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LEONARDO DE SOUZA LIMA RETALHOS PERIODONTAIS Espaço biológico vai da margem gengival até a crista óssea • Gengiva queratinizada vai da margem gengival até a linha mucogengival • Periósteo – membrana que recobre o osso, se encontra entre o tecido conjuntivo e o tecido ósseo • Incisão do retalho deve ser feita depois da linha muco gengival. VANTAGENS Permitir acesso mais profundo as raízes (incluindo áreas de furca) Permitir acesso ao osso alveolar Preserva o tecido oral (podendo ser usado fechar a ferida) Preserva o epitélio oral Apresenta pós-operatório menos desconfortável TERAPIA PERIODONTAL A periodontia trabalha em dois momentos diferentes, um momento é tratar a doença e o outro é tratar o defeito deixado pela doença Nesse primeiro momento, o tratamento é retirar a causa da doença, por exemplo a raspagem nos casos de gengivite. Normalmente é feita por uma terapia periodontal básica e depois de 45 dias fazemos a reavaliação. Cirurgia periodontal: Qualquer procedimento cirúrgico usado no tratamento da doença periodontal ou na modificação da morfologia do periodonto. O objetivo da terapia periodontal é restaurar a saúde e função do periodonto, preservando os dentes por um longo tempo. CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS PERIODONTAIS Tecido mole Gengivectomia Gengivosplatia Retalhos Mucogengivais ou plásticas Tecido duro OSTEOPLASTIA: remodelação óssea sem eliminação de osso diretamente inserido aos dentes. Remover espessura de osso OSTEOTOMIA: Remoção de osso diretamente envolvido no suporte dos dentes, ou seja, osso em contato com o ligamento periodontal INDICAÇÕES Acesso à raspagem Facilitar o controle de placa bacteriana Propiciar condições favoráveis para reabilitação Reestabelecimento das distancias biológicas Demandas funcionais e estéticas Correção de anormalidades funcionais e estéticas Terapia periodontal regenerativa Implantes dentais RETALHOS LEONARDO DE SOUZA LIMA PRINCÍPIOS GERAIS PARA REALIZAÇÃO - Anamnese - Planejamento - Cuidados - Terapêutica - Pós-operatório CONDIÇÕES TRANSCIRÚRGICAS Anestesia - Anatomia cirúrgica - Incisão - Rebatimento - Debridamento - Hemostasia - Sutura. TIPOS DE INCISÕES INTRASUCULAR Conservadora, abrange a área do sulco gengival, bolsa periodontal, até chegar à área de união dento gengival e tecido ósseo, realizada com lamina de bisturi paralela a superfície dental. INDICAÇÕES Áreas de comprometimento estético Áreas com pequena quantidade gengiva inserida. CONTRAINDICAÇÕES Áreas em tecidos hiperplásicos Áreas com epitélio sucular inflamado VANTAGENS Mínimo trauma cirúrgico Pequena recessão gengival pós-operatória Melhor visualização e acesso ao campo operatório. BISEL INTERNO Remove tecido, sempre associado a incisão intrasucular, realizada com lâmina de bisturi inclinada a superfície dental, no sentido coronário para apical. Indicada em casos de recuperação do espaço biológico. Indicações Áreas com boa quantidade de gengiva inserida Contraindicações Gengiva delgadas com pequena quantidade de gengiva inserida Áreas em presença de exostoses ósseas Áreas com tecido inflamado VANTAGENS Pode se determinar a posição do retalho Substitui a gengivectomia em alguns casos Preservação do festonado gengival LEONARDO DE SOUZA LIMA Recuperação mais rápida da ferida cirúrgica Técnica de fácil execução Boa previsibilidade do resultado BISEL EXTERNO Lamina em 45º com gengiva biselando de apical para incisal deixando área cruenta exposta externamente. Utilizada em gengivectomia e gengivoplastia. Lamina do bisturi voltada para coroa do dente. INCISÃO RELAXANTE INDICAÇÕES Bolsas supra ósseas Correções da arquitetura gengival Áreas com boa quantidade de gengiva inserida CONTRAINDICAÇÕES Áreas com pequena quantidade de gengiva inserida VANTAGENS Fácil execução Redução da profundidade da bolsa Incisão relaxante Em cirurgias a retalho, quando é necessário fazer incisões relaxantes, estas NUNCA deverão ser feitas no meio das papilas nem nas cervicais dos dentes. Incisões deste tipo podem acarretar na perda papilar ou causar retrações gengivais. A incisão correta deverá ser feita na linha ascendente da junção esmalte - cemento do dente, nas proximais. INDICAÇÕES Melhor acesso a área a ser trabalhada Evita dilacerações no retalho Propicia o tracionamento do retalho LEONARDO DE SOUZA LIMA CONTRAINDICAÇÕES Evita a região lingual devido ao risco de tracionamento. SUTURA Estabilidade do reparo na sua posição, sem causar isquemia ou necrose Manter hemostasia Permitir cicatrização por primeira intenção Prevenir exposição óssea -Reduzir problemas pós-operatórios TIPOS Interdental ou proximal Simples Em oito Colcheiro Vertical Horizontal Suspensória Interrompida Contínua RETALHO CLASSIFICAÇÃO: QUANTO AO POSICIONAMENTO 1. Retalho reposicionado apicalmente – O retalho é deslocado apicalmente à posição original (procedimentos ressectivos). 2. Retalho reposicionado – O retalho é deslocado para sua posição original ou imediata, próxima, (procedimentos de regeneração tecidual). RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE: INDICAÇÕES: 1. Aumento de coroa clínica. 2. Eliminação de bolsa periodontal. 3. Preservação da gengiva inserida. 4. Restabelece morfologia gengival 5. Assegura uma adequada distância biológica. 6. Melhor acesso à higienização, (tunelização). RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE: CONTRA-INDICAÇÕES: 1. Doenças periodontais severas – bolsas profundas. 2. Em áreas onde a estética é crítica. 3. Defeitos intra-ósseos profundos. 4. Paciente com alto risco de cárie. 5. Dentes com mobilidade acentuada. 6. Proporção coroa clínica/raiz desfavorável. 7. Pacientes com grande hipersensibilidade. LEONARDO DE SOUZA LIMA PROCEDIMENTOS A RETALHO: Retalho de Widman Retalho de Widman (1818) Sua finalidade era a eliminação de bolsas periodontais e tecido conjuntivo inflamado. Descreve um retalho mucoperiostal delimitado por incisões relaxantes. TÉCNICA: 1. Duas incisões relaxantes demarcam a área cirúrgica, e são feitas a partir de dois dentes periféricos do sítio a ser tratado. Estas incisões se estendem para a mucosa alveolar. 2. É realizada uma segunda incisão, acompanhando o contorno da margem gengival, separando o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado da gengiva não inflamada. É levantado um retalho mucoperiostal expondo 2 a 3 mm de osso alveolar. 4. Remoção do “colar”de tecido (inflamado) em volta do colo dos dentes, por meio de curetas. 5. Ádequada raspagem e aplainamento radicular. Sutura interdental dos retalhos (vestibular e palatino). Obs. O tecido mole é suturado ao nível da crista óssea alveolar. As áreas interproximais são deixadas livres de cobertura. Vantagem em relação à gengivectomia: 1. Menos desconforto –cicatrização de primeira intenção. 2. Restabelece contorno ósseo adequado. 3. Melhor acesso a superfície radicular RETALHO DE NEUMANN Tem a mesma finalidade da técnica de Widman, com a diferença de a incisão que une as relaxantes ser feita intra-sulco, através dabase das bolsas gengivais. TÉCNICA: 1. Incisão relaxante – demarcação da área 2. Incisão intra-sulco unindo ao anteriores. 3. Rebatimento do retalho (mucoperiostal). 4. Curetagem para a remoção do epitélio da parte interna da bolsa. 5. Raspagem e alisamento radicular. 6. Correção do contorno ósseo. 7. Ajuste do retalho para ficar ao nível da crista óssea. 8. Sutura interdental e nas relaxantes LEONARDO DE SOUZA LIMA RETALHO DE KIRLAND É indicada para bolsas periodontais purulentas Menor sacrifício de áreas não inflamadas. Sem deslocamento apical Vantagens: Estética Regeneração de defeitos ósseos TÉCNICA: 1. Incisão feita no interior do sulco através do fundo da bolsa, tanto por vestibular como lingual e se estende no sentido mesial e distal. 2. Retração da gengiva por meio de afastadores/descoladores. Remoção do epitélio da bolsa (tecido de granulação) e interdental, por meio de curetas. 4. Raspagem radicular. 5. Curetagem dos defeitos ósseos angulares. 6. Sutura interproximal – fixação dos retalhos em sua posição original. Obs. 1. Não é realizada a redução da profundidade da bolsa periodontal. 2. Não sacrifica tecidos não inflamados. 3. Não há deslocamento apical. 4. Mais estética – não expõe exageradamente as raízes. LEONARDO DE SOUZA LIMA 5. Possibilita melhor potencial de regeneração óssea. 6. Menor desconforto ao paciente. RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE (DESENVOLVIDA POR NABERS) Indicada para a remoção de tecido mole das bolsas e, quando indicado, de tecido duro. Preconiza a manutenção de uma faixa adequada de gengiva inserida. O complexo mucogengival completo era mantido e reposicionado apicalmente TÉCNICA 1. Incisão em bisel invertido (interno), realizada de acordo com a profundidade da bolsa. 2. Incisões relaxantes unindo a incisão inicial. 3. Rebatimento apical do retalho mucoperiostal. 4. Remoção do colar tecidual, incluindo o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado, por meio de curetas. 5. Correção, por meio de brocas ou de cinzéis, do contorno do osso alveolar. 6. Reposição dos retalhos em direção apical por meio de sutura. DESVANTAGENS: 1. Perda dos tecidos periodontais pela ressecção de tecidos. 2. Grande exposição das superfícies radiculares. 3. Hipersensibilidade dentária. RETALHOS TOTAIS Todo o tecido mole, incluindo o periósteo, é deslocado para expor o osso Vantagem É um retalho mais simples, e que exige menos tempo cirúrgico Apresenta acesso ao osso Cobertura de enxertos e membranas Pós-operatório imediato e suave – LEONARDO DE SOUZA LIMA INDICAÇÕES Cirurgias que necessitam de acesso ao osso Drenagem de abscesso via sulco Em casos de mucosa ceratinizada fina RETALHOS DIVIDIDOS Separa o tecido epitelial e parte do conjuntivo do periósteo, ou seja, o osso permanece recoberto por uma camada de tecido conjuntivo e periósteo. Ele é indicado quando há necessidade de posicioná-lo apicalmente ou quando não se deseja expor osso. Vantagem Causa menor reabsorção óssea Imobilização melhor Posicionamento apical mais efetivo Indicações Acesso ao osso e raiz Ganho de mucosa ceratinizada – Por que a parte que fica exposta pós cirurgia, é um conjuntivo geneticamente programado para criar um epitélio queratinizado. Contraindicações Gengiva fina ou pouca mucosa ceratinizada Áreas de difícil acesso Cirurgias que necessitem de recobrimento Toda cirurgia que exista a possibilidade de utilizar outro retalho Desvantagens Técnica mais difícil Maior manipulação de tecidos Tempo cirúrgico maior Pós-operatório imediato maior Maior edema Possibilidade de necrose por deficiência circulatória Maior possibilidade de recessões tardias REVISANDO Posicionamento do retalho após a cirurgia > Com base nisso podem ser classificados como retalhos não deslocados e retalhos deslocados Retalhos não deslocados: São aqueles que retornam e são suturados na sua posição original Retalhos deslocados: São colocados apical, coronal ou lateralmente da sua posição original. Tanto o retalho de espessura total ou parcial podem ser deslocados, mas para que isso ocorra a gengiva inserida deve ser totalmente separada do osso subjacente, permitindo a movimentação da porção não inserida da gengiva. LEONARDO DE SOUZA LIMA Os retalhos deslocados apicalmente possuem a importante vantagem de preservar a porção externa da parede da bolsa e transformá-la em gengival inserida. Então esses retalhos têm o duplo objetivo de eliminar a bolsa e aumentar a altura da gengiva inserida. CUNHA DISTAL Gengivectomia com ou sem osteotomia/osteoplastia. Realizada geralmente na distal de molares em virtude da presença comum de tecidos bulbosos na área de túber ou por um coxim retromolar proeminente. INDICAÇÕES: 1. Eliminar as bolsas periodontais. 2. Manter e preservar gengiva inserida. 3. Tornar a área acessível aos instrumentos. 4. Aumentar a coroa clínica. 5. Promover acesso facilitado para limpeza. TÉCNICA Técnica: 1. Na área da cunha são feitas incisões vestibular e lingual e que se estendem até a região distal do molar. 2. As incisões são feitas em bisel invertido. obs. As incisões podem ser feitas conferindo um formato triangular ou retangular à cunha, o que será determinado conforme o volume de tecido a ser removido; e pelo acesso à área cirúrgica 6. Quando as paredes vestibular e lingual do retalho são muito espessas, faz-se uma incisão nas mesmas (gengivectomia interna), reduzindo suas espessuras. 7. Realizar a correção óssea, quando preciso, por meio de brocas ou por meio de cinzéis. 8. Realizar a sutura tomando o cuidado para não deixar os tecidos vestibular e lingual sobrepostos. Obs. A sutura é feita com pontos interrompidos. Obs. Indicação da incisão quadrada: Rebordo edentado com tuberosidade maxilar e triângulo retromolar longos e largos. Existência de faixa suficiente de gengiva inserida. Excesso de tecido a ser removido. Bolsa periodontal e defeito ósseo na região. LEONARDO DE SOUZA LIMA LEONARDO DE SOUZA LIMA
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