposta Correta: 
c) antecipação do parto. 
 
 
Vamos analisar com base no Manual do MS os fluxogramas de atendimento da pré-
eclâmpsia leve e grave? 
 
 
 
17 
 
 
 
 
Após análise da pré-eclâmpsia, vamos avaliar a Eclâmpsia: 
 
Eclâmpsia 
A ocorrência de convulsões em mulheres com pré-eclâmpsia caracteriza o quadro de 
eclâmpsia. A conduta clínica visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão e dos 
distúrbios metabólicos, além de cuidados e controles gerais. 
 
 
18 
 
(CETRO 2014) Assinale a alternativa que apresenta o nome da doença que pode 
ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato, caracterizada pela presença 
de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer 
quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença 
convulsiva. 
 
 a) Hipertensão Crônica. 
 b) Síndrome HELLP. 
 c) Pré-eclâmpsia. 
 d) Eclâmpsia. 
 e) Placenta prévia. 
 
Comentário: 
Se aparecer na sua questão o termo - hipertensão com crise convulsiva - trata-se de 
eclâmpsia. 
 
Resposta Correta: 
d) Eclâmpsia. 
 
Cuidados Gerais 
 
• Manter o ambiente tranquilo, o mais silencioso possível; 
• Decúbito elevado a 30º e face lateralizada; 
• Cateter nasal com oxigênio (5l/min); 
• Punção de veia central ou periférica calibrosa; 
• Cateter vesical contínuo. 
 
 
O objetivo da conduta obstétrica é: 
 
- Estabilização do quadro materno, 
- Avaliação das condições de bem-estar fetal e 
- Antecipação do parto, em qualquer idade gestacional. 
 
19 
 
 
Terapia anticonvulsivante 
A terapia anticonvulsivante é indicada para prevenir convulsões recorrentes em 
mulheres com eclâmpsia. 
 
O sulfato de magnésio é a droga de eleição para tal. 
 
 
Dose do sulfato de magnésio 
 
Dose de ataque: 4,0g (8,0ml de sulfato de magnésio a 50% com 12,0ml de água 
bidestilada) em infusão endovenosa lenta (aproximadamente 15 minutos) ou 5,0g (10ml 
de sulfato de magnésio a 50%) intramuscular em cada nádega. 
 
Dose de manutenção: 1,0g/hora (10ml de sulfato de magnésio a 50% com 490ml de 
solução glicosada a 5% a 100ml/hora em bomba de infusão) ou 2,0g/hora (20ml de sulfato 
de magnésio a 50% com 480ml de solução glicosada a 5% a 100ml/ hora em bomba de 
infusão) ou 5,0g (10ml de sulfato de magnésio a 50%) intramuscular de 4 em 4 horas. 
 
 
(CESGRANRIO UNIRIO 2016) O sulfato de magnésio é usado nos casos de pré-
eclâmpsia grave e eclâmpsia, na profilaxia e no controle da crise convulsiva. 
Antes de administrar a dose prescrita, o enfermeiro deve verificar se há: 
a) midríase bilateral, pulso menor que 60 batimentos por minuto e pressão arterial maior 
que 140x90 mmmHg. 
b) temperatura menor que 37 °C, reflexo pupilar fotomotor e diurese maior que 200 mL/h 
nas 4 horas precedentes. 
c) temperatura menor que 36 °C, reflexo patelar ausente e diurese maior que 200 mL/h 
nas 4 horas precedentes. 
d) reflexo de Babinski, pulso menor que 80 batimentos por minuto e pressão arterial 
menor que 120x60 mmmHg. 
e) frequência respiratória maior ou igual a 16 incursões por minuto, reflexo patelar e 
diurese maior que 100mL/h nas 4 horas precedentes. 
 
20 
 
0 
Comentário: 
 
Segundo o Manual do MS os cuidados que devem ser tomados ao administrar o sulfato de 
magnésio são: 
• A administração da dose de manutenção deverá ser suspensa caso a frequência respiratória 
tenha menos de 16 incursões por minuto, os reflexos patelares estejam completamente abolidos 
ou a diurese seja inferior a 100ml durante as 4 horas precedentes. 
• Deve-se utilizar agulha longa e técnica em zigue-zague para a administração intramuscular. 
• O gluconato de cálcio a 10% atua como antídoto. É indispensável manter sempre à mão uma 
ampola de 10ml, para aplicação imediata no caso de eventual parada respiratória, apesar desta 
raramente ocorrer quando são devidamente observadas as normas de aplicação e vigilância do 
sulfato de magnésio. 
• Na recorrência de convulsões, utiliza-se mais 2g IV e aumenta-se a velocidade de infusão do 
sulfato de magnésio. Na persistência delas, com crises subentrantes, pode-se optar pela fenil-
hidantoína, segundo o esquema: 
Dose de ataque: 250mg + SG 5% 250ml IV em gotejamento até completar a dose total de 
750mg. 
Dose de manutenção: 100mg 8/8h IV e, a seguir, 100mg 8/8 h VO, até a alta. 
 
Resposta Correta: 
d) reflexo de Babinski, pulso menor que 80 batimentos por minuto e pressão arterial 
menor que 120x60 mmmHg. 
 
Verifique essa outra questão! 
 
 
(HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) De acordo com o Ministério da Saúde, 
assinale a alternativa correta para o manejo da eclâmpsia. 
a) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é o Sulfato de Magnésio 
b) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é a Fenitoína 
c) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é o Diazepan 
d) Para terapia anti-hipertensiva, a droga de primeira escolha é o Enalapril 
 e) Para terapia anti-hipertensiva, a droga de primeira escolha é o Captopril 
 
21 
 
Comentário: 
Observe que o enalapril e captopril, que são anti-hipertensivos são contraindicados na gravidez. 
 
Resposta Correta: 
a) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é o Sulfato de Magnésio. 
 
 
Tratamento da hipertensão aguda 
 
Pessoal vamos entender o tratamento anti-hipertensivo na gestação quando a PA está 
alta. A terapia anti-hipertensiva deve ser adotada para níveis de pressão diastólica 
persistentemente acima de 105 ou 110mmHg. 
 
PAS =160mmHg e/ou PAD =105mmHg 
 
Nifedipina: Comece com 10mg oral e repita em 30 minutos se necessário. OU 
Hidralazina: Ampola de 20mg – 1ml. Diluir com 19ml de água bidestilada. Comece 
com 5ml (5mg) EV. Caso a pressão não seja controlada repita a intervalos de 20 minutos 
(5 a 10mg – dependendo da resposta), até o máximo de 20mg. 
 
• Caso haja impossibilidade de acesso venoso IM-10mg, repetindo a cada 20 minutos 
até o limite de 30mg. Se não houver controle após 20mg EV ou 30mg IM, considerar 
outra droga. Assim que a pressão estiver controlada, repita se necessário, em 3 horas, 
a dose inicial. 
 
O Nitroprussiato de Sódio às vezes é necessário para a hipertensão que não responde 
às drogas acima e se houver sinais de encefalopatia hipertensiva. Comece a uma taxa de 
0,25 microgramas/kg/min até uma dose máxima de 5 microgramas/kg/min. 
O envenenamento cianídrico fetal pode ocorrer se usado por mais de 4 horas. O seu 
uso está restrito às unidades de terapia intensiva. 
Precauções: Hipotensão rápida e grave pode resultar da administração de qualquer 
uma das drogas acima, especialmente a nifedipina de ação rápida. O objetivo do controle 
da pressão em situações de emergência é o controlegradual da hipertensão até os níveis 
 
22 
 
normais (130/80mmHg a 150/100mmHg). Na presença de hipotensão grave manejar 
com a infusão rápida de cristaloides. 
 
 
Via de parto 
O parto vaginal é preferível à cesariana para mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia, 
desse modo evitando o estresse adicional de uma cirurgia em uma situação de alterações 
fisiológicas múltiplas. 
 
 
Síndrome HELLP 
 
É uma complicação GRAVE, acomete 4% a 12% de gestantes com pré-eclâmpsia ou 
eclampsia, está relacionada a altos índices de morbiletalidade materno-fetal. 
 
 
 
 
O quadro clínico caracterizado por hemólise (H = “hemolysis”), elevação de enzimas 
hepáticas (EL = “elevated liver functions tests”) e plaquetopenia (LP = “low platelets 
count”). Embora acompanhe outras doenças, em Obstetrícia é considerada como 
agravamento do quadro de pré-eclâmpsia. 
 
 
23 
 
Verifique isso na prova! 
 
(Prefeitura do RJ 2016) Na gestação de alto risco, o quadro clínico caracterizado por 
hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia, sendo considerado como 
agravamento do quadro de pré-eclâmpsia, é conhecido como: 
 
 a) síndrome de HELLP 
 b) síndrome antifosfolipide 
 c) doença tromboembolica na gestação 
 d) hemoglobinopatia 
 
Comentário: 
HELLP 
H: hemólise (fragmentação das células do sangue); 
EL: elevação das enzimas hepáticas 
LP: baixa contagem de plaquetas, plaquetopenia 
 
Resposta Correta: 
 a) síndrome de HELLP 
 
 
(IF-PE 2016) A toxemia gravídica é um quadro multissistêmico que ocorre 
habitualmente no final da gravidez e caracteriza-se por manifestações clínicas 
associadas à hipertensão, edema e proteinúria. Dentre suas complicações, a 
disfunção hepática mais grave é a síndrome HELLP, que é caracterizada por: 
 
 a) trombocitopenia, hipoglicemia e diminuição das enzimas hepáticas. 
 b) hemólise, uremia e trombocitose. 
 c) elevação das enzimas hepáticas, hipernatremia e hiperglicemia. 
 d) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e trombocitopenia. 
 e) distúrbio hidroeletrolítico, redução das enzimas hepáticas e trombocitopenia. 
 
24 
 
Comentário: 
A Síndrome de Hellp é uma complicação obstétrica grave, pouco conhecida e de difícil 
diagnóstico, que pode causar a morte da mãe e também do bebê. É chamada de síndrome 
porque envolve um conjunto de sinais e sintomas, e hellp, em razão da abreviação dos termos 
em inglês que querem dizer: H: hemólise (fragmentação das células do sangue); EL: elevação 
das enzimas hepáticas, e LP: baixa contagem de plaquetas. 
 
Sintomas da síndrome de HELLP: mal-estar, epigastralgia ou dor no hipocôndrio direito, 
náuseas, vômitos, perda de apetite e cefaleia; 
A síndrome Hellp é considerada como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia. 
 
 
 
Resposta Correta: 
d) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e trombocitopenia. 
 
 
Exames maternos na síndrome de Hellp 
 
A avaliação materna com Síndrome de Hellp inclui a realização de exames: 
hemograma completo com plaquetas, urinálise, creatinina sérica, DHL, ácido úrico, 
h
el
lp
Completa:
<100.000 plaquetas/ml
DHL ≥ 600UI/L e/ou BILIRRUBINA >1,2mg/dL e/ou 
esquizócitos
TGO ≥ 70UI/L
Incompleta: Apenas um ou dois acima presentes
 
25 
 
bilirrubinas e transaminases. Os testes de tempo de protrombina, tempo de 
tromboplastina parcial e fibrinogênio são reservados para aquelas mulheres com uma 
contagem de plaquetas abaixo de 100.000/ml. 
Outras avaliações como teste de Coombs para anemia hemolítica, lúpus 
eritematoso e pancreatite podem ser necessários dependendo das circunstâncias. 
Gasometria, oximetria de pulso, radiografia de tórax, cultura de urina e testes para 
hepatite poderão ser realizados dependendo da indicação. A avaliação serial da contagem 
de plaquetas, DHL e enzimas hepáticas deve ser feita a cada 12-24 horas ou mais 
frequentemente, se necessário. 
 
 
Formas de Tratamento da Síndrome de Hellp: 
 
1. Controle da pressão arterial 
 Tratar a pressão sistólica ≥ 150mmHg e manter a pressão diastólica entre 80- 
90mmHg. 
 
2. Prevenção das convulsões com sulfato de magnésio (Monitorar reflexos 
patelares e débito urinário. 
 
3. Manejo de fluidos e eletrólitos 
A hidratação pode ser alternando com ringer lactato e soro glicosado e a dosagem 
de eletrólitos pode ser realizada com os ajustes diários necessários. 
Se ocorrer a oligúria, deve-se fazer uma ou duas infusões rápidas de 250-500ml de 
fluidos. 
 
4. Utilização criteriosa de sangue e hemoderivados 
A transfusão de plaquetas deve ser realizada para uma contagem de plaquetas de 
50.000/µl ou menos em caso de parto por via abdominal. Seis unidades de plaquetas 
devem ser administradas imediatamente antes da incisão. 
 
 
26 
 
5. Manejo do trabalho de parto e parto 
Em gestantes com gestações ≤ 34 semanas, a via de parto preferencial é a via 
abdominal, sendo a opção pela via vaginal também factível dependendo das 
condições maternas e amadurecimento cervical que permitam indução rápida do 
parto. 
 
Cuidados intensivos com a puérpera no pós-parto 
 
A gestante após o parto deve ser tratada em cuidados intensivos até que: 
- Contagem de plaquetas demonstre uma tendência consistente de elevação e a DHL 
uma tendência consistente de diminuição, 
- Gestante tenha uma diurese de >100ml/hora por duas horas consecutivas sem infusão 
adicional rápida de fluidos ou sem diuréticos, 
- A hipertensão esteja bem controlada, com a PAS em torno de 150mmHg e a PAD 
<100mmHg, e 
- A melhora clínica seja óbvia e não haja complicações significativas. 
 
Tratamento da Hipertensão da gravidez 
 
A Metildopa é a droga de preferência como terapia de primeira linha. Pode causar 
sonolência. Em caso de refratariedade à terapia, considerar a possibilidade de retenção 
de sal e nesse caso um diurético pode ser adicionado ao regime. 
Outros agentes que podem ser utilizados são os bloqueadores beta e alfa 
adrenérgicos. 
Os bloqueadores beta-adrenérgicos, quando utilizados no início da gravidez, 
podem estar associados à restrição do crescimento fetal, especialmente o atenolol. 
 
 
Atenção alunos! Essa é uma pegadinha de prova 
Os inibidores da enzima de conversão da Angiotensina (ex.: Captopril) e os antagonistas 
dos receptores da Angiotensina II (ex.: Losartana) são contraindicados na gravidez devido 
à sua associação com restrição do crescimento fetal, oligohidrâmnio, insu-ciência renal 
neonatal e morte neonatal. 
 
27 
 
(HU-UFRN/EBSERH/IADES/2014) Pré-eclampsia é uma classificação de HAS que 
ocorre na gestação. A respeito dos achados clínicos dessa categoria, é correto afirmar 
que apresenta: 
 
a) proteinuria, além da HAS. 
b) anemia associada à HAS. 
c) dislipidemia associada à HAS. 
d) proteinuria e convulsões associadas. 
e) hemorragia associada à HAS. 
 
Comentário: 
A proteinúria e a elevação da PA são sinais da pré-eclâmpsia, vale ressaltar que o edema hoje 
não é mais específico da pré-eclâmpsia. 
 
Resposta Correta: 
a) proteinuria, além da HAS. 
 
 
Hemorragias na Gestação 
 
Pessoal, as hemorragias na gestação são a 2ª causa de morbimortalidade, é 
necessário classificar os tipos de hemorragias pela fase da gravidez em que ela ocorre, 
primeira metade ou segunda metade: 
 
 
 
 
 
 
28 
 
(IDECAN 2014) O sangramento vaginal no primeiro trimestre da gravidez é 
relativamente comum, ocorrendo em, aproximadamente, 25% das gestantes. Em 
muitas pacientes, o sangramento é autolimitado e deve-se, provavelmente, à 
implantação ovular no endométrio decidualizado. Se o sangramento não for 
autolimitado e for acompanhado de dores fortes, quais as causas que podem provocar 
a hemorragia no primeiro trimestre de gravidez? 
 
a) Placenta prévia e meningite. 
b) Abortamento e placenta prévia. 
c) Diabetes gestacional e infecção. 
d) Abortamento e gravidez ectópica. 
e) Gravidez ectópica e placenta prévia. 
 
Comentário:Lembre-se que a placenta prévia é da segunda metade da gravidez. 
 
Resposta Correta: 
d) Abortamento e gravidez ectópica. 
 
 
(Prefeitura do RJ 2016) Dentre as intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes 
identificadas no pré-natal, constitui uma das mais importantes situações hemorrágicas, 
na segunda metade da gestação: 
 
a) abortamento 
b) gravidez ectópica 
c) descolamento prematuro de placenta 
d) mola hidatiforme 
 
Comentário: 
Observe que saber essa classificação é muito importante, várias questões têm abordado essa 
divisão. 
 
Resposta Correta: 
c) descolamento prematuro de placenta 
 
29 
 
(FUNCAB 2016) As possíveis situações hemorrágicas da primeira metade da gestação 
que podem acometer a mulher em seu período gravídico são: 
a) abortamento, gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional. 
b) placenta prévia, descolamento prematuro da placenta e rotura da vasa prévia. 
c) anemia, neoplasia trofoblástica gestacional e abortamento. 
d) placenta prévia, abortamento e descolamento prematuro da placenta. 
e) rotura da vasa prévia, gravidez ectópica e hiperêmese. 
 
Resposta Correta: 
a) abortamento, gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional. 
 
Abortamento 
 
Interrupção da gestação até a 22ª semana gestacional ou quando o concepto pesa 
menos de 500g. 
 
 
(IBFC EBSERH 2016) O abortamento é uma das condições clínicas mais frequentes que 
se apresentam com hemorragias do primeiro trimestre de gestação. Segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS), o abortamento se caracteriza como perda do 
concepto de _______, _____ de peso ou _______ de comprimento. Preencha as lacunas e a 
seguir assinale a alternativa correta. 
a) Até 12 semanas completas; 300 gramas; 12,5 centímetros 
b) Até 22 semanas completas; 500 gramas; 16,5 centímetros 
c) Até 16 semanas incompletas; 400 gramas; 14,5 centímetros 
d) 12 a 20 semanas completas; 300 a 500 gramas; 12,0 a 16,0 centímetros 
e) Até 24 semanas completas; 1000 gramas; 30,0 centímetros 
 
Comentário: 
Memorize esses números, pois eles frequentemente são cobrados nas provas. 
 
Resposta Correta: 
b) Até 22 semanas completas; 500 gramas; 16,5 centímetros 
 
30 
 
Causas do abortamento: 
 
1. Espontâneo; 
2. Provocado; 
3. Ameaça de abortamento/aborto evitável; 
4. Inevitável; 
5. Retido; 
6. Infectado. 
 
Aborto é precoce quando ocorre até a 13ª semana. 
Aborto é tardio quando ocorre entre a 13ª e 22ª. 
 
 
 
(IBFC EBSERH 2016) O abortamento é uma síndrome da primeira metade da gestação 
com interrupção da mesma antes de atingir a viabilidade fetal. Considerando o 
abortamento, leia as frases abaixo e, a seguir, assinale a alternativa correta. 
 
I. Considera-se a perda do concepto de até 22ª semanas completas, 500 gramas de peso ou 
16,5 cm de comprimento. 
II. A dor revela sinais de contração uterina. 
III. É o sangramento de origem uterina, antes das 28 semanas de gestação, sem contrações 
uterinas, sem dilatação da cérvice e sem expulsão dos produtos da concepção. 
IV. Para o abortamento retido, o tratamento é o esvaziamento uterino por meio da aspiração 
manual intrauterina (AMIU) ou curetagem cirúrgica ou aspirativa. 
 
a) As frases I, II e IV estão corretas 
b) As frases III e IV estão corretas 
c) Apenas a frase I está correta 
d) Apenas a frase III está correta 
e) Apenas a frase II está correta 
 
31 
 
Comentário: 
Item III. Falso. Abortamento ocorre antes da 22ª semana de gestação. 
 
Resposta Correta: 
a) As frases I, II e IV estão corretas 
 
 
(AOCP EBSERH 2016) Gestante, com 20 semanas de gestação, chega ao serviço de 
Emergência queixando-se de dor no baixo ventre e apresentando pequeno 
sangramento vaginal. Em relação ao caso clínico, é correto afirmar que: 
 
 a) o prognóstico materno e do concepto melhora com o aumento da intensidade do 
sangramento vaginal. 
 b) por se tratar de um sangramento vaginal pequeno, deve-se descartar a possibilidade 
de ameaça de abortamento. 
 c) ante a suspeição de ameaça de abortamento, é importante observar os antecedentes 
maternos, bem como o período e a intensidade do sangramento. 
 d) são sintomas comuns da gravidez molar ou mola hidatiforme, na qual o óvulo 
fertilizado encontra-se implantado fora do útero. 
 e) os sintomas apresentados são normais entre as gestantes e não há razão para se 
preocupar. 
 
Comentário: 
O sangramento vaginal na gravidez não é normal e deve ser avaliado, com possibilidade de 
aborto, quanto maior o sangramento maior o risco materno e fetal. 
 
Resposta Correta: 
c) ante a suspeição de ameaça de abortamento, é importante observar os antecedentes 
maternos, bem como o período e a intensidade do sangramento. 
 
32 
 
(FUNDEP HRTN – MG 2015) Sobre o abortamento, assinale a alternativa que apresenta 
a classificação INCORRETA. 
 
 a) Ameaça de abortamento ou aborto evitável caracteriza-se pela integridade do ovo, 
com útero compatível com a idade da gravidez e colo impérvio. Há presença de 
sangramento vaginal discreto ou moderado, sem que ocorra modificação cervical, 
geralmente com sintomatologia discreta ou ausente (dor do tipo cólica ou peso na região 
do hipogástrio). 
 b) Aborto inevitável caracteriza-se por perda da integridade do ovo, sangramento fluido, 
colo uterino impermeável, dor em cólica de intensidade leve e redução do volume uterino 
em relação à idade gestacional, com permanência do produto conceptual na cavidade 
uterina. 
 c) Aborto retido caracteriza-se pela interrupção da gestação com permanência do 
produto conceptual na cavidade uterina. Pode ocorrer discreto sangramento, com colo 
impérvio, regressão dos fenômenos gravídicos e redução do volume uterino em relação à 
idade gestacional. 
 d) Aborto infectado caracteriza-se por quadro infeccioso materno, com presença de ovo 
íntegro ou quadro hemorrágico variável. Associa-se, habitualmente, à manipulação 
uterina. Pode apresentar secreção fétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, 
calor local e febre, além de comprometimento variável do estado geral. Na dependência 
do estádio clínico, pode ser dividido em Grau 1, Grau 2 ou Grau 3. 
 
Comentário: 
Essa definição da alternativa é de aborto retido, vamos aprender o conceito de abortamento 
inevitável que ocorre quando há sangramento e dilatação cervical mas ainda não ocorreu 
eliminação de conteúdo uterino. 
 
Resposta Correta: 
b) Aborto inevitável caracteriza-se por perda da integridade do ovo, sangramento 
fluido, colo uterino impermeável, dor em cólica de intensidade leve e redução do 
volume uterino em relação à idade gestacional, com permanência do produto 
conceptual na cavidade uterina. 
 
 
33 
 
Vamos aproveitar essa questão para analisar os tipos de abortamento, segundo o 
Manual de pré-natal de alto risco MS? 
 
• Abortamento espontâneo: é a perda involuntária da gestação. 
• Ameaça de abortamento: é a ocorrência de sangramento uterino com a cérvix fechada 
sem eliminação de tecidos ovulares. 
• Abortamento completo: quando a totalidade do conteúdo uterino foi eliminada. 
• Abortamento incompleto: quando apenas parte do conteúdo uterino foi eliminado. 
• Abortamento inevitável: quando há sangramento e dilatação cervical mas ainda não 
ocorreu eliminação de conteúdo uterino. 
• Abortamento retido: quando ocorre a morte do embrião ou feto e o mesmo permanece 
na cavidade uterina, sem ser eliminado. De uma maneira geral o colo se encontra fechado, 
podendo ocorrer leve sangramento. 
• Abortamento infectado: é o processo de abortamento acompanhado de infecção 
genital, tais como endometrite, parametrite e peritonite. 
• Abortamento habitual: perdas espontâneas e sucessivas de três ou mais gestações. 
 
 
Ameaça de abortamento 
 
Tenha atenção nesse aspecto, pois na ameaça do abortamento ocorre o 
sangramento, mas o feto não morreu. O sangramento genital é de pequena a moderada 
intensidade,podendo existir dores, tipo cólicas, geralmente pouco intensas. O colo 
uterino (orifício interno) encontra-se fechado, o volume uterino é compatível com o 
esperado para a idade gestacional e não existem sinais de infecção. 
 
 
 
34 
 
(IBFC EBSERH 2016) O abortamento farmacológico é a utilização de fármacos para 
indução do abortamento ou abreviação do abortamento em curso. Para esvaziamento 
uterino no 1º, 2º ou 3º trimestre gestacional, é indicado o uso de: 
 
 a) Misoprostol. 
 b) Ergometrina. 
 c) Metilergometrina. 
 d) Meperidina. 
 e) Metroclopramida. 
 
Comentário: 
O misoprostol é a versão sintética da prostaglandina E1 (PGE1) usado no tratamento e 
prevenção de úlcera do estômago e também é usada como abortivo. 
 
Resposta Correta: 
a) Misoprostol. 
 
Conduta no abortamento 
 
TODA gestante com sangramento vaginal no 1º trimestre deve ser submetida a 
exame abdominal, exame especular e toque. 
Quando o colo estiver fechado ou houver dúvida no diagnóstico, está indicada uma 
ultrassonografia para avaliação das condições do saco gestacional (com ou sem 
descolamento) e do embrião (com ou sem batimentos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
(UFBA 2014) Nas situações de abortamento, os cuidados prestados à mulher incluem a 
observação do material eliminado pela via vaginal e a presença de sinais e/ou sintomas 
de infecção. 
 
Comentário: 
Observar o material que foi eliminado é importante para saber se o aborto é completo ou 
incompleto. 
 
Resposta Correta: 
Certo. 
 
Vamos acompanhar o atendimento do aborto retido e em seguida o aborto infectado, 
segundo o MS: 
 
Abortamento retido 
 
Em geral, o abortamento retido cursa com regressão dos sintomas e sinais da 
gestação, o colo uterino encontra-se fechado e não há perda sanguínea. O exame de 
Ultrassonografia revela ausência de sinais de vitalidade ou a presença de saco gestacional 
sem embrião (ovo anembrionado). Pode ocorrer o abortamento retido sem os sinais de 
ameaça. 
 
 
Em gestações com menos de 12 semanas, utiliza-se o misoprostol, 1 comprimido 
de 200µg, via vaginal, dose única, para preparo do colo. Após 4 horas, realizar o 
 
36 
 
esvaziamento uterino por AMIU ou curetagem. Também pode ser usado o misoprostol 4 
comprimidos de 200µg a cada 12 horas (3 doses). 
 
Abortamento infectado 
 
Com muita frequência, está associado a manipulações da cavidade uterina pelo 
uso de técnicas inadequadas e inseguras de abortamento provocado. Estas infecções são 
polimicrobianas e provocadas, geralmente, por bactérias da flora vaginal, gram negativos 
e anaeróbios. São casos graves e devem ser tratados, independentemente da vitalidade 
do feto. 
As manifestações clínicas mais frequentes são: elevação da temperatura, 
sangramento genital com odor fétido acompanhado de dores abdominais ou eliminação 
de pus através do colo uterino. Na manipulação dos órgãos pélvicos, pelo toque vaginal, a 
mulher pode referir bastante dor, e deve-se sempre pensar na possibilidade de 
perfuração uterina. 
 
 
Gravidez ectópica 
 
A gravidez ectópica corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina. O tipo 
mais frequente é a tubária. 
 
São fatores de risco para gravidez ectópica: 
 
• História de gravidez ectópica prévia; 
• Cirurgia tubária prévia; 
• Infecções tubárias anteriores; 
• Contracepção com progesterona ou DIU. 
 
Muitas vezes ocorrem em gestante sem nenhum fator de risco. 
 
 
 
37 
 
Diagnóstico 
A dor e o sangramento vaginal são os sintomas mais importantes da gravidez 
ectópica. Em quase todos os casos a dor está presente. O sangramento pode ser de 
pequena monta e/ou irregular, às vezes após pequeno atraso da menstruação. 
 
Definição: Nidação do ovo fora da cavidade uterina 
Sintomas: Dor + Sangramento vaginal. 
 
 
 
Fonte: http://boaformaesaude.com.br/gravidez-ectopica-sintomas-como-acontece-e-quais-os-sinais/ 
 
 
(FAUEL 2017) As Síndromes Hipertensivas e Hemorrágicas na gravidez requerem 
cuidados específicos, pois, quando presentes, incluem a gestante no protocolos de 
gestação de alto risco. No que se refere a estas Síndromes, assinale a alternativa 
correta: 
 
 a) A gravidez ectópica corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina sendo 
mais frequente a prenhez tubária. 
 b) Descolamento prematuro da placenta consiste na separação intempestiva da 
placenta do seu sítio de implantação no corpo uterino antes do nascimento do feto, 
em uma gestação de qualquer idade gestacional. 
 c) A ocorrência de convulsões em mulheres com pré- eclâmpsia caracteriza o quadro 
de abortamento onde a conduta clínica visa o tratamento das convulsões e o controle 
de hemorragias. 
 
38 
 
 d) Conceitua-se como abortamento a interrupção da gravidez ocorrida antes da 20ª 
(vigésima) semana de gestação ou quando houver expulsão do concepto com peso 
inferior a 250g. 
 
Comentário: 
Letra B. O descolamento prematuro de placenta (DPP) é definido como a separação da 
placenta da parede uterina antes do parto. Essa separação pode ser parcial ou total e é 
classificada em três graus, levando em conta os achados clínicos e laboratoriais. Ocorre 
apenas na segunda metade da gravidez. 
Letra C. A convulsão caracteriza-se a eclâmpsia. 
Letra D. Abortamento antes da 22ª semana de gestação ou peso menor que 500g. 
 
Resposta Correta: 
a) A gravidez ectópica corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina sendo 
mais frequente a prenhez tubária. 
 
 
Mola hidatiforme 
 
Tumor usualmente benigno invulgar que se desenvolve a partir de 
tecido placentário em fases precoces da gravidez. 
Na gravidez molar pode ocorrer sangramento indolor e de intensidade progressiva, 
às vezes associado a eliminação de vesículas com aspecto de “cachos de uva”. Em 
consequência das perdas sanguíneas pode haver anemia. A exacerbação dos sintomas de 
gravidez, às vezes com presença de náuseas e vômitos de difícil controle (hiperemese 
gravídica, pré-eclâmpsia, tireotoxicose), também pode sinalizar a suspeita de mola 
hidatiforme. 
O exame físico pode revelar um tamanho uterino maior do que esperado para a idade 
gestacional, colo e útero amolecidos. A dosagem do hormônio gonadotróco coriônico 
(βHCG) geralmente demonstra níveis elevados para a idade gestacional correspondente. 
A ultrassonograa é o método mais preciso para diferenciar gestação normal da prenhez 
molar. 
 
 
39 
 
Sintomas: 
• Sangramento indolor progressivo; 
• Exacerbação dos sintomas de gravidez; 
• Útero maior do que o esperado para IG; 
• Colo e útero amolecidos e aumento do volume ovariano; 
• Aumento da dosagem de βHCG 
 
Tratamento: 
• Esvaziamento uterino o, preferencialmente por meio de dilatação e aspiração 
manual intrauterina (AMIU). 
 
Descolamento corioamniótico 
 
Caracteriza-se por sangramento genital de pequena intensidade e é diagnosticado 
por exame ecográfico. A evolução é boa, não representando quadro grave de risco 
materno e/ou ovular. A conduta é conservadora e, basicamente, consiste no 
esclarecimento à gestante sobre o repouso, utilizar analgésico se apresentar dor, evitar 
relações sexuais durante a perda sanguínea. 
 
 
(Prefeitura do RJ 2016) A presença de sangramento genital de pequena intensidade em 
gestante, diagnosticado por exame ultrassonográfico, que não representa quadro de 
risco materno e/ou ovular, cuja evolução em geral é boa, indica uma complicação 
obstétrica denominada: 
 a) placenta prévia 
 b) descolamento cório-amniótico 
 c) oligoidrâmnio 
 d) polidrâmnio 
 
Comentário: 
Caracteriza-se por sangramento genital de pequena intensidade. É diagnosticado por exame 
ultrassonográfico. A evolução em geral é boa e não representa quadro de risco materno e/ou 
ovular. A conduta é conservadora e, basicamente, consiste no esclarecimento à gestante. 
 
40 
 
Letra A. Placenta prévia (inserção baixa de placenta): Corresponde a um processo patológicoem 
que a implantação da placenta, inteira ou parcialmente, ocorre no segmento inferior do útero. 
As mulheres multíparas e com antecedentes de cesáreas são consideradas de maior risco. 
Também são considerados fatores de risco: idade avançada, curetagem uterina prévia, gravidez 
gemelar, patologias que deformem a cavidade uterina, cesarianas anteriores e infecção 
puerperal. 
Letra C. Oligoidrâmnio: Caracteriza-se pela acentuada diminuição do volume do líquido 
amniótico, diagnosticado quando o volume se apresenta inferior a 250ml, entre a 21ª e a 42ª 
semanas gestacionais. 
Letra D. Polidrâmnio: Acúmulo de líquido amniótico em volume superior a 2.000ml no momento 
da resolução da gravidez. 
 
Resposta Correta: 
b) descolamento cório-amniótico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
HEMORRAGIAS DA SEGUNDA METADE DA GRAVIDEZ 
 
 
 
Várias são as possíveis causas de sangramento. Dentre as causas obstétricas, as mais 
importantes são o descolamento prematuro de placenta e a placenta prévia, que 
correspondem a até 50% dos diagnósticos. 
 
Descolamento prepaturo da placenta (dpp) 
 
Separação da placenta da parede uterina antes do parto, em uma gestação de 20 ou 
mais semanas completas. 
Verifica-se DOR abdominal súbita, com intensidade variável, perda SANGUÍNEA de 
cor VERMELHO-ESCURA, com coágulos. Em alguns casos, o sangramento pode ser 
oculto. 
Ao exame obstétrico, o útero, em geral, encontra-se hipertônico, doloroso, sensível 
às manobras palpatórias; os batimentos cardíacos fetais podem estar alterados ou 
ausentes. 
 
Quadro clínico do DPP: 
• Dor abdominal; 
• Persistência da dor entre as contrações no trabalho de parto; 
• Sangramento genital de quantidade variável; 
• História de hipertensão; 
• Pesquisar presença de outros fatores de risco. 
 
Essa separação pode ser parcial ou total e é classificada em três graus, levando em 
conta os achados clínicos e laboratoriais, de acordo com classificação de Sher: 
 
Placenta prévia;
Descolamento 
prematuro de 
placenta;
Rotura uterina;
Rotura de vasa 
prévia;
 
42 
 
Grau 1: Sangramento genital discreto sem hipertonia uterina significativa. Vitalidade 
fetal preservada. Sem repercussões hemodinâmicas e coagulopatia. Geralmente 
diagnosticado no pós-parto com a identificação do coágulo retroplacentário. 
 
Grau 2: Sangramento genital moderado e contrações tetânicas. Presença de 
taquicardia materna e alterações posturais da pressão arterial. Alterações iniciais da 
coagulação com queda dos níveis de fibrinogênio. Batimentos cardíacos fetais presentes, 
porém, com sinais de comprometimento de vitalidade. 
 
Grau 3: Sangramento genital importante com hipertonia uterina. Hipotensão arterial 
materna e óbito fetal. 
Grau 3A: Sem coagulopatia instalada. 
Grau 3B: Com coagulopatia instalada. 
 
Principais fatores de risco para o DPP: 
 
• Hipertensão (hipertensão gestacional, hipertensão preexistente) 50% dos casos; 
• Rotura prematura de membranas ovulares; 
• Cesariana prévia; 
• Tabagismo; 
• Idade materna avançada; 
• Uso de drogas (álcool, cocaína e crack); 
• Condições que causem sobredistensão uterina (polihidrâmnio, gestação gemelar); 
• Trauma (automobilístico, trauma abdominal direto); 
• DPP em gestação anterior; 
• Amniocentese, cordocentese. 
 
 
(CONSULPLAN TRF 2ª região 2017) “Gestante chega ao pronto-socorro com 
sangramento intenso associado à dor em baixo ventre. Trata-se de uma primigesta com 
35 semanas de gestação. Relata que a dor iniciou de maneira abrupta.” Dentre as 
situações apresentadas, assinale a mais compatível com este quadro clínico. 
 
 
43 
 
 a) Trabalho de parto. 
 b) Síndrome de HELLP. 
 c) Trabalho de parto prematuro. 
 d) Descolamento prematuro de placenta. 
 
Comentário: 
O sangramento com dor é caracterizado por descolamento prematuro da placenta. 
 
 
Fonte: http://www.medicinamitoseverdades.com.br/blog/causas-e-sintomas-do-descolamento-prematuro-da-placenta 
 
Resposta Correta: 
d) Descolamento prematuro de placenta. 
 
 
 
(Prefeitura de Fortaleza- CE 2016) Uma das complicações que podem ocorrer no 
período gravídico é a separação intempestiva da placenta do seu sítio de implantação 
no corpo uterino, antes do nascimento do feto, em uma gestão de 20 ou mais semanas 
completas. É correto afirmar que esta definição se refere: 
 
 a) ao Trabalho de parte prematuro. 
 b) a Rotura prematura das membranas placentárias. 
 c) a Placenta Prévia. 
 d) ao Descolamento prematuro de placenta. 
 
44 
 
Comentário: 
Essa questão trás o conceito do descolamento de placenta. 
 
Resposta Correta: 
d) ao Descolamento prematuro de placenta. 
 
 
(IBFC EBSERH 2016 adaptada) Entre as urgências e emergências obstétricas, é correto 
afirmar que, no Descolamento Prematuro de Placenta, ocorre: 
 
 a) Sangramento com dor forte 
 b) Hemorragia indolor 
 c) Útero mole, tônus normal 
 d) Contorno uterino conservado no trabalho de parto 
 e) Hemorragia externa, cor vermelho-vivo 
 
Comentário: 
A dor forte é o que diferencia da placenta prévia. 
 
Resposta Correta: 
a) Sangramento com dor forte 
 
 
(COPEVE-UFAL 2012) Em relação às complicações obstétricas, é incorreto afirmar: 
 
 a) a ocorrência de convulsões em mulheres com pré-eclâmpsia caracteriza o quadro de 
eclâmpsia. A conduta clínica visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão e dos 
distúrbios metabólicos, além de cuidados e controles gerais. 
 b) a Síndrome HELLP é um quadro clínico caracterizado por hemólise (H = “hemolysis”), 
elevação de enzimas hepáticas (EL = “elevated liver functions tests”) e plaquetopenia (LP 
= “low platelets count”) e embora acompanhe outras doenças, em Obstetrícia, é 
considerada como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia. 
 
45 
 
 c) entende-se por placenta prévia aquela placenta que se implanta total ou parcialmente 
no segmento inferior do útero. Pode ser classificada de três maneiras, de acordo com sua 
posição em relação ao colo do útero: baixa, marginal e completa (centro-total). 
 d) o descolamento prematuro de placenta (DPP) é definido como a separação da placenta 
da parede uterina antes do parto. Essa separação ocorre de forma total sendo classificada 
em dois graus. 
 e) a vasa prévia é definida como sangramento dos vasos sanguíneos fetais que 
atravessam as membranas amnióticas passando pelo orifício interno do colo. Está 
associada à inserção anormal dos vasos fetais dentro das membranas. 
 
 Comentário: 
Essa separação pode ser parcial ou total e é classificada em três graus. 
 
Resposta Correta: 
d) o descolamento prematuro de placenta (DPP) é definido como a separação da 
placenta da parede uterina antes do parto. Essa separação ocorre de forma total sendo 
classificada em dois graus. 
 
Placenta prévia (pp) 
 
A implantação da placenta, inteira ou parcialmente, ocorre no segmento inferior do 
útero. Ela pode ser classificada de três maneiras, de acordo com sua posição em relação 
ao colo do útero: 
 
• Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem atingi-lo. 
• Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo. 
• Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno do colo do útero. 
 
Há perda SANGUÍNEA por via vaginal, súbita, de cor VERMELHA VIVA, de 
quantidade variável, NÃO acompanhada de DOR. É episódica, recorrente e progressiva. 
O exame obstétrico revela volume e tono uterinos normais e frequentemente 
apresentação fetal anômala. Habitualmente, os batimentos cardíacos fetais estão 
mantidos. Na suspeita clínica, deve-se evitar a realização de toque vaginal. 
 
46 
 
Quadro clínico da placenta prévia 
• Sangramento indolor; 
• Autolimitado; 
• Final do segundo e início do terceiro trimestre; 
• Presença de sangramento sentinela. 
 
 
 
Fonte: http://www.agravidez.com/quais-sao-os-sintomas-do-descolamento-da-placenta.html(COMPERVE UFRN 2016) Placenta prévia é definida como a placenta que se implanta 
total ou parcialmente no segmento inferior do útero. O principal fator de risco para 
placenta prévia é a: 
 
 a) Gemelaridade. 
 b) Cesariana anterior. 
 c) Multiparidade. 
 d) Curetagem anterior. 
 
Comentário: 
Essa informação consta no Manual do MS, observe: 
O principal fator de risco para placenta prévia é a cicatriz uterina anterior, e entre elas a 
principal é a cesariana anterior. Entre outras causas estão as intervenções uterinas 
 
47 
 
prévias como a miomectomia e curetagem. Multiparidade, idade materna avançada, 
tabagismo e gemelaridade também são fatores associados. 
 
Resposta Correta: 
b) Cesariana anterior. 
 
Exame físico no DPP: 
• ABC da reanimação: vias aéreas pérvias, padrões de respiração e circulação; 
• Sinais vitais: observar taquicardia e alterações posturais da pressão. 
• Exame obstétrico: medida de altura uterina, BCF, hipertonia uterina. 
• Monitoração fetal: padrão não tranquilizador. 
• Palpação abdominal: contrações tetânicas. 
 
 
(AOCP 2015) Sobre Placenta prévia, assinale a alternativa correta. 
 
 a) A placenta prévia é a separação intempestiva da placenta implantada no corpo do 
útero, antes do nascimento do feto. 
 b) A Placenta prévia-total é quando alguma porção da placenta está implantada no 
segmento inferior e se estende ao orifício interno cervical, mas não o ultrapassa. 
 c) A Placenta prévia-marginal ocorre quando o orifício interno cervical está 
completamente cerrado pela placenta. 
 d) A placenta prévia é a implantação de qualquer parte da placenta no inferior do útero, 
e pode ser classificada como placenta prévia-total, placenta prévia-parcial e placenta 
prévia-marginal. 
 e) Placenta prévia-parcial é quando o orifício interno cervical está completamente 
coberto pela placenta. 
 
Comentário: 
Relembre a classificação da placenta prévia: 
• Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem atingi-lo 
• Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo 
• Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno do colo do útero 
 
48 
 
Resposta Correta: 
d) A placenta prévia é a implantação de qualquer parte da placenta no inferior do útero, 
e pode ser classificada como placenta prévia-total, placenta prévia-parcial e placenta 
prévia-marginal. 
 
Rotura uterina 
 
É uma complicação MUITO GRAVE em obstetrícia sendo uma importante causa 
de morbimortalidade materna. 
A rotura uterina é classificada em: 
• Completa: há a total rotura da parede uterina. É uma urgência obstétrica, levando 
a risco de vida tanto da mãe quanto do feto. 
• Incompleta: o peritôneo parietal permanece intacto. Geralmente não é 
complicada, podendo permanecer assintomática após um parto vaginal. 
Quadro clínico da rotura uterina: 
 
• Deterioração do padrão dos batimentos cardíacos fetais; 
• Gestante queixa de dor aguda, de forte intensidade; 
• Sangramento vaginal; 
• Parada das contrações; 
• Subida da apresentação ao toque vaginal; 
• Partes fetais palpáveis facilmente no abdome materno; 
• Taquicardia importante e hipotensão grave. 
 
Conduta 
Em primeiro lugar deve-se conseguir a estabilidade hemodinâmica da gestante 
iniciando o ABC da reanimação: vias aéreas pérvias, respiração – fornecer O2 em máscara 
a 10l/min ou cateter a 5l/min, puncionar dois acessos venosos calibrosos infundindo 
1.000ml de solução cristaloide em cada acesso na velocidade inicial de 500ml nos 
primeiros 10 minutos e manter com a velocidade de infusão de 250ml/hora. 
Deve ser realizada laparotomia imediatamente com anestesia geral para não 
agravar ainda mais a hipotensão. Nos casos mais graves, na abertura da cavidade o feto é 
 
49 
 
encontrado total ou parcialmente localizado no abdome materno juntamente com a 
placenta. Nesses casos o prognóstico fetal é muito ruim, sendo causa importante de óbito 
perinatal 
Em geral é necessário realizar histerectomia para tratar a rotura uterina, pois 
ocorrem lesões vasculares, com dificuldade de conservação do útero. 
 
Vasa prévia 
 
A vasa prévia é definida como sangramento dos vasos sanguíneos fetais que 
atravessam as membranas amnióticas passando pelo orifício interno do colo. Está 
associada à inserção anormal dos vasos fetais dentro das membranas. É uma causa rara 
de hemorragia, ocorrendo geralmente em gestantes com implantação baixa da placenta e 
inserção velamentosa de cordão. A perda sanguínea é de origem fetal, fato este que 
mostra a urgência do seu diagnóstico. As taxas de mortalidade fetal são altas, ao redor de 
50%. 
 
 
 
Fonte: http://contemporaryobgyn.modernmedicine.com/contemporary-obgyn/news/vasa-previa 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL 
 
Hiperglicemia de intensidade variável, que é diagnosticada pela primeira vez ou se 
inicia durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. 
É responsável por índices elevados de morbimortalidade perinatal, especialmente 
macrossomia fetal e malformações fetais. 
O diabetes mellitus associado à gravidez pode ser classificado como: 
 
• Diabetes gestacional (diagnosticado durante a gravidez). 
• Diabetes pré-gestacional (diabetes prévio à gravidez: tipo 1, tipo 2 ou outros) 
 
 
(CESPE- SESA/ES 2013) Acerca da presença de glicose elevada no sangue durante a 
gravidez, que caracteriza a denominada diabetes gestacional, assinale a opção correta. 
 
A) Em gestantes previamente diabéticas, o exercício físico é recomendação obrigatória 
para a redução dos níveis glicêmicos, mesmo que a paciente apresente picos 
hipertensivos intermitentes. 
B) Na confirmação da diabetes gestacional, deve-se orientar a gestante para a 
necessidade de manutenção de uma dieta equilibrada, monitoramento da glicemia e 
acompanhamento do desenvolvimento fetal. 
C) O uso de insulina para regularização dos níveis de glicose sanguínea é absolutamente 
contraindicado em gestantes. 
D) No pós-parto, a criança deverá ser afastada imediatamente da mãe para que haja 
confirmação da diabetes do tipo 1 na criança e, nesse caso, estabelecer procedimento 
para a correção de situações de hipoglicemia. 
E) A administração de glicose ao recém-nascido por via oral ou intravenosa é sempre 
indicada na primeira hora do pós-parto. 
 
 
Comentário: 
Letra A. errada, outros critérios devem ser verificados para indicação do exercício físico. 
Letra C. Gestantes são tratadas com insulina, contraindicado são os antidiabéticos orais. 
 
51 
 
Letra D. O diabetes gestacional não é transmitido para o feto. 
Letra E. O uso da glicose dependerá dos níveis glicêmicos do bebê. 
 
Resposta Correta: 
B) Na confirmação da diabetes gestacional, deve-se orientar a gestante para a 
necessidade de manutenção de uma dieta equilibrada, monitoramento da glicemia e 
acompanhamento do desenvolvimento fetal. 
 
O diagnóstico de DMG pode exigir da paciente um aumento considerável de 
exame s e monitoramento durante o pré-natal e o pós-parto. Para a maioria das mulheres, 
o DMG responde bem apenas com dieta e exercícios físicos. Algumas mulheres (de 10% a 
20%) necessitarão usar insulina caso as medidas não farmacológicas não controlarem o 
DMG, principalmente as de ação rápida e intermediária. As medicações orais são 
contraindicadas. 
 
Sintomas: poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso 
 
Diagnóstico e rastreamento: teste oral de tolerância à glicose, com 75g de glicose (TTG 
75g – 2h) e com duas medidas da glicose plasmática, uma em jejum e outra 2h após a 
sobrecarga. 
 
Importante! 
Todas as gestantes, independentemente de apresentarem fator de risco, devem realizar 
uma dosagem de glicemia no início da gravidez, antes de 20 semanas, ou tão logo seja 
possível. O rastreamento é considerado positivo nas gestantes com nível de glicose 
plasmática de jejum igual ou superior a 85mg/dL e/ou na presença de qualquerfator de 
risco para o diabetes gestacional. Na ausência de fatores de risco e glicemia de jejum ≤ 
85mg/dL, considera-se rastreamento negativo e deve-se repetir a glicemia de jejum entre 
a 24ª e 28ª semana de gestação. 
 
Duas glicemias plasmáticas de jejum ≥ 126mg/dL confirmam o diagnóstico de 
diabetes gestacional, sem necessidade de teste de tolerância. 
 
 
52 
 
Pontos de corte para o Teste de Tolerância à Glicose 75 
 
Jejum: 95mg/dL 1h: 180mg/dL 2h: 155mg/dL 
 
Preste atenção, pois pela Sociedade Brasileira de Diabetes esses parâmetros são 
diferentes, observe: 
Para diagnóstico do DG deve-se realizar um teste de tolerância à glicose entre a 24 e 26 
semana em todas as gestantes, com sobrecarga de 75 g de glicose e medidas de glicemia 
aos 0, 1 e 2 horas após, considerando diabetes gestacional 1 valor igual ou superior a 92, 
180 e 153 mg/dL, respectivamente. 
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes 
 
 
Controle glicêmico 
Nas gestantes com diagnóstico de diabetes gestacional, o controle glicêmico deve 
ser feito com glicemias de jejum e pós-prandiais semanais. O controle também pode ser 
realizado com avaliações de ponta de dedo. 
 
 
(IDECAN 2016) Analise as afirmativas a seguir sobre diabetes gestacional. 
 
I. O rastreamento do diabetes gestacional deve ser feito nas gestantes que apresentam 
resultado de glicose plasmática de jejum ≥ 110 mg/dl e/ou presença de qualquer fator de risco 
para o diabetes gestacional. 
II. Toda gestante com rastreamento positivo e/ou qualquer fator de risco deve ser submetida 
à confirmação diagnóstica com teste oral de tolerância à glicose após a ingestão de 75 g de 
glicose. 
III. História de óbito fetal, sem causa aparente em gestação anterior, é considerado um fator 
de risco para o diabetes gestacional. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
 a) I, II e III. 
 b) I, apenas. 
 c) I e II, apenas. 
 d) II e III, apenas.
 
53 
 
 
Comentário: 
Item I. Errado, o rastreamento é feito nas gestantes com glicemia de jejum maior que 85mg/dL. 
 
Resposta Correta: 
d) II e III, apenas. 
 
 
Fatores de risco para Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e obesidade materna 
 
1. Idade de 35 anos ou mais; 
2. Sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo na gestação atual; 
3. Deposição central excessiva de gordura corporal; 
4. Baixa estatura (≤ 1,50m); 
5. Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na 
gravidez atual; 
6. Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte 
fetal ou neonatal, macrossomia (peso ≥ 4,5kg) ou DMG; 
7. História familiar de DM em parentes de 1º grau; 
8. Síndrome de ovários policísticos. 
 
Veja a questão abaixo: 
 
 
(UFCG-COMPROV/2014) Assinale a questão INCORRETA em relação ao Diabetes 
Gestacional: 
 
a) A idade de 35 anos ou mais, baixa estatura, síndrome de ovários policísticos e 
sobrepeso são fatores de risco para o Diabetes. 
b) Para a maioria das mulheres, o Diabetes gestacional responde bem somente à dieta e 
aos exercícios físicos. 
c) Adoçantes artificiais de qualquer natureza estão contraindicados no Diabetes 
gestacional. 
 
54 
 
d) Reavaliar a tolerância à glicose é essencial a partir de seis semanas após o parto. 
e) A hiperglicemia pode aumentar a incidência de pré-eclâmpsia na gravidez atual. 
 
Comentário: 
Poderão ser utilizados adoçantes durante a gravidez. 
 
Resposta Correta: 
c) Adoçantes artificiais de qualquer natureza estão contraindicados no Diabetes 
gestacional. 
 
 
(FAUEL CISMEPAR – PR 2016) O diabetes mellitus é uma doença metabólica crônica, 
caracterizada por hiperglicemia e responsável por índices elevados de 
morbimortalidade perinatal, macrossomia fetal e malformações fetais. O diabetes 
mellitus associado à gravidez pode ser classificado como diabetes gestacional 
(diagnosticado durante a gravidez) ou diabetes pré-gestacional (diabetes prévio à 
gravidez, de tipo 1, tipo 2 ou outros). Sobre esta patologia na gestação, assinale a 
alternativa correta. 
 
 a) No teste oral de tolerância à glicose, os pontos de corte são > 110, 180 e 135, 
respectivamente, e os achados de dois valores alterados confirmam o diagnóstico de 
Diabetes Gestacional. 
 b) É importante que essas mulheres diabéticas engravidem com níveis glicêmicos 
adequados, com o objetivo de prevenir as malformações fetais associadas à hiperglicemia 
periconcepcional. 
 c) São considerados fatores de risco nas mulheres para o desenvolvimento de diabetes 
gestacional: idade igual ou superior a 35 anos, Índice de Massa Corporal (IMC) > 18kg/m2, 
antecedente pessoal de diabetes gestacional e uso de drogas hiperglicemiantes 
(corticoides, diuréticos tiazidicos, etc.). 
 d) Duas glicemias plasmáticas de jejum ≥ 99mg/dL confirmam o diagnóstico de diabetes 
gestacional, sem necessidade de teste oral de tolerância à glicose. 
 
 
 
55 
 
Comentário: 
Letra A. Pontos de corte 92,180 e 155 
Letra C. Errada, mulheres obesas que são fatores de risco e não IMC > 18. Relembre os fatores 
de risco para DMG: 
1. Idade de 35 anos ou mais; 
2. Sobrepeso, obesidade ou ganho de peso excessivo na gestação atual; 
3. Deposição central excessiva de gordura corporal; 
4. Baixa estatura (≤ 1,50m); 
5. Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual; 
6. Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou 
neonatal, macrossomia (peso ≥ 4,5kg) ou DMG; 
7. História familiar de DM em parentes de 1º grau; 
8. Síndrome de ovários policísticos. 
Letra D. Errada. Duas glicemias plasmáticas de jejum ≥ 126mg/dL con¬firmam o diagnóstico de 
diabetes gestacional, sem necessidade de teste de tolerância. 
 
Resposta Correta: 
b) É importante que essas mulheres diabéticas engravidem com níveis glicêmicos 
adequados, com o objetivo de prevenir as malformações fetais associadas à 
hiperglicemia periconcepcional. 
 
Exames complementares para avaliação do diabetes gestacional: 
✓ Glicemia de jejum e hemoglobina glicada; 
✓ Colesterol total e HDL-C e triglicerídeos; 
✓ Creatinina sérica e clearence de creatinina; 
✓ TSH; 
✓ Sumário de urina e urocultura; 
✓ Proteinúria de 24 horas ou microalbuminúria; 
✓ Fundoscopia; 
✓ ECG; 
✓ Ultra-sonografia obstétrica – no primeiro trimestre – e ultra-sonografia 
morfológica, entre 16 e 20 semanas. Quando houver indicação, ecocardiografia 
fetal. 
 
56 
 
O tratamento do DMG é feito com insulina. O objetio da terapia com insulina é manter 
os níveis de glicemia capilar ≤95mg/dL em jejum; ≤100mg/dL antes das refeições; 
≤140mg/dL uma hora pós-prandial; e ≤120mg/dL duas horas pós-prandial. Durante a 
noite, os níveis glicêmicos não podem ser menores que 60mg/dL. 
As gestantes em uso de insulina e seus familiares devem ser orientados para o 
reconhecimento de sinais de hipoglicemia. Na ocorrência destes, deve ser realizada 
medição imediata da glicemia capilar se estiver disponível o glicosímetro. Na ocorrência 
de hipoglicemia e/ou sinais fortemente sugestivos da mesma, a gestante deve ingerir um 
copo de leite com açúcar. Principalmente nas portadoras de diabetes tipo 1, deve-se 
disponibilizar o glucagon para uso em casos mais graves (ex.: perda da consciência). 
 
Finalizamos nossa aula de pré-natal de alto risco, continue firme nos estudos de saúde 
da mulher nas próximas aulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
1. (FADESP COREN-BA 2013) O acolhimento em especial à gestante objetiva 
oferecer-lhe prioridade clínica, uma vez que essa condição pode desencadear uma 
evolução desfavorável em consequência de fatores de risco presentes na gravidez. 
A avaliação do risco gestacional deve ser permanente, durante todas as consultas. É 
fator de risco de origem sociodemográfica e que requer que o pré-natal seja 
realizado pela equipe de atenção básica: 
 
 a) idade menor que18 e maior que 35 anos. 
 b) situação conjugal segura. 
 c) condição ambiental desfavorável. 
 d) baixa escolaridade, com menos de quatro anos de estudo regular. 
 
2. (IBADE 2016) Uma gestante de 30 anos, na 24ª semana de gravidez chegou ao 
serviço de saúde se queixando de cefaleia, epigastralgia e escotomas. Apresentou 
também pressão arterial de 170x110 mmHg e o resultado da proteinúria foi de (fita). 
A paciente informou ter urinado pouco durante o dia e nunca teve episódio anterior 
de hipertensão. O quadro descrito acima é sugestivo de: 
 
a) eclâmpsia. 
b) pré-eclâmpsia moderada. 
c) pré-eclâmpsia grave. 
 d) HELLP síndrome. 
 e) pré-eclâmpsia leve.
 
 
3. (Instituto AOCP/EBSERH/2014) O único tratamento definitivo para a Pré-
eclâmpsia é: 
 
a) uso de diuréticos poupadores de potássio. 
b) uso de anti-hipertensivos e corticoides. 
c) antecipação do parto. 
d) mudança de hábitos alimentares. 
e) repouso absoluto. 
 
58 
 
 
4. (CETRO 2014) Assinale a alternativa que apresenta o nome da doença que pode 
ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato, caracterizada pela presença 
de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer 
quadro hipertensivo, não causadas por epilepsia ou qualquer outra doença 
convulsiva. 
 
 a) Hipertensão Crônica. 
 b) Síndrome HELLP. 
 c) Pré-eclâmpsia. 
 d) Eclâmpsia. 
 e) Placenta prévia. 
 
5. (CESGRANRIO UNIRIO 2016) O sulfato de magnésio é usado nos casos de pré-
eclâmpsia grave e eclâmpsia, na profilaxia e no controle da crise convulsiva. 
Antes de administrar a dose prescrita, o enfermeiro deve verificar se há: 
 
 a) midríase bilateral, pulso menor que 60 batimentos por minuto e pressão arterial 
maior que 140x90 mmmHg 
 b) temperatura menor que 37 °C, reflexo pupilar fotomotor e diurese maior que 200 
mL/h nas 4 horas precedentes 
 c) temperatura menor que 36 °C, reflexo patelar ausente e diurese maior que 200 
mL/h nas 4 horas precedentes 
 d) reflexo de Babinski, pulso menor que 80 batimentos por minuto e pressão arterial 
menor que 120x60 mmmHg 
 e) frequência respiratória maior ou igual a 16 incursões por minuto, reflexo patelar e 
diurese maior que 100mL/h nas 4 horas precedentes 
 
6. (HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014) De acordo com o Ministério da 
Saúde, assinale a alternativa correta para o manejo da eclâmpsia. 
 
a) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é o Sulfato de 
Magnésio 
b) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é a Fenitoína 
 
59 
 
 
c) Para terapia anticonvulsivante, a droga de primeira escolha é o Diazepan 
d) Para terapia anti-hipertensiva, a droga de primeira escolha é o Enalapril 
e) Para terapia anti-hipertensiva, a droga de primeira escolha é o Captopril 
 
7. (Prefeitura do RJ 2016) Na gestação de alto risco, o quadro clínico caracterizado 
por hemólise, elevação de enzimas hepáticas e plaquetopenia, sendo considerado 
como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia, é conhecido como: 
 
 a) síndrome de HELLP 
 b) síndrome antifosfolipide 
 c) doença tromboembolica na gestação 
 d) hemoglobinopatia 
 
8. (IF-PE 2016) A toxemia gravídica é um quadro multissistêmico que ocorre 
habitualmente no final da gravidez e caracteriza-se por manifestações clínicas 
associadas à hipertensão, edema e proteinúria. Dentre suas complicações, a 
disfunção hepática mais grave é a síndrome HELLP, que é caracterizada por: 
 
 a) trombocitopenia, hipoglicemia e diminuição das enzimas hepáticas. 
 b) hemólise, uremia e trombocitose. 
 c) elevação das enzimas hepáticas, hipernatremia e hiperglicemia. 
 d) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e trombocitopenia. 
 e) distúrbio hidroeletrolítico, redução das enzimas hepáticas e trombocitopenia. 
 
9. (HU-UFRN/EBSERH/IADES/2014) Pré-eclampsia é uma classificação de HAS que 
ocorre na gestação. A respeito dos achados clínicos dessa categoria, é correto 
afirmar que apresenta: 
 
a) proteinuria, além da HAS. 
b) anemia associada à HAS. 
c) dislipidemia associada à HAS. 
d) proteinuria e convulsões associadas. 
e) hemorragia associada à HAS. 
 
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10. (IDECAN 2014) O sangramento vaginal no primeiro trimestre da gravidez é 
relativamente comum, ocorrendo em, aproximadamente, 25% das gestantes. Em 
muitas pacientes, o sangramento é autolimitado e deve-se, provavelmente, à 
implantação ovular no endométrio decidualizado. Se o sangramento não for 
autolimitado e for acompanhado de dores fortes, quais as causas que podem 
provocar a hemorragia no primeiro trimestre de gravidez? 
 
 a) Placenta prévia e meningite. 
 b) Abortamento e placenta prévia. 
 c) Diabetes gestacional e infecção. 
 d) Abortamento e gravidez ectópica. 
 e) Gravidez ectópica e placenta prévia. 
 
11. (Prefeitura do RJ 2016) Dentre as intercorrências clínicas e obstétricas mais 
frequentes identificadas no pré-natal, constitui uma das mais importantes situações 
hemorrágicas, na segunda metade da gestação: 
 
 a) abortamento 
 b) gravidez ectópica 
 c) descolamento prematuro de placenta 
 d) mola hidatiforme 
 
12. (FUNCAB 2016) As possíveis situações hemorrágicas da primeira metade da 
gestação que podem acometer a mulher em seu período gravídico são: 
 
 a) abortamento, gravidez ectópica e neoplasia trofoblástica gestacional. 
 b) placenta prévia, descolamento prematuro da placenta e rotura da vasa prévia. 
 c) anemia, neoplasia trofoblástica gestacional e abortamento. 
 d) placenta prévia, abortamento e descolamento prematuro da placenta. 
 e) rotura da vasa prévia, gravidez ectópica e hiperêmese. 
 
 
61 
 
 
13. (IBFC EBSERH 2016) O abortamento é uma das condições clínicas mais 
frequentes que se apresentam com hemorragias do primeiro trimestre de gestação. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o abortamento se caracteriza 
como perda do concepto de _______, _____ de peso ou _______ de comprimento. 
Preencha as lacunas e a seguir assinale a alternativa correta. 
 
 a) Até 12 semanas completas; 300 gramas; 12,5 centímetros 
 b) Até 22 semanas completas; 500 gramas; 16,5 centímetros 
 c) Até 16 semanas incompletas; 400 gramas; 14,5 centímetros 
 d) 12 a 20 semanas completas; 300 a 500 gramas; 12,0 a 16,0 centímetros 
 e) Até 24 semanas completas; 1000 gramas; 30,0 centímetros 
 
14. (IBFC EBSERH 2016) O abortamento é uma síndrome da primeira metade da 
gestação com interrupção da mesma antes de atingir a viabilidade fetal. 
Considerando o abortamento, leia as frases abaixo e, a seguir, assinale a alternativa 
correta. 
 
I. Considera-se a perda do concepto de até 22ª semanas completas, 500 gramas de peso ou 
16,5 cm de comprimento. 
II. A dor revela sinais de contração uterina. 
III. É o sangramento de origem uterina, antes das 28 semanas de gestação, sem contrações 
uterinas, sem dilatação da cérvice e sem expulsão dos produtos da concepção. 
IV. Para o abortamento retido, o tratamento é o esvaziamento uterino por meio da 
aspiração manual intrauterina (AMIU) ou curetagem cirúrgica ou aspirativa. 
 
 a) As frases I, II e IV estão corretas 
 b) As frases III e IV estão corretas 
 c) Apenas a frase I está correta 
 d) Apenas a frase III está correta 
 e) Apenas a frase II está correta 
 
 
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15. (AOCP EBSERH 2016) Gestante, com 20 semanas de gestação, chega ao serviço 
de Emergência queixando-se de dor no baixo ventre e apresentando pequeno 
sangramento vaginal. Em relação ao caso clínico, é correto afirmar que: 
 
 a) o prognóstico materno e do concepto melhora com o aumento da intensidade do 
sangramento vaginal. 
 b) por se tratar de um sangramento vaginal pequeno, deve-se descartar a 
possibilidade de ameaça de abortamento. 
 c) ante a suspeição de ameaça de abortamento, é importante observar os 
antecedentes maternos, bem como o período e a intensidade do sangramento. 
 d) são

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